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Glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível no mundo

Neuropatia óptica caracterizada pela perda progressiva do campo visual, o glaucoma representa hoje 12,3% dos casos de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, estima-se em cerca de 1 milhão os casos da doença, com incidência de 2 e 3% na população acima de 40 anos, de acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Dos cerca de 1 milhão de glaucomatosos, 50% ou mais não sabem que são portadores da doença. A estimativa é que até 2020 o glaucoma deverá atingir  80 milhões de pessoas em todo o mundo.

Ao contrário do que ocorre com a  catarata, a cegueira provocada pelo glaucoma é irreversível – e silenciosa, pois a forma mais comum da doença não apresenta sintomas. “A pessoa não se apercebe, a não ser quando já perdeu 90% de seu nervo óptico”, revela o oftalmologista Remo Susanna Jr., titular da disciplina de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O nervo óptico – que tem cerca de 1 milhão de fibras nervosas – é que faz a comunicação entre o olho e o cérebro, explica o médico.  É ele que leva a imagem que o olho capta para o cérebro interpretar. Ao ser danificado por conta do glaucoma, essa comunicação é interrompida, ou seja, “o indivíduo tem o olho normal, tem o cérebro perfeito, mas eles não se falam, e o indivíduo fica cego por causa dessa lesão no nervo óptico”.

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Sucesso da terapia celular contra diabete depende da condição imune

Efeito terapêutico dura menos em pacientes cujo sistema imunológico ataca de forma agressiva o pâncreas, mostra estudo

Estudo do Centro de Terapia Celular da USP constatou que efeito terapêutico foi menos duradouro em pacientes com maior quantidade de linfócitos capazes de agredir células do pâncreas antes do tratamento – Foto: Wikimedia Commons via Agência Fapesp

Um método inovador para tratar o diabete tipo 1, baseado no transplante de células-tronco hematopoiéticas retiradas da medula óssea do próprio paciente, começou a ser testado no Brasil há 13 anos com resultados bastante heterogêneos. Enquanto alguns dos voluntários permanecem há mais de uma década livres das injeções de insulina, outros voltaram a usar o medicamento poucos meses após receberem o tratamento experimental.

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98% dos idosos não conseguem atravessar a rua no tempo dos semáforos

Estudo destaca que mudanças simples garantiriam mobilidade e maior autonomia para a população de idosos em São Paulo

Em Curitiba (PR) foram implantados alguns semáforos inteligentes – Foto: Cesar Brustolin/SMCS via Fotos Públicas

Poucos metros separam uma calçada da outra. Mas, quando o sinal verde autoriza a travessia de pedestres, cruzar a rua pode se tornar uma façanha, principalmente para as pessoas com mais de 60 anos: o luminoso com o bonequinho vermelho começa a piscar antes que eles cheguem com segurança ao outro lado da calçada.

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Hábito de acumular objetos merece atenção especial

Estudo realizado na Europa mostrou que o transtorno de acumulação afeta de 2% a 6% da população

Em uma sociedade que cria necessidades desnecessárias e descartáveis, conforme a lógica capitalista do consumismo exacerbado, não constitui surpresa a existência de uma figura como o acumulador, cuja tarefa é essa mesma, a de acumular objetos e utensílios que nem sempre servem a uma finalidade específica. Na verdade, os acumuladores são vítimas de um transtorno mental – o transtorno de acumulação, o qual deixou de ser um subtipo do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) para passar a ser classificado separadamente.

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Projeto vai avaliar impactos do zika no desenvolvimento infantil

USP participa de projeto interdisciplinar e multicêntrico para analisar os impactos do zika vírus na infância

Objetivo é analisar crianças afetadas e não afetadas pelo vírus para descobrir quais as limitações decorrentes – Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

Um projeto interdisciplinar trabalha na análise de crianças afetadas pelo zika vírus e como essas alterações afetam o desenvolvimento infantil e o contexto familiar. O estudo compara dois grupos de famílias de crianças nascidas entre julho de 2015 e agosto de 2016, período em que houve o surto do vírus no Brasil. A meta é identificar quais limitações são impostas devido à presença do zika e, também, limitações que são causadas por outros fatores, como o contexto familiar, social ou econômico.

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Suicídios – tantos porquês

Maria Julia Kovacs é professora associada do Instituto de Psicologia da USP e coordena o Laboratório de Estudos sobre a Morte

Maria Julia Kovacs – Foto: via YouTube / LLC

A morte ainda é tema tabu na atualidade e o suicídio é o ápice no espectro das interdições. Sempre foi difícil abrir espaço para falar sobre o tema, mas hoje dois eventos abriram a discussão sobre a questão que normalmente é calada, pois o principal aspecto sempre aventado é que falar sobre suicídio pode induzi-lo, pelo contágio.

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Suicídio entre jovens é um problema de saúde pública no Brasil

Aumento nos últimos 24 anos foi de 27,2% e as drogas estão entre os principais fatores de risco

Para o psiquiatra assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, Cristiano Cardoso Moreira, o aumento do suicídio na população jovem hoje é um fenômeno mundial e uma questão de saúde pública. O psiquiatra afirma que atualmente um dos principais fatores de risco para o suicídio é o consumo de drogas. “Existe uma ligação muito grande entre  o aumento de suicídio e o aumento do consumo de drogas e também do bullying.”

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Pele de amendoim pode auxiliar a prevenir diabete e obesidade

Estudo aponta presença de compostos naturais que inibem enzimas relacionadas à absorção de carboidrato e gordura

Substâncias presentes na pele promovem a diminuição da absorção de açúcares e gorduras – Foto: via Stacy Spensley Visual Hunt/CC BY

Compostos naturais da pele de amendoim podem auxiliar na prevenção da diabete e da obesidade. Esse é o resultado de um estudo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, sediada em Piracicaba.

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Pet Terapia beneficia saúde dos idosos em contato com animais

A Terapia Assistida por Animais, conhecida como Pet Terapia, é um tratamento auxiliar para diversos tipos de doenças

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Síntese biológica de aminoácido raro é revelada em bactéria

As interações existentes no processo de formação (biossíntese) do aminoácido selenocisteína foram desvendadas por uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Biologia Estrutural do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Ao contrário dos outros 20 aminoácidos existentes, a selenocisteína tem características incomuns: ela é sintetizada a partir de outro aminoácido (serina) e tem selênio em sua composição, um composto que possui duplo papel nas células, já que, em concentrações muito baixas, é um micronutriente essencial para a célula e, em concentrações mais altas, se torna uma toxina potente.

Em 2011, com o intuito de entender a biossíntese e incorporação desse aminoácido raro, Vitor Hugo Balasco Serrão e Ivan Rosa Silva, então alunos de mestrado e formandos da primeira turma do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC, sob a orientação do professor Otavio H. Thiemann e a parceria com Marco Tulio Alves Silva (pós-doutor do grupo), iniciaram estudos acerca das interações macromoleculares envolvidas na biossíntese da selenocisteína, utilizando como modelo o organismo Escherichia coli, bactéria que atua na regulação da flora intestinal.

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