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Fiocruz amplia apoio a ações da organização Médicos Sem Fronteiras

Profissionais de saúde da organização internacional humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) já estão aptos para reconhecer precocemente, em 15 minutos, os sinais de alarme para dengue grave. Especialistas da Fiocruz foram responsáveis por essa capacitação. Agora, esses profissionais podem não só aplicar a técnica em campo, como replicá-la a colegas mundo afora. Bem-sucedida, a parceria entre a Fiocruz e o MSF em atenção à dengue, iniciada há dois anos, começa a ser ampliada, estendendo-se a outras doenças infecciosas e também ao campo dos agravos não transmissíveis – no caso, a violência. O Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), que já presta assessoria técnica em dengue e doença de Chagas, passará também a apoiar o MSF na atenção a outras doenças infecciosas. Na área de violência, o aporte virá do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves), da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Em setembro, Fiocruz e MSF assinaram um acordo de cooperação bilateral que prevê cinco anos de ações em atenção à saúde e apoio técnico, qualificação e treinamento, pesquisa operacional e elaboração de materiais científicos.

Violência: novas abordagens

Preocupado em responder à questão da violência, o MSF procurou o Claves, que tem muita experiência em ensino, pesquisa, monitoramento e avaliação. De acordo com a pesquisadora Edinilsa Ramos de Souza, o MSF já lida com essa questão oferecendo atendimento às vítimas – ainda muito dirigido ao tratamento médico dos ferimentos. “Falta sistematizar o conhecimento e ampliar a visão, fornecer atendimento interdisciplinar, com atenção psicológica mais longa que as atuais duas sessões. As marcas no corpo e no emocional, em decorrência da violência intrafamiliar, precisam de acompanhamento prolongado por pelo menos um ano, porque são difíceis até de serem reveladas, e leva tempo para o profissional ganhar a confiança da pessoa”, explica.

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Ameaças naturais: investimento em infraestrutura pode reduzir riscos

 

Pesquisador da ENSP e coordenador do Centro de Conhecimento em Saúde Pública e Desastres, Carlos Machado, concedeu entrevista ao jornal O Dia, na edição de 23 de março. Na ocasião, ele comentou a falta de cultura do país em investir na prevenção de desastres e doenças. A reportagem informa que, nos últimos 20 anos, 96 milhões de pessoas foram afetadas por catástrofes naturais no Brasil, incluindo secas e enchentes. “Só na Região Serrana, os temporais mataram 1.500 moradores”, diz o texto. Para Carlos Machado, “não adianta implantar sirenes sem investir em saneamento, contenção de encostas, drenagem de rios e construção de moradias”.

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ENSP inaugura Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (CETAB)

A ENSP inaugura, na próxima segunda-feira (25/03), o Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP). O objetivo do Cetab é trabalhar a temática do tabaco associado às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), especialmente no âmbito do sedentarismo, da alimentação inadequada e do uso prejudicial do álcool. Para celebrar a inauguração, será realizada uma conferência com o presidente da Academia Nacional de Medicina, Marcos Moraes, que proferirá a palestra Os desafios do controle do tabagismo no Brasil. A atividade, marcada para as 10 horas, no salão internacional da ENSP, será aberta ao público.

A inauguração do Cetab vai ao encontro das prioridades estabelecidas pelo Brasil, como Estado-parte da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. Estarão presentes na solenidade de abertura o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha; o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho; o diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luiz Santini; o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Álvares; o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Jarbas Barbosa; e o coordenador da Associação Médica Brasileira (AMB), Antônio Pedro Mirra.

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Mais de 130 países assinam acordo histórico sobre o fim da violência contra as mulheres

 

A 57ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher terminou na sexta-feira (15/3), em Nova York, com um acordo assinado por mais de 130 Estados-membros sobre a prevenção e eliminação de todas as formas de violência contra mulheres e meninas. Representantes da ONU elogiaram o acordo, considerado histórico, e pediram aos governos que traduzam o resultado em ações concretas para proteger e promover os direitos humanos e liberdades fundamentais das mulheres.
“A violência contra as mulheres é uma violação hedionda dos direitos humanos, uma ameaça global, uma questão de saúde pública e um ultraje moral”, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em um comunicado. O documento final do evento condena, nos termos mais fortes, a violência generalizada contra mulheres e meninas. É a primeira vez que os participantes da Comissão, que desde 2003 debate a violência contra as mulheres, conseguiram concordar em um plano.

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Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) apresenta galeria de fotos sobre sua trajetória

Em 2012, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) celebrou 110 anos de trabalho em todos os países das Américas para melhorar a saúde e elevar o nível de vida de seus povos. Na ocasião, a entidade criou uma página eletrônica para celebrar a data e comemorá-la com a participação da população, por meio da assinatura do livro de visitas digitais. Agora, a Organização lança uma galeria de fotos sobre sua trajetória ao longo desses anos. A Opas foi criada em dezembro de 1902 e é a mais antiga agência internacional de saúde em contínuo funcionamento do mundo.

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Fiocruz realiza campanha em prol das vítimas das chuvas

Moradores das comunidades do território de Manguinhos estão sofrendo graves problemas em decorrência da forte chuva que atingiu o Rio de Janeiro em 5 de março e nos dias subsequentes. Como o bairro está localizado em um local vulnerável, a tempestade não trouxe novidades, já que as enchentes são recorrentes nele. No entanto, segundo relato de moradores, muitos dos quais são trabalhadores da Fiocruz, as condições pioraram nos últimos anos. A ENSP, por meio de sua Assessoria de Cooperação Social (ACS) e reafirmando seu compromisso com o território, pretende mobilizar, em parceria com técnicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), o maior número de pessoas para uma campanha em prol das vítimas das chuvas em Manguinhos.
O mutirão de mobilização, como tem sido chamado, está promovendo uma série de ações em favor dos moradores. Uma delas é a campanha para arrecadar doações de itens diversos, como alimentos não perecíveis, roupas, calçados, lençóis, toalhas, utensílios domésticos, material de limpeza e de uso pessoal, fraldas infantis e geriátricas. Para isso, os organizadores contam com a solidariedade de toda a Fiocruz.
A campanha também pretende continuar com o processo de criação de estratégias estruturantes para a localidade. “Para fundamentar uma intervenção mais eficaz, técnicos da ESF e da ACS/ENSP apresentaram um diagnóstico sobre as principais necessidades da população”, explicou Mayalu Mattos, coordenadora da ACS.
As doações devem ser entregues na Gaiola, localidade próxima ao antigo prédio da Escola Politécnica da Fiocruz, localizada no campus Manguinhos, das 8 às 12 horas, até o dia 28/3. O material recebido no local será levado, todos os dias, às 13 horas para os pontos de distribuição dentro das comunidades mais atingidas.
A distribuição será realizada a partir da orientação do cadastramento feito pelas equipes de saúde das Clínicas de Família (CSE Manguinhos e Victor Valla). Os postos de distribuição são: CCDC de Varginha (Varginha e Mandela), Centro Social da Capela São Daniel (Parque João Goulart e CHP2) e Assembleia de Deus (Vila Turismo e Nova Vila Turismo). Paralelamente, estão sendo promovidas ações educativas para diminuir os danos para a população com informações sobre sintomas de doenças.

A urbanização e sua influência nas enchentes

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Homens sofrem mais com agressão do que mulheres

A mortalidade, a internação hospitalar e os atendimentos de emergência por agressão no Brasil, de 1996 a 2007, foram analisados em artigo publicado na edição de dezembro da Revista Ciência e Saúde Coletiva (vol.17, no.12, dez. 2012). Nele, pesquisadores do Centro Latino-Americano de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves/ENSP) e da Área Técnica de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde indicam que, em 2007, a taxa de mortalidade de jovens por agressão foi de 92,8 por cem mil habitantes, totalizando 24.436 óbitos. O número representa 56,9% da mortalidade masculina por essa causa. A relação entre homem e mulher foi 11,6 vezes maior na mortalidade, 4,5 vezes na internação e 2,8 vezes no atendimento de emergência.
Intitulado Morbimortalidade de homens jovens brasileiros por agressão: expressão dos diferenciais de gênero, o artigo utilizou como fonte os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e do Sistema de Vigilância das Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde. O texto relata que os homens, principalmente os mais jovens, ocupam papel central nas mortes por agressão em todo o mundo. Em 2002, estimava-se que 80% das mortes por agressão incidiram sobre os homens. No Brasil, em 2005, esse percentual era de 92%. Em 2007, no país, 92% dos homicídios eram masculinos, e a principal faixa etária foi a de 20 a 29 anos, representando 40,3% do total desses óbitos.
Ainda segundo a pesquisa, o fato de haver maior presença masculina nesses eventos específicos e na violência em geral ocasiona um debate acerca do lugar e da condição de homens e mulheres nas sociedades. “Discute-se que tanto os status quanto os papéis dos homens que os associam à violência estão relacionados a aspectos socialmente construídos. Desde cedo, meninos são levados a aprender e a reproduzir comportamentos agressivos e violentos contra si mesmos e contra outrem”, justifica o texto.
A análise dos pesquisadores demonstrou crescimento das taxas de mortalidade por agressão na população do país, que aumentou de 23,8 por cem mil habitantes em 1996, para 28,2 em 2003, quando o índice foi o mais elevado. Já a taxa masculina cresceu 20,8%, passando de 43,7 em 1996 para 52,8 habitantes em 2003. Assim como nos dados da população em geral, decresceu a partir de 2004. “Em 2007, a taxa masculina era de 46,2 habitantes, tendo caído 12,5% em relação ao ano de 2003, e voltado ao patamar inicial da série estudada. No sexo feminino, as taxas apresentam pequenas oscilações, de 4,4 em 1996, caindo, em 2007, para 3,9 habitantes.”
O texto conclui que a taxa de mortalidade de jovens por agressão foi de 92,8 por cem mil habitantes, totalizando 24.436 óbitos, o que representa 56,9% da mortalidade masculina por essa causa. Sobre as internações por agressão, os homens jovens totalizaram 16.745 casos no mesmo ano, correspondendo a 46,3% das hospitalizações masculinas. “Observa-se que, no Brasil, em 2007, foram realizados 1.980 atendimentos de emergência a jovens do sexo masculino por agressão, representando 53,1% dos 3.798 atendimentos masculinos por esse evento. “No perfil das vítimas e dos principais agressores, também se destacam os homens negros e aqueles com baixa escolaridade. Frente a esse fato, além do entendimento de modelos culturais de gênero, é preciso compreender outros aspectos estruturantes como a raça/etnia e a classe social”, conclui o trabalho.
O artigo é de autoria dos pesquisadores Edinilsa Ramos de Souza, Romeu Gomes, Juliana Guimarães e Silva e Bruna Soares Chaves Correia, do Claves/ENSP, e Marta Maria Alves da Silva, do Ministério da Saúde.

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A insustentabilidade ambiental em debate no Centro de Estudos da ENSP/Fiocruz

Governança global do desenvolvimento, governança ambiental global, suas consequências, projeções e previsões. Esses foram os temas norteadores da palestra Desgovernança e sustentabilidade, proferida por José Eli da Veiga, professor dos programas de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI/USP) e do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE). As questões foram discutidas durante a segunda sessão do Centro de Estudos da ENSP (Ceensp) em 2013. O palestrante informou que, desde o seu surgimento, a governança global do desenvolvimento e a governança ambiental global caminham separadamente. E isso, alerta José Eli, gera uma desgovernança sobre o campo.

O tema da palestra Desgovernança e sustentabilidade também é o título novo livro de José Eli, que deverá ser lançado em maio. De acordo com o autor, o livro terá basicamente quatro capítulos e outros complementos para elucidação dos leitores.

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Ministério da Saúde lança edital para projetos de atenção à saúde

O Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), abre processo seletivo de projetos que se alinhem às prerrogativas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET/Saúde Redes de Atenção à Saúde – 2013/2015. As inscrições e as propostas deverão ser enviadas pelo endereço eletrônico do FormSUS até 15/4/2013.

Podem se inscrever Instituições de Ensino Superior (IES) para, em conjunto com Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Saúde, elaborarem projetos que articulem com a promoção da integração ensino-serviço-comunidade e a educação pelo trabalho, por meio de grupos de aprendizagem tutorial, no âmbito do desenvolvimento das redes de atenção à saúde.

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Plano Juventude Viva será apresentado na ENSP

O homicídio é a principal causa de morte entre jovens brasileiros de 15 a 29 anos, especialmente negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por homicídios em 2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino. Para tratar do tema, na terça-feira (5/3), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), por meio de sua Assessoria de Cooperação Social (ACS), realizará um seminário com o objetivo de apresentar o Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra – Juventude Viva. A atividade, aberta ao público, será das 9 às 13 horas, no auditório térreo da Escola.

Os homicídios de jovens representam uma questão nacional de saúde pública e, também, grave violação aos direitos humanos. Isso tem se refletido no sofrimento silencioso e insuperável das famílias e comunidades negras, além de já se configurar como um problema demográfico. O movimento social negro vem denunciando, há décadas, tal situação. A exposição desse segmento de jovens a ocorrências cotidianas de violência evidencia uma imbricação dinâmica entre os aspectos estruturantes, relacionados às causas socioeconômicas, e processos ideológicos e culturais, oriundos de representações negativas acerca da população negra.

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