Os cursos de mestrado e doutorado da ENSP abrirão suas inscrições para 2014. No período entre 12 de agosto e 6 de setembro, os interessados poderão fazer sua inscrição nos Programas de Pós-Graduação stricto sensu em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente, e Epidemiologia em Saúde Pública da Escola. As inscrições só poderão ser feitas pela internet, na Plataforma Siga. Os usuários devem conferir atentamente as referências bibliográficas indicadas – e atualizadas nas páginas dos cursos – para cada um dos programas de pós-graduação da ENSP e todas as informações sobre prazos que contam nos editais dos respectivos programas. A chamada completa estará disponível na Plataforma Siga no dia 5 de agosto.
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ENSP forma tecnicos do Haiti em manutenção hospitalar
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, em parceria com o Ministério de Saúde Pública e da População do Haiti (MSPP) e a Brigada Médica Cubana (BMC), vai realizar um curso de manutenção hospitalar no Haiti. O curso foi desenvolvido na modalidade a distância, mas conta com três encontros presenciais entre alunos e professores. A previsão é que o curso Gestão de Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde (Refit) tenha início ainda em julho de 2013. Seu objetivo é que, a partir do curso, os profissionais envolvidos possam gerenciar diferentes equipamentos no que diz respeito à sua criação e manutenção e ainda fomentar um sistema de informações em saúde.
A capacitação, que contará com 15 participantes selecionados pelo Ministério da Saúde do Haiti, é dividida por módulos e tem duração total de um ano. Segundo a pesquisadora da ENSP e coordenadora do curso, Luisa Pessôa, com essa formação, os alunos terão possibilidade de gerir o Parque Tecnológico que o Brasil está construindo no Haiti. Esse projeto envolve três hospitais comunitários de referência, dois laboratórios de saúde pública, 30 unidades para a Rede de Frio (armazenamento de vacinas e insumos), assim como as unidades de saúde já existentes no país.
Leia MaisProqualis se associa à Health Foundation
O Portal do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis) irá publicar em português conteúdo produzido pelo Centro de Recursos de Segurança do Paciente, da Health Foundation – nona maior instituição beneficente da Inglaterra. A instituição avaliou a tradução desenvolvida pelo Proqualis e concordou com a publicação de seu conteúdo pelo Portal. Entre os materiais previstos estão relatórios, artigos, aulas, vídeos e outros produzidos pela Health Foundation. A ENSP e seus pesquisadores mantêm estreita relação com o Centro Colaborador por meio do desenvolvimento de projetos e linhas de pesquisa. O Portal Proqualis é dividido em duas grandes áreas de publicação: Segurança do paciente e Informação clínica. Nelas, são divulgadas, predominantemente, literatura, metodologias e informações relevantes sobre os temas. A decisão da Health Foundation foi firmada durante visita feita à instituição da coordenadora-geral do Proqualis e pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Claudia Travassos, cujo objetivo foi conhecer melhor sua atuação e prospectar possíveis formas de cooperação. De acordo com Claudia Travassos, os dirigentes da Health Foundation mostraram-se interessados em sugestões e comentários produzidos pelo Proqualis sobre o conteúdo do Centro de Recursos de Segurança do Paciente. A instituição reúne evidências e novos recursos para a prestação de cuidados seguros e confiáveis. Para dar maior clareza e facilitar a navegação pelo seu conteúdo, a Health Foundation acaba de lançar uma nova versão de seu site, que é dividida em três principais áreas: gestão da segurança, idosos frágeis e diabetes. O site reúne documentos fundamentais para pesquisa, normas, diretrizes de implementação e estudos de casos, fornecendo acesso rápido e confiável a informações atualizadas sobre segurança do paciente para gestores e profissionais de saúde. A revisão de todo o conteúdo é feita por uma equipe de especialistas em segurança do paciente, o que garante sua qualidade. A previsão é que mais áreas sejam adicionadas futuramente. Claudia Travassos comentou ainda que, embora a Health Foundation não faça parcerias, a instituição trabalha em colaboração com seis universidades da Inglaterra na formação de pesquisadores, em especial na área de desenvolvimento da ciência. Segundo ela, em 2014, as universidades irão promover um encontro sobre segurança do paciente. “Essas são as instituições que mais desenvolvem pesquisas nas áreas de interesse da Health Foundation”, apontou. A Health Foundation Criada em 1983 com recursos de doação do Private Patients Plan Limited (PPP), a Health Foundation, então chamada de PPP Medical Trust, foi rebatizada, em 1998 – quando recebeu um aporte de cerca de 540 milhões de libras como resultado da venda do PPP Healthcare – para PPP Healthcare Medical Trust. Totalmente independente, a instituição trabalha para que o sistema de saúde do Reino Unido, uma das maiores organizações do mundo, tenha o mais alto nível de qualidade possível e seja seguro, eficaz, oportuno, equitativo e centrado no paciente. Em 2003, tornou-se a Health Foundation e, hoje, por meio de seus programas, investe 17 milhões de libras por ano no Reino Unido em projetos que promovem as prioridades da instituição. Entre eles a segurança e o cuidado centrado no paciente.
(Com informações de Renata Bernardes, jornalista colaboradora do Proqualis)
Leia MaisENSP forma 100 novos sanitaristas para o país
Mais 100 sanitaristas formaram-se no Curso de Especialização em Saúde Pública da ENSP. Fruto de uma parceria da Escola com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, por meio da Subsecretaria de Promoção, Atenção e Vigilância em Saúde, o curso é desenvolvido no âmbito da iniciativa Teias – Escola Manguinhos. No dia 25/6, 70 deles colaram grau na presença de representantes das instituições parceiras, professores e familiares. O pesquisador José Inácio Jardim Motta, um dos coordenadores do curso, ao ser homenageado pelos alunos, valorizou o trabalho de saúde pública realizado nas unidades de saúde e a educação permanente dos profissionais. “No mundo real, são vocês que estão fazendo saúde pública lá nas unidades de saúde com a população, ‘cantando’ o cuidado em verso e prosa”, disse Inácio dirigindo-se ao público.
O diretor da ENSP, Hermano Castro, parabenizou os alunos e classificou-os como parte da história da saúde pública. Ele lembrou a promessa da Prefeitura do RJ de aumentar a cobertura do Programa de Saúde da Família e destacou a importância da parceria da ENSP com o município. “Não adianta, porém, só a formação dos profissionais, é preciso estruturar melhor a saúde”, acrescentou.
Leia MaisEspecificidades da Atenção Básica na Amazônia pautam seminário
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e o Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde promovem, de 26 a 28/6, um debate sobre a implementação da Política Nacional de Atenção Básica, no contexto da região da Amazônia Legal. O evento ocorre com base na experiência de execução da avaliação das equipes de atenção básica (AB), no âmbito do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (Pmaq), e pretende abordar os desafios e estratégias da AB na região, considerando suas particularidades do ponto de vista econômico, cultural, social, político e de organização do sistema de saúde.
As três unidades da Fiocruz participantes do Pmaq (ENSP, Fiocruz Amazônia e Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz Pernambuco) são responsáveis pela pesquisa nos estados do Rio de Janeiro, exceto a capital, Espírito Santo, Paraná, Tocantins, Alagoas, Amazonas, Amapá, Pernambuco e Roraima. Com base na experiência nesses quatro estados da região Norte, o seminário discutirá a política de atenção primária na região, considerando os princípios da universalidade, da integralidade e da equidade que regem o sistema público de saúde no Brasil.
Leia MaisPesquisa analisa interferência da indústria do tabaco
Com o propósito de entender a relação que se estabelece entre a adoção de uma medida reguladora pelo governo, com forte impacto na população, e a reação por ela gerada em grupos de interesse, foi apresentada, na ENSP, a dissertação de mestrado profissionalizante em Saúde Pública Análise da interferência da indústria do tabaco na implementação das advertências sanitárias nos derivados de tabaco no Brasil. Desenvolvido pela pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca/MS), a psicóloga Cristina Perez, e orientado pela coordenadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP), Vera Luiza da Costa e Silva, o estudo apontou que várias ações do governo foram permeadas pela interferência da indústria do tabaco.
Causador de várias doenças, levando muitas vezes seus usuários à morte, o tabagismo é fator de risco para todas as doenças que compõem o grupo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças crônicas respiratórias). Para apresentar respostas à situação, o Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer, vem desenvolvendo ações que visam ao controle do tabaco. Uma das estratégias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi a adoção, pelos países, das advertências sanitárias nas embalagens de produtos de tabaco. O Brasil, desde 1988, vem progredindo nessa medida.
De acordo com a autora, a pesquisa foi desenvolvida fundamentada na teoria de políticas sociais, que estuda a ação de grupos de interesse contra a implantação de medidas reguladoras, especificamente a influência da indústria fumageira e seus aliados, na implementação das advertências sanitárias em produtos do tabaco no Brasil. Para isso, foram analisados documentos relacionados à implementação e avaliação das advertências sanitárias nos produtos de tabaco comercializados no Brasil, assim como do arcabouço legislativo que amparou a introdução dessas advertências.
“Foi realizada uma vasta busca nos documentos internos da indústria do tabaco, liberados em 1999 durante ações de litígio nos Estados Unidos, com o objetivo de identificar as reações do setor no processo de introdução e adoção das advertências sanitárias no Brasil e no mundo. Além disso, a pesquisa apresenta também a evolução histórica, com foco na reação da indústria do tabaco”, explicou. De acordo com Cristina, as advertências sanitárias começaram como um pequeno texto inserido nas embalagens de cigarro – medida em alguns países ainda utilizada. Países como o Brasil avançaram muito inserindo imagens que explicam o que se pretende dizer com o texto.
No Brasil, por exemplo, essas imagens passaram a ser mais bem estudadas e mais impactantes, gerando polêmica entre os usuários, a indústria, o meio científico e a população em geral. O que aponta, para a autora, a importância da investigação científica no constante estudo do tema. No país, muitos estudos foram realizados a fim de apoiar a implementação de advertências de saúde, algumas pesquisas como Pesquisa de Opinião Disk Saúde, Pesquisa de Opinião Instituto Datafolha, Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Agravos Não Transmissíveis (MS/SVS/Inca), entre outros, foram fundamentais na definição das mensagens de acordo com o apoio do público e a necessidade de informação.
Ceensp debate óbitos materno e infantil no dia 19/6
No dia 19/6, ocorrerá a oitava atividade do Centro de Estudos da ENSP em 2013. Com o tema Vigilância do óbito materno, infantil e fetal e atuação em comitês de mortalidade, participarão como expositores da atividade a professora da Universidade Federal de Pernambuco, Sandra Valongueiro Alves, a coordenadora do Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Sônia Lansky, e o professor do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz, Marcos Augusto Bastos Dias. A atividade, marcada para as 13h30, no salão internacional da Escola, é aberta a todos os interessados e será transmitida pela internet pelo endereçowww.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/videos/.
O Ceensp será coordenado pela pesquisadora do Departamento de Métodos Quantitativos em Saúde da ENSP Sonia Duarte de Azevedo Bittencourt, que é a responsável pelo curso de Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e Atuação em Comitês de Mortalidade.
Curso Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal
Leia MaisInscrições abertas para três cursos do Grupo Direitos Humanos e Saúde da ENSP
Grupo Direitos Humanos e Saúde da ENSP (Dihs) está com inscrição aberta para três cursos de atualização: Direitos Humanos e a Violência de Gênero; Direito Constitucional e Saúde; e Justiça Ambiental, Ocupação do Espaço, Determinantes Sociais e Saúde. Os cursos são gratuitos e destinados a estudantes e profissionais das áreas de Direito e Saúde, líderes comunitários, sindicalistas, entre outros.
Ao todo, estão disponíveis entre 30 e 50 vagas, dependendo do curso, e as inscrições ficarão abertas até dois dias antes da realização dos cursos ou até que o total de vagas seja preenchido.
Leia MaisPesquisa revela epidemiologia do câncer em jovens
Caracterizar a distribuição epidemiológica do câncer em adultos jovens no Brasil, com ênfase no câncer de mama feminino, e determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos nos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama. Esse é o objetivo da tese de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente, defendida por Sabrina da Silva Santos na ENSP, em 10 de junho. Os resultados da pesquisa revelam que, entre 2002 e 2004, para os jovens de 20-24 anos no Brasil, o câncer de testículo foi a localização anatômica de câncer com a maior incidência entre os homens, sendo as neoplasias da glândula tireoide, do colo de útero e a doença de Hodgkin as mais incidentes entre as mulheres, e o câncer de encéfalo a principal causa de morte por câncer, em ambos os sexos.
A análise exploratória do estudo de Sabrina sobre a distribuição da incidência e da mortalidade por câncer de mama no Brasil indicou um padrão de magnitude das taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos, similar àquelas descritas como elevadas ou intermediárias em outros países.
Adicionalmente, a pesquisa apontou para um cenário resultante de um processo de mudança na distribuição epidemiológica dessa neoplasia, com aparente aumento das taxas de incidência de câncer de mama nesse grupo etário, na maior parte das capitais analisadas. Segundo Sabrina, o possível aumento da incidência do câncer de mama em mulheres na pré-menopausa, no Brasil, corrobora para a necessidade de mais estudos nesse grupo.
Buscando analisar possíveis fatores de risco associados ao câncer de mama em mulheres jovens, a pesquisadora realizou um estudo caso-controle de base hospitalar com mulheres com menos de 36 anos, na cidade do Rio de Janeiro, quando foram obtidas informações epidemiológicas e amostras biológicas de sangue das participantes. “Nesse projeto, procuramos determinar a magnitude de associação entre polimorfismos genéticos dos genes CYP17, CYP19 e NQO1 e a ocorrência de câncer de mama”, informou.
Sabrina explicou que a exposição aos estrógenos representa um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de mama. “A biossíntese e a metabolização dos estrógenos envolvem uma série de passos enzimáticos regulados por diferentes genes, para os quais sua pesquisa descreveu alguns polimorfismos que podem estar associados ao aumento do risco para o câncer de mama.” Entre esses genes, disse ela, encontram-se a CYP17 e a CYP19, que estão envolvidas na síntese de estrogênio, e a NQO1 envolvida na metabolização de quinonas exógenas ou geradas a partir da metabolização do estrogênio e em outros mecanismos de proteção à formação de neoplasias.
No entanto, elucidou a pesquisadora, os resultados não revelaram uma associação entre o polimorfismo MspA1 do gene CYP17 e Arg 264 Cys do gene CYP19 e a ocorrência de câncer de mama em mulheres jovens (OR = 1,02; IC 95% 0,72 – 1,44 para os genótipos TC/CC do gene CYP17; OR = 0,85; IC 95% 0,48 – 1,49 para os genótipos CT/TT do gene CYP19).
Um aumento estatisticamente significativo do risco estimado de câncer de mama, porém, foi identificado em mulheres que possuíam pelo menos um alelo polimórfico do gene NQO1 (T), OR = 1,96 (IC 95% 1,13 – 3,40), quando ajustado por variáveis de confundimento selecionadas. “Os achados sugerem que o polimorfismo 609T da NQO1 pode ser um fator de risco para o câncer de mama em mulheres jovens no Brasil, mas outros estudos são necessários visando corroborar para os resultados do trabalho”, acrescentou.
A pesquisadora interessou-se pelo tema porque a literatura em relação à distribuição epidemiológica, às diferenças biológicas e aos fatores de risco associados ao câncer em adultos jovens em geral, incluindo o câncer de mama, ainda é extremamente restrita, não só no Brasil, mas no restante do mundo. “Nosso interesse é contribuir para a minimização dessa carência”, finalizou.
Sabrina da Silva Santos possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003), aperfeiçoamento em Formação de Recursos Humanos em Pesquisa Oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer, e mestrado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2006). Sua tese de doutorado, intitulada Câncer de mama em mulheres jovens: incidência, mortalidade e associação com os polimorfismos dos genes NQ01, CYP17 e CYP19, foi orientada pelo pesquisador da ENSP Sergio Koifman.
Países discutem preço de medicamentos contra a Aids
Os desafios que os países de renda média enfrentam para garantir o acesso aos medicamentos antirretrovirais foram tema de uma reunião internacional, realizada entre os dias 10 e 12 de junho, em Brasília. O encontro teve o objetivo de compartilhar experiências sobre a provisão de medicamentos e discutir alternativas para promover a redução de preços nesses países. A Fundação Oswaldo Cruz foi representada pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Jorge Bermudez, pela pesquisadora da vice, Marilena Corrêa, e pelas pesquisadoras no Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da ENSP, Maria Auxiliadora Oliveira e Gabriela Costa Chaves. A Consulta Técnica sobre acesso aos antirretrovirais para países de renda média reúne cerca de 90 representantes, de 20 países, para discutir os desafios da sustentabilidade de programas nacionais de tratamento da Aids em todo o mundo. O evento foi organizado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Central Internacional de Compra de Medicamentos (Unitaid), pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e pela Organização Internacional Pool de Patentes de Medicamentos. De acordo com o Relatório Global do Unaids 2012, cerca de 8 milhões de pessoas estavam em tratamento em todo o mundo até o final de 2011. Em 2010, esse número era de 6,6 milhões. No encontro, foram discutidos os desafios referentes aos altos preços de novos medicamentos para o HIV, a dinâmica do mercado para os antirretrovirais (ARV), a gestão dos direitos de propriedade intelectual e outros fatores que afetam os preços dos ARV, em especial os de 2ª e 3ª geração. Também esteve na pauta a necessidade de mais inovação, pesquisa e desenvolvimento na produção de medicamentos para atender às demandas das respostas dos países ao HIV. Dentre os 20 países participantes do evento, apresentaram suas experiências países de renda média como Índia, Indonésia, Chile, Colômbia, Egito, México, Rússia, África do Sul e Brasil, assim como organizações internacionais. O evento ocorreu na sede da Opas/OMS, em Brasília, e foi aberto por representantes do Ministério da Saúde, da Opas/OMS, de Unaids e Unitaid. O NAF/ENSP Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde em Políticas Farmacêuticas, o NAF/ENSP tem entre suas principais temáticas o trabalho relacionado ao acesso a medicamentos, aos direitos de propriedade intelectual, à avaliação da assistência farmacêutica em cenários ambulatoriais e hospitalares, ao uso racional e ao preço de medicamentos, à Aids, à malária e outras doenças de importância epidemiológica e social. Medicamentos antirretrovirais O acesso universal e gratuito aos medicamentos antirretrovirais é política prioritária do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais desde 1996. No Brasil, em dezembro de 2012, 313 mil pacientes estavam em tratamento com os 21 medicamentos antirretrovirais distribuídos pelo Sistema Único de Saúde. Esses remédios combatem a multiplicação do HIV e fortalecem o sistema imunológico. A seriedade do tratamento com os remédios reduz significativamente a mortalidade e o número de internações e infecções por doenças oportunistas, que aproveitam a fraqueza do sistema imunológico para atacar o organismo.
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