Foi lançado dia 14de novembro o suplemento especial da revista Ciência e Saúde Coletiva. Editada pela Comissão de Políticas, Planejamento e Gestão da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), a publicação, intitulada Teses da 13ª. Conferência Nacional de Saúde, reúne oito teses sobre os desafios da saúde no Brasil.
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Febre Amarela: vídeo, perguntas e respostas
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produz e desenvolve imunobiológicos para atender às demandas da saúde pública no Brasil, sendo o maior fornecedor de vacinas do Ministério da Saúde em atendimento ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Além de suprir as necessidades nacionais, Bio-Manguinhos fornece vacinas para as Agências das Nações Unidas, atendendo também o mercado internacional.
Atualmente, Bio-Manguinhos é o único produtor a vacina contra a febre amarela no Brasil – um produto que se tornou muito procurado pela população após a ocorrência de alguns casos da doença pelo país. Diante disso, o Instituto, além de garantir o abastecimento total das unidades de saúde, tem também se voltado ao esclarecimento de dúvidas população em relação à doença no intuito de evitar que haja um procura desnecessária pela vacina.
Leia MaisNovo método de detecção e vigilância de vetores do vírus da dengue é testado
Como uma vacina ainda não está disponível, prevenir um crescimento repentino da população de vetores é a única forma de evitar aumento da transmissão da dengue. A afirmação foi feita por pesquisadores da Fiocruz Pernambuco, da Escola Nacional de Saúde Pública, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Secretaria de Saúde do Recife e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em artigo recém-publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Baseados nessa premissa, os cientistas desenvolveram um novo método de detecção e vigilância do mosquito transmissor da dengue a partir da coleta permanente de ovos do inseto e avaliaram seu uso em diferentes áreas urbanas do Recife, segunda região a apresentar mais casos de doença no país.
O novo sistema de captura, baseado no modelo convencional, é constituído por um copo plástico preto, preenchido com uma infusão de grama diluída em água, com três raquetes de madeira verticalmente fixadas com grampos em sua parede interna que servem como um suporte para o depósito de ovos pelos mosquitos. Além disso, houve a adição na infusão de um inseticida comercial composto pela bactéria Bacillus thuringienses israelensis (Bti), utilizada no controle do Aedes aegypti. Os pesquisadores constataram que mais ovos foram depositados na presença da Bti, que não reduziu a atratividade de fêmeas grávidas do mosquito e funcionou como um larvicida, removendo os riscos de transformar os copos em locais de desenvolvimento do vetor. A coleta massiva efetuada em um dos locais preveniu uma explosão populacional, apontam os especialistas. Os resultados indicam que essa pode ser uma estratégia promissora na detecção e prevenção de explosões populacionais de vetores de Aedes aegypti.
Leia MaisTese de doutorado aborda a violência contra a mulher nas relações conjugais
A saúde pública tem papel fundamental na prevenção e atenção a pessoas em situação de violência. Segundo o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002, algumas medidas como a coleta de dados sobre a violência, a criação e implementação de planos nacionais de prevenção, o apoio à pesquisa sobre causas e conseqüências da violência e a promoção da igualdade social e de gênero devem ser prioridades na busca pelo fim da violência, especialmente contra a mulher. Pensando nisso, a psicóloga Corina Mendes, do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) da Fiocruz, desenvolveu a tese de doutorado Vozes do slêncio: estudo etnográfico sobre violência conjugal e fertilidade feminina, no Instituto Fernandes Figueira (IFF), outra unidade da Fundação. O estudo buscou compreender as escolhas de mulheres vítimas de violência conjugal, relacionadas ao campo da saúde reprodutiva, especialmente sobre a decisão de engravidar. A pesquisadora constatou que a idealização da família de origem e a ausência de afeto e proteção na infância influenciam nas escolhas amorosas e na decisão de ter filhos dessas mulheres.
Durante a gravidez há a esperança de reparação ou consolidação da família por meio dos filhos, atribuindo a eles a expectativa de garantir a estabilidade e segurança à vida conjugal, o que geralmente não acontece, expondo a mulher a riscos ainda maiores de violência, ressalta Corina. A pesquisa baseou-se na experiência da pesquisadora no trabalho com gestantes no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e na Assessoria de Prevenção de Acidentes e Violência da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro. O trabalho de campo foi realizado no Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam), serviço do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), que presta atendimento psicossocial e jurídico a vítimas de violência.
Leia MaisPesquisa registra alto percentual de acesso a medicamentos no Sul e Nordeste
Mais de 80% dos adultos e idosos das regiões Sul e Nordeste têm acesso a todos os medicamentos de uso contínuo de que necessitam para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e/ou problemas de saúde mental. A boa notícia está num artigo publicado na edição de fevereiro do periódico científico Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz. Apesar do resultado otimista, os autores frisam que a parcela da população que não tem acesso a esses medicamentos é significativa e não pode ser esquecida.
Outro aspecto evidenciado pela pesquisa chama a atenção: ainda que, de maneira geral, o acesso aos medicamentos de uso contínuo seja elevado, ele é menor no Nordeste, se comparado ao Sul. Este achado é preocupante, pois demonstra iniqüidade no acesso a medicamentos: a maioria da população avaliada no Nordeste pertence aos estratos econômicos D e E, dependendo basicamente, portanto, do setor público para a obtenção de medicamentos, afirmam a epidemiologista Vera Paniz, da Universidade Federal de Pelotas, e co-autores no artigo.
Leia MaisPanorama sobre o aborto no Brasil
A Radis de fevereiro antecipa resultados de ampla pesquisa que deve ser divulgada, ainda neste semestre, sobre as implicações à saúde da mulher dos abortamentos inseguros no Brasil, que podem chegar a 1,2 milhão dos cerca de três milhões que ocorrem na América do Sul.
Leia na integra essa matéria http://www.ensp.fiocruz.br/radis/66/capa.html
Leia MaisEspanha inaugura primeiro banco de leite humano seguindo modelo brasileiro
A Espanha acaba de inaugurar o primeiro Banco de Leite Humano (BLH) a funcionar na Europa seguindo o modelo brasileiro. A ação faz parte do programa Cúpula Ibero-americana de Bancos de Leite Humano, coordenado pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (Rede BLH-BR), projeto interinstitucional da Fiocruz, desenvolvido sob a responsabilidade do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e do Instituto de Informação Cientifica e Tecnológica (Icict), unidades da Fiocruz.
O modelo brasileiro foi implantado no Serviço de Neonatologia do Hospital 12 de Octubre, pertencente à Prefeitura de Madri. Segundo o coordenador da Rede BLH-BR, João Aprígio Guerra de Almeida, todas as técnicas de processamento e controle de qualidade seguem as instruções normativas da rede brasileira, que visa garantir a qualidade final do produto, a qualificação de recursos humanos e contribuir com o modelo de gestão brasileiro para o desenvolvimento científico e tecnológico. Além dos profissionais de saúde, a equipe do IFF treinou 150 professores das áreas de pediatria, neonatologia, enfermagem e nutrição, de toda Espanha, para atuarem em bancos de leite humano.
Leia MaisCongresso debate os avanços e as dificuldades para se obter uma vacina contra o HIV
Os progressos e os desafios em relação ao desenvolvimento de uma vacina contra o HIV foram discutidos na tarde desta quarta-feira (16/4), durante o 2º Congresso da CPLP sobre DST/Aids, no Rio de Janeiro. Alberto Duarte, da Universidade de São Paulo (USP), lembrou que desenvolver uma vacina não é tarefa simples e pode levar de 9 a 18 anos ou até mais. Segundo o palestrante, apesar das dificuldades que incluem a diversidade do vírus e das populações acometidas pela Aids, o custo elevado das pesquisas e o recrutamento de voluntários para os ensaios clínicos , pode-se acreditar numa futura vacina contra o HIV, dados os conhecimentos já acumulados sobre o vírus e a resposta imunológica dos pacientes, bem como informações sobre pessoas expostas e não infectadas.
Ao apresentar um panorama dos esforços mundiais para o desenvolvimento de uma vacina anti-HIV ao longo de cerca de 20 anos de pesquisas, Duarte contabilizou 50 produtos candidatos a vacina, 180 ensaios clínicos e voluntários em 32 países. Dos quatro ensaios em fase mais adiantada que estavam em andamento até outubro de 2007, três foram paralisados e apenas um, da Tailândia, continua em evolução, de acordo com o professor.
Leia MaisParceria internacional lança medicamento contra a malária
A Fiocruz, por meio de sua unidade de produção e desenvolvimento de medicamentos, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), e a organização de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos sem fins lucrativos, a iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), lançaram nesta quinta-feira (17/4) o ASMQ, a nova combinação em dose fixa do artesunato (AS) e mefloquina (MQ), para o controle da malária, já registrado e disponível no Brasil. O ASMQ, que combina dois medicamentos (AS e MQ) em um pequeno comprimido azul, simplifica o tratamento de adultos e crianças com uma dose diária de um a dois comprimidos por três dias, garantindo que os dois medicamentos sejam tomados juntos e na proporção correta. As necessidades das crianças, principais vítimas da malária, são atendidas pelo ASMQ, que oferece três apresentações para as crianças.
As combinações contendo derivados de artemisinina (ACTs) são consideradas os melhores tratamentos disponíveis contra a malária falciparum não complicada e são um elemento decisivo na estratégia de luta contra a malária. Segura, rápida e eficaz, a combinação de AS e MQ é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2001, como um dos quatro ACTs para o tratamento antimalárico de primeira linha.
Leia MaisRevista Radis traz reportagem sobre o Epi2008
A revista Radis do mês de janeiro publica uma segunda reportagem sobre o encontro internacional de Epidemiologia de Porto Alegre, realizado em setembro. Esta edição do Congresso dedicou boa parte dos debates aos métodos empregados pelos epidemiologistas do governo e da academia para estimar mortalidade, frequência de doenças e relações exposição-doença, para testar novas intervenções ou avaliar o sistema de saúde a partir da idéia de que método engloba construção e avaliação de serviços e práticas com base em evidências. A matéria de capa traz uma avaliação sobre uso e aperfeiçoamento de sistemas de informação úteis à compreensão e à intervenção na saúde coletiva. O leitor vai conhecer os importantes resultados das análises dos dados gerados por esses sistemas e de pesquisas demográficas, sobre nutrição, condições de vida, comportamento, ambiente e relações entre mídia e sociedade.
Leia a Radis na íntegra.