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Exames descartam contaminação pela gripe suína

O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) recebeu nesta terça-feira três pessoas (um adulto e dois jovens) que desembarcaram no Rio de Janeiro e estavam com suspeitas de terem contraído o vírus da gripe suína. O trio, que veio de avião de Orlando, nos Estados Unidos, com escala na Cidade do Panamá, foi trazido em um carro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Eles foram entrevistados e examinados clinicamente – de acordo com os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde – por médicos do Ipec/Fiocruz, que é referência para doenças infecto-contagiosas, e foram liberados a seguir, pois nada se constatou e foi afastado qualquer risco. Os três foram orientados a voltar a procurar a Fundação caso apareça algum sintoma nos próximos dias.

Seis amostras de pessoas com suspeitas de estarem com o vírus da gripe suína estão sendo analisadas pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e devem ter os resultados de seus testes concluídos até a próxima quinta-feira (30/4). As amostras são de dois pacientes de Minas Gerais e quatro do Rio de Janeiro. As de Minas foram encaminhadas para a Fiocruz pela Fundação Ezequiel Dias e as do Rio pela SMS.

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Projeto Elsa-Brasil reúne 15 mil voluntários

Dois mil servidores da Fiocruz farão parte da primeira etapa do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), o maior estudo epidemiológico realizado na América Latina sobre os fatores determinantes das doenças cardiovasculares e do diabetes. A pesquisa teve início no segundo semestre de 2008 e, na Fiocruz, 369 voluntários (183 homens e 186 mulheres) já participaram dessa primeira fase, composta de entrevistas e exames clínicos. O trabalho está sendo conduzido em seis instituições públicas federais, com um total de 15 mil voluntários entre 35 e 74 anos. A previsão é que a pesquisa dure, pelo menos, dez anos.  "As doenças cardiovasculares são as maiores causas de mortalidade no mundo desenvolvido, principalmente após os 40 anos de idade", explica Dora Chor, coordenadora do Elsa na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

O Elsa-Brasil é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos, e do Ministério da Ciência e Tecnologia, por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A pesquisa está sendo desenvolvida por um consórcio de instituições de ensino e pesquisa nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste: Fiocruz (Rio de Janeiro), Universidade de São Paulo (USP) e as universidades federais da Bahia (UFBA), Espírito Santo (Ufes), Minas Gerais (UFMG) e Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Rio de Janeiro: alta taxa de câncer de colo uterino

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer do colo uterino é a quarta causa de mortalidade entre as mulheres brasileiras e, em algumas regiões mais pobres, assume a segunda posição. A dissertação de mestrado Mortalidade por câncer de colo de útero no Município do Rio de Janeiro, 1999 a 2006, apresentada por Karina Cardoso Meira na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), sob orientação de Silvana Granado e Cosme Marcelo Furtado Passos da Silva, mostrou que o município do Rio de Janeiro apresentou alta taxa de mortalidade por câncer de colo uterino, com 50 casos para cada 100 mil mulheres.

Segundo a pesquisadora, a taxa é muito alta quando comparada as apresentadas por outras regiões do país. No Estado de São Paulo, observou-se 8,27 casos por 100 mil no período de 2001 a 2003 (segundo Antunes e Wünsch Filho, 2006) e o município de São Paulo apresentava seis casos por 100 mil no período de 1980 a 1999 (segundo Fonseca, 2001).

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Tilápia pode ajudar no monitoramento ambiental

Peixe de fácil adaptação, inclusive a ambientes contaminados, e já encontrado em todo o mundo, a tilápia (Oreochromis niloticus) tem potencial para integrar sistemas de biomonitoramento, que permitirão, por exemplo, conhecer a qualidade da água de um rio. É o que indica uma dissertação de mestrado recém-defendida na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz. A autora, a veterinária Ana Luiza Michel Cavalcante, fez experimentos com 73 tilápias expostas ao chumbo e confirmou que alguns componentes do sangue dos peixes aumentavam ou diminuíam em função da presença do metal no organismo. Esses resultados sustentam a tese de que as tilápias podem servir como espécies sentinelas, pois, quando expostas a um contaminante, o organismo delas sofre alterações que podem ser medidas.

 “O chumbo é um metal largamente empregado em indústrias e, por isso, um dos contaminantes ambientais mais comuns, tóxico para os homens e para os animais”, diz Ana Luiza, que fez sua pesquisa no Laboratório de Toxicologia do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, sob orientação dos pesquisadores Rita Mattos e Moacelio Veranio.

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Fiocruz deposita sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1)

As primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) mapeadas no Brasil foram  depositadas por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) no banco de informações genéticas do National Center for Biotechnology Information (NCBI), baseado no National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (15/5). O banco reúne sequências genéticas de quase todos os organismos conhecidos, incluindo o genoma humano.

Um dos principais desdobramentos do sequenciamento é a possibilidade de comparar os vírus detectados no país entre si e em relação aos vírus detectados em outras partes do mundo. “Uma análise preliminar mostrou que o vírus encontrado nos casos brasileiros são conservados entre si e, quando comparados com sequências depositadas por outros países, vemos que eles mantêm as mesmas características, ou seja, não existe indicativo de variação em relação ao vírus que circula em outras localidades”, aponta Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC. Segundo o especialista, o sequenciamento genético é uma ferramenta fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico.

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Fiocruz treina equipe de saúde de Moçambique

Profissionais do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) embarcarão este mês rumo à Moçambique para a quarta missão de cooperação com a África. O objetivo é treinar 110 médicos e enfermeiros das áreas de neonatologia e obstetrícia na cidade de Beira, a segunda em importância de Moçambique, e trabalhar com a comissão para a criação do Instituto da Mulher e da Criança Moçambicana. A ideia é que o IFF, a pedido do ministro da Saúde moçambicano, Ivo Garrido, ajude na implantação de medidas que reduzam a mortalidade materno-infantil no país africano, que inclui a reestruturação dos serviços de obstetrícia e a implantação de um serviço de neonatologia no Hospital Central de Maputo, ainda não existente no país.

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Fundação integra a rede de vigilância liderada pelo MS

A saúde pública de todo o mundo se mobiliza para combater a disseminação do vírus influenza A (H1N1). No Brasil, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) integra a rede de vigilância liderada pelo Ministério da Saúde (MS), repetindo o papel estratégico desempenhado em episódios anteriores, como no surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (conhecida em inglês pela sigla Sars). O IOC atua como Laboratório de Referência Nacional para Influenza, credenciado pelo MS, e integra há mais de 50 anos a rede da Organização Mundial da Saúde (OMS) de centros nacionais de influenza. A rede de laboratórios de vigilância em influenza também é integrada pelo Instituto Adolfo Lutz (SP) e pelo Instituto Evandro Chagas (PA), que atuam como laboratórios de referência regional.

O IOC utiliza o método de diagnóstico indicado pela OMS, chamado PCR em tempo real, que é altamente sensível. Os kits específicos para detecção da influenza A (H1N1) para uso no diagnóstico, distribuídos pelo CDC/Atlanta, já foram recebidos no IOC e estão em uso.
A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, esclarece importantes aspectos da epidemia. "O controle de qualquer vírus respiratório é difícil. É necessário tomar as providências necessárias na hora certa. No Brasil, o Ministério da Saúde está fazendo tudo o que é necessário para conter a situação, com responsabilidade total com os compromissos firmados internacionalmente”, indica a especialista.

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Pesquisa discute usos de materiais educativos sobre a hanseníase

Estudo feito por pesquisadores da Fiocruz coletou materiais educativos relacionados à hanseníase e verificou os sentidos atribuídos a esses materiais por profissionais de saúde que atendem pacientes com a doença. Os resultados da pesquisa são apresentados em artigo recém-publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública.

A pesquisa incluiu 38 materiais educativos, entre folhetos, cartazes e cartilhas, produzidos entre 1995 e 2003 por instituições governamentais e não-governamentais, de âmbito nacional e internacional. Quanto ao público-alvo, 71% se dirigiam à população em geral; 18% a profissionais de saúde; 8% a portadores de hanseníase; e 3% ao público infantil.

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Doenças comuns na época de enchentes são foco de iniciativas da Fiocruz

As chuvas têm castigado o país e as enchentes já atingiram milhares de pessoas em estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Maranhão e Piauí. A situação é grave não só devido ao grande número de desabrigados, mas também porque traz à tona o debate sobre mudanças climáticas e uma série de questões de saúde pública, como as doenças que tendem a aumentar em época de inundações. A mais comentada talvez seja a leptospirose, transmitida pela urina de ratos. Muitas outras doenças, porém, estão relacionadas à água e podem ocorrer em caso de enchente. "As mais frequentes e comuns são as diarreias, hepatite A, febres entéricas e leptospirose. Após as enchentes, mais tarde, também a dengue", afirma o engenheiro sanitarista Odir Clécio da Cruz Roque, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). O primeiro passo para combater essas doenças é conhecer os agentes causadores, os sintomas, as formas de transmissão e de prevenção. Na tarefa de contribuir para o controle de doenças relacionadas à água e, sobretudo, aquelas mais comuns após as enchentes, a população brasileira conta com a Fiocruz, onde não faltam projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção em saúde pública em áreas relacionadas ao tema. Destaque para a leptospirose Febre, dor de cabeça e dores no corpo, principalmente na panturrilha: se a pessoa apresentar estes sintomas alguns dias após ter entrado em contato com águas de enchente, esgotos, terrenos baldios, lagoas ou rios contaminados, ela pode estar com leptospirose. Apesar de curável, a doença é grave. Por isso, em caso de suspeita, é necessário procurar um médico imediatamente. Vômitos, diarreia, tosse e, nos casos mais graves, pele e olhos amarelados também estão entre os possíveis sintomas da doença, que ocorre, principalmente, nos meses chuvosos e nas áreas metropolitanas. A leptospirose é transmitida ao homem, sobretudo, durante as inundações, quando a urina de ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se às águas de enchente. Ao entrar em contato com essas águas, a pessoa contrai a bactéria Leptospira, que penetra no corpo pela pele, especialmente por ferimentos. Para se prevenir, o conselho número um é evitar o contato com as águas de enchente. Obras de saneamento básico e melhorias nas habitações também estão entre as medidas de prevenção. Pesquisa da Fiocruz Bahia realizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador, mostrou que quem residia a menos de 20 metros de esgotos a céu aberto e em áreas propensas a alagamentos tinha um risco 42% maior de ser infectado pela Leptospira. Para quem morava a menos de 20 metros de um local de acúmulo de lixo, esse risco era 43% maior. O estudo revelou ainda que, para cada acréscimo de um dólar na renda familiar diária per capita, a chance de infecção diminuía 11%, deixando evidentes as correlações entre a leptospirose, as condições de moradia e saneamento e o acesso à renda. O controle de roedores, que também faz parte da prevenção à doença, requer cuidado. O Ministério da Saúde orienta que o uso de venenos raticidas deve ser feito por técnicos capacitados. Para eliminar a bactéria Leptospira, recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio (água sanitária): um litro do produto para cada mil litros de água do reservatório. Já para a limpeza de locais e objetos contaminados durante a enchente, deve-se diluir um copo de hipoclorito de sódio em um balde com 20 litros de água. Os dados da doença no país em 2008 chamam atenção para uma questão importante: enquanto o Sul teve o maior número de casos (920 entre os 2.518 notificados), os óbitos estiveram concentrados no Sudeste, que teve 116 dos 272 casos fatais. Colaboração junto à OMS O Laboratório de Referência Nacional para Leptospirose, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), tornou-se, no ano passado, o quarto laboratório do mundo a receber a designação de Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para esta doença. Assim, a Fiocruz assumiu uma série de responsabilidades perante a OMS e passou a atuar em uma esfera mais ampla em termos de cooperação internacional na área. "Firmamos o compromisso de oferecer apoio técnico e científico para a OMS em situações epidêmicas e em todas as questões relacionadas à doença, além de investir no desenvolvimento de outros centros de pesquisa, na multiplicação do conhecimento sobre a leptospirose e na formação profissional", explica a pesquisadora Martha Pereira, chefe do Laboratório do IOC e diretora do Centro Colaborador da OMS para Leptospirose, que já participou de missões do órgão em países como República Dominicana e Nicarágua. Também na Fundação, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), são produzidos kits para diagnóstico da doença, fornecidos ao Ministério da Saúde. Os kits são produzidos a partir de metodologia Elisa. Em contrato com a empresa Chembio Diagnostics, Biomanguinhos assinou a transferência de tecnologia para produção de um kit rápido de diagnóstico com base na tecnologia conhecida como DPP (dual path plataform), que permite o resultado em poucos minutos e sensibilidade maior em relação a outras metodologias. Além disso, ele pode ser adotado para teste em diversos fluidos corporais. O procedimento é simples para o usuário: o teste consiste numa cartela onde é depositada pequena quantidade do material a ser analisado e o próprio dispositivo indica o resultado, num sistema semelhante ao adotado em testes de gravidez. O processo de transferência de tecnologia iniciado em 2007 ainda está em curso e a previsão é que a Fiocruz produzirá entre 70 e 100 mil testes por ano. Ao mesmo tempo, a Fiocruz trabalha para colocar à disposição do Ministério da Saúde um produto estratégico para diagnóstico rápido da leptospirose usando tecnologia própria. Pesquisadores da Fiocruz Bahia, em parceria com Biomanguinhos e a Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, desenvolveram a metodologia inovadora. "Este é um teste que vai ajudar a salvar vidas, representando uma ferramenta importantíssima para o médico identificar a doença ainda no seu início, antes da progressão para formas severas", destaca um dos coordenadores do projeto, o pesquisador Mitermayer Galvão dos Reis, diretor da Fiocruz Bahia. O desenvolvimento do teste foi possível porque a equipe de pesquisadores identificou o componente da bactéria Leptospira que estimula a produção de anticorpos pelo paciente. Na etapa atual, a Fiocruz Bahia e Biomanguinhos trabalham conjuntamente para o desenvolvimento e obtenção das proteínas recombinantes que são objeto de duas patentes da Fundação e que servirão como base para o teste. "Em breve, avançaremos para uma fase de avaliação e validação do kit, que será realizada de forma compartilhada envolvendo a Fiocruz Bahia, Biomanguinhos e outras instituições de excelência do país, com apoio do Ministério da Saúde", observa Antonio Ferreira, gerente do Programa de Reativos para Diagnóstico de Biomanguinhos. O pesquisador da Fiocruz Bahia Albert Ko, coordenador científico do projeto, conta que em seguida será realizada a avaliação clínica do desempenho do kit, que antecede a obtenção de registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O teste terá formato similar ao de um cartão de crédito e o resultado sairá em até 15 minutos", antecipa.

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Estudo investiga ansiedade odontológica e dor de dente em crianças do Recife

Ir ao dentista é uma atividade que geralmente gera ansiedade em adultos, pois as pessoas temem experimentar sensações dolorosas. Quando se trata de crianças, esse receio pode ser um pouco mais intenso, principalmente quando somado à própria dor de dente. Um estudo realizado por pesquisadoras da Universidade de Pernambuco avaliou a ansiedade e a dor relacionadas ao tratamento odontológico em 2.735 crianças menores de cinco anos de idade moradoras da cidade de Recife. A prevalência de ansiedade encontrada foi alta (34,7%), assim como o histórico de dor de dente em crianças tão pequenas (9,1%).

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