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Relação com idosos apresenta impacto emocional em cuidadores

Cuidadores de idosos na saúde pública também necessitam de um espaço de comunicação e cuidado voltado a si próprios. “Esses cuidadores lidam com situações de muita precariedade, muita dificuldade e estão sofrendo no trabalho. Há um sofrimento do próprio cuidador”, conta a psicóloga Roberta Elias Manna. Em pesquisa do “Ser e Fazer”, serviço de atendimento clínico do Instituto de Psicologia (IP) da USP, ela identificou campos de sentido afetivo-emocional envolvidos no trabalho e relação dos profissionais com os idosos e que demonstram os impactos emocionais dessa vivência para os cuidadores. “Esses campos nos contam a forma como esses cuidadores vivenciam a experiência de cuidado com os idosos. As sutilezas e as delicadezas dessa relação, que se dá no campo inter-humano”.

Foi a partir de uma entrevista coletiva com oito cuidadoras do Programa de Acompanhantes de Idosos (PAI) da Prefeitura de São Paulo que a psicóloga realizou o estudo. No encontro, foi solicitado que as profissionais desenhassem um idoso e narrassem sua história. Segundo Roberta, esta é uma maneira de contar a experiência de serem acompanhantes de idosos em estágio frágil em uma cidade como São Paulo. “O Procedimento de Desenho-Estória com Tema, desenvolvido na USP pela professora Tania Aiello Vaisberg, é um facilitador da comunicação emocional”, diz.

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Automóvel tem relação com inatividade física no transporte

A posse de veículos está associada à inatividade física durante deslocamentos diários de moradores de região de baixo nível socioeconômico da capital paulista. Esta relação, por sua vez, independe da faixa etária, escolaridade e presença de doenças crônicas na população. Os dados são de uma pesquisa do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (GEPAF) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, que buscou e avaliar quais eram os fatores associados à inatividade física no transporte, dentre os quais a presença de veículos no domicílio, dos habitantes do bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo. De maio de 2007 a janeiro de 2008, foram realizadas entrevistas domiciliares com moradores adultos da região, totalizando 368 homens e 522 mulheres.

“Ter um veículo no domicílio aumenta em duas vezes as chances do homem não se deslocar ativamente. E em 1,5 vez para a mulher”, conta o educador físico e pesquisador da Faculdade de Saúde Pública (FSP) Thiago Hérick de Sá. Juntamente com o também educador físico Emanuel Péricles Salvador e o professor da EACH Alex Antonio Florindo, ele é autor do artigo Fatores associados à inatividade física no transporte em adultos brasileiros vivendo em uma região de baixo nível socioeconômico, publicado em agosto na revista científica Journal of Physical Activity and Health.

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Violência em relação afetiva pode se iniciar na juventude

A violência está presente no namoro de jovens, seja ela psicológica, sexual ou física. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), realizada com estudantes do ensino superior do estado de São Paulo, concluiu que 75% deles já sofreram pelo menos um episódio de violência por um parceiro e 76% já foram agressores. As formas de violência psicológica foram as mais comuns, estando a coerção sexual e a agressão física em segundo lugar como mais prevalentes. A psicóloga Tânia Aldrighi Flake, autora do estudo, constatou que, nesta faixa etária, não houve diferenças entre os homens e as mulheres como agentes e vítimas da violência.

Os dados indicaram que ambos os gêneros foram agressores e sofreram violência na mesma proporção. Consultando outras pesquisas, Tânia comprovou que esta mutualidade se altera no casamento, situação em que o homem se torna o principal agressor, apesar de a violência conjugal diminuir de frequência. Segundo ela, é um desafio entender o motivo dessa inversão de uma etapa da vida amorosa para a outra. “Há alguma coisa no processo entre namoro e conjugalidade que traz essa mulher para uma forma mais passiva e dá mais poder a esse homem”, afirma ela, que completa afirmando que, também é na etapa da conjugalidade que os danos decorrentes da violência são maiores.

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Idosos vivem bem, sem impedimentos sociais

Os idosos estão vivendo bem. Esse é um dos principais achados da pesquisa realizada pela enfermeira Thaís Ramos Pereira Vendruscolo, em estudo apresentado à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Os idosos convivem bem com alguns problemas de saúde, afirmando que não são impedidos de realizar atividades cotidianas.

Com o envelhecimento populacional e maior expectativa de vida, a sociedade precisa de estratégias para enfrentar os desafios sociais e de saúde com relação à qualidade de vida destas pessoas. Com isso em mente, a pesquisadora ouviu essa parcela da população, priorizando a percepção que tem sobre sua própria saúde. “É importante a percepção do idoso em relação à sua vida no contexto social e de saúde, por isso, o estudo teve como finalidade promover o conhecimento sobre a qualidade de vida desta população.”

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Jovens usam pílula do dia seguinte sem conhecimento adequado

A anticoncepção de emergência, mais comumente chamada de “pílula do dia seguinte”, é bastante conhecida e usada por adolescentes do ensino médio. Uma pesquisa da Escola de Enfermagem (EE) da USP realizada em escolas públicas e particulares na cidade de Arujá (Grande São Paulo) com 705 jovens, entre 15 e 19 anos, aponta que 94,2% deles já ouviram falar da pílula e 57,7% já fizeram uso deste método contraceptivo. O estudo também constatou que a maioria das vezes em que a pílula do dia seguinte foi usada (59,3%) foi associada a outro método.

Formada em obstetrícia, Christiane Borges do Nascimento, autora da pesquisa, se interessou pelo estudo dos métodos contraceptivos na adolescência ainda em sua graduação. Segundo ela, a escolha por esse grupo foi porque “os adolescentes têm uma característica muito particular”. “Eles têm muitas alternâncias na estabilidade relacional”, relata.

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Expectativa de vida cresce, mas vivemos mais tempo doentes

Apesar do aumento da expectativa de vida da população brasileira, um estudo desenvolvido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP aponta que os idosos estão vivendo com menor qualidade de vida, já que convivem mais tempo com doenças crônicas típicas da faixa de idade. De acordo com a pesquisa, exames e tratamentos preventivos ajudam a evitar esse processo.

Segundo o médico geriatra Alessandro Campolina, parte desse aumento de tempo de enfermidade se deve à falta de políticas de prevenção eficientes e voltadas para a população mais velha. Ele é o autor da pesquisa que buscou avaliar a ocorrência de um processo chamado de compressão da morbidade. Esse conceito, surgido na década de 1980, lançava a hipótese de que, com o envelhecimento das populações, os anos ganhos pelas pessoas com a melhoria dos serviços de atendimento seriam anos vividos em bom estado de saúde.

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Paulistanos apresentam consumo excessivo de carnes

Na cidade de São Paulo, mais da metade da população consome carne de forma excessiva. Segundo pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o alto consumo resulta em má qualidade na dieta, aumento no risco de doenças cardiovasculares e nos casos de câncer, e em um grande impacto ambiental decorrente da criação de gado. A nutricionista Aline Martins de Carvalho verificou o consumo dos diversos tipos de carne e as tendências, comparando os dados do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA) nos anos de 2003 e 2008.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a ingestão ideal de carnes, vermelha ou branca, seria de uma porção, correspondente em média a 100 gramas (g) por dia. O World Cancer ResearchFund, órgão norte-americano voltado à prevenção do câncer, recomenda o consumo de 500 g semanais de carne vermelha e processada (grupo que envolve hamburger, salsicha, nuggets, etc, que no geral são carnes industrializadas). Os dados da pesquisa revelaram que 75% da população da capital paulista consome quantidades muito acima dessa recomendada.

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Estresse estimula fissura por doces em mulheres

A vontade de comer doces que algumas mulheres sentem pode ter uma explicação: o estresse. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP mostrou que mulheres estressadas têm sete vezes mais chances de desenvolver a Dependência de Substâncias Doces (DSD) que também é conhecida como fissura por alimentos doces. O estudo foi realizado pela aluna de mestrado Danielle Marques Macedo, sob orientação da professora Rosa Wanda Diez Garcia, do Departamento de Nutrição e Metabolismo da FMRP.

A amostra do estudo foi composta por 31 mulheres com estresse e 26 mulheres sem estresse. A maioria das mulheres com DSD afirmou que comem doces para se sentirem melhor (ou para mudar o estado de humor); já constataram que precisa de quantidades de doces cada vez maiores; sentem algum sintoma na ausência de doces; sempre consomem doces mais do que pretendia; ficam horas pensando em como adquirir doces; já reduziram atividades diárias ou de lazer para ficar ingerindo doces; e continuam consumindo estes produtos mesmo sabendo das possíveis consequências à saúde.

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Múltipla medicação causa adversidades em UTI pediátrica

 

Em Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas (UTIP), o uso de múltiplas medicações e a idade menor que quatro anos são fatores de risco significativos para a ocorrência de eventos adversos medicamentosos. Em estudo de doutorado realizado na Faculdade de Medicina (FM) da USP, a médica Dafne Cardoso Bourguignon da Silva buscou descrever as ocorrências médicas associadas ao uso de medicamentos que acontecem em crianças internadas em UTIP e identificou os fatores de risco que podem desencadear tais efeitos.

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Disciplina de Telemedicina promove curso gratuito sobre saúde em comunidades e telecentros

Com o Projeto Jovem Doutor, os telecentros poderão se transformar em escolas temáticas para promoção de saúde nas comunidades

Homem e mulher virtual

A disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina (FM) da USP está com inscrições abertas para 100 vagas no “Projeto Jovem Doutor: educação e promoção de saúde por meio de Teleducação Interativa”, que é curso gratuito de extensão universitária sobre saúde em comunidades e telecentros – ambiente voltado para a oferta de serviços, cursos e treinamentos presenciais e a distância, composto por vários computadores interligados em rede local e conectados à internet.

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