Cinco anos se passaram desde as contribuições pioneiras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) no estudo da correlação do vírus zika e outras malformações congênitas. Desde então, os cientistas do IOC seguem no esforço de gerar evidências para esclarecer diferentes aspectos da doença e contribuir para o seu enfrentamento. Publicados em periódicos internacionais, novos estudos científicos apresentam resultados encorajadores na busca de uma terapia para prevenir a síndrome congênita do zika e revelam detalhes da infecção persistente que o vírus estabelece na placenta, meses após o contágio.
Saiba mais sobre os trabalhos:
Estudo aponta infecção persistente do Zika na placenta
Avanço na busca por terapia para prevenir a síndrome congênita do Zika
Como tudo começou
Em novembro de 2015, o IOC/Fiocruz dava um passo fundamental para o esclarecimento de uma emergência de saúde pública que alarmava o país. Diante do aumento do número de casos de microcefalia, detectado inicialmente entre recém-nascidos do Nordeste, uma médica de Campina Grande, na Paraíba, coletou amostras do líquido amniótico de duas gestantes cujos fetos tinham sido diagnosticados com o problema. No dia 18 daquele mês, o Laboratório de Flavivírus do IOC concluiu a análise das amostras, confirmando a presença do material genético do Zika nos dois casos. O achado foi a primeira evidência científica da associação entre o vírus e a microcefalia, servindo de base para a declaração da emergência de saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Relembre a descoberta: