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Pesquisadores de todo o mundo buscam um medicamento eficaz para a Covid-19

A pandemia do novo coronavírus levou o mundo a centrar suas atenções na ciência. No Brasil, não foi diferente. Após ter sido duramente afetada por redução de recursos ao longo dos últimos anos, a pesquisa científica é agora apontada como o principal caminho de combater a Covid-19, que ainda não tem tratamento. Pesquisadores do mundo inteiro, em redes de colaboração, correm contra o tempo para testar medicamentos existentes e novos protocolos para tratar a doença, além de uma vacina que possa proteger a população mundial no futuro.

Os primeiros quadros respiratórios graves provocados pelo coronavírus foram comunicados às autoridades internacionais na segunda quinzena de dezembro de 2019. Sessenta dias depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava a pandemia, que já superou 1,5 milhão de casos e quase 80 mil mortes em 205 países e territórios. Até agora, o vírus superagressivo vem sendo tratado a partir dos protocolos sintomáticos, ou seja, com medicamentos que tratam os principais sintomas da doença, como tosse, coriza e falta de ar. O problema é que a evolução da Covid-19 é muito rápida e em cerca de cinco dias o paciente pode apresentar caso grave de pneumonia. Sem preconceito e distinção entre nações ricas e pobres, o SARS/CoV-2 vem mostrando a fragilidade dos sistemas de saúde e afirmando o papel fundamental da ciência para conter a pandemia.

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Alimentação saudável se aprende na escola

Comer saudável nunca esteve tão na moda quanto nos dias atuais. São diversos os blogs, sites, colunas e programas de televisão que abordam o tema. Mas como convencer crianças e jovens de 10 a 18 anos a abrirem mão dos atraentes fast-food em troca de mais saúde? Foi pensando em promover a boa alimentação, sem uma rejeição radical àquilo que esse público gosta, que a engenheira de alimentos e pesquisadora da Unidade Agroindústria de Alimentos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Renata Torrezan tem trabalhado em um projeto que leva este tipo de informação para dentro das salas de aula.

Engenheira de Alimentos, Renata Torrezan é
pesquisadora da Embrapa 
(Fotos: Divulgação)

Entre os ingredientes dessa deliciosa receita de popularização da ciência estão o suco de uva, a batata palito e o pão francês. Dentro deles, altas doses de açúcares, sódio e gordura que, se reduzidos, podem garantir o casamento perfeito entre prazer e saúde. O projeto, iniciado em 2014 com o suporte da FAPERJ através do programa Apoio à Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro, ainda está em desenvolvimento e tem mexido com o comportamento e mente dos alunos de duas escolas técnicas agrícolas – Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ, campus Pinheiral) e Colégio Técnico da Universidade Federal Rural (CTUR) – e a instituição de formação profissional, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RJ).

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Exercício físico, atividade indicada para qualquer idade

Estima-se que haja cerca de 46 milhões de pessoas com demência no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O mal de Alzheimer acomete, pelo menos, 50% desse total, mas pode ser responsável por uma parcela bem maior. Doença degenerativa comum após os 65 anos de idade, ela se caracteriza pela perda progressiva de células neurais. No início, dá-se a perda da memória recente, que pode progredir até a dificuldade mesmo de reconhecer os parentes mais próximos, entre outros sintomas. Não há, por ora, remédios que possam preveni-lo ou curá-lo. Por conta do crescimento da população de idosos, relatório de 2012 da OMS, realizado juntamente com a Associação Internacional de Doença de Alzheimer (ADI), indica que a probabilidade é de que o número de portadores dobre a cada 20 anos, podendo chegar a 74,7milhões em 2030.

Com a perspectiva de um aumento significativo no número de casos, crescem ao redor do mundo o número de cientistas e de laboratórios que pesquisam formas de identificar e combater o desenvolvimento da doença. No estado do Rio de Janeiro, estudo desenvolvido no Centro de Doença de Alzheimer (CDA), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), liderada pela pesquisadora Andrea Camaz Deslandes, professora do Instituto de Educação Física e Desportos (IEFD) e do programa de pós-graduação em Ciências do Exercício e do Esporte (PGCEE), ambos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), tem demonstrado que a prática de determinados exercícios físicos amenizam e reduzem sintomas não só do Alzheimer, como também do Parkinson e do transtorno depressivo maior (TDM), que, com frequência, costumam acometer idosos.

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Projeto avalia condições ambientais das praias de Niterói, Itaipu e Itacoatiara

Do lixo recolhido nas praias de Itaipu e Itacoatiara em Niterói, a maior parte – pouco mais de 50% – é constituída por várias formas de plástico, desde sacolas a garrafas pet, copos descartáveis e embalagens. No restante, encontram-se materiais diversos, como palitos de picolé e de churrasco, pedaços de vidro, guimbas de cigarro, guardanapos, pedaços de isopor e metais, como tampas de cerveja e pregos, além de restos orgânicos.  Embora o resultado tenha sido observado nas praias oceânicas do município, novos estudos mostram que esse perfil tende a se repetir nas praias do interior da baía de Guanabara e, muito provavelmente, em todo o litoral fluminense. Segundo o biólogo Fábio Vieira de Araújo, da Faculdade de Formação de Professores, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), isso pode ter várias implicações. Levado pelas marés para a água, todo esse plástico se reflete em prejuízo para a vida marinha. “São tartarugas e aves que confundem o brilho do plástico com águas-vivas e peixes, comem e terminam morrendo. E isso significa uma redução da nossa biodiversidade”, comenta o pesquisador, que está desenvolvendo o projeto Praia Limpa é a Minha Praia, com apoio do edital Projetos de Extensão e Pesquisa (ExtPesq), da FAPERJ.

Para ampliar a consciência ambiental da população e divulgar informações sobre formas de preservar o meio ambiente marinho e terrestre, o projeto do pesquisador se divide em três etapas. Na primeira, ele e sua equipe foram a campo e recolheram amostras mensais da água de algumas praias de Niterói e São Gonçalo. “Decidimos nos limitar a esses municípios por serem os mais próximos do nosso campus, em São Gonçalo. Nos últimos três anos, monitoramos, mês a mês, as condições de Gragoatá, Boa Viagem, Flechas, Icaraí, São Francisco, Charitas, Jurujuba, Adão e Eva, Piratininga, Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e outras menos conhecidas, em São Gonçalo”, explica.

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Cinema: antídoto para o preconceito

Preconceitos, discriminações e intolerâncias, que muitas vezes terminam em mortes, são comuns em nosso cotidiano, seja com alguém próximo ou em acontecimentos anunciados nas manchetes de jornais. Para que haja mais tolerância e respeito às diferenças, o professor Marcelo Andrade, que é o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), desenvolveu um projeto de intervenção pedagógica em conjunto com alunos de iniciação científica, mestrandos e doutorandos do Grupo de Estudos sobre Cotidiano, Educação e Culturas (Gecec), da instituição.

Com a exibição de filmes sobre educação e cotidiano escolar, temas como racismo, homofobia, machismo e outras formas de preconceito foram discutidos entre estudantes do ensino médio do Colégio Estadual André Maurois (Ceam), localizado no Leblon, zona sul do Rio. “Vivemos em uma sociedade plural e é comum que diferentes correntes de pensamentos e culturas entrem em conflito. Contudo, para que haja respeito na aceitação e entendimento dessas diferenças, é preciso que os jovens sejam educados nessa perspectiva”, ressalta o professor. Além dos debates, foi criado um cineclube com 150 títulos para a escola, entre filmes e documentários, com catalogação detalhada sobre os temas abordados em cada película, para uso e escolha dos professores. O projeto recebeu recursos da FAPERJ por meio do edital Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

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Exposição na Fiocruz exibe ‘corpo, saúde e ciência’

Peças anatômicas, instrumentos médicos raros usados em exames e exemplares de vacinas antigas, reunidos desde o início do século XX, são parte da exposição “Corpo, Saúde e Ciência: o Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC)”, que fica em cartaz até o final do ano, no Castelo Mourisco, localizado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O evento, que conta com o apoio da FAPERJ, por meio do programa de Apoio à Acervos (APQ 4), busca não somente preservar um patrimônio histórico, como também resgatar o trabalho realizado no passado por grandes médicos patologistas. Para o professor, médico e Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ Marcelo Pelajo, um dos curadores da mostra, o objetivo é disponibilizar todo esse conhecimento científico para a sociedade e permitir ainda que ele sirva de base para novas pesquisas na área. “O nosso principal público-alvo são os estudantes, que contam com atividades lúdicas e com uma visita guiada por toda a mostra. Atualmente, em média, quatro escolas visitam a exposição por dia”, comemora Pelajo. Os outros dois curadores são os professores Pedro Paulo Soares e Barbara Dias.

Para compor a exposição, segundo Pelajo, foram selecionados cerca de 100 itens que integram o acervo original de três coleções biológicas, de alto valor histórico, mantidas pelo IOC e pela Fiocruz: a Coleção da Seção de Anatomia Patológica, criada em 1903 pelo próprio sanitarista Oswaldo Cruz; a Coleção de Febre Amarela, que registra a história das epidemias da doença ocorridas no Brasil entre 1928 e 1970; e a Coleção do Departamento de Patologia do IOC, iniciada em 1984, que reúne diversos materiais experimentais, como lâminas histológicas e peças anatômicas. “Durante o regime militar, parte desse acervo foi perdido ou destruído. Em meados da década de 1980, se iniciou um trabalho de recuperação e preservação desse material, o qual foi intensificado a partir de 2007 quando foi traçado um plano diretor para esse fim.

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Quais as diferenças e semelhanças na gestão dos crimes na França e no Brasil?

Apesar de realidades muito distintas, Brasil e França adotam o mesmo sistema jurídico: o direito positivo ou civil law. Embora essa estrutura jurídica tenha como principal característica o cumprimento de códigos, regras e leis escritas, as especificidades próprias a seu funcionamento em cada um dos países os distinguem em alguns pontos. “No Brasil, por exemplo, o trabalho do Ministério Público (MP) é autônomo em relação ao Poder Judiciário e mesmo às polícias civil e militar. Alguns especialistas chegam até a classificar o MP como um quarto poder, além do Executivo, Legislativo e Judiciário”, explica Vívian Gilbert Ferreira Paes, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Na França, o MP é parte do Poder Judiciário e do Executivo. Assim, a polícia investiga em conjunto com os promotores de justiça, que acompanham, ratificam e eventualmente corrigem os rumos do processo”, complementa.

Essas afirmações são alguns dos resultados da pesquisa de doutorado-sanduíche de Vívian, que resultou no livro Crimes, procedimentos e números: estudo sociológico sobre a gestão de crimes na França e no Brasil, publicado com recursos do programa Auxílio à Editoração (APQ 3), da FAPERJ. Durante a pesquisa, ela realizou uma análise comparativa da questão penal francesa e brasileira entre os anos de 2000 e 2008. “Verifiquei os contrastes e semelhanças na construção e administração dos processos penais, segundo suas instituições, dando destaque à forma e ao processamento de dados entre elas, além de analisar os números de crimes solucionados nos dois países”, explica.

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Faperj

Faperj lança editais na área da saúde

Ao lançar, nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, mais dois editais inéditos, a Fundação estará investindo mais R$ 9 milhões em projetos na área da saúde. Com Apoio aos Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Biotecnológica em Saúde Humana no Estado do Rio de Janeiro – 2013 e Apoio ao estudo de temas relacionados à saúde e cidadania de pessoas idosas – 2013 (Pró-Idoso – 2013), a FAPERJ dá seguimento a seu cronograma, abrindo inscrições para o sexto e o sétimo editais de 2013.

Visando ao desenvolvimento de produtos inovadores na área de biotecnologia, incluindo fitoterápicos, para aplicação nas indústrias farmacêuticas e de produção de ativos biotecnológicos; marcadores moleculares na área de biotecnologia para aplicação nas indústrias farmacêuticas e produção de ativos biotecnológicos; testes diagnósticos para detecção de doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais, degenerativas e genéticas; e produtos para terapia celular, o programa de Apoio aos Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Biotecnológica em Saúde Humana no Estado do Rio de Janeiro – 2013 está voltado a financiar a execução de projetos que objetivem a realização de testes pré-clínicos ou clínicos, nas fases I, II e III.

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Um novo método para o controle da toxoplasmose

A toxoplasmose é uma doença infecciosa de alta incidência mundial, mesmo em países desenvolvidos. Isso porque o protozoário Toxoplasma gondii, causador da doença e eliminado pelas fezes dos felídeos, principalmente dos gatos domésticos, é facilmente transmitido às pessoas. Além de sua forma congênita, o simples contato com superfícies contaminadas pelo parasita, ou a ingestão de alimentos infectados – especialmente carnes cruas ou mal passadas – são vias frequentes de contágio. Para possibilitar maior controle da doença, o veterinário Marcos de Assis Moura, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vem desenvolvendo, com apoio da FAPERJ, o projeto "Estudo do ciclo biológico do Toxoplasma gondii em culturas primárias de enterócitos de gato doméstico".

Sob a orientação das pesquisadoras Helene S. Barbosa e Maria Regina Amendoeira, ambas da Fiocruz, Marcos Moura desenvolveu um modelo de cultivo in vitro de células intestinais de gato doméstico. "Este método pode ser o primeiro passo para a realização de pesquisas sem a utilização de animais adultos vivos e pode abrir caminho para novas estratégias de controle da doença", afirma o veterinário.

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