Archives

Novo método testado em São Carlos pode baratear exame de paternidade

Cada vez mais utilizado em processos jurídicos para solicitação de registro e pensão, o teste de paternidade com DNA ainda é um procedimento caro, custando entre R$ 1 mil e R$ 2 mil no caso de amostras de pais vivos. Além da compra e manutenção do equipamento, o método mais usado atualmente, chamado de eletroforese capilar, demanda o uso de substâncias como reagentes e iniciadores, contidos em kits específicos para este fim, o que explica o alto preço final.

Visando reduzir este custo,  Karina Fraige, química e pesquisadora do do Grupo Bioanalítica, Microfabricação e Separações (BioMicS), do Instituto de Química da USP São Carlos (IQSC) testou um novo sistema. Ela utilizou um equipamento mais barato do que os disponíveis no mercado, que exige uma quantidade menor de reagentes, e que podem ser adquiridos separadamente dos kits. Os resultados indicaram que, apesar de ainda precisar ser aperfeiçoada, a nova técnica – mais barata e mais rápida – poderá ser usada para averiguar paternidade.

Leia Mais

Snack da Faculdade de Saúde Pública da USP é premiado em concurso de nutrição

O trabalho de autoria de Vanessa Dias Capriles, aluna de doutorado, Rosana Aparecida Manólio Soares, mestranda e funcionária, e do professor José Alfredo Gomes Arêas, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, intitulado Desenvolvimento de Snack que associa conveniência a saúde, conquistou a primeira colocação na área de Tecnologia e Bioquímica de Alimentos do Prêmio Henri Nestlé Nutrição e Saúde, no último dia 20 de junho, em cerimônia realizada na sede da Nestlé, em São Paulo.

O objetivo do trabalho premiado foi desenvolver um snack com a substituição do veículo lipídico utilizado na aromatização por solução contendo inulina e oligofrutose, e avaliar o impacto desta substituição na composição, na digestibilidade do amido e na aceitabilidade sensorial do produto. Atualmente, os consumidores preocupados com dieta e saúde, passaram a buscar, além de conveniência e características sensoriais agradáveis, benefícios à saúde em alimentos industrializados.

Leia Mais

Recomendações da embalagem preservam qualidade do queijo

O queijo minas frescal não apresenta riscos para a saúde se for conservado sob refrigeração, durante o prazo de validade de 30 dias. Essas foram as conclusões de uma pesquisa realizada no laboratório de Lacticínio e Higiene, juntamente com o laboratório de Análise Sensorial, ambos do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.

“Existem alguns casos de intoxicação alimentar proveniente deste tipo de queijo, por isso verificamos se ele permaneceria próprio para o consumo durante o prazo de validade determinado na embalagem”, explica a química responsável pela pesquisa Naiane Sangaletti, autora da dissertação Estudo da vida útil do queijo Minas frescal disponível no mercado, apresentada no Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq. Os queijos analisados obtiveram alterações químicas e o desenvolvimento de alguns microorganismos ao longo de 30 dias, mas permaneceram próprios para serem consumidos.

Leia Mais

Orientação nutricional pode ajudar portadoras da síndrome de Turner

A partir da avaliação de 35 portadoras da síndrome de Turner, a nutricionista Liliane Viana Pires constatou que o estado nutricional das pacientes avaliadas está comprometido quanto a quantidade dos minerais zinco e selênio no organismo. A pesquisadora também constatou que a maior parte delas se encontrava com sobrepeso e com um elevado percentual de gordura corporal, em especial as adultas.

A síndrome de Turner é uma doença genética que acomete apenas mulheres. Elas apresentam baixa estatura, não têm amadurecimento sexual espontâneo (não desenvolvem mamas, pêlos pubianos e não menstruam) e apresentam uma tendência a problemas como diabetes, resistência à insulina, doenças cardiovasculares, da tireóide e à obesidade. As participantes faziam uso de hormônio do crescimento/hGH (crianças e algumas adolescentes) e de estrógeno (as adultas e algumas adolescentes).

Leia Mais

Substância encontrada em algas potencializa ação de antioxidantes

Estudo apresentado no Instituto de Química (IQ) da USP identificou carotenóides, substâncias com atividade antioxidante, em cinco espécies de algas cultivadas comercialmente no Brasil. A pesquisa da farmacêutica Thais Guaratini mostra também que moléculas sintéticas de carotenóides combinados com flavonóides possuem maior atividade antioxidante, e poderão ser utilizadas em cosméticos e suplementos alimentares para prevenção do envelhecimento e de doenças causadas pela produção de radicais-livres no organismo.

A pesquisadora identificou os carotenóides a partir do extrato de cinco espécies de algas. “Elas são cultivadas para a obtenção de agar e carragenana, substâncias empregadas pelas indústrias”, explica. “A idéia do trabalho é poder agregar valor a essas algas, descobrindo uma nova utilidade para os resíduos dos processos de extração”.

Leia Mais

Médicos alertam para uso incorreto de antibióticos em crianças no inverno

Nos meses de inverno, que se caracterizam por temperaturas mais baixas e permanência por mais tempo em ambientes fechados – o que facilita a infecção cruzada entre pessoas -, é freqüente o aumento de certas inflamações, como amigdalites, otites e sinusites. O incômodo que essas doenças produzem nas crianças leva muitos pais a recorrerem a medicações sintomáticas (muito freqüentemente anti-inflamatórios) inadequadas, que podem retardar a cura ou, até mesmo, produzir efeitos inversos ao que se pretende.

Em alguns casos, é feito o uso de antibiótico sem orientação médica, com sérios riscos para a criança. O uso inadequado desses medicamentos pode mascarar sintomas e retardar o diagnóstico correto e o início do tratamento. A intervenção medicamentosa deve ser feita por um médico e caberá a ele definir quando é necessário ou não utilizar antibióticos.

Leia Mais

Cidade de São Paulo desenvolve sistema de gestão da fauna silvestre

Nos últimos 15 anos, a cidade de São Paulo desenvolveu um modelo bem-sucedido de gestão da fauna silvestre que vive na cidade. A trajetória e as ações do serviço são o tema de pesquisa da médica veterinária Angela Maria Branco, realizada na Faculdade de Saúde Pública da USP. Além de tratar e reintegrar animais vitimados à natureza, o trabalho desenvolvido na capital paulista auxilia no planejamento urbano, conservação ambiental e em estudos e políticas de saúde pública, especialmente na área de zoonoses (doenças transmitidas entre animais e seres humanos).

De acordo com a pesquisadora, é responsabilidade do Estado fazer a gestão da fauna, entendida como patrimônio público. “Isso inclui ações em todas as esferas de governo, como combater a retirada e comercialização de animais silvestres, considerados crimes ambientais”, explica. “A pesquisa concentrou-se nos animais silvestres que tem seu hábitat na cidade e são vitimados pela pressão humana, perdendo espaço com queimadas, desmatamento, ocupação de áreas, obras de infra-estrutura e outras ações decorrentes da expansão urbana”.

Leia Mais

Judicialização da saúde

Foi lançada a mais recente edição da Revista de Direito Sanitário (Número 2, Volume 9, 288 páginas, R$47,00) com o tema é A saúde nas mãos do judiciário, onde é discutido a "judicialização" do direito à saúde.

Hoje, no Brasil, é uma prática comum o cidadão buscar na Justiça o acesso a medicamentos e a tratamentos de saúde, o que vem sendo chamando de "judicialização do direito à saúde". A questão é séria e envolve crescentes debates entre acadêmicos, operadores do Direito, gestores públicos e sociedade civil sobre o papel do Poder Judiciário em relação à garantia do direito à saúde.

Leia Mais

FSP estuda combate ao mosquito transmissor da elefantíase

O termo transgênico é geralmente associado ao meio agrícola, mas essa realidade deve mudar. A Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP está desenvolvendo um método de controle genético do Culex quinquefasciatus, mosquito que, entre outras doenças, é transmissor da Wuchereria bancrofti causadora da elefantíase.  O método usado consiste em soltar mosquitos transgênicos na natureza, que carreguem um gene letal dominante, para controle da população do inseto por supressão. A doença é caracterizada pelo inchaço que causa nas partes do corpo afetadas e não tem cura, apenas tratamento para atenuar seus sintomas.

Uma das fases da pesquisa foi concluída. O biólogo André Barreto Bruno Wilke desenvolveu o início da produção de mosquitos transgênicos dessa espécie e o cruzamento desses injetados com mosquitos selvagens em sua dissertação de mestrado Controle genético de mosquitos Culex quinquefasciatus, defendida no mês passado. As próximas etapas serão desenvolvidas pelo grupo de pesquisa liderado pelo orientador da dissertação,  Mauro Toledo Marrelli, professor da FSP.

Leia Mais

Assistência adequada aos recém-nascidos pode evitar mortalidade precoce

Um estudo realizado em 54 maternidades públicas e privadas da zona sul de São Paulo indicou que parte considerável dos recém-nascidos, principalmente os que apresentam problemas graves, não recebe todos os cuidados assistenciais necessários. Estes cuidados — divididos em etapas que envolvem manejo e reanimação, destino (berçário utilizado), realização de exames e procedimentos terapêuticos — variam conforme a condição clínica apresentada pelo bebê, e em muitos casos podem evitar a mortalidade precoce.

A pesquisa foi fruto de uma parceria interinstitucional, que está em curso desde 1999, entre a Faculdade de Saúde Pública (FSP) e a Faculdade de Medicina (FM) da USP e a London School of Hygiene and Tropical Medicine.

Leia Mais