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Conhecer grupos de risco pode prevenir dor pós-cesariana

A identificação dos fatores de risco no tratamento da Dor Crônica Pós-Cesariana (DCPO) mostrou resultados eficazes em pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). “Melhor do que tratar é prevenir. E para a prevenção é importante o conhecimento dos grupos de risco”, afirma a anestesista Thais Orrico de Brito Cançado. Em sua tese de doutorado,  defendida na FMUSP, ela identifica os fatores de risco:  doença crônica em tratamento, maior tempo em trabalho de parto sem analgesia e escores de dor elevados no pós-operatório imediato.

A pesquisa envolveu 465 pacientes da Associação de Amparo à Maternidade e à Infância (AAMI) de Campo Grande (MS). As pacientes foram submetias a uma avaliação pré-anestésica e depois divididas em cinco grupos, que foram tratados com doses e combinações diferentes de medicamentos e doses anestésicas. Após o parto, as pacientes foram encaminhadas à sala de recuperação pós-anestésica. Durante o pós-operatório recente (até 36 horas após a cirurgia) e o pós-operatório tardio (terceiro e sexto mês após a cirurgia), as pacientes responderam entrevistas para mensurar as dores.

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Estudo traça perfil de dependente químico em Ribeirão Preto

Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP com usuários dependentes de crack ou cocaína revela que o simples fato de ver pessoas consumindo álcool ou outras drogas pode favorecer a recaída. O estudo foi realizado no primeiro semestre de 2012 com pessoas que buscam tratamento no Centro de Atenção Psicossocial a álcool e drogas (CAPSad) de Ribeirão Preto e traz resultados que podem subsidiar as ações dos profissionais de saúde que realizam atendimentos e contribuir para uma assistência de qualidade e mais efetiva.

Foram entrevistadas 95 pessoas por meio de questionários sobre o padrão de consumo do crack e cocaína; a gravidade do problema em relação ao uso dessas drogas, bem como o uso do álcool e suas consequências para o organismo; família; trabalho e justiça. Com base nas respostas, a enfermeira Josélia Benedita Carneiro Domingues Rocci, a autora da pesquisa, conseguiu traçar o perfil do usuário dessas drogas que chegam para tratamento no CAPSad de Ribeirão Preto.

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Projeto viabiliza a recuperação de córregos urbanos

A recuperação de córregos urbanos é mais efetiva quando ocorre também um trabalho de educação e cidadania junto à população do entorno, mostra estudo da Escola Politécnica (Poli) da USP. A pesquisa aponta para a necessidade de uma visão multidisciplinar da implantação que leve em conta questões ambientais, como o material empregado no tratamento do canal (gabião, concreto, margem natural com manta, etc.) pois pode facilitar ou dificultar tanto a manutenção, como o estabelecimento de uma biota diversificada.

“Seria interessante o uso de concepções realizadas por equipes multidisciplinares que levassem em conta todos esses aspectos”, sugere a pesquisadora Juliana Caroline de Alencar da Silva. Outra constatação é a importância do uso de diferentes indicadores para o monitoramento da qualidade de cursos d’água.

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Novo guia alimentar recomenda padrões de alimentação

O Ministério da Saúde, com o apoio do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), produziu uma nova versão do Guia Alimentar para a População Brasileira, originalmente publicado em 2006. São informações, análises, recomendações e orientações sobre escolha, preparo e consumo de alimentos, que facilitarão a prevenção tanto da desnutrição, em declínio no País, quanto de doenças em ascensão, como a obesidade, diabetes e outras patologias crônicas relacionadas à alimentação.

Antes de ser publicado, o ministério fará uma consulta pública do documento para que a população possa fazer sugestões ou comentários. Ele já está no portal do Ministério da Saúde desde o dia 10 de fevereiro, e permanecerá no ar até 7 de maio.

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Pacientes preferem médicos que vestem branco

Você se importa com a aparência do seu médico? Para muita gente pode parecer algo sem importância, mas uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP concluiu que o tipo de roupa e os acessórios utilizados pelos médicos podem interferir na sua relação com os pacientes.

A pesquisa foi realizada por cinco alunos da FMRP, orientados pelo professor José Antonio Baddini-Martinez, do Departamento de Clínica Médica. Durante um ano, eles coletaram opiniões de 509 pessoas, entre elas 259 pacientes, 99 médicos e 119 estudantes de medicina envolvidos em atividades no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP. O estudo avaliou as impressões causadas pelos médicos quando se vestem com diferentes estilos de roupas. Do mesmo modo, também investigou o grau de incômodo potencial percebido pelos voluntários no que se refere a diferentes adereços e acessórios de vestimenta utilizados por médicos ou médicas que, por ventura, os atendessem.

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Cientistas avaliam novos materiais para enxertos ósseos

Estudo realizado no programa de Pós-Graduação Interunidades em Bioengenharia da USP traz contribuições para o aperfeiçoamento dos enxertos ósseos. O médico ortopedista Helton Hiroshi Hirata analisou se as matrizes de colágeno extraído das membranas que revestem o coração (pericárdio) e o intestino (serosa) bovinos poderia ser utilizada como enxerto ósseo.

Os resultados da pesquisa realizada em animais indicaram que houve biocompatibilidade das matrizes, ou seja, não houve rejeição; entretanto, não foi verificada a osteointegração do material e a regeneração óssea foi insuficiente na matriz pesquisada. “Percebemos que o osso dos animais cresceu com os enxertos, mas não o suficiente para considerar que houve uma osteointegração satisfatória”, diz Hirata.

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Mudanças ocupacionais ajudam a explicar pobreza

A pobreza está intimamente associada ao comportamento e às variações na estrutura ocupacional, ou seja, à qualidade do posto de trabalho. É o que revela uma pesquisa realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. “O estudo mostra que há a necessidade de se expandir o sistema de proteção social, que envolve programas como o Bolsa Familia”, adverte o sociólogo Ian Prates.

Ele é o autor da dissertação de mestrado Estrutura ocupacional e pobreza na região metropolitana de São Paulo, 1991-2010, apresentada em setembro de 2013, na FFLCH, com orientação da professora Nadya Araújo Guimarães. A pesquisa estabelece, a partir da análise da região metropolitana da capital paulista, uma relação entre o contexto da pobreza e da hierarquia de ocupação de postos de trabalho. Para realizar a seu estudo, Prates fez uso de dados censitários, além de leituras teóricas sobre as temáticas da estratificação social, do mercado de trabalho, da pobreza e do sistema de proteção social.

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Projeto de nutrição da FSP quer melhorar saúde de servidores

A Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP está implantando um projeto Cuidados de Saúde aos Servidores Não-Docentes da Faculdade de Saúde Pública, em que promove os bons hábitos de saúde junto a seus funcionários. O intuito inicial foi verificar os hábitos alimentares dos funcionários, que passaram a receber Vale Refeição pela administração da universidade ao invés de fazerem suas refeições no restaurante da Superintendência de Assistência Social (SAS).

A coordenadora do projeto, professora Maria Elisabeth Machado Pinto e Silva, conta que ”o objetivo  é também prevenir a Síndrome Metabólica”, que é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes. A ideia, lançada em 2013, surgiu da iniciativa de Marlene Trigo, professora aposentada e diretora da seção de Assistência de Assuntos Comunitários da FSP, e conta com o apoio da Comissão de Qualidade e Produtividade e verba da Comissão de Cultura e Extensão.

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Comunidades mantém hábitos alimentares tradicionais

Pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, analisa a transição agroalimentar de transformação da alimentação, da produção agrícola de autoconsumo e das formas de uso dos recursos de subsistência (pesca, caça e coleta). Realizada em duas comunidades no remanescente de quilombo Kalunga, no extremo norte de Goiás, e na Ilha de Apeú Salvador, no Pará, com pescadores artesanais, a pesquisa teve como princípio investigar a influência do acesso ao meio urbano na alimentação e produção de autoconsumo das comunidades, além do papel das políticas públicas na transformação ou manutenção do campo. Em ambas as comunidades, não houve mudança nos hábitos alimentares, baseada em itens tradicionais locais, como peixes.

“Diferente da cidade em que essa transição vem substituindo produtos mais saudáveis por itens processados e industrializados, no campo e regiões mais isoladas as mudanças de hábitos e costumes alimentares, devido ao contato com a modernidade, são acompanhadas por transformações na produção de autoconsumo e atividades de subsistência, o que pode refletir tanto na manutenção da cultura quanto dos próprios atores locais”, revela o doutorando Rodrigo de Jesus Silva.

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Depressão infantil está associada ao baixo peso ao nascer

A ciência vem mostrando que o baixo peso ao nascer, como um risco biológico associado a outras variáveis biológicas, clínicas e sociodemográficas, pode se configurar numa vulnerabilidade para a presença de dificuldades comportamentais e de depressão infantil. De acordo com um estudo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, de modo geral, crianças expostas ao fator de risco biológico relativo ao “muito baixo peso ao nascer” mostraram-se mais vulneráveis às dificuldades comportamentais, especialmente à hiperatividade, e à depressão infantil.

O trabalho é resultado da dissertação de mestrado da pesquisadora Claudia Mazzer Rodrigues, orientada pela professora Sonia Regina Loureiro. O objetivo foi verificar se as crianças nascidas com baixo peso são mais propensas a apresentar depressão e dificuldades comportamentais na idade escolar, em comparação a crianças nascidas com peso normal.

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