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Sistema ajuda portador de deficiência visual a se locomover

A criação de um dispositivo assistivo para auxiliar a locomoção de deficientes visuais por meio de sinais sonoros é o objetivo do projeto SoundSee, desenvolvido no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Os pesquisadores produziram um dispositivo portátil, que emite sons no ambiente para poder calcular a posição de obstáculos próximos. Uma vez identificado o obstáculo, o dispositivo transmite sinais sonoros que orientam o portador de deficiência visual. O protótipo do equipamento será submetido a testes para viabilizar sua utilização em larga escala e os resultados da pesquisa serão disponibilizados livremente.

“Há muito tempo, pessoas privadas da visão utilizam mecanismos auxiliares, como as bengalas, para detectar obstáculos”, afirma Francisco José Mônaco, professor do ICMC e coordenador da pesquisa. “O sistema SoundSee tem a mesma função, porém utiliza métodos mais sofisticados, capazes de localizar esses obstáculos à distância ou perceber seus movimentos”.

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Obesidade pode interferir na aprendizagem das crianças

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, a taxa de obesidade infantil deve chegar a 75 milhões em todo o mundo, um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI. Resultado, segundo especialistas, de alimentação inadequada, privilegiada pelo consumo de biscoitos recheados, chocolates, salgadinhos, lanches e bebidas industrializadas.

A partir desse dado, a fonoaudióloga Patrícia Zuanetti, decidiu estudar a relação entre a obesidade na infância e o aprendizado. E os resultados são ainda mais preocupantes. A pesquisa, após avaliar dois grupos, um com crianças consideradas obesas e outro com crianças não obesas, revelou que o excesso de peso causou prejuízos na atenção e na capacidade de alternar respostas e ações, de acordo com as exigências de estímulos. “Esse é um processo importante para o processo de alfabetização, leitura e aprendizagem”, enfatiza a pesquisadora.

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USP, Unesp e Unicamp unem-se em força-tarefa contra o Zika Vírus

No dia 3 de fevereiro, os pró-reitores de Pesquisa da USP, Unicamp e Unesp – José Eduardo Krieger, Gláucia Maria Pastore e Maria José Mendes Giannini, respectivamente – realizaram uma reunião na sede do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) com o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz; o coordenador adjunto da Diretoria Científica da Fapesp, Walter Colli; e representantes da Rede Zika Vírus.

O objetivo do encontro foi ouvir os membros da Rede sobre o combate ao Zika Vírus, identificar os gargalos referentes às atividades em desenvolvimento, acelerar processos e contribuir para soluções. A primeira proposta do grupo visa a consolidar o modelo de trabalho dos pesquisadores em Rede no Estado de São Paulo, no país e com pesquisadores do exterior; e aprimorar os canais de interação com a população e com os agentes de saúde (Secretaria de Estado da Saúde e Ministério da Saúde), para que a empreitada tenha o sucesso pretendido.

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Intervenções espirituais e religiosas na saúde são benéficas

A partir de uma revisão sistemática da literatura científica sobre intervenções espirituais e religiosas na saúde, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) verificaram que a grande maioria dos artigos publicados sobre o tema apontam que essas terapias trouxeram resultados positivos para os pacientes.

A revisão foi realizada pela pesquisadora Juliane Piasseschi de Bernardin Gonçalves e os dados estão descritos no artigo Religious and spiritual interventions in mental health care: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled clinical trials, publicado na revista Psychological Medicine, em julho de 2015. O objetivo do trabalho foi compreender a relação dos efeitos de uma intervenção espiritual ou religiosa na saúde.

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Neurociência ajuda educação na promoção da saúde

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra interfaces entre as descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro, o processo de aprendizagem na escola e a promoção de saúde. O estudo da educadora Neuza Mainardi aponta que um estímulo adequado do professor pode fazer o aluno se empenhar mais para aprender, de modo a aumentar sua autoestima. Isso o torna mais ativo no dia-a-dia, o que melhora sua qualidade de vida e, em consequência, a sua saúde.

Neuza aponta que as pesquisas na área neurológica se intensificaram na última década do século 20, conhecida como “a década do cérebro”. Uma das descobertas mais importantes da neurociência foi a da plasticidade cerebral.  ”Durante todo o século 20, acreditava-se que os seres humanos iam perdendo, ao longo da vida, os neurônios com que nasciam”, conta. “Entretanto, ao aprofundarem os estudos sobre o funcionamento do cérebro os cientistas descobriram que as células nervosas se renovam e se adaptam. Elas são sensíveis às mudanças ao redor e excitáveis, gerando sentimentos, pensamentos e comportamentos”.

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Falta de assistência no nascimento de bebês incomoda mães

Toda mãe deveria ter contato precoce com o recém-nascido e aleitamento materno na primeira meia hora após o parto. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP constatou que os profissionais da saúde não dão assistência necessária para mulheres no momento do nascimento da criança.

O estudo realizado pela enfermeira Monise Martins da Silva, na maternidade da Santa Casa de Misericórdia da cidade de Passos (MG), analisou práticas dos profissionais de saúde no momento do parto. A enfermeira queria saber que assistência era oferecida às mães e recém-nascidos, principalmente quanto ao contato precoce e à amamentação na primeira meia hora após o nascimento da criança.

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Laser ajuda tratamento dentário em pessoa com Down

O tratamento da doença periodontal em pessoas com síndrome de Down ainda é pouco estudado, apesar das características específicas dos pacientes, como a resposta imunológica deficiente que favorece o avanço da infecção na gengiva. Para entender melhor essa situação, o cirurgião-dentista Rafael Ferreira analisou 33 pacientes que fizeram o tratamento periodontal convencional.

O estudo também testou em parte do grupo a terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT), um tratamento auxilar à base de laser e corante para conter a infecção. A pesquisa realizada na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP ressalta também a importância da presença de seus cuidadores no consultório para receberem instrução adequada sobre higiene oral.

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Relação entre Zika vírus e microcefalia é tema de pesquisa

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP anunciou o início de um projeto de pesquisa inédito que vai acompanhar cerca de 3 mil grávidas da cidade para conhecer a relação causal entre o Zika vírus e a microcefalia. O projeto é coordenado pelo professor Benedito Antônio Lopes da Fonseca, do Laboratório de Virologia da FMRP, e pela médica e obstetra do Programa de Assistência à Saúde da Mulher, da Prefeitura Municipal, Suzi Volpato Fábio. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, dia 3 de fevereiro.

O professor Fonseca diz que a pesquisa do grupo de Ribeirão Preto vai acompanhar todas as grávidas, sintomáticas e assintomáticas. “Até agora o que se tem feito é pesquisar somente aquelas que apresentam sintomas de infecção pelo Zika vírus e aquelas que geraram bebês com microcefalia”, diz o coordenador.

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Vitamina D3 influi no controle da pressão arterial

A suplementação com vitamina D3 na dieta reduz a pressão arterial sistólica de ratos hipertensos e atua na expressão de genes relacionados com o controle da pressão arterial, sem induzir danos ao DNA ou estimular a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) prejudiciais ao organismo. O resultado é demonstrado em pesquisa realizada com animais na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP pela bióloga Carla da Silva Machado, pós-graduanda em Genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. Novos testes serão necessários para comprovar a eficiência da suplementação em seres humanos.

A pesquisa avaliou o efeito das dietas suplementada e deficiente em vitamina D3 sob a regulação da expressão de genes relacionados com a hipertensão arterial. “Também foram verificados outros parâmetros, como a presença de danos ao DNA (material genético), marcadores bioquímicos de estresse oxidativo, envolvidos com a indução de danos às células, fibrose renal e alterações na pressão arterial sistólica”, afirma a pesquisadora.

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Biossensor descartável poderá diagnosticar câncer de pâncreas

O uso de substâncias naturais e de baixo custo poderá, no futuro, auxiliar no diagnóstico do câncer de pâncreas nos estágios iniciais. Pesquisadores construíram um protótipo de biossensor para detectar a doença utilizando polissacarídeos (carboidratos) da casca de camarão, proteínas da semente do feijão-de-porco e uma camada ativa de anticorpos. O estudo foi desenvolvido pelo Grupo de Polímeros Prof. Bernhard Gross, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em colaboração com o Hospital de Câncer de Barretos.

O biossensor é um sensor que usa um elemento biológico de reconhecimento, como uma enzima, um anticorpo, para medir de modo seletivo determinadas substâncias. O dispositivo eletrônico criado no IFSC é composto por algumas camadas de filmes nanométricos – películas incrivelmente finas – que contêm quitosana (substância retirada da casca de camarão), a Concanavalina A (proteína que pode ser extraída das sementes de feijão-de-porco), e uma camada ativa de anticorpos capaz de reconhecer o antígeno CA19-9 em pequenas quantidades de amostras.

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