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Entrevista: Pediatra fala sobre cuidados com as crianças no verão

Em janeiro e fevereiro, os moradores de diversas localidades do país sofrem com o calor acima do normal, mesmo para o verão. No Rio de Janeiro, por exemplo, os medidores do Centro de Operações da prefeitura chegaram a registrar sensação térmica superior a 50° em alguns pontos do município. Fazer passeios ao ar livre, portanto, tornou-se programa quase obrigatório. Mas antes de aproveitar as atividades, alguns cuidados são necessários, principalmente com as crianças. A pediatra do Ambulatório de Pediatria do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Marlene Assumpção, fala sobre o tema.

Quais são os problemas de saúde mais comuns nessa época do ano?
Desidratação, intoxicação alimentar, insolação, micoses, otites, conjuntivites e, em bebês, brotoejas e queimaduras.

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Ministério da Saúde amplia vacinação contra febre amarela

Os estados do Rio de Janeiro e Bahia passam a intensificar as ações de vacinação nos municípios próximos a Minas Gerais. Foram confirmados quatro óbitos por febre amarela silvestre

Os estados do Rio de Janeiro (nos municípios do noroeste) e Bahia (nos municípios do oeste) passarão a reforçar a vacinação da população que mora próxima à divisa do leste de Minas Gerais com casos suspeitos. O oeste do Espírito Santo já está intensificando a vacinação em 26 municípios do estado. A ampliação da vacinação foi anunciada nesta quarta-feira (18) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que classificou a medida como precaução. Segundo ele, a decisão das secretarias estaduais de saúde, em conjunto com o Ministério da Saúde, foi adotada em função da proximidade com as cidades de Minas Gerais onde estão sendo investigados casos da doença, além do fato da região ser formada por uma mata contínua, sem barreiras com o estado.

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Prevenção do suicídio: saúde mental é tema negligenciado pela mídia

Ainda tabu na sociedade brasileira, o suicídio é um tema que costuma ser evitado pelos meios de comunicação, apesar de ser bem divulgado em casos de falecimentos de figuras públicas ou quando atrelado a mortes inusitadas ou trágicas. Mas, para além do tabu em si, qual seria o real motivo para a imprensa evitar falar sobre o tema e quais seriam as consequências do tipo de veiculação feita, muitas vezes associada ao sensacionalismo?

“A ideia de que a imprensa pode influenciar o suicídio não é recente. O romance Os sofrimentos do jovem Werther, publicado pelo escritor alemão Goethe em 1774, foi apontado como fonte de inspiração para mais de uma centena de suicídios cometidos por jovens na época”, explica a jornalista Juana Portugal, que defendeu especialização sobre o tema no curso de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). “A partir de então, iniciou-se o debate sobre o assunto e o tratamento do suicídio pela mídia foi visto como algo ‘contagioso’, que poderia ter na veiculação dessas notícias o principal fator desencadeador de uma espécie de ‘epidemia’ ”.

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Pesquisa recomenda inclusão da febre Q no diagnóstico diferencial da dengue

Dores no corpo, febre, náusea, vômito, cansaço e dor de cabeça. Estas manifestações, muito comuns no quadro clínico de dengue e de outras viroses de grande circulação no Brasil, também podem estar associadas a uma doença ainda pouco conhecida no país: a febre Q. Causada pela bactéria Coxiella burnetii, a doença é transmitida ao homem pela inalação de partículas contaminadas do ar ou pelo contato com o leite, fezes, urina, muco vaginal ou sêmen de gado, ovelhas, cabras e outros mamíferos domésticos, incluindo cães e gatos, quando infectados, o que associa sua ocorrência sobretudo a ambientes com características rurais.

A ausência de dados epidemiológicos sobre o agravo e a possibilidade de seus sintomas serem confundidos com diversas outras doenças acenderam o alerta para os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Conduzido por Elba Lemos, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, e Maria Angélica Mares-Guia, que concluiu o doutorado em Medicina Tropical no Instituto, um estudo publicado na American Journal of Tropical Medicine and Hygiene observou a presença de C. burnetii em nove pacientes durante um surto da doença em Itaboraí, município do Rio de Janeiro que possui atividades econômicas relacionadas à agricultura e à pecuária. Foi lá que o Laboratório detectou, em 2008, o primeiro caso confirmado por meio de analise molecular no país. Além do Rio de Janeiro, casos de febre Q já foram confirmados em Minas Gerais e São Paulo.

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Projeto testa controle do Aedes aegypti usando energia nuclear

O uso da energia nuclear numa técnica de controle do Aedes aegypti está em teste pela Fiocruz Pernambuco e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Fernando de Noronha. A área escolhida foi a Vila da Praia da Conceição, onde mosquitos machos, esterilizados com radiação gama, estão sendo liberados no ambiente, para competir com os selvagens no acasalamento. Ao vencerem essa disputa, eles passam espermatozóides inviáveis, que são utilizados pelas fêmeas durante todo o seu processo de postura dos ovos, sem gerar novas larvas do inseto. Como a fêmea do mosquito costuma ficar disponível para acasalar apenas uma vez ao longo de sua vida, o cruzamento com machos estéreis acaba impedindo sua reprodução. A partir do uso dessa tecnologia, é esperada uma diminuição da densidade populacional do Aedes.

Desenvolvido em colaboração com o Grupo de Estudos em Radioproteção e Radioecologia (Gerar) do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco (DEN/UFPE), os mosquitos são produzidos em massa no insetário da Fiocruz PE e, ainda na fase de pupa (a última antes da fase adulta/alada), são esterilizados no Irradiador Gammacel, do DEN/UFPE, cuja fonte radioativa é o Cobalto 60. A iniciativa utiliza uma sub-população de mosquitos da própria ilha, buscando preservar suas características genéticas, que já estão adaptadas às condições ambientais do local.

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Exposição ‘Pelos Caminhos do SUS’ será inaugurada nesta terça-feira (31/3)

A próxima terça, dia 31/3, será marcada pela inauguração da nova exposição do Museu da Vida, “Pelos caminhos dos SUS”. O objetivo é desenvolver o tema sob uma perspectiva crítica, mas ao mesmo tempo lúdica, desmistificá-lo, informar, mostrar os avanços e também indicar os desafios. “A mostra explora uma linguagem urbana, com elementos de construção civil, uma alusão a um sistema que ainda está em construção”, afirmou Diego Vaz Bevilaqua, chefe do Museu da Vida. A inauguração é na próxima terça-feira (31/3), às 15h, na Sala de Exposições Temporárias do Museu da Vida.

Além de painéis informativos ricamente ilustrados, a exposição Pelos caminhos do SUS reúne atividades interativas. O visitante se depara com módulos, como Sustentando o SUS, em que uma estrutura em forma de arco sugere o envolvimento de um grupo para a construção dos “pilares” do SUS. Em Time da Saúde, é possível conhecer mais sobre os profissionais da área.

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Piolho: pesquisador esclarece o que é a pediculose, doença provocada pelo inseto

O início do período escolar traz à tona um problema capaz de deixar muitos pais e professores de cabelo em pé. A infestação por piolhos, que atinge a humanidade há milhares de anos, encontra na aglomeração diária de crianças o ambiente ideal para se proliferar. O biólogo Júlio Vianna Barbosa, pesquisador do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), desenvolve atividades educativas sobre o problema que ainda é alvo de preconceito. Em entrevista, Júlio esclarece que o piolho é um inseto que provoca uma doença (a pediculose, causada a partir da infestação pelo inseto Pediculus humanus humanus), aborda mitos e verdades sobre o assunto e defende ações educativas como a mais importante estratégia para um tratamento eficaz.

O que são os piolhos?

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Idosos são os mais afetados pelos problemas dos planos de saúde, mostra pesquisa

“Os idosos apresentam mais reclamações que os demais grupos etários na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reforçando a ideia de que são os mais afetados pela atual configuração do setor privado de saúde e pelas restrições impostas pelas operadoras de saúde”. A suposição foi confirmada, de acordo com a pesquisa do aluno do mestrado da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Wilson Marques Vieira Junior, que acredita que os resultados apresentados podem ser considerados a ponta de um iceberg, seja pela impossibilidade, por exemplo, de mapear os casos de dificuldades de adesão a planos de saúde, mas também pela análise se restringir a reclamações voluntárias.

O estudo também demonstra que há dificuldades para o ingresso de idosos nos planos de saúde, seja por estratégias de comercialização, como a opção preferencial das operadoras em comercializar planos de saúde empresariais, seja por constrangimentos e dificuldades impostas que condicionam o ingresso em plano de saúde à apresentação de laudos médicos e exames laboratoriais ou à realização de entrevistas qualificadas.

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Pesquisa indica polarização na reciclagem de produtos

“A falta dos serviços de beneficiamento industrial e de transformadores de plástico nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte gera a necessidade de transporte rodoviário dos materiais recicláveis ao Sudeste do Brasil, fazendo com que os custos muitas vezes tornem a cadeia da reciclagem inviável”. A observação é da aluna de mestrado profissional em Saúde Pública da ENSP, Liége Castelani. Os resultados da dissertação Análise da cadeia de reciclagem do plástico e suas potencialidades no Brasil, orientada pela professora. Débora Cynamon Kligerman, demonstraram que há forte polarização dos serviços da reciclagem no Sudeste e Sul do Brasil e fraco desenvolvimento destes serviços necessários à cadeia da reciclagem nas outras regiões. Além disso, a aluna destacou que apesar dos avanços na legislação, ainda há precariedade na coleta, seleção, tratamento e destinação final de resíduos na maior parte dos municípios do Brasil.

Segundo Liége, este trabalho buscou compreender todo o fluxo da reciclagem do plástico e identificou  a distância entre as empresas recicladoras e as regiões citadas como a principal fragilidade dos programas públicos de aproveitamento destes materiais. A pesquisa salientou a importância da gestão das cadeias de reciclagem de forma integrada, apreciando o processo industrial a que está submetida como meio de viabilizar as metas de ampliação do aproveitamento de materiais previstas na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

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Projeto de plataforma integra análises de clima, meio ambiente e saúde pública

Um projeto de cooperação entre o Reino Unido e o Brasil, elaborado pela Universidade de Exeter, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Fiocruz, implantará a ferramenta Plataform for Understanding Long-Term Sustainability of Ecosystems and Health (Pulse) no estado do Acre. A Pulse permite a geração de análises integradas entre clima, meio ambiente e saúde pública, proporcionando maior entendimento e previsibilidade no que se refere às mudanças climáticas em andamento, alteração de ecossistemas e incidência de doenças tropicais. Na Fiocruz, o projeto é coordenado pelos pesquisadores Sandra Hacon, Christovam Barcellos, Marco Horta e tem a participação de bolsistas e alunos de mestrado e doutorado do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).

O Pulse é uma plataforma on-line que permite visualização integrada de dados de clima, meio ambiente e saúde humana. Gratuito, o sistema fará parte de um projeto que executará análises acuradas nos próximos três anos, sendo adaptado às contingências do território acreano, primeiro estado brasileiro a usar uma plataforma.

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