“As iniquidades são desigualdades evitáveis. Portanto, qualquer política que aumente a desigualdade é considerada injusta, pois poderia ter sido evitada”, disse o diretor do International Institute for Society and Health, de Londres, Michael Marmot, na Conferência Fair Society: health lives, realizada no VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em São Paulo. Em outra mesa-redonda, o tema dos Determinantes Sociais da Saúde e suas perspectivas foi abordado pelo coordenador do Centro de Estudos, Política e Informação sobre os Determinantes Sociais da Saúde (Cepi-DSS/ENSP/Fiocruz), Alberto Pellegrini. Segundo ele, a maior contribuição da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, realizada em outubro no Rio de Janeiro, foi a construção de documentos norteadores, como a Declaração Política do Rio sobre os Determinantes Sociais da Saúde, que busca combater as iniquidades em saúde, com foco em ações baseadas nos DSS.
“Cada palavra escrita no documento, conhecido como Carta do Rio, foi uma decisão compartilhada. Ela não é somente a declaração da conferência, mas sim um compromisso dos 130 países que assinaram o documento”, apontou Pellegrini.
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Investigar a qualidade das informações sobre os óbitos hospitalares por infarto agudo do miocárdio (IAM), avaliar a sobrevida desses pacientes internados em hospitais públicos e estudar a distribuição espacial dos infartados nos bairros do Rio de Janeiro foram os objetivos da tese de doutorado Infarto agudo do miocárdio no município do Rio de Janeiro: qualidade dos dados, sobrevida e distribuição espacial", defendida por Enirtes Caetano Prates Melo, que ganhou o 1º lugar no Prêmio de Incentivo ao Desenvolvimento e à Aplicação da Epidemiologia no SUS 2006, concedido pelo Ministério da Saúde.