Estão abertas, até o dia 20 de agosto, as inscrições para a seleção pública 2012 dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente, e Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz). Repetindo os anos anteriores, as inscrições só poderão ser feitas pela internet na Plataforma Siga.
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Avaliação do Índice de Confiabilidade para o Trabalho em profissionais de enfermagem
O Índice de Confiabilidade para o Trabalho é um instrumento utilizado nos serviços de saúde, junto com exames clínicos de saúde, como um dos métodos de avaliação do próprio trabalhador ou trabalhadora sobre sua capacidade para o trabalho. O trabalho desenvolvido por pesquisadores da ENSP e do IOC, ambas unidades da Fiocruz, buscou analisar a validade e confiabilidade da versão brasileira do ICT a partir dos trabalhadores da área de enfermagem. Entre os resultados, ficou comprovado que o Índice apresentou propriedades psicométricas adequadas e que o mesmo dá suporte adicional para pesquisas na área de saúde ocupacional.
Publicado no volume 27, número 6, da revista Cadernos de Saúde Pública da ENSP, o artigo Validade e confiabilidade do índice de capacidade para o trabalho (ICT) em trabalhadores de enfermagem é resultado da dissertação de mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública da ENSP de Sérgio Henrique Almeida da Silva Junior, que agora cursa doutorado no mesmo programa, e que teve como orientadoras as pesquisadoras Ana Glória Godoi Vasconcelos (ENSP) e Rosane Harter Griep (IOC) e conta ainda com a participação de Lúcia Rotenberg (IOC).
Leia MaisTese defendida na ENSP/Fiocruz compara qualidade do ar em habitações precárias no Chile
O ambiente residencial e a saúde respiratória de um grupo da população chilena que vive em precárias condições de moradia, nos chamandos ‘acampamentos’, e das famílias assistidas por um programa de habitação daquele país (Chile Barrio) foram tema do estudo que resultou na tese Ambiente residencial y salud respiratoria infantil en familias removidas de asentamientos precarios, Santiago de Chile, desenvolvida pela médica-veterinária Soledad Burgos, no Programa de doutorado Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP, sob orientação da pesqusiadora Rosalina Koifman. Os resultados apontaram para uma maior suscetibilidade a problemas respiratórios nas famílias que habitam os acampamentos antes da mudança para as novas residências, embora a contaminação do ar nas últimas também tenha persistido.
Os acampamentos no Chile se assemelham a áreas faveladas no Brasil. O principal objetivo da pesquisa, que obteve financiamento da Fundação Fograty dos Estados Unidos, segundo Soledad, foi comparar as comunidades assumidas por um programa de habitação do estado com uma população que vive em área urbana em condições de vulnerabilidade ambiental e de vida. "O trabalho propôs uma análise das fontes de contaminação presentes em áreas de habitação precária e uma avaliação dos seus efeitos à saúde. Eu suspeitava que as populações de uma área marginal possuíam fontes de contaminação diferentes das áreas inseridas na sociedade. Nos locais que estudamos existem algumas fontes poluidoras como a queima do lixo, que acontece próximo às casas das famílias. Além disso, os combustíveis utilizados para a queima, como querosone, carvão e lenha, visando o aquecimento das moradias, são também contaminantes, e não têm sido totalmente eliminados nas novas moradias".
Leia MaisIntegrantes do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags) encerram fase de apresentação
Na quinta-feira (28/7), terminou a fase de apresentação dos sistemas de saúde dos países integrantes do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags). Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela foram os últimos expositores, que, assim como os demais, revelaram a constante necessidade de formação de recursos humanos para a área, aliada a mais investimentos na luta por uma saúde universal e equitativa. Entretanto, uma das experiências mostrou como o público e o privado operam através de contratos de gestão em saúde; outro exemplo abordou o rompimento com o modelo capitalista na saúde. Após oito apresentações, durante dois dias, os representantes do Isags têm a expectativa de que o instituto ajude na formulação de parcerias e intercâmbios a fim de alcançarem maior universalização da saúde na América do Sul.
Embora venha apresentando, ao longo dos últimos dez anos, um crescimento econômico grande, o Peru conta com um sistema de saúde extremamente fragmentado, com problemas de exclusão social e muitas iniquidades, explicou o subchefe institucional do Serviço Integral de Saúde, José Del Carmen. Apesar de ter um Ministério da Saúde como autoridade supranacional, as necessidades da população são atendidas pelos Conselhos Regionais de Saúde, responsáveis pelo provimento dos serviços, em que está localizada a maior parte dos estabelecimentos de saúde. Dentre as estratégias desenvolvidas, as ações de atenção primária são o novo foco de atuação do governo para a garantia de um acesso universal para todos. Um dos problemas apontados pelo expositor é que os seguros de saúde do Peru cobrem cerca de 65% da carga de doença do país, cobertura que precisa ser ampliada principalmente para as populações residentes nas áreas rurais.
Leia MaisEnvelhecimento e câncer em debate internacional
Com o objetivo de debater novas propostas metodológicas na área das doenças crônicas, em especial na área da epidemiologia do envelhecimento, a pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos Inês Echenique Mattos e seus orientandos de doutorado da ENSP e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul apresentarão trabalhos no World Congress of Epidemiology, que acontecerá no período de 7 a 11 de agosto em Edimburgo, Escócia. Organizado pela Associação Internacional de Epidemiologia, o evento é realizado a cada três anos, e sua última edição aconteceu na Cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. De acordo com Inês, o grupo atua nas linhas de pesquisa de doenças crônicas e de efeitos de exposições ambientais no ciclo de vida.
O grupo trabalha também com estudos na área da epidemiologia do envelhecimento e do câncer com diferentes abordagens. Em 2010, o estudo coordenado por Inês com idosos institucionalizados foi contemplado pelo Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Pública (Inova-ENSP). A pesquisa teve por objetivo avaliar as condições de saúde, funcionalidade e incapacidade de idosos que residem em instituições de longa permanência, públicas ou filantrópicas, dos municípios de Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro (RJ), sendo realizada em 11 instituições dessas cidades, com um total de 760 idosos.
Leia MaisAgenda Estratégica para a Saúde em debate na ENSP (Fiocruz)
Intensificando o engajamento político da ENSP no processo de fortalecimento do Movimento da Reforma Sanitária brasileira, acontecerá, nesta quinta-feira (4/8) no salão internacional da Escola, a partir das 14 horas, um debate sobre a Agenda Estratégica para a Saúde no Brasil. Elaborado pela Abrasco e pelo Cebes, em parceria com outras instituições, o documento que será entregue ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no dia 5 de agosto, também na Escola, define cinco importantes diretrizes na continuidade da efetivação do SUS. O diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, convida os militantes da Reforma Sanitária para participar do debate neste momento, que culminará com a 14ª Conferência Nacional de Saúde no final do ano.
A entrega da Agenda ao ministro acontecerá simultaneamente ao Seminário Preparatório para a Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde da Fiocruz. A reunião de quinta marca um movimento em defesa do SUS e da centralidade da saúde no debate sobre o desenvolvimento social do país, não sendo restrita apenas às questões assistenciais relacionadas às doenças. Participarão da entrega o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, o presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), Luiz Augusto Facchini e a presidenta do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde, Ana Costa.
Leia MaisDéficit cognitivo é sequela prevalente em prematuro
Propor discussão teórica sobre fatores determinantes do desenvolvimento cognitivo na idade escolar de prematuros de muito baixo peso ao nascer, utilizando o modelo hierarquizado de análise, é um dos principais objetivos do estudo ‘Desenvolvimento cognitivo de prematuro à idade escolar: proposta de modelo hierarquizado para investigação dos fatores de risco’, desenvolvido por pesquisadoras da ENSP, do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e da Maternidade Leila Diniz. O estudo aponta que o déficit cognitivo é a sequela do neurodesenvolvimento mais prevalente na população de prematuros de muito baixo peso. O artigo foi publicado no volume 27, número 6, da revista Cadernos de Saúde Pública da ENSP.
De acordo com o estudo, crianças nascidas prematuramente estão em maior risco para alterações em seu desenvolvimento e o déficit cognitivo persiste como a sequela mais prevalente em prematuros de muito baixo peso ao nascer. "No desenvolvimento cognitivo infantil, fatores socioeconômicos e biológicos têm sido investigados e os mesmos se articulam complexamente. Foi possível identificar que a criança inserida num contexto de baixo nível socioeconômico – nível distal – traz repercussões sobre processos que estão em outros níveis teóricos de explicação: intermediários, tais como a dificuldade de acesso à assistência médica de qualidade, e proximais como a precariedade de estímulo do meio ambiente, os quais determinam desenvolvimento cognitivo deficiente", apontaram as pesquisadoras no artigo.
As pesquisadoras Márcia Lázaro de Carvalho, do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde da ENSP, Maura Calixto Cecherelli de Rodrigues, da Maternidade Leila Diniz – Hospital Lourenço Jorge, e Rosane Reis de Mello e Kátia Silveira da Silva, do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) explicam no artigo que alguns estudos apresentam modelos teórico-conceituais que incorporam um conjunto de variáveis, cuja significância é avaliada através de modelagem estatística. A escolha dessas variáveis para a composição de modelos teóricos pode sofrer influência das características da população a ser avaliada. Segundo elas, a variável prematuridade, por exemplo, é frequentemente incorporada a estes modelos devido à sua associação com alteração do desenvolvimento cognitivo.
Prematuros de muito baixo peso ao nascer correm mais risco de incidência de déficits cognitivos
O estudo mostra que a população de prematuros é heterogênea, apresentando aqueles de muito baixo peso ao nascer – peso inferior a 1.500g – maiores riscos para incidência de déficits cognitivos. "Torna-se importante, portanto, se destacarem fatores específicos para predição da ocorrência deste evento e compreensão do papel de fatores mediadores e de confusão, quando se deseja avaliar uma exposição principal nesta população", explicaram, no artigo. Segundo o texto, estudar os fatores associados ao desenvolvimento cognitivo aquém do desejado em população de escolares nascidos com muito baixo peso ao nascer permite priorizar adequadamente a vigilância, assim como sinalizar a necessidade de intervenção precoce em grupos específicos, minimizar sequelas, melhorar seu desenvolvimento e desempenho escolares, e aumentar suas chances de inclusão escolar e social.
De acordo com as pesquisadoras, o estudo pretende elucidar fatores associados ao desfecho em uma relação de predição e causalidade, em uma população singular e heterogênea entre si (os prematuros de muito baixo peso ao nascer na faixa etária escolar entre 6 e 8 anos), particularmente propensa a déficits cognitivos. O estudo expôs que a entrada da criança na escola a partir da alfabetização requer habilidades cognitivas para atender às demandas acadêmicas, as quais vão se tornando mais complexas. Por fim, o artigo ressalta que o modelo apresentado no estudo não tem a intenção de ser o ideal ou de abarcar toda a complexidade que os constructos impõem. Segundo ele, a proposta é testá-lo em coortes de prematuros nascidos com peso inferior a 1.500g, oriundos de unidades hospitalares terciárias e acompanhados até a idade escolar.
"Espera-se que a aplicação deste modelo hierarquizado possa auxiliar na compreensão dos fatores de influência e mecanismos causais que culminam no desenvolvimento cognitivo destas crianças nesta faixa etária e que contribua na aplicação de medidas de intervenção que promovam o melhor desenvolvimento cognitivo das crianças nascidas prematuras", afirma o artigo.
ENSP/Fiocruz inicia mestrado em Saúde Pública com Instituto de Saúde no Peru
ENSP firma mais um acordo de cooperação bilateral, desta vez com o Instituto Nacional de Saúde do Peru, na qual implementará um curso de mestrado em Saúde Pública voltado para os profissionais da instituição. Coordenado pelas pesquisadoras do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP, Maria Alícia Ugá e Sheila Lemos, o curso terá início no primeiro semestre de 2012 e contará com um corpo docente composto por pesquisadores de cinco departamentos da Escola. O projeto é uma iniciativa do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz no âmbito da Rede de Institutos de Saúde Pública da América Latina/Unasul.
De acordo com Maria Alícia Ugá, "o grande desafio deste novo curso é no sentido de formar uma massa crítica em Saúde Pública que não existe atualmente no Instituto. Os profissionais que estão acostumados a trabalhar com o micro vão ter que lidar com o macro. É necessário que eles saiam da sua esfera de atuação específica para olhar um campo muito vasto que é o da saúde coletiva".
Leia MaisAssistência oncológica infantil é diferenciada no Brasil
Crianças brasileiras com câncer têm a mesma oportunidade de tratamento em todas as regiões do país? Foi com base nesse questionamento que a médica Marilia Fornaciari Grabois defendeu a primeira tese do Programa de Epidemiologia em Saúde Pública da ENSP, intitulada O acesso à assistência oncológica infantil no Brasil. O trabalho foi apresentado um ano antes do prazo final e concluiu que as crianças que habitam nas regiões Norte e Nordeste têm dificuldades no acesso a serviços de assistência médica. Elas estão em desvantagem se comparadas às que moram nas regiões mais ricas do país, Sul e Sudeste, uma vez que estas, sim, possuem maior distribuição e concentração das redes de atendimento, reforçando a hipótese da iniquidade de acesso geográfico.
Especialista em oncologia pediátrica e médica do Instituto Nacional do Câncer, Marília Grabois buscou medir o acesso à assistência oncológica em todo o país utilizando dados secundários disponíveis no DataSUS e o pressuposto da importância do diagnóstico precoce em um tipo de câncer que é raro. "O câncer em crianças é raro, tem um desenvolvimento rápido e é uma doença altamente curável se o diagnóstico e o tratamento forem feitos precocemente em centros especializados. O diagnóstico precoce é importante para a sobrevida da criança, que, em países desenvolvidos, está em torno de 70%."
Leia MaisControle do tabagismo: interferência na liberdade?
O Centro de Estudos da ENSP (Ceensp) retorna no dia 31 de agosto com um tema bastante controverso para a sociedade: Controle do Tabagismo: interferência na liberdade?. Quatro pontos de vista – o produto, o fumante, a indústria e o estado – serão explorados no debate por Humberto Coelho Martins (Gerência de Produtos derivados do Tabaco/Anvisa), Deborah Carvalho Malta (Secretaria de Vigilância em Saúde/MS), Paula Johns (Aliança para o Controle do Tabagismo no Brasil/ACTBR) e Tânia Maria Cavalcante (Comissão Nacional de Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco/Conicq), respectivamente. O evento está marcado para 14 horas no salão internacional da ENSP. Será aberto a todos os interessados e não é necessário inscrição prévia.
O Ceensp será coordenado pela pesquisadora da ENSP Vera Luiza da Costa e Silva. No dia 29 de agosto, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer lançam campanha no Dia Nacional de Combate ao Fumo.
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