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Cartões ilustrados ajudam na identificação de barbeiros

Um produto desenvolvido por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) poderá auxiliar os agentes de saúde no controle da doença de Chagas. Utilizando fotografias de todos os barbeiros encontrados no Brasil, o Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do IOC criou blocos de cartões ilustrados que servirão para ajudar na identificação dos vetores da doença. O material poderá ser utilizado por técnicos que fazem vistorias e coletam os barbeiros e, também, em ações de educação em saúde. Como a distribuição das espécies de barbeiros é bastante distinta no país, foram produzidos cinco conjuntos de cartões, um para cada região do Brasil.
 
Em uma das faces, as cartas trazem uma foto colorida e ampliada de um barbeiro, uma marcação com sua medida real em milímetros e o nome científico da espécie retratada. Na outra face, há uma ilustração com as fases de desenvolvimento do triatomíneo e o habitat e o estado onde a espécie é encontrada são informados. As cartas são portáteis, impermeáveis e reunidas em formato de blocos por região geográfica do país.

Leia mais no site do IOC/Fiocruz.

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SUS oferece novas vacinas para 6 milhões de crianças

Duas novas vacinas serão incluídas no calendário básico de vacinação disponível na rede pública de saúde: a pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira será oferecida a partir de março em todo o território nacional e protege contra a bactéria pneumococo, causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas, sinusite, inflamação no ouvido e bacteremia (presença de bactérias no sangue), entre outras doenças. A segunda será aplicada a partir de agosto e imuniza contra a doença meningocócica. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (MS), Reinaldo Guimarães, explica que as vacinas serão adquiridas diretamente de laboratórios nacionais.

A pneumocócica será comprada do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), graças a um acordo de transferência de tecnologia assinado entre o Ministério e o laboratório Glaxo Smith Kline (GSK) em 2009. Nos primeiros 12 meses após a implementação, as novas vacinas serão aplicadas em crianças menores de 2 anos de idade. A partir de 2011, elas farão parte do calendário básico de vacinação da criança, específico para os menores de 1 ano. Depois de cinco anos do início dos novos programas de vacinação, em 2015, a previsão é sejam evitadas cerca de 45 mil internações por pneumonia por ano em todo o Brasil. Com isso, a média dessas internações por ano cairá de 54.427 para 9.185, uma redução de 83%.

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Estudo compara soropositivos de HIV em Baltimore e no Rio

Ao compararem pacientes com HIV no Rio de Janeiro e em Baltimore, nos Estados Unidos, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) e do Departamento de Medicina da Universidade Johns Hopkins observaram que o risco de morte no primeiro ano da terapia mostrou-se similar nas duas cidades. As causas, no entanto, foram diferentes: enquanto a maioria das mortes no Rio de Janeiro estava relacionada a doenças infecciosas, com predominância da tuberculose, em Baltimore, houve alta proporção de mortes provocadas pelo uso de drogas injetáveis, que contribuem para a progressão de doenças crônicas.

O estudo revelou ainda que o diagnóstico tardio da infecção pelo HIV é um problema tanto nos países em desenvolvimento como nos países desenvolvidos, o que torna necessárias medidas de saúde pública que detectem mais precocemente o vírus. O resultado do estudo foi publicado no periódico Aids.

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Artigo aborda controle de resíduos em alimentos de origem animal

Em artigo publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), pesquisadores do Instituto Nacional de Controle de Qualidade de Saúde (INCQS/Fiocruz) discutiram os principais atos federativos relativos a resíduos e contaminantes químicos em alimentos de origem animal no Brasil, incluindo o controle de medicamentos de uso veterinário. O estudo indicou, como principal conclusão, que os avanços no sentido de minimizar as deficiências têm sido alavancados por forte pressão das autoridades sanitárias dos países importadores de produtos brasileiros e que deficiências analítico-laboratorias ainda existem em todo o país.

Segundo os estudiosos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dividem as responsabilidades referentes aos riscos de agravo à saúde decorrentes da exposição humana a resíduos de medicamentos veterinários. No entanto, eles alertam que as decisões quanto ao gerenciamento e a comunicação do risco no país têm se baseado muito mais nas consequências advindas da não adequação a exigências internacionais do que propriamente na proteção à saúde da população brasileira.

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Pesquisadora avalia relatório sobre uso de medicamentos controlados

O Departamento Internacional de Controle de Narcóticos, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), divulgou no fim de fevereiro um relatório contendo as principais tendências do uso de drogas lícitas e ilícitas no mundo. De acordo com o documento, referente a 2009, o uso abusivo de medicamentos controlados supera o de drogas ilícitas, como cocaína, ecstasy e heroína. Mortes como a do cantor Michael Jackson e da atriz Brittany Murphy, no ano passado, chamaram a atenção das autoridades para o problema.

Ao analisar os dados do relatório, a pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), Rosany Bochner, considera que o resultado pontua uma questão importante: os medicamentos são muito mais bem aceitos pela sociedade do que as drogas ilícitas. “O problema é que as pessoas não entendem que os medicamentos também são uma droga. A diferença é que são uma droga lícita, mas causam dependência”, explica ela.

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Fiocruz MG desenvolve modelo para controle da reprodução do Aedes

Em texto publicado no site do Sistema Integrado de Informação em Saúde do Rio Grande do Sul (SIS Saúde-RS), mantido por três instituições hospitalares, a pesquisadora Virgínia Schall apresentou o método Evidengue. Desenvolvido no Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas), o método “mostra 100% de eficácia no controle a ovipostura de fêmeas adultas do mosquito transmissor, em recipientes caseiros como potes e vasos de flor”. A pesquisadora aponta que essas estruturas, entre elas pratos colocados como suporte para plantas, são os criadouros mais produtivos para larvas e pupas do Aedes aegypti, o mosquito transmissor do vírus da dengue. Diante disso, foi desenvolvida pela pesquisadora e pela equipe do René Rachou a Evidengue, uma espécie de tela mosquiteiro que evita o depósito, pelas fêmeas, das novas larvas nesses locais.

A eficácia do aparato está sendo avaliada tanto em campo quanto em laboratório, local onde se mostrou 100% eficaz para vedar pratos e, assim, impedir a ovipostura de fêmeas adultas do mosquito nesse tipo de recipiente. “Está em andamento um estudo na Região Metropolitana de Belo Horizonte no qual as caixas d’água e os vasos estão sendo vedados com as capas e os índices larvares estão sendo acompanhados, para verificar a efetividade da proteção na diminuição do número de recipientes infestados pelos mosquitos na região”, aponta a pesquisadora, no artigo.

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Marcador pode indicar evolução cardíaca da doença de Chagas

Dez a 20 anos. Este é o tempo que pode levar para a fase crônica mais comum da doença de Chagas – a indeterminada (não apresenta sintomas) – se manifestar e evoluir para as formas clínicas cardíaca ou digestiva. Ao tentar entender melhor porque alguns pacientes desenvolvem uma das formas sintomáticas da doença, pesquisadores do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM/Fiocruz Pernambuco), identificaram marcadores imunológicos que podem ser usados para predizer que forma clínica sintomática o paciente tem tendência a desenvolver. “Quanto mais cedo isso acontecer, melhor para o paciente, pois ele poderá ser acompanhado e receber o tratamento adequado desde o início dos sintomas”, comentou a biomédica Virgínia Lorena, vice-coordenadora do Serviço de Referência em Doença de Chagas da Fiocruz PE.

O teste, que precisará ser aperfeiçoado nos próximos anos, é considerado prospectivo e pode vir a ser uma ferramenta de indicação de tratamento precoce e de melhoria de qualidade de vida dos pacientes chagásicos. O estudo faz parte do projeto que está investigando marcadores de prognóstico para as formas severas da doença de Chagas, com financiamento de Biomanguinhos/Fiocruz e do CNPq. O trabalho, orientado pela pesquisadora Yara Gomes, do Departamento de Imunologia da Fiocruz PE, foi apresentado no Simpósio Internacional Comemorativo do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas, realizado em julho, no Rio de Janeiro.

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Norovírus ainda é desafio para a saúde pública no país

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificou por meio de análises em laboratório que os casos de diarreia e vômito que atingiram passageiros de um navio aportado em Búzios (Rio de Janeiro) no início de março foram causados por norovírus. O laudo foi encaminhado aos órgãos de vigilância em saúde. As análises, realizadas no Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, utilizaram técnicas de diagnóstico molecular, baseadas na identificação do material genético do vírus nas amostras.

Apesar de ser pouco conhecido do público, este vírus transmitido por água e alimentos contaminados é um importante causador de gastroenterites não bacterianas no Brasil. A transmissão de pessoa para pessoa ocorre com facilidade. Diferentemente de outros vírus causadores de gastroenterites (como o rotavírus), o norovírus afeta com frequência indivíduos adultos. Os norovírus estão muito associados a surtos em locais confinados ou de contato próximo, numa mesma família, em navios, asilos e ambientes hospitalares, por exemplo.

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Museu da Vida lança guia para criar programas de rádio sobre ciências

Criar um programa de rádio não precisa ser difícil nem muito caro. Que tal juntar um grupo de amigos e preparar um programa de ciência na sua escola ou comunidade? Para ajudá-lo, o Museu da Vida acaba de lançar a cartilha "Ciência em Sintonia – Guia para montar um programa de rádio sobre ciências", escrito por Catarina Chagas, Ana Cristina Figueira e Marzia Mazzonetto, sob coordenação de Luisa Massarani.

Além de um passo a passo, com dez lições simples sobre como fazer um programa de rádio, Ciência e Sintonia dá informações sobre esse meio de comunicação, com dicas de como usá-lo em salas de aula e centros comunitários para levar temas de ciência ao público.

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Coleta de lixo ameniza transtornos causados pela chuva

A época das chuvas traz preocupações para moradores das grandes cidades. Enchentes, deslizamentos e proliferação de vetores e doenças são consequências que atingem toda a população. Para a pesquisadora Débora Cynamon Kligerman, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), uma das principais medidas para amenizar os transtornos causados pelos temporais é melhorar a coleta de lixo. Segundo Débora, o planejamento moderno das cidades faz com que as águas de chuva escoem mais rapidamente para rios e lagoas.

Segundo a pesquisadora, ainda que existem áreas de inundação, que normalmente são localidades que estão abaixo do nível do mar e por isso ficam mais propensas a sofrer com as enchentes, dependendo da capacidade de escoamento do leito dos rios, como é o caso de Acari, Pavuna e também de alguns bairros dos municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu. "Essas áreas naturais cumprem papel importante no amortecimento e na retenção das águas das enchentes" destaca ela, lembrando que o reflorestamento de margens de rios e encostas é essencial no auxílio à retenção da terra e na desaceleração do volume das águas.

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