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Laboratório do ICB desenvolve vacina para HPV-16

Nos próximos meses, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP irão começar os primeiros testes pré-clínicos com animais com a G-VAX, uma vacina terapêutica para o Vírus do Papiloma Humano (HPV), subtipo 16, responsável pela maioria dos casos de câncer de colo do útero. A vacina não impede a infecção pelo vírus, mas sim ataca as lesões e os tumores causados pelo HPV-16.

A G-VAX foi criada no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do ICB, coordenado pelo professor Luis Carlos de Souza Ferreira. As pesquisas envolvendo o seu desenvolvimento tiveram a partipação dos pós-graduandos Mariana de Oliveira Diniz, Francisco Cariri, Bruna Porchia e Vinicius Santana.

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Morte por causas externas atinge mais o jovem da periferia

Na região metropolitana da cidade de São Paulo, entre 2000 e 2006, foram registrados 68.242 óbitos de adolescentes e jovens adultos, com idade entre 10 a 29 anos. Os dados são do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Com base nestas informações, o administrador hospitalar Aparecido Batista de Almeida verificou as causas básicas destas mortes. Os resultados apontam que as mortes por causas externas como morbidade — morte causadas por acidentes/agravos — e as mortes por agressões/violência atingem principalmente os da raça/cor parda e preta. “Esses adolescentes e jovens adultos da raça/cor parda morrem 22 vezes mais de causas externas do que os da raça/cor preta”, diz Almeida. “O número de mortes já é grande. Mas a análise revela que nossos jovens estão sendo abatidos”, lamenta o pesquisador.

 
Entre 2000 e 2006, 68.242 óbitos de adolescentes e jovens em São PauloO critério raça/cor é de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da forma com o que se declara cada pessoa. Assim, Almeida analisou os dados para as categorias de raça/cor branca, preta, parda e outras. As outras referem-se aos amarelos e indígenas. De acordo com os dados do SIM, os óbitos nas categorias raça/cor foram assim classificados: a categoria branca teve 57,49% (39.231 casos); categoria preta 8,43% (5.754 casos); categoria parda com 33,47% (22.841 casos); as outras categorias com 0,61% (416 casos).

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Despoluição melhora água sem viabilizar lazer na Billings

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP aponta que o sistema de tratamento de águas em teste no Rio Pinheiros melhora parcialmente a qualidade da água da represa Billings, permitindo que elas voltem a ser usadas na geração de eletricidade.  Entretanto, o trabalho da engenheira Paula Andréia Vilela revela também que a quantidade de poluentes ainda existentes na represa impede a prática de reuso recreacional da água até o momento. “Por esse motivo, a Billings não pode ser utilizada em atividades recreacionais, como natação, pesca e mergulho”, alerta.

Segundo a pesquisadora, o curso natural do rio Pinheiros é alterado por um sistema de bombeamento, de modo que suas águas são encaminhadas para a represa Billings para gerar energia elétrica na usina Henry Borden, em Cubatão (litoral de São Paulo). “Porém, este bombeamento foi proibido em 1992, devido ao alto índice de poluição das águas do Pinheiros, sendo permitido apenas em situação específicas, como controle de enchentes”,  conta.  Para testar o processo de tratamento por flotação, as águas voltaram a ser bombeadas, em caráter experimental, com uma vazão de 10 metros cúbicos por segundo (m3/s).

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Índice de baixo peso ao nascer é alto em Cruzeiro do Sul

Crianças não-brancas e poucas consultas no pré-natal estão associadas ao baixo pesoNa cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, a proporção de crianças que apresentam baixo peso ao nascer (inferior a 2,5 quilos) é de 9,13%, porcentagem considerada alta quando comparada a de países desenvolvidos (4% a 6%). As informações são da pesquisa realizada pela enfermeira e professora universitária Raquel da Rocha Paiva Maia, a partir da análise dos dados de 3.220 declarações de nascidos vivos referentes aos partos de mães residentes naquele município nos anos de 2006 e 2007. A cidade, que fica 710 quilômetros a oeste de Rio Branco, tem cerca de 74 mil habitantes e é a segunda maior do estado.

Segundo o estudo, os fatores associados ao baixo peso ao nascer são: a prematuridade; o fato de ser uma criança não-branca, nascer no próprio domicílio; ser um bebê do sexo feminino; ser mãe adolescente, ser mãe solteira, não trabalhar; e um baixo número de consultas no pré-natal.

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Pesquisa analisa aplicação de vacina contra HPV após parto

Considerada a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum no mundo todo, o Vírus do Papiloma Humano (da sigla em inglês, HPV) é o principal responsável pelo desenvolvimento do câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical. Em pesquisa feita em uma maternidade pública da capital paulista, a médica Cristina Helena Rama constatou que quase 60% das mulheres entre 15 e 24 anos, que acabaram de ter o primeiro filho, possuem o HPV.

 
As pesquisas apontaram que cerca de 60% das mulheres analisadas tinham HPVRecentemente, dois laboratórios estrangeiros desenvolveram vacinas para os tipos virais, 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de desenvolvimento de câncer de colo uterino. Cristina desenvolveu sua pesquisa de doutorado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) visando a viabilidade da aplicação da vacina em mulheres após o primeiro parto. Para isso, ela entrevistou e examinou 301 mulheres de 15 a 24 anos, cujo parto ocorreu no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, ligado à rede pública estadual e localizado na Zona Leste de São Paulo.

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Artigo da Faculdade de Saúde Pública da USP é premiado

Um artigo de dois professores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP ganhou o Prêmio Thomson Reuters de Produtividade e Impacto Científico, na categoria Ciências Sociais. O prêmio se destina ao pesquisador vinculado a uma instituição brasileira que tenha sido o autor do artigo mais citado nos últimos cinco anos, segundo a análise bibliométrica do Thomson Reuters High Impact Papers.

O artigo Is obesity replacing or adding to under-nutrition? Evidence from different social clases in Brazil foi escrito pelos professores Carlos Augusto Monteiro e Wolney Lisboa Conde, do Deparameno de Nutrição FSP em co-autoria com Barry Popkin, professor da Universidade da Carolina do Norte (EUA). Foi publicado na revista americana Public Health Nutrition em 2002.

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Desinformação afeta atenção ao câncer na Saúde da Família

O Ministério da Saúde instituiu o acompanhamento dos casos de câncer em todos os níveis do sistema público. Mas, de acordo com uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família (ESF) não têm informações precisas sobre a doença e sua prevalência que permitam atendimento qualificado a todos os usuários. O estudo recomenda maior capacitação das equipes e articulação com ambulatórios especializados e hospitais secundários e terciários, para acompanharem a atenção dada aos pacientes com câncer.

 
Apenas 13% dos trabalhadores sabem número de casos de câncer em sua regiãoA enfermeira Giovana Paula Rezende Simino, que realizou a pesquisa, explica que o Ministério da Saúde implantou em 2005 a Política Nacional de Atenção Oncológica (PNAO). “A iniciativa prevê ações de acompanhamento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com câncer, incluindo ações que devem contemplar da  prevenção aos cuidados paliativos, nos níveis de atenção básico, secundário e terciário de atendimento”, afirma. “O estudo enfocou as ações dos trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família , que integram a Atenção Básica, junto com as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”.

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Estudo sugere risco para a saúde em redes de transmissão de energia

Os campos eletromagnéticos são uma fonte de poluição ainda pouco estudada no Brasil. Na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), uma pesquisa sugere que as crianças que moram a uma distância de até 200 metros das linhas de transmissão de eletricidade são mais propícias a desenvolver leucemia. O trabalho pretende estimular novas investigações sobre possíveis efeitos dos campos na saúde da população.

 
Proximidade de linhas de transmissão tem possível relação com leucemia infantilA tendência, apontada pela bióloga Ciliane Matilde Sollitto em sua tese de doutorado, foi verificada por meio de técnicas de geoprocessamento. “Foram considerados todos os casos notificados de leucemias entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, do banco de dados do Registro de Câncer de Base Populacional do Município de São Paulo entre 1997 e 2004”, relata. “Dos 1709 casos, 693 registros foram georreferenciados, ou seja, tiveram sua localização fixada no mapa da cidade.”

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Distribuição de leite ajuda crescimento de crianças

O Projeto de distribuição de leite do Estado de São Paulo, Vivaleite, é efetivo na melhora do peso das crianças atendidas. Cerca de 60% das crianças que ingressaram no projeto com baixo peso, ou risco de baixo peso se aproximaram do peso normal após 4 meses de atendimento. Uma pesquisa de doutorado da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP comparou durante cinco anos os dados de peso e idade das crianças ao ingressarem e depois de atendidas pelo projeto no interior do Estado.

O Vivaleite atende famílias de baixa renda que tenham crianças com idade entre 6 meses e 6 anos e 11 meses, e idosos acima de 60 anos, e é gerido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. O leite distribuído no projeto é fortificado com ferro e vitaminas A e D. O peso e a altura das crianças são coletados a cada quatro meses e a nutricionista responsável pela pesquisa, Rosângela Aparecida Augusto, usou os dados de peso para avaliar a efetividade do projeto.

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Estudo aponta que jovens têm insuficiência de vitamina D

Jovens que praticavam esportes ao ar livre apresentaram melhores níveis de vitamina DApesar de o Brasil ser um país com grande incidência de luz solar, os adolescentes podem não estar se expondo o suficiente para sintetizar a vitamina D na quantidade necessária para o organismo. É o que aponta estudo desenvolvido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP no município de Indaiatuba, São Paulo.

A pesquisa avaliou a quantidade de vitamina D em 136 adolescentes da cidade e constatou que 62% deles tinham insuficiência da vitamina. “Foi uma grande surpresa esse resultado, mas ele diz respeito àquele grupo de adolescentes, não pode ser extrapolado para todos”, explica a nutricionista responsável pela tese de doutorado Prevalência de insuficiência de Vitamina D em adolescentes saudáveis, Bárbara Santarosa Emo Peters.

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