Transfusões de sangue são procedimentos delicados que necessitam de uma série de informações sobre o material utilizado, a fim de evitar contaminações, rejeições e outros diversos problemas de saúde. A fim de elaborar estudos que aumentem a eficácia da segurança transfusional por meio do tratamento e análise de dados, o Instituto Norte-Americano de Saúde (NIH) financia um projeto que envolve três bancos de sangue brasileiros e o Grupo de Pesquisas em Bancos de Dados e de Reconhecimento de Padrões do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP.
O projeto se chama REDS, do inglês Retrovirus Epidemiology Donor Study, e iniciou-se em 2006, com previsão para ser concluído no ano de 2011. O REDS foi elaborado por três hemocentros brasileiros A Fundação Pró-Sangue, do estado de São Paulo, a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Hemominas), presente em sete cidades mineiras, e a Fundação Hemope, de Pernambuco e pelo Blood Systems Research Institute, de São Francisco, Califórnia (Estados Unidos). A coordenação geral do projeto é de Ester Sabino, da Fundação Pró-Sangue. A idéia é elaborar um banco de dados que permita identificar padrões de doadores, não-doadores e doadores pontuais, de acordo com João Eduardo Ferreira, professor do IME e coordenador da parte computacional do projeto.
Leia MaisIPq tria meninas com anorexia
O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP está triando meninas com sintomas de anorexia nervosa para estudo e tratamento. Entre os sintomas da doença estão perda de peso, recusa em alimentar-se, insatisfação com o corpo e regimes exageradamente severos.
Para participar é necessário ter entre 10 e 17 anos. Também é preciso ter disponibilidade para comparecer ao IPq uma vez por semana. As triagens podem ser agendadas pelo telefone (0XX11) 3069-9675 ou pelo e-mail protad.hc@uol.com.br.
Leia MaisPeso ao nascer e pressão arterial estão interligados, diz estudo
A pesquisa foi realizada com crianças que já haviam participado de um estudo anterior feito pela orientadora de Joilane no mestrado, a professora Patrícia Helen de Carvalho Rondó. Inicialmente, no trabalho da minha orientadora, eram 890 crianças que tiveram dados coletados no período pré-natal (antes de nascer) e logo após o nascimento. Para o meu estudo, conseguimos localizar 745 delas, mas apenas 472 participaram das três fases da pesquisa, conta. A idade dos avaliados atualmente está na faixa entre 5 e 8 anos.
Essas três fases consistiram basicamente numa pesquisa sócio-econômica, exames de sangue e antropométricos (que determinam a quantidade de gordura corporal) e, por fim, a medição de pressão arterial por meio de equipamentos de alta precisão. Segundo Joilane, para garantir a menor ocorrência de erros no processo, a coleta dos dados foi feita com pesquisadores especialmente treinados para o procedimento.
As alterações de pressão foram observadas apenas na pressão arterial sistólica. A pesquisadora explica: Pressão arterial sistólica é a pressão maior. Por exemplo: quando falamos que alguém está com a pressão 12 por 8 o primeiro número se refere à sistólica. Essa é a pressão máxima, medida no exato momento do batimento cardíaco, quando o sangue exerce mais força sobre os vasos sangüíneos.
Teoria da Programação Fetal:
A idéia do estudo surgiu, segundo a pesquisadora, a partir da Teoria da Programação Fetal desenvolvida pelo epidemiologista inglês David Barker, na década de 80. Ele observou que regiões pobres, onde os bebês nasciam com peso baixo devido a escassez de comida, havia maior incidência de doenças cárdicas entre os adultos. A idéia principal é a de que as doenças crônicas são biologicamente gravadas no indivíduo no período pré-natal e nos primeiros meses de vida quando há condições adversas, explica.
Segundo Joilane, discutir e testar hipóteses relacionadas a essa teoria é algo extremamente necessário dado o perfil de saúde da população brasileira. Nas últimas décadas, a ocorrência de doenças crônicas não-transmissíveis tem aumentado em relação a doenças infecciosas e parasitárias, afirma. Por isso, diz ela, é necessário identificar as causas desse tipo de doença para estabelecer políticas públicas eficientes na área de saúde.
Mais informação: (0XX86) 3236-7728
Ou pelo e-mail: joilane@usp.br
Vivência corporal para obesos
O Projeto de Atendimento ao Obeso (Prato) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP inicia série de atividades de vivência corporal para obesos, tendo como objetivo estimular a pessoa a observar seu corpo e manifestações, ampliando a consciência quanto à própria imagem e possibilitando uma nova relação com o corpo.
As atividades, coordenadas pela psicóloga Marília Salgado P.Costa, são gratuitas e acontecem nas seguintes datas e horários: nesta quinta (28), das 15 às 16 horas; nos dias 25 de março, 22 de abril, 20 de maio e 17 de junho, sempre das 14h30 às 15h30.
Leia MaisSushis e sashimis contém microrganismos não citados pela Anvisa
Pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que os pratos de sushis e sashimis, servidos em restaurantes de São Paulo, estavam impróprios para o consumo em 100% dos casos estudados em 2004, mesmo atendendo aos padrões exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As análises mostraram que, segundo os critérios da Anvisa, 60% das amostras seriam consideradas impróprias para o consumo por apresentarem níveis acima do permitido para o total de coliformes e de cada bactéria prevista na legislação. Os outros 40% das amostras, apesar de estarem em conformidade com os níveis legais, foram positivos para outros microrganismos que podem causar doenças, como E. coli, aeromonas e outros vibrios que não são citados pela legislação brasileira. Dessa forma, todas as amostras de sushis e sashimis apresentavam risco para a saúde, segundo a bióloga e nutricionista Fernanda de Oliveira Martins.
Os dados foram obtidos pela própria pesquisadora e foram apresentados em sua tese de mestrado Avaliação da qualidade higiênico-sanitária de preparações (sushi e sashimi) à base de pescado cru servidos em bufês na cidade de São Paulo.
Leia MaisMorte e perdas ao longo do ciclo vital
O Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica, da Escola de Enfermagem (EE) da USP está com inscrições abertas até 20 de março para o I Workshop do NIPPEL Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Perdas e Luto, com o tema "Morte e perdas ao longo do ciclo vital: Subsídios para o atendimento ao paciente e à família".
O curso, que acontecerá nos dias 28 e 29 de abril, é destinado a profissionais e alunos da área de saúde e terá em seu programa tópicos relacionados à morte e perdas na família, perdas gestacionais, perdas na infância e adolescência, perdas na vida adulta,ensino e pesquisa em tanatologia, entre outros.
Leia MaisDoadores de sangue omitem informações
Metade dos doadores de sangue diagnosticados com HIV mentiu na entrevista de triagem anterior à coleta, prosseguindo com a doação. Esta é uma das constatações feitas por César de Almeida Neto em sua tese de doutorado Perfil epidemiológico de doadores de sangue com diagnóstico sorológico de sífilis e HIV, defendida em janeiro de 2008 na Faculdade de Medicina da USP. A pesquisa, realizada entre 1999 e 2003, mostra que 48,9% dos doadores infectados sequer teriam feito a coleta do sangue, caso não houvessem omitido informações durante a entrevista.
Almeida Neto trabalha na Fundação Pró-Sangue, onde é chefe do Departamento de Notificações e Orientação de Doadores com Sorologias Alteradas. Após a confirmação do diagnóstico, quando o resultado dava positivo, muitas vezes a nova entrevista realizada não batia com o que fora falado na triagem. Para Almeida Neto, as omissões na triagem podem significar uma falta de credibilidade da entrevista enquanto ferramenta de seleção de doadores. Alguns doadores podem achar a triagem preconceituosa e sem embasamento, o que não acontece.
Leia MaisEstudo critica a falta de legislação penal para mau uso das águas
Num contexto no qual muito se discute o aquecimento global, o desgaste de recursos naturais como o petróleo e a preservação do meio ambiente e dos animais, o advogado criminalista Guilherme Nostre decidiu problematizar a falta de um código penal que institua como crime a poluição da água no Brasil. Em sua tese de doutorado Direito Penal das Águas, da Faculdade de Direito (FD) da USP, Nostre identifica a falta de preparo do legislador penal como uma das principais causas para a falta de especificações nas leis de crime ambiental.
Atualmente, só constitui crime a poluição dos recursos hídricos se houver conseqüências para a vida humana ou animal, explica Nostre. Isso significa que, se um lago sem peixes for alvo de resíduos industriais, o máximo que pode acontecer é a fábrica ter de pagar multas por poluição ambiental e infração administrativa. No entanto, a não ser que essa atitude implique na contaminação de algum povoado ou que essa água seja consumida por qualquer espécie animal, a fábrica não estará cometendo um crime.
Leia MaisPrática de esportes por crianças deve ter acompanhamento médico
A prática esportiva realizada por crianças deve ser acompanhada de uma orientação médica que observe os aspectos clínicos, ortopédicos, nutricionais e psicológicos do pequeno esportista. O alerta é da pediatra Beatriz Perondi, do grupo multidisciplinar de Medicina Esportiva do Instituto da Criança (Icr) e da disciplina de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HC/FM) da USP.
Para exemplificar a importância de se fazer esse acompanhamento, a pediatra esclarece que durante os treinos ou competições o organismo da criança utiliza os nutrientes disponíveis, que são necessários para garantir um crescimento adequado. "Com isso, o desenvolvimento dessa criança muitas vezes é comprometido por uma carga excessiva de exercícios", informa.
Leia MaisEstudo aponta problema na dieta da maioria dos jovens em SP
Em cada 100 adolescentes paulistas, 97 precisam rever seus hábitos alimentares. "O principal problema é o consumo excessivo de gordura e a deficiência ou ausência do consumo de fibras", relata a nutricionista Samantha Caesar de Andrade. Em 2002 ela entrevistou 1.584 jovens, com idade entre 12 e 19 anos, nas cidades de São Paulo, Campinas e Botucatu. "Obtivemos uma amostra representativa de todo o Estado, de acordo com a metodologia proposta pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP", explica.
Os resultados estão na dissertação de mestrado Índice de qualidade da dieta e seus fatores associados em adolescentes no Estado de São Paulo apresentada no final do ano passado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Samantha considera os resultados alarmantes: apenas 3% dos adolescentes entrevistados apresentaram uma dieta considerada saudável.
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