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‘O Massacre de Manguinhos’: livro sobre perseguição da ditadura à ciência ganha nova edição

O golpe militar de 1964 inaugurou um período de perdas incalculáveis para a ciência nacional. Na Fiocruz — que, na época, chamava-se Instituto Oswaldo Cruz (IOC) —, os anos de chumbo causaram a interrupção de inúmeras pesquisas, o aniquilamento de laboratórios, prejuízos irrecuperáveis em coleções biológicas, a suspensão de colaborações com outros centros de pesquisa. E houve, também, a perseguição a cientistas. Com a imposição de um diretor designado pelo próprio regime e a presença constante de militares no campus, os pesquisadores passaram a ter suas atividades controladas e suas verbas de pesquisa cortadas. Muitos deles foram arrolados em inquéritos, sob o pretexto de se apurar atos de subversão e corrupção.

No dia 1º de abril de 1970, sem que absolutamente nada fosse provado contra eles, dez cientistas da instituição foram cassados pela ditadura militar, com base no AI-5. Tiveram seus direitos políticos suspensos e foram impedidos de trabalhar no IOC e em outras instituições federais. O episódio ficou conhecido como Massacre de Manguinhos. Herman Lent, referência mundial no estudo de besouros, o inseto transmissor da doença de Chagas, foi um dos cientistas cassados. Anos depois, registrou num livro, de forma clara e objetiva, os inquéritos, as indagações, punições, circulares, restrições, pressões e transferências, que causaram enorme prejuízo à ciência. Mas, também, a mobilização e a resistência dos cientistas, que enfrentaram as agressões insistindo na criação de um Ministério para a Ciência. O Massacre de Manguinhos, publicado em 1978 pela Avenir Editora, logo tornou-se referência para os estudos sobre o impacto da ditadura militar na atividade científica realizada no Brasil. A capa, criada por ninguém menos que o arquiteto Oscar Niemeyer, exibia a ilustração do Castelo Mourisco, símbolo mais marcante da Fiocruz, com uma de suas torres desmoronando.

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Ministério da Saúde esclarece sobre o uso do larvicida pyriproxifen

Não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove a associação do uso de pyriproxifen e a microcefalia. O Ministério da Saúde somente utiliza larvicidas recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os produtos passam por um rigoroso processo de avaliação da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme (WHOPES).

O pyriproxifen está entre os produtos aprovados por esse comitê e também possui certificação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que avalia a segurança do larvicida no Brasil.

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Abertas as inscrições para a Pós-Graduação Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, da Casa de Oswaldo Cruz

O Curso de Especialização em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, da Casa de Oswaldo Cruz , é uma proposta inovadora que procura associar a diversidade de experiências e escolas ao patrimônio e ao acervo de conhecimento da Fundação Oswaldo Cruz.
Nesta proposta a interdisciplinaridade cumpre o objetivo de qualificar profissionais através de uma visão integrada da cultura material, historicamente constituída, abordando as diferentes variáveis que afetam os métodos, as técnicas e as práticas de preservação e de gestão do patrimônio das ciências e da saúde, traduzido nas ações de grupos e indivíduos em interação com o processo social.

O objetivo do curso é formar especialistas para prática profissional e/ou pesquisa acadêmica na área de patrimônio cultural, com ênfase no planejamento e execução de ações voltadas para a preservação e gestão do patrimônio arquitetônico e documental das ciências e da saúde.

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Curso de Especialização em Comunicação e Saúde

O Curso de Especialização em Comunicação e Saúde tem o objetivo de contribuir para o aprimoramento e a capacitação dos profissionais integrantes de instituições de saúde, movimentos sociais e meios de comunicação, a fim de fortalecer e aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

São oferecidas 18 vagas e o processo seletivo envolve prova escrita, entrevista, análise do currículo e carta de intenção do candidato. O curso é gratuito e tem carga horária de 375 horas. As aulas serão ministradas de março a dezembro de 2010, uma semana por mês, em período integral. As inscrições estão abertas até 18 de janeiro e podem ser feitas pelo site da Plataforma SIGA (www.sigals.fiocruz.br).
O candidato deverá seguir as orientações disponíveis no link e efetuar a inscrição.

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Seminário Latino-Americano de Demografia e Saúde dos Povos Indígenas

O Grupo de Trabalho de Demografia dos Povos Indígenas da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (GTDPI/ABEP), em coordenação com a Fundação Oswaldo Cruz –  Amazônia (ILMD/Fiocruz) e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) – realizará, entre os dias 21 e 24 de março de 2010, na cidade de Manaus (Amazonas), o Seminário Latino-Americano de Demografia e Saúde dos Povos Indígenas.

O encontro se inscreve entre os esforços regionais para melhorar a qualidade das informações e indicadores demográficos e epidemiológicos dos povos indígenas da América Latina e Caribe. O Seminário terá início na noite do dia 21 de março, contará com três dias de apresentações em oito mesas redondas e uma sessão de encerramento com conclusões e recomendações.

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