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Pesquisa inédita investiga as causas das doenças cardíacas e do diabetes no Brasil

A maior pesquisa brasileira sobre as causas das doenças cardiovasculares e do diabetes, idealizada pelo Hospital Universitário (HU) da USP, acaba de receber apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. O objetivo do estudo é descobrir os fatores que aumentam as chances problemas cardiológicos e diabetes. "Será possível saber, por exemplo, se tudo o que foi descrito nos Estados Unidos e Europa se aplica à nossa sociedade, que se estrutura, vive e adoece de forma diferente. Um aspecto importante será verificar o peso das diferenças sociais no aparecimento de doenças", explica Paulo Andrade Lotufo, superintendente do HU.

Cerca de 15 mil pessoas participarão do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa Brasil) e serão acompanhadas por 20 ou 30 anos. Poderão participar professores e funcionários das universidades envolvidas, com idades entre 35 e 74 anos. A partir de 2006, essas pessoas começam a ser recrutadas pelas instituições. A escolha do público a ser pesquisado levou em conta a estabilidade de emprego, que facilita o acompanhamento do quadro de saúde por um período longo.

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Evento pretende conscientizar a sociedade da importância da política de proteção à vida

A vigilância sanitária é vista como uma ferramenta de defesa do consumidor. Mas o tema vai muito além, sendo uma qualidade fundamental para o bom funcionamento de hospitais, clínicas e outros serviços. A importância da área será discutida no III Simbravisa (Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária), que acontece entre os dias 26 e 29 de novembro, em Florianópolis. O comitê organizador espera a participação de cerca de duas mil pessoas, e a inscrição de pelo menos mil trabalhos científicos. Para os interessados em participar através do envio de trabalhos científicos, as inscrições já estão abertas e vão até 30 de julho. Serão aceitos no máximo três trabalhos por participante. O evento, que acontece de dois em dois anos, está ligado a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) juntamente com o Grupo Temático de Vigilância Sanitária (GTVISA).

O tema das atividades é “Vigilância Sanitária, Risco e Desigualdade: Quem se Importa?”. Esse tema, que será discutido através da apresentação de trabalhos científicos, surgiu através do decorrer das discussões prévias do simpósio, quando algo ficou evidente, de acordo com a professora Maria Cristina da Costa Marques, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP: “frente a realidade da globalização e a desigualdade crônica social no Brasil era necessário direcionar o simpósio sobre essa realidade”. Maria Cristina acredita que é necessário que sejam feitas ações praticas da vigilância diante dessa sociedade desigual.

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Pesquisa muda percepção de moradores de cortiço sobre risco ambiental

Uma proposta de comunicação e gerenciamento de risco ambiental aplicado no Edifício União — um prédio de sete andares conhecido como cortiço da Rua Sólon, no Bom Retiro, região central de São Paulo — desencadeou uma série de alterações na percepção de seus 172 moradores sobre situações de perigo, como o risco de incêndio, acúmulo de lixo, fiação elétrica aparente e o uso de botijões de gás, melhorando as condições do prédio e a qualidade de vida da população local.

Isso ocorreu por meio da análise preliminar das situações de perigo e a exposição dos dados aos residentes, discussões sobre as possíveis soluções para esses problemas, uso de fotos de áreas internas e externas do edifício para sensibilização e conscientização dos moradores, elaboração de um pôster com imagens da evolução das benfeitorias conseguidas, além de entrevistas e aplicação de questionários.

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Estudo sobre a importância do diálogo entre profissionais de saúde e usuários é premiado no SUS

O diálogo entre profissionais de saúde e usuários pode ser positivo e se transformar em elemento central para novos e promissores modos de cuidar da saúde. Segundo uma pesquisa realizada na Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto (EERP), hoje essa relação comunicacional está pautada por importantes encontros entre esses dois mundos, mas também por sérios desencontros. Para a autora do estudo, a enfermeira Priscila Frederico Craco, existe a necessidade de se construir pontes lingüísticas, ou seja, uma interação por intermédio da atitude de falar e ouvir, nos discursos técnicos e não técnicos, para que haja maior entendimento dessa rede de conversações que acontece no cuidado à saúde.

O trabalho de Priscila, "Ação comunicativa no cuidado à saúde da família: : encontros e desencontros entre profissionais de saúde e usuários", orientado pela professora Maria Cecília Puntel de Almeida, recebeu menção honrosa no Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS – Sistema Único de Saúde – 2006. O objetivo do estudo foi compreender as comunicações e ações dos profissionais da saúde e usuários envolvidos no cuidado com a saúde da família e interpretar as possibilidades e dificuldades da comunicação nesse contexto.

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Descanso de enfermeiros em jornada noturna mantém atenção ao trabalho

Pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP com profissionais de enfermagem mostra que dormir durante curtos períodos em jornadas de trabalho noturno é uma prática eficiente para manter o nível de alerta do trabalhador. O estudo, realizado pelo biólogo Flávio Notarnicola da Silva Borges, verificou o índice de capacidade de trabalho, os ciclos de vigília e sono e os ritmos biológicos dos enfermeiros.

Na primeira etapa da pesquisa, foram aplicados questionários em 696 enfermeiros de um hospital da cidade de São Paulo. "As questões serviram para apontar as variáveis sócio-demográficas, de saúde e ligadas ao ambiente de trabalho que comprometiam a capacidade para o trabalho", afirma Borges. "Na parte sócio-demográfica, ter mais de um emprego, filhos e ser o único responsável pela renda familiar geravam perda de capacidade".

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Pesquisa mostra que caminhoneiros apresentam diabetes, pressão alta e consumo de álcool

Em uma pesquisa realizada com 1014 motoristas de caminhão, 735 declararam fazer uso de bebida alcoólica. Nesse grupo, 31% (229) já sofreram acidente de trânsito, 196 tinham alguma doença crônica e 189 faziam uso de medicamentos. A hipertensão arterial severa foi identificada em 70 motoristas e a diabetes mellitus em 33, sendo que 56 apresentaram níveis glicêmicos considerados altos e que poderiam levar a diabetes.

“A pressão arterial acima dos limites, encontrada entre os bebedores de risco, pode levá-los a desenvolver doenças cardiovasculares, mas também não estão imunes aqueles que fazem uso em doses consideradas de baixo risco. A questão é preocupante, pois eles não têm percepção desse risco”, relata a professora Sandra Cristina Pillon, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, que orientou o trabalho realizado pela mestranda Josélia Benedita Carneiro Domingos. As alunas Fernanda Bruzadelli e Ligia Arantes também participaram da pesquisa.

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Nova técnica acelera o diagnóstico da leptospirose

A leptospirose, doença típica de países nos quais os sistemas de saneamento básico se encontram em situação precária ou sequer existem, pode ter diagnóstico mais barato e rápido. Na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, a  pesquisadora Roberta Morozetti Blanco aplicou a glicolipoproteína (GLP) – extraída da bactéria leptospira, vetor da doença – em testes que utilizam a técnica de dot-blot (em que uma solução na qual se encontra a GLP é aplicada em uma membrana como um ponto) com o objetivo de aprimorar o diagnóstico da doença e torná-lo mais precoce.

A idéia de Roberta para sua dissertação de mestrado surgiu a partir de um projeto do Instituto Adolfo Lutz, da pesquisadora Eliete Caló Romero, que visava verificar o envolvimento da GLP na resposta imune em pacientes com leptospirose. A GLP é uma toxina causadora dos sintomas da leptospirose estudada no Instituto desde 1997. 

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USP integra pesquisa que mapeará casos de hepatite no País

O Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (FM) da USP participará de pesquisa nacional, financiada pelo Ministério da Saúde, para determinar a prevalência das hepatites virais (tipos A, B e C) em todas as capitais do Brasil. Nesta quinta-feira (14), terá início o levantamento de dados na cidade de São Paulo, coordenado pelo professor da FM Antonio Alci Barone. Serão visitados 5.000 domicílios e a perspectiva é de que sejam entrevistadas 3.700 pessoas, num período de três a quatro meses.

Os moradores serão submetidos à coleta de sangue para análise e comprovação ou não da doença e responderão a um questionário sobre dados demográficos e socioeconômicos, antecedentes de doenças e exposição a condições de transmissão dos três tipos de hepatite. “O objetivo é ter um retrato dos grupos de maior risco e saber quanto vírus está circulando, por meio de pessoas que já tiveram ou que ainda têm a doença”, explica a professora e infectologista Fátima Mitiko Tengan, que trabalha em conjunto com Barone.

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Tempo de consulta influencia avaliação do atendimento médico

 

Pesquisa realizada com 469 pacientes que passaram por consultas médicas especializadas em Ribeirão Preto (interior de São Paulo) aponta que o tempo de consulta influencia a avaliação da qualidade dos serviços de saúde pelos usuários. O estudo, realizado pela administradora de empresas Cristiane Sonia Arroyo, também mostra que nenhuma das instituições pesquisadas, públicas ou privadas, conseguiu superar as expectativas dos pacientes com o atendimento.

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Convivência familiar problemática pode desencadear quadros de anorexia

Dificuldades na convivência familiar, principalmente na relação com a figura materna, são fatores determinantes para o desenvolvimento de transtornos alimentares em adolescentes e jovens mulheres.

A conclusão parte de um estudo clínico desenvolvido no Instituto de Psicologia (IP) da USP pela pesquisadora Elaine Soares Neves Lange. Ela analisou a relação de três mulheres anoréxicas (de 14, 23 e 30 anos) com suas famílias, principalmente no que diz respeito à convivência com as mães.

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