A Rede de Diversidade Genética Viral (RDGV), um instituto virtual que congrega especialistas para estudos de vírus no estado de São Paulo, pode ser considerada modelo para países em desenvolvimento. Em um artigo publicado no dia 11 de março na revista científica PLos Biology, cientistas brasileiros descrevem a importância da RDGV, que vem reunindo pesquisas e informações sobre quatro vírus no estado: o da Imuno Deficiência Humana (HIV-1); o vírus Respiratório Sincicial Humano (VRSH); o da Hepatite C (VHC); e o Hantavirus. Segundo um dos coordenadores do projeto, o professor Paolo Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, a iniciativa congrega, entre pesquisadores, estudantes de pós-graduação e iniciação científica, pouco mais de 250 pessoas, com financiamento da Fapesp.
A RDGV é composta por cinco laboratórios centrais e 17 unidades-satélite. Sete laboratórios são de biossegurança nível 3, responsáveis em trabalhar com amostras de roedores silvestres colhidas para os estudos do Hantavirus. As operações da rede tiveram início em 2001. Atualmente, de acordo com o professor Zanotto, uma grande quantidade de dados de base virológica sobre as doenças já está disponibilizada no sistema de saúde pública do estado de São Paulo, com materiais prontos para publicação. Aliás, a publicação na PLoS Biology mostra que, após a instituição do instituto virtual, houve aumento significativo na produtividade científica em Virologia no Estado de São Paulo, como indicado pelo número de publicações em periódicos indexados no PUBMED.
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