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Implante é alternativa anticoncepcional pós-parto para mulheres pobres

O uso do implante liberador de etonogestrel é uma alternativa simples de método contraceptivo, principalmente para as mulheres de baixa renda, para que comecem logo após o parto o seu controle de natalidade. A conclusão é da médica Milena Bastos Brito, que desenvolve um mestrado sobre o tema no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O anticoncepcional, apresentado em forma de bastão tem quatro centímetros de comprimento e é colocado na camada subcutânea, sob a pele, e libera o hormônio etonogestrel por três anos.

Segundo dados da literatura médica, cerca de 50% das gestações no mundo não são planejadas, sendo que a maioria nos países em desenvolvimento. “Quando essa gravidez ocorre até seis semanas depois de um parto, são ainda menos planejadas. Essa situação é mais comum do que se imagina, apesar de ainda não haver estatísticas sobre o número de ocorrências de gravidez nessa fase”, afirma a pesquisadora.

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Controle da Aids necessita de melhor regulação do Estado

O programa brasileiro de distribuição de medicamentos anti-retrovirais para controle da Aids pelo sistema público de saúde é referência mundial. Entretanto, pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) aponta que o programa tem o grande desafio de manter sua sustentabilidade nos próximos anos. O estudo do sanitarista Mário Scheffer indica que a solução está em ações mais efetivas do Estado, exercendo seu poder de compra na aquisição de medicamentos, estimulando a produção e a pesquisa científica nacionais e regulando melhor a incorporação de novos anti-retrovirais ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Em meados da década de 1990 do século passado, o surgimento dos anti-retrovirais aumentaram a eficiência no controle da doença, ao mesmo tempo que havia base legal para universalizar o tratamento, na Constituição Federal e na legislação que regula o SUS", conta Scheffer. “A distribuição de medicamentos começou em 1989, quando havia apenas o AZT, mas a mobilização de organizações não governamentais e de pessoas que vivem com HIV e Aids foi essencial para assegurar a incorporação mais ampla dos anti-retrovirais, consolidada pela lei federal 9313, de 1996”, acrescenta.

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Professor da Harvard fala na FSP

A partir de hoje estão abertas as inscrições para uma série de palestras sobre nutrição que acontecerá no próximo dia 19,  Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. As palestras serão ministradas pelo professor Walter Willett, chefe da área de nutrição da Harvard School of Public Health e docente da Harvard Medical School.

Willet já publicou mais de mil artigos, normalmente abordando estilo de vida, doenças coronarianas e câncer, sendo um dos cinco pesquisadores mais citados na revista científica Clinical Science. Seu livro Eat, Drink and Be Healthy: The Harvard Medical School Guide to Healthy Eating está entre os mais vendidos no mundo inteiro.

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Revista aborda violência e saúde

Uma amostra de temas e situações que vêm sendo pesquisadas sobre violência no campo da saúde pública, são os assuntos dos artigos publicados no novo número da Revista de Saúde e Sociedade (SS) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e da Associação Paulista de Saúde Pública , que acaba de ser publicado.

Os artigos presentes neste número sugerem uma listagem dos agentes sociais que figuram como objeto de ações ou práticas violentas: juventudes, mulheres em trabalho de parto, em casa,  idosos, homens, mulheres e crianças submetidos a violência sexual, torcedores de futebol, sujeitos e objetos de violência endógena, pessoas hospitalizadas, crianças vítimas da mãe, companheiras vítimas de companheiros.

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Saúde em Debate

O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) lança a revista Saúde em Debate número 81, dedicada especialmente aos 20 anos do Sistema Nacional de Saúde (SUS).

A edição traz artigos originais de alguns dos mais importantes autores e atores do campo da Reforma Sanitária Brasileira, entre eles os docentes da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, Paulo Capel Narvai e Paulo Frazão, professores do Departamento de Prática de Saúde Pública, que publicaram o artigo: "Saúde bucal no Sistema Único de Saúde: 20 anos de lutas por uma política pública".

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Bactéria causadora da leptospirose escapa das defesas do organismo

Artigo publicado em dezembro pelo Instituto Butantan, em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, explica como as bactérias do gênero Leptospira, causadoras da doença, escapam das defesas imunológicas do organismo. O estudo pode ajudar, no futuro, no desenvolvimento de uma vacina humana contra a leptospirose, provocada pelo contato com água contaminada.

"O objetivo da pesquisa era conhecer os mecanismos relacionados à patogenese da leptospirose", explica Ângela Barbosa, pesquisadora do Instituto Butantan é uma das autoras do artigo. No início do trabalho, Ângela e a professora do ICB, Lourdes Isaac, outra autora do estudo, já sabiam que algumas espécies de Leptospira causam a doença e outras não. A partir dessa informação, levantaram a hípótese de que as espécies que provocavam leptospirose conseguiam escapar do sitema imune.

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Pesquisa da FSP é premiada

O trabalho Potencial epidemiológico dos mosquitos vetores no Vale do Ribeira, de autoria dos biólogos pesquisadores Daniel Garkauskas Ramos e Gabriel Zorello Laporta, orientados pela professora Maria Anice Mureb Sallum, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, foi contemplado com o 1º Lugar no Concurso Bolsa de Auxílio à Pesquisa MAPFRE – USP 2008, coordenada pela Comissão de Pesquisas da FSP e oferecidos pela Fundação MAPFRE (da Espanha) à USP.

O objetivo da pesquisa premiada foi analisar a distribuição da comunidade de mosquitos vetores e fazer previsões de risco da presença das espécies para a Mata Atlântica. A comunidade de mosquitos vetores apresenta elevada riqueza em espécies na Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Decorrente disto se espera risco elevado de transmissão de agentes patogênicos silvestres para a população humana na região. Considerando a inexistência de mapas de distribuição das espécies de mosquitos de importância médica, este estudo é de extrema relevância científica.

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Queda de idosos é principal causa de traumas de coluna

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mapeou a realidade brasileira das internações hospitalares decorrentes de traumas na coluna. A professora de enfermagem Vanessa Luiza Tuono, do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) de Santa Catarina e, durante o estudo, mestranda da FSP no curso de Epidemiologia, pesquisou o perfil dos pacientes, os principais motivos e os aspectos técnicos das internações brasileiras. Ela constatou dados interessantes, como a elevada porcentagem de internações devido a quedas e acidentes de trânsito e a predominância de jovens do sexo masculino entre as vítimas.

A pesquisadora levantou informações sobre internações hospitalares no banco de dados para traumas de coluna do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS), com dados referentes ao período de 2000 a 2005. Ela constatou que 3% das internações por causas externas (acidentes e violências) são com diagnóstico de trauma de coluna, o que corresponde a cerca de 20 mil internações/ano. Destas, 7% são com comprometimento da medula espinal.

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Aleitamento materno é maior na região Norte, diz estudo da FSP

Estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mapeou a situação do aleitamento materno no Brasil, verificando os fatores que favorecem e desfavorecem a amamentação de crianças menores de um ano de idade. A nutricionista Daniela Wenzel estudou em sua tese de doutorado a freqüência da amamentação a partir de sete variáveis: presença de outras crianças menores de cinco anos na família, número de moradores no domicílio, escolaridade das mães, renda da família, uso de creches, idade e cor de pele das mães. A pesquisa avaliou também como essas variáveis interferem positiva ou negativamente no aleitamento nas cinco regiões brasileiras.

A pesquisa analisou crianças de duas faixas etárias: de 0 a 6 meses e de 7 a 12 meses. Segundo Daniela, a divisão é necessária porque os determinantes da amamentação são diferentes conforme a idade da criança. Ela utilizou informações do banco de dados da  Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados referentes aos anos de 2002 e 2003. “É um banco de dados representativo da população nacional. Diante da amostragem aplicada, podemos ter uma visão geral da situação do aleitamento no Brasil”, explica a pesquisadora. O estudo foi realizado no Departamento de Nutrição da FSP, com orientação da professora Sônia Buongermíno de Souza.

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Saúde da Família tem melhor desempenho no atendimento à população

Pesquisa com usuários do Distrito de Saúde Oeste de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) revela que o acesso às Unidades de Atenção Básica de Saúde (UBS) é um dos principais pontos de estrangulamento do sistema. O estudo da professora Maria José Bistafa Pereira, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, também mostra que as Estratégias de Saúde da Família (ESF) na região alcançaram uma organização e um desempenho muito mais satisfatório no processo de atuação básica em saúde para a maioria dos usuários.

 Foram entrevistadas 770 pessoas, no período de 16 de novembro a 20 de dezembro de 2007, com idade mínima de 18 anos e máxima de 85 anos, sendo a idade média na Estratégia da Saúde da Família de 46,9 anos e nas Unidades Básicas de Saúde de 41,4 anos. As mulheres foram maioria tanto nas UBS, 84,5%, como na ESF 75,3%. Do total de pacientes atendidos nos serviços de atenção básica, UBS e ESF, 47,1% dispunham de trabalho e 12,9% dos pacientes possuíam convênio de saúde particular. O levantamento faz parte da tese de livre-docência de Maria José, apresentada em setembro na EERP.

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