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Crianças e jovens veem violência como um aspecto concreto

Crianças e adolescentes brasileiros veem a violência como um aspecto mais concreto e, com o passar do tempo, conseguem tornar o conceito mais abstrato, percebendo aspectos mais sutis. Porém, tal transição não ocorre de forma satisfatória. Em muitos aspectos, a violência permanece sendo percebida de maneira concreta até entrar na fase adulta. A este fato, a pesquisadora Tamires Alves Monteiro, do Instituto de Psicologia da USP, atribui o papel das instâncias de formação do sujeito, sendo a escola a principal delas.

Tamires formulou a dissertação A construção da noção de violência em crianças e adolescentes inseridos em diferentes contextos movida por perguntas como: O que as crianças e os adolescentes brasileiros entendem por “violência”? É algo muito diferente da visão dos adultos? Qual é a influência do meio social nas diferentes percepções? Tal noção se torna mais complexa conforme avançam os estágios da inteligência?

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Cuidados da enfermagem protegem direitos da criança

Quando se trata do atendimento a crianças, o papel do enfermeiro pode ir além dos cuidados que envolvem a assistência prestada nos serviços de saúde. Por estarem próximos, especialmente quando atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), estes profissionais também podem ajudar a identificar situações de risco e vulnerabilidade dos menores, protegendo-os e garantindo seus direitos.

Esta contribuição aos direitos da criança foi identificada em uma pesquisa desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Com o tema Em defesa da saúde da criança: o cuidado de enfermagem e o direito à saúde no contexto da atenção primária, o estudo recebeu em 2013 duas menções honrosas – a primeira no evento Conferências USP, realizado em agosto, e a segunda, em outubro, quando recebeu o Prêmio Capes Tese 2013 da área de enfermagem.

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Nitrato compromete a qualidade dos aquíferos paulistas

Desde 2001, um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas de Água Subterrânea (Cepas) do Instituto de Geociências (IGc) da USP tem desenvolvido pesquisas ligadas ao projeto Nitrato nas águas subterrâneas: caracterização do problema e subsídios a políticas públicas de planejamento territorial em cidades de São Paulo e os resultados mostram a crescente contaminação dos aquíferos por infiltração do esgoto urbano.

Ingestão de nitrato reduz a capacidade de transporte de oxigênio do sangue

“Em locais onde não há saneamento, a contaminação ocorre pelas fossas ‘sépticas e negras’, já nas áreas com redes de esgoto o problema são os vazamentos. As redes são antigas e não passam por manutenção periódica. A presença do nitrato em áreas urbanas com rede de esgoto não era esperada de forma tão intensa”, afirma o professor Ricardo Hirata.

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Gestantes apresentam baixo consumo de frutas e hortaliças

Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP analisou a relação entre o ambiente alimentar e das práticas alimentares com o consumo de frutas e hortaliças em gestantes.  No total, 282 gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) foram avaliadas pela nutricionista Daniela Zuccolotto.  A média de consumo de frutas e hortaliças foi de 207 gramas (g) por dia, abaixo da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a população em geral, que é de 400 g.

“Em relação ao ambiente alimentar, a pesquisa verificou se a percepção da gestante em relação à distância de sua residência até o mercadinho, supermercado, varejão ou feira livre, lanchonete, padaria loja de conveniência e restaurantes mais próximos de sua casa apresentava relação com maior consumo de frutas e hortaliças”, diz Daniela. “Além disso, questionamos sobre a percepção em relação a qualidade e variedade de frutas e hortaliças no local onde ela adquiria esses alimentos (boa ou ruim), se apresentava relação com maior consumo desses alimentos”. Foi questionado também se a gestante possuía horta em casa para ver se as que possuíam apresentavam maior consumo de frutas e hortaliças. Nenhuma dessas questões apresentou associação com maior consumo de frutas e hortaliças entre as gestantes estudadas.

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Acompanhamento leva qualidade de vida a doente crônico

Doenças crônicas sempre estarão presentes na vida de algumas pessoas. No campus de Ribeirão Preto da USP, o Grupo de Investigação em Reabilitação e Qualidade de Vida está propondo uma forma educativa de acompanhamento dessa população que envolve técnicas simples e baratas, como ligações telefônicas. Os resultados garantem melhor qualidade de vida aos pacientes.

O Grupo é formado por pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, da Faculdade de Enfermagem da Unicamp e da Universidade de Washington, de Seattle, EUA. Eles participam de um estudo sobre “o efeito de uma intervenção educativa voltada para o autocuidado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”.

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Adolescentes grávidas são vítimas frequentes de violência

Estatísticas epidemiológicas confirmam que 60% das mulheres que já engravidaram foram vítimas de algum tipo de violência doméstica por parceiro íntimo no decorrer da vida conjugal, e 20% destas sofreram violência psicológica e física grave durante a gravidez como, por exemplo, socos, queimaduras e ameaças envolvendo o uso de arma. Quando se trata de adolescentes grávidas, a situação se complica ainda mais. É o que aponta a pesquisa coordenada pela professora Dora Mariela Salcedo Barrientos, do curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP.

O estudo foi realizado junto a 61 adolescentes grávidas cadastradas no Hospital Universitário (HU) da USP e que compareceram ao Pronto Atendimento de Obstetrícia durante três meses, de outubro a dezembro de 2012. As entrevistas foram gravadas e transcritas, garantindo o anonimato e o respeito à privacidade e à intimidade das jovens, oferecendo-lhes a liberdade de participar ou declinar desse processo no momento em que desejassem. Dentre os resultados identificados, pôde-se observar nos discursos das entrevistadas alta incidência de violência intrafamiliar em um momento de maior vulnerabilidade e suscetibilidade da adolescente.

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Pesquisa propõe analisar nutrição humana pela unha

O Laboratório de Ecologia Isotópica do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, testou uma nova e inusitada forma para se avaliar a nutrição humana. Pesquisa coordenada pelo professor Luiz Antonio Martinelli analisou a composição isotópica contida nas unhas de 273 pessoas que participaram desse levantamento, pertencentes a seis classes sociais distintas.

O estudo, que foi veiculado no Journal of Human Nutrition and Dietetics, publicação oficial da associação dietética britânica (The British Dietetic Association), abre as portas para que novas ferramentas sejam incorporadas aos métodos de se fazer avaliações nutricionais, pois, apesar de atingir um número grande de pessoas de uma determinada região, não fica restrita a levantamentos socioeconômicos ou a dados estatísticos.

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Pesquisa vai mapear a fluoretação da água no Brasil

O Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (CECOL), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, vai coordenar uma pesquisa para identificar a cobertura de fluoretação na água de abastecimento público das cidades brasileiras. A adição controlada do flúor é uma das medidas de prevenção à cárie dentária.

O coordenador do estudo Cobertura e Vigilância da Fluoretação da Água no Brasil, professor Paulo Frazão, explica que o trabalho tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde, com a participação de instituições públicas e privadas dos 26 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. A previsão é que a pesquisa seja concluída até 2016.

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Projeto pioneiro leva atendimento médico a penitenciárias

Ainda é cedo quando os alunos chegam à penitenciária feminina de Ribeirão Preto, onde aproximadamente 350 mulheres cumprem pena por diferentes tipos de crimes. Ao contrário do que acontece quando entram em um hospital, lá é preciso primeiro passar por uma rigorosa revista. Dos habituais instrumentos de trabalho, apenas o jaleco, o estetoscópio, uma caneta e o crachá de identificação do hospital são permitidos.

Acompanhados por uma supervisora de ensino, os estudantes de medicina têm uma importante missão: prestar atendimento nas áreas de ginecologia e obstetrícia às presas, o que inclui a realização de exames como papanicolau e avaliação de mamas para detecção precoce de possíveis casos de câncer.

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Elementos da poluição atmosférica modificam o DNA humano

Além dos males causados pela poluição atmosférica já conhecidos cientistas acabam de detectar, pela primeira vez, uma modificação em DNA humano causada pela presença de dois aldeídos – acetaldeído e crotonaldeído — encontrados na fumaça do cigarro e nas emissões veiculares “Esses aldeídos são mutagênicos e, em concentrações elevadas, podem levar ao desenvolvimento de câncer”, alerta a professora Marisa Helena Gennari de Medeiros, do Instituto de Química (IQ) da USP, e pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma).

A constatação foi feita em um levantamento, realizado em 2010, que analisou a urina de 82 pessoas, sendo 47 residentes na cidade de São Paulo e outros 35 moradores de São João da Boa Vista, município rural no interior do estado. Os resultados mostram que a concentração de adutos — resultado da reação dos aldeídos com o DNA — foi significativamente maior nos moradores da capital paulista.  “São Paulo tem uma característica incomum, se comparada a outras grandes capitais do mundo”, conta Marisa Helena. “Além dos poluentes normalmente encontrados em metrópoles semelhantes, aqui temos uma grande frota que utiliza o etanol”. A pesquisa excluiu fumantes, alcoólicos, pessoas com problemas de saúde e fazendo uso de suplementos alimentares e de medicamentos. Nos testes com a urina, os cientistas utilizaram técnicas ultrassensíveis como a espectrometria de massas.

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