Archives

Saúde anuncia investimentos na Atenção Básica

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou nesta quarta-feira (12), em Brasília (DF), da abertura da IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família. Esta edição do evento reunirá, até o próximo sábado (15), cerca de 10 mil profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para promover a troca de experiências sobre as práticas de saúde na Atenção Básica no país. A mostra conta com mesas redondas, minicursos, oficinas, palestras, espaços para apresentação e discussão de experiências e atividades culturais.

“A realização dessa mostra, numa área em que contamos com quase um milhão de trabalhadores, é de fundamental importância. Esse encontro contribuirá para a reflexão e constante melhoria na promoção do cuidado em saúde nos serviços que constituem o principal ponto de contato dos usuários com o SUS”, disse o ministro durante a cerimônia de abertura. “Nos últimos anos, levamos a Atenção Básica para 45 milhões de pessoas que não tinham acesso”, completou Chioro, destacando que os investimentos na área vêm crescendo ano a ano. A previsão para 2014 é de que sejam investidos mais de R$ 18 bilhões em melhorias na infraestrutura, no acesso e na qualidade do atendimento primário em saúde. Em 2013, o Ministério da Saúde destinou R$ 16,1 bilhões para a Atenção Básica.

Leia Mais

Busca ativa reduz abandono de tratamento por paciente de HIV

O longo e ininterrupto tratamento contra o HIV, induz, muitas vezes, o paciente a abandonar as consultas médicas e o tratamento com medicamentos. Para diminuir essas taxas, a equipe multidisciplinar do Centro de Saúde Escola (CSE) Sumarezinho, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, desenvolveu um trabalho para identificar e criar um dispositivo de busca ativa, ou seja, de contato direto com os pacientes faltosos.

Do total de 366 pacientes cadastrados no Ambulatório de Moléstias Infecciosas do CSE ao longo de 2013, foram detectados 62 faltosos. Após a intervenção da equipe do ambulatório, 34 retornaram ao tratamento (55%). “O abandono é caracterizado pelo não comparecimento do paciente com HIV na consulta médica e na farmácia, onde é feita a retirada dos antirretrovirais, por um período de 180 dias . As consultas são marcadas, em média, a cada dois meses, e a entrega de medicamentos é feita mensalmente”, explica a técnica de enfermagem Shirlei Aparecida Vitor.

Leia Mais

Modo de comunicar afeta compreensão sobre a doença

Estudo da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP analisou a forma como o profissional da saúde comunica uma má notícia às mães de filhos com câncer. A pesquisa revela que a escolha das palavras e do local da comunicação interfere tanto na compreensão da família e do paciente sobre a doença quanto na satisfação com o atendimento médico.

“Acredito que a minha pesquisa pode colaborar com o conhecimento do câncer infantojuvenil e auxiliar os profissionais da saúde a ter uma comunicação mais adequada com seus pacientes e familiares, e também que as instituições formadoras tomem para si a responsabilidade da capacitação em habilidades de comunicação com o paciente e seus familiares”, afirma a enfermeira e autora do estudo Talitha Bordini de Mello. “A notícia de uma verdade desfavorável, quando realizada com habilidade e sensibilidade, reduz consideravelmente o impacto negativo da informação”, diz. A pesquisa foi orientada pela professora Regina Aparecida Garcia de Lima.

Leia Mais

Cientistas avaliam compostos contra discinesias do Parkinson

Um grupo de cientistas da USP, em Ribeirão Preto, está pesquisando substâncias químicas que podem agir contra um dos efeitos colaterais da doença de Parkinson: os movimentos involuntários anormais e repetitivos do corpo, chamados de discinesias. Estudos apontam que essa disfunção pode ser controlada com a regulação do neurotrasmissor óxido nítrico. Ele é um gás que atua na comunicação entre neurônios e está presente no sistema nervoso central nas regiões do cérebro afetadas pelo Parkinson.

Tanto o óxido nítrico quanto a dopamina, outro neurotrasmissor, agem em conjunto para que os movimentos do corpo sejam realizados devidamente. Em pessoas com a doença de Parkinson, há uma diminuição progressiva dos neurônios ligados à dopamina, afetando os movimentos. O tratamento atual consiste, principalmente, em um medicamento à base de L-Dopa, substância precursora da dopamina, ou seja, o paciente recebe o remédio e o organismo transforma a substância no neurotransmissor dopamina, melhorando os sintomas da doença de Parkinson (lentidão dos movimentos, dificuldade de caminhar etc) .

Leia Mais

Parceria busca reduzir mortalidade materna e perinatal

Reduzir a mortalidade materna e perinatal no mundo. É com esse objetivo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Departamento de Medicina Social (DMS), da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP firmaram parceria para o desenvolvimento e implementação do Projeto Better Outcomes in Labour Difficulty – Melhores resultados em dificuldades do trabalho de parto (BOLD).

A iniciativa, liderada pela OMS, por meio dos Departamentos de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (RHR) e de Saúde Materna, Neonatal, Saúde da Criança e do Adolescente, além do DMS da FMRP, conta com a participação de instituições da Finlândia, Nigéria e Uganda. O lançamento oficial ocorreu na sede da OMS, em Genebra, na Suíça, nos dias 11 e 12 de fevereiro. Financiado e apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, a primeira fase do projeto já conta com US$ 3 milhões para o seu desenvolvimento.

Leia Mais

Importação de vacina expõe dependência tecnológica

A epidemia global da influenza H1N1 (conhecida como “gripe suina”), em 2008 e 2009, teve seus efeitos previstos com antecedência pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que coordenou uma estratégia mundial de vacinação para prevenção da doença, seguida inclusive pelo Brasil. Porém, uma pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP mostra que o controle da doença evidenciou a depedência do País de vacinas e tecnologias de produção vendidas pelos grandes laboratórios farmacêuticos internacionais. A geógrafa Mait Bartollo, que realizou o estudo, recomenda que o Brasil aumente os investimentos nos institutos de pesquisa nacionais para poder produzir suas próprias vacinas.

O trabalho orientado pelo professor Ricardo Mendes Antas Júnior, da FFLCH, investigou o circuito espacial envolvido na produção, distribuição e consumo da vacina contra a influenza H1N1, e os agentes que participaram do processo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), fabricantes de vacinas e, no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) e as secretarias estaduais e municipais de saúde. “A pandemia teve início em 2008, no México, de onde se espalhou pelo mundo. De acordo com a OMS, foram registrados em 2009, 504 mil casos da doença e cerca de 6.300 mortes”, relata a geógrafa. “No Brasil, o MS tem registro de 44.544 casos e 2.051 mortes, em 2009 e 2010. Cabe lembrar que muitos países não possuem um sistema de saúde organizado, capaz de realizar de modo eficaz a notificação de casos da doença, o que torna os números da OMS subestimados, especialmente sobre a H1N1 na África e Ásia”.

Leia Mais

Família evita que adolescente grávida se sinta abandonada

A experiência de uma gravidez precoce, não planejada, muitas vezes gera angústia e conflitos para as adolescentes. Entrevistas realizadas após o parto reforçam a importância do apoio familiar e indicam a necessidade de melhorar o atendimento a adolescentes grávidas. A constatação é parte dos resultados de uma pesquisa desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.

Segundo a enfermeira Lígia Gonzaga Ramos Laudade, autora da dissertação Maternidade na adolescência: Apoio social da família para o cuidado materno e autocuidado na perspectiva das adolescentes, a partir do momento em que a jovem conta com o respaldo da família, ela se responsabiliza, de fato, pelos cuidados do recém-nascido, e se mostra capaz de exercer a função de mãe. “Ela também percebe que deve se cuidar para que esteja bem e cuide, de forma satisfatória, do filho”, conta.

Leia Mais

Estudo investiga processo de afastamento e retorno de professores do sistema público

Dados recentes do Atlas Municipal de Gestão de Pessoas, publicado pela Prefeitura de São Paulo, mostram que os professores estão entre os grupos profissionais com maiores índices de licença médica e também de readaptação funcional – processo em que o servidor passa a ocupar funções diferentes após o retorno ao trabalho, em consequência de comprometimentos de saúde identificados em perícia médica.

Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP investigou os motivos que levam ao afastamento de professores e de que forma acontece a readaptação na volta ao trabalho. O objetivo do estudo desenvolvido pela terapeuta ocupacional Amanda Aparecida Silva Macaia foi compreender esse processo e propor estratégias para o cuidado da saúde e permanência dos servidores.

Leia Mais

Maternidade transforma portadoras de HIV

Estudo na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP analisou narrativas e sentimentos de mães com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV) que infectaram seus filhos durante a gestação. Os resultados apontam que a doença é um fator transformador na maternidade e na vida dessas mulheres, pois essas mães abdicam de suas vidas para que os filhos tenham possibilidade de sobreviver.

“Quando a maternidade acontece na presença da infecção do HIV, este percurso pode ser permeado por dificuldades e ameaças”, diz a autora da pesquisa, a psicóloga Ana Cristina Magazoni Bragheto-Pires. Em seu doutorado, Narrativas de mulheres mães infectadas pelo HIV, defendido em outubro de 2013, ela muda o foco de seus estudos para as mães, antes voltados só para as crianças.

Leia Mais

Modelo orienta gestão ambiental do rio Pinheiros

Pesquisa do cientista social Ricardo Raele no programa de Pós-graduação Interunidades em Ecologia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)  e Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, propõe um modelo conceitual para orientar um plano de gestão ambiental do sistema sócio-ecológico que abrange o rio Pinheiros, que corta a cidade de São Paulo. Com orientação de Silvia Maria Guerra Molina, professora do Departamento de Genética (LGN) da Esalq, o estudo teve como objetivo sanar a deficiência na gestão dos recursos hídricos nas grandes cidades e a carência de metodologias científicas para se lidar com a questão.

O projeto teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi realizado com a estruturação de um método baseado na teoria de sistemas que possibilitou a descoberta das variáveis de sustentabilidade do rio Pinheiros a partir de uma abordagem hierárquica e transdisciplinar. “Na sequência, entrevistamos 15 especialistas e os dados foram lançados em um software que calculou o posicionamento das variáveis em um modelo conceitual considerando as suas relações na forma de um mapa”, explica o cientista social.

Leia Mais