Archives

Livro reúne condicionantes da regionalização e relações federativas na política de saúde do Brasil

"A regionalização objetiva garantir o direito da população à saúde, reduzindo desigualdades sociais e territoriais e promovendo a equidade". O destaque da regionalização e a importância adquirida pelas instâncias estaduais no contexto do Pacto pela Saúde – um conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde, com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão – sugerem algumas questões para investigação, principalmente em relação aos fatores condicionantes da regionalização e a diversidade de situações encontradas no Brasil. Debater essa e outras questões é o objetivo do livro Regionalização e relações federativas na política de saúde do Brasil, organizado pelas pesquisadoras Luciana Dias de Lima, da ENSP, e Ana Luiza d’Ávila Viana, da Faculdade de Medicina da USP e diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do Ministério da Saúde. A publicação é fruto de ampla pesquisa sobre os condicionantes da regionalização da saúde no período de 2007 a 2010.

O livro foi lançado durante o XXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, e o projeto que deu origem à sua publicação contou com o apoio financeiro do Ministério da Saúde, e com ampla equipe de pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso. Na ENSP, a pesquisa incluiu a participação das professoras Cristiani Vieira Machado e Roberta Gondim de Oliveira e de duas alunas do Programa de pós-graduação em Saúde Pública: Adelyne Maria Mendes Pereira (doutorado) e Ana Paula Santana Coelho (mestrado).
 
De acordo com Luciana Dias de Lima, pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP, a pesquisa que deu embasamento ao livro teve dois focos principais: um deles buscou analisar os condicionantes da regionalização nos estados brasileiros, enquanto o outro eixo teve como objetivo avaliar a dinâmica de funcionamento das Comissões Intergestores Bipartites e suas inter-relações com os processos de regionalização.
 
"Além disso, busca responder algumas questões, como: considerando a variedade de contextos, é possível a identificação de estágios diferenciados da regionalização da saúde nos estados brasileiros? Existem características comuns entre estados que apresentam estágios avançados de regionalização? Que razões explicam as dificuldades encontradas? Qual o papel das instâncias federativas do SUS para a regionalização da saúde? De que modo a regionalização altera o funcionamento dessas instâncias? O livro reúne os resultados completos da pesquisa"
 
Regulamentação da lei 8080 coloca regionalização na pauta das discussões de saúde
 
No capítulo introdutório, Ana Luiza e Luciana Dias apresentam o marco teórico-conceitual que deu embasamento ao estudo. Seguem à introdução, seis capítulos organizados em três partes. Na primeira, os autores apresentam os condicionantes relacionados ao contexto nacional que informam a política de regionalização do SUS. Na segunda, os autores enfocam os condicionantes estruturais da regionalização, no que se refere às particularidades socioeconômicas e característica das redes de serviços nas regiões e as condições de financiamento público em saúde. A última se refere aos condicionantes históricos e político-institucionais da regionalização no plano estadual.
 
O estudo que serviu de base para o livro se insere na linha de pesquisa sobre federalismo, relações intergovernamentais e politicas de saúde da ENSP. Na opinião de Luciana, o momento da publicação é oportuno, tendo em vista o decreto 7.508/11, que regulamenta a Lei Orgânica da Saúde 8080/90. "Vivemos um momento em que as escalas regionais e as questões federativas voltam a estar no centro das políticas de saúde. A temática do livro se insere nesse contexto e traz elementos para aferirmos quais são as condições efetivas para implementação da regionalização na saúde. O livro sugere os imensos desafios existentes frente às diferentes realidades que se apresentam no território brasileiro, além das potencialidades que o próprio arcabouço político- institucional do SUS tem para favorecer esse processo."
 
O livro foi publicado pela Editora Contra Capa do Rio de Janeiro e já está à venda la Livraria da Abrasco.

Leia Mais

Portfólio de Inovação da FIOCRUZ será trilingue

O Portfólio de Inovação da Fiocruz, disponível em português desde abril deste ano, terá, a partir de julho, versões em inglês e em espanhol. O documento busca potencializar o uso social dos resultados mais relevantes das iniciativas da Fundação no campo, ao fomentar parcerias para a transferência e a incorporação de tecnologias e conhecimentos em saúde.

Primeira iniciativa institucional na área, o portfólio terá permanente aperfeiçoamento de sua metodologia. Uma nova versão, a ser lançada no segundo semestre, permitirá a constante submissão de projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Leia Mais

Abertas inscrições para cursos em vários níveis na Fiocruz

Abertas inscrições para cursos em vários níveis

No nível de aperfeiçoamento, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) oferece o curso Alimentação e cultura. As inscrições terminam em 30/6. A Escola tem inscrições abertas também para o curso de atualização em Epidemiologia do Câncer, até 28/7.

Leia Mais

Parceria traz avanço na vacina contra esquistossomose

Uma parceria entre O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a empresa Ourofino Agronegócios possibilitou o avanço na pesquisa da primeira vacina totalmente brasileira, e a única parasitária do mundo, contra a esquistossomose e a fasciolose (doença parasitária mais comum em gado no mundo). Os estudos vêm sendo desenvolvidos há mais de três décadas, e ainda este ano será iniciada a fase de testes clínicos.

A esquistossomose é a segunda doença parasitária mais prevalente no Brasil. No mundo, cerca de 200 milhões de pessoas estão infectadas em 74 países.

Leia Mais

Estudo sobre prematuridade reúne instituições

O Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) é uma das 26 instituições que participam do Estudo Multicêntrico de Investigação em Prematuridade, coordenado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A pesquisa investiga, em todas as regiões do Brasil, os fatores socioeconômicos e ambientais, o método de diagnóstico e a conduta que podem causar o nascimento de bebês antes do tempo normal.

A coleta de dados consiste na aplicação de questionários para as mães, entre um e dois dias após o parto. Informações do pré-natal, parto e pós-parto e do acompanhamento do recém-nascido por até 60 dias depois do nascimento são consideradas relevantes. O resultado do estudo será usado para fundamentar a formulação de políticas públicas em saúde, com objetivo de tratar e prevenir suas principais causas.

Leia Mais

Seminário Internacional Direito e Saúde discute a construção do conhecimento e agir político

Em sua sexta edição, o Seminário Internacional Direito e Saúde teve como tema a Construção do conhecimento e agir político. O evento foi realizado em conjunto com o 10º Seminário Nacional Direito e Saúde, nestas terça e quarta-feira (5 e 6/7), e contou com a participação do pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra João Arriscado Nunes.

Os dois encontros são promovidos pelo Grupo de Direitos Humanos e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Houve também o lançamento do livro Saúde, trabalho e direito – uma trajetória crítica e a crítica de uma trajetória, organizado pelos pesquisadores do grupo Maria Helena Barros e Luiz Carlos Fadel.

Leia Mais

Fator de Impacto da Memórias do IOC confirma excelência internacional

A publicação Memórias do Instituto Oswaldo Cruz confirmou o status de revista científica brasileira com maior fator de impacto das ciências médicas no ranking do Institute for Scientific Information (ISI) Web of Knowledge. O órgão internacional é responsável por avaliar a relevância da contribuição dos periódicos científicos de todo o mundo. Entre as publicações científicas da América Latina, Memórias tem destaque como uma das mais importantes nas áreas biomédicas e biológicas.

No início deste ano, a revista já havia obtido o maior fator de impacto no ranking do Scimago Journal Ranking (SJR). Ocupa também o sétimo lugar no ranking mundial entre os periódicos científicos internacionais em medicina tropical e a 14ª posição entre as revistas internacionais em parasitologia.

Leia Mais

Estudo inédito da Fiocruz identifica a febre Q

Estudo inédito confirmou, através de teste molecular, o primeiro caso de febre Q no Estado do Rio de Janeiro. Causada pela bactéria Coxiella burnettii, a febre Q é transmitida ao homem pela inalação de partículas contaminadas do ar ou pelo contato com o muco vaginal, leite, fezes, urina ou sêmen de gado, ovelhas, cabras e outros mamíferos domésticos, incluindo cães e gatos, quando infectados. Além de diagnosticar o paciente, que não teve sequelas, os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) conseguiram identificar a origem e todo o ciclo de transmissão da doença.

“A bactéria C. burnettii apresenta uma resistência muito grande, por isso ela permanece no ambiente e há grande dificuldade em eliminá-la. A bactéria é encontrada principalmente em produtos de abortos e partos de animais, que com o tempo se transformam em partículas dispersas no ar que podem ser carreadas pelo vento em um raio de até dois quilômetros”, explica a médica veterinária Maria Angélica Mares-Guia, que defenderá a dissertação de mestrado sobre o tema.

Leia Mais

Representantes do Movimento da Reforma Sanitária lançam a Agenda Estratégica para a Saúde

Representantes do Movimento da Reforma Sanitária entregaram nesta sexta-feira (5/8), ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o documento "SUS Igual para Todos – Agenda Estratégica para a Saúde no Brasil". A publicação apresenta compromissos a favor de uma agenda estratégica de saúde, buscando melhorar o desempenho do Sistema Único de Saúde ao mesmo tempo em que oferece políticas de saúde eficazes e eficientes para toda a população brasileira. Segundo o ministro Padilha, o documento marca a construção de uma aliança da sociedade em torno do tema saúde. Participaram da solenidade, no campus da Fiocruz, o presidente da Abrasco, Luis Augusto Facchini, a presidente do Cebes, Ana Costa, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, entre outros.

Leia mais na Agência Fiocruz de Notícias.

Leia Mais

Brasil sedia novo instituto de ações para América Latina

A partir desta segunda-feira (25/7) o Brasil passará a sediar uma nova instituição internacional da área da saúde. O Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags) terá sede no Rio de Janeiro e seu diretor-executivo, nos próximos três anos, será o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. A iniciativa é fruto da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) que pretende discutir novas políticas de saúde para a América Latina. Uma oficina entre especialistas dos 12 países integrantes da Unasul também está agendada. Temas como determinantes sociais,  insumos estratégicos para a saúde (como medicamentos e vacinas) e investigação e inovação em saúde estão na pauta do encontro. 

Leia mais na Agência Fiocruz de Notícias.

Leia Mais