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FSP seleciona adolescentes obesos para pesquisa

O Projeto Jovem Saudável, coordenado pela Professora Nágila Damasceno, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, está selecionando adolescentes de ambos os sexos, com idade de 10 a 19 anos, que tenham sobrepeso ou obesidade.

O estudo tem como objetivo avaliar o efeito da dieta sobre o perfil lipídico, oxidativo e inflamatório de adolescentes e conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Mitos do combate à gravidez precoce

É grande a quantidade de mitos e também a desinformação associadas ao uso da pílula do dia seguinte entre os adolescentes e até mesmo entre alguns profissionais nas unidades básicas de saúde. Um dos equívocos mais frequentes é de que ela seria abortiva, quando de fato seu papel é impedir ou retardar a liberação do óvulo pelo ovário, impossibilitando a fecundação. Também há um vácuo em relação ao cumprimento das normas sobre quem indica e quem pode fornecer o contraceptivo de emergência. Mesmo que sua venda só devesse ocorrer mediante prescrição médica, sabe-se que no Brasil praticamente tudo o que se pede no balcão da farmácia é vendido sem necessidade de apresentar a receita.
“Há uma grande discussão de esclarecimento a ser feita a respeito desse tema”, diz Fernando Lefèvre, professor do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, um dos coordenadores de uma pesquisa sobre o uso da pílula. O trabalho, que tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e parceria do Ministério da Saúde, procura interpretar e compreender os sentidos atribuídos à pílula do dia seguinte entre os jovens e os profissionais (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos e outros) que lidam com eles nos postos de saúde.
A partir das conclusões, serão elaborados materiais multimídia para ajudar a esclarecer os adolescentes quanto à prevenção da gravidez e ao uso correto da pílula. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007 mostram que o número de adolescentes grávidas permanece alto, apesar da queda na taxa de fecundidade em todo o país. Cerca de 20% dos partos realizados no Brasil são de mulheres com menos de 20 anos de idade.
Foram ouvidos 300 jovens de 13 a 19 anos e 11 meses, de ambos os sexos, que procuraram atendimento em unidades básicas de saúde na região sul da cidade de São Paulo, além de 60 profissionais desses postos. Embora o levantamento de dados ainda esteja em andamento, algumas conclusões já podem ser anunciadas. Uma delas é que há muitas diferenças na visão entre meninos e meninas a respeito do uso da pílula. A maioria aprova o uso, mas, de acordo com Lefèvre, os meninos são mais “moralistas” e reativos quanto a essa opção. Outra conclusão é que os adolescentes defendem a prevenção da gravidez como o melhor caminho – embora isso não signifique que eles realmente a pratiquem.

Opções – As entrevistas foram baseadas em seis pequenas histórias que apresentavam situações envolvendo o uso da pílula. Numa delas, por exemplo, uma “adolescente muito namoradeira” vai a um baile funk, bebe um pouco demais e no outro dia nem lembra o que acontecera depois. Resolve então tomar a pílula do dia seguinte para prevenir a gravidez. Em outro dos casos, uma adolescente é estuprada num matagal. As amigas a aconselham a usar a pílula do dia seguinte, mas ela quer muito ter um filho e acaba não tomando. Ao final de cada história, eram feitas as perguntas. Para os meninos: “O que você acha desse caso?” Para as meninas: “O que você faria nessa situação?” E, para os profissionais: “Que orientação você daria?”. A entrevista era encerrada com a pergunta: “Para que você acha que serve a pílula do dia seguinte?”.
A pesquisa foi testada em grupos de perfil semelhante ao que seria efetivamente entrevistado, e já na fase do pré-teste revelou surpresas. No caso referente ao estupro, por exemplo, os integrantes do grupo quiseram saber se quem o praticou era uma pessoa conhecida ou desconhecida. “É um fator de ponderação. Para eles, é relevante o ato de violência mais o fato de não conhecer o possível pai. Se é conhecido, o ato é menos visto como agressivo”, explica Lefèvre. A história levada às entrevistas individuais explicitou que o autor da violência era um estranho.
Essa mesma história foi a que suscitou uma das maiores diferenças nas respostas tabuladas até o momento. Enquanto 32,3% das meninas afirmaram que a decisão da personagem de não tomar a pílula era errada porque esse filho seria fruto de um ato de violência, somente 16,9% dos meninos tiveram a mesma opinião. Para apenas 5,17% das meninas a decisão é certa porque é um direito da mãe optar por ter o filho ou não, enquanto 30,9% dos meninos dizem o mesmo. “A gravidez ocorre no corpo da mulher, o que faz com que ela responda como primeira interessada na questão”, diz Ana Maria Cavalcante Lefèvre, mestre e doutora pela FSP e pesquisadora do Instituto de Pesquisa do Sujeito Coletivo, que também participa do trabalho.
Na história sobre o baile funk, o aspecto do moralismo também aparece. Muitas das respostas dos meninos incluíam comentários do tipo “quem mandou ela fazer isso?”, ou “é uma irresponsável” (como se houvesse apenas mulheres nessas festas, observa Ana Maria), ou ainda: “Ela poderia estar fazendo outra coisa, trabalhando ou ajudando a mãe”. O comprometimento do futuro e do projeto de vida, entretanto, é o elemento central da preocupação dos jovens (leia o texto ao lado).

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SES SP abre inscrições para o Prêmio Idéia Saudável

A Secretaria de Estado da Saúde abre, a partir do dia 4 de maio, as inscrições para todos os servidores da pasta que estão interessados em concorrer ao Prêmio Idéia Saudável. O evento vai contemplar as principais idéias dos funcionários para melhorar a qualidade da assistência prestada à população, valorizar os servidores estaduais e otimizar o funcionamento de hospitais.

As inscrições estarão abertas até o dia 15 de maio. Uma das exigências do prêmio é que a idéia sugerida já tenha mostrado resultado em algum hospital estadual e assim possa ter condições de ser implantada em outras unidades. 

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Enxaguante bucal favorece câncer de boca

O uso de enxaguatórios bucais no Brasil cresceu 2.277% de 1992 a 2007, mostra um levantamento realizado pelo cirurgião-dentista Marco Antônio Manfredini, pesquisador da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), baseado em informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. De 2002 a 2007, o aumento foi de 190%.

Para Manfredini, o incentivo ao consumo indiscriminado de enxaguatórios deve ser criticado. "Observamos um grande investimento na indução ao uso do produto. E é importante dizer que, ao contrário da pasta, da escova e do fio dental, o colutório não tem indicação universal. É preciso concentrar a utilização para casos específicos."

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Kit de cheiros ensina a preservar a flora nacional

O cheiro nos remete a muitas coisas. Quem nunca sentiu um perfume e imediatamente o relacionou a alguém ou a algum determinado objeto? Mas muitas vezes não usamos esse sentido para perceber o mundo a nossa volta.  Foi pensando nisso que a jornalista Luisa Massarani, em conjunto com um grupo multidisciplinar, uniu as sensações que as essências despertam com a ciência e desenvolveu um kit de aromas que procura, de forma lúdica, estimular o olfato das crianças e, a partir daí, despertar-lhes o interesse pela diversidade e preservação da flora brasileira. O projeto Divulgação Científica da Flora Brasileira foi contemplado pela FAPERJ por meio do edital Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro.

Formado por uma caixa colorida com potes que contêm uma base de glicerina com essência extraída de plantas ou frutas, o kit Cheiro de quê? também utiliza cartilhas e um livro infantil com informações relacionadas ao tema e revisadas por pesquisadores das áreas de biologia, física, química e design. De forma atraente e acessível, o kit se destina a alunos de 8 a 12 anos da rede pública do Rio de Janeiro e aos visitantes do Museu da Vida/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Acreditamos que será uma ferramenta útil e eficiente de difusão e popularização da ciência, fazendo com que as crianças percebam, pelo olfato, o mundo ao seu redor e a importância dos cheiros”, diz Luisa Massarani, que trabalha no Museu da Vida, museu de ciências interativo ligado à Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz.

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Revista de Direito Sanitário discute a criação das fundações estatais na área da saúde

Em debate conduzido por Dalmo de Abreu Dallari, professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, a nova edição da Revista de Direito Sanitário discute o Projeto de Lei n.   92/2007, que regulamenta a criação e atuação das fundações estatais.

O projeto está em discussão no Congresso Nacional e vem causando muita polêmica, principalmente pelos aspectos jurídicos envolvidos com a participação de fundações estatais na área da saúde.

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Brasil produzirá vacina pneumocócica contra pneumonia e meningite

O Ministério da Saúde dá mais um passo para reduzir a dependência tecnológica no setor e impulsionar a indústria farmacêutica nacional. Nesta segunda-feira, 17 de agosto, firmou acordo de transferência de tecnologia com a empresa inglesa GlaxoSmithKline (GSK) para a produção da vacina pneumocócica conjugada, que protege contra a pneumonia e meningite por pneumococo. O imunizante será fabricado no Laboratório Biomanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz – Rio) a partir do próximo ano. Ele protege contra meningite bacteriana, pneumonia e otite média aguda e entrará no Programa Nacional de Imunizações já em 2010.

“Com essa incorporação, o PNI, que é um programa de largo reconhecimento mundial, avança, se consolida e qualifica cada vez mais. Hoje, essa vacina está acessível apenas a quem pode pagar cerca de R$ 500 no mercado privado, para proteger cada criança. A partir do próximo ano, estará disponível gratuitamente no SUS”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a solenidade de assinatura do acordo.

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Café, chás, sucos no lugar de leite materno

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra introdução precoce de outros líquidos que não seja o leite materno na alimentação do bebê. Água (60,4%), chás (16,5%), sucos (37%) e outros leites (48,8%) foram oferecidos às crianças já nos seis primeiros meses de vida, período em que o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo. Além dessas bebidas, foi constatada a ingestão de alimentos não saudáveis como bolachas, refrigerantes e café por crianças com menos de 12 meses. O levantamento foi feito em 27 capitais e em outros 239 municípios, o que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças.  

Cerca de 1/4 das crianças, entre 3 e 6 meses, já consumiam comida salgada (21%) e frutas em pedaço ou amassadas (24,4%). A Região Sudeste foi a que apresentou maior percentual de crianças recebendo comida salgada entre 3 e 6 meses de idade (28,9%), superando em mais de três vezes a Região Norte (8,9%).

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