Testes realizados com o extrato vegetal de alecrim pimenta (Lippia sidoides Cham.) indicaram que a planta apresenta uma atividade inibitória do crescimento da bactéria Listeria monocytogenes. Essa bactéria, de caráter patogênico, consegue sobreviver em situações adversas e está associada a listeriose. A doença pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente, por alimentos contaminados.
A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] estabelece limites para a ocorrência de alguns microrganismos em alimentos; mas no caso de Listeria monocytogenes não há consenso sobre o limite máximo confiável. Nossa legislação estabelece ausência desta bactéria apenas para queijos de alta umidade, mas outros alimentos também apresentam potencial de contaminação, como, por exemplo, os pescados minimamente processados. Uma vez detectada a L. monocytogenes, mesmo em populações mínimas, o alimento deve ser descartado, destaca a pesquisadora Fernanda Barbosa dos Reis, que estudou o uso de extratos de alecrim pimenta para controle da bactéria.
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