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Escala melhora análise de risco de eventos cardioembólicos

A utilização da escala de CHA2DS2-VAS para identificar o risco de eventos cardioembólicos em pacientes com Fibrilação Atrial (formação de coágulos sanguíneos em cavidades cardíacas) proporciona melhores resultados na condução do tratamento e controle desses eventos, indicando os agravos associados à doença. É o que mostra um estudo descritivo realizado no Ambulatório de Anticoagulação do Centro de Saúde Escola (CSE) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

A Fibrilação Atrial é caracterizada por atividade elétrica cardíaca anormal associada a distúrbio de ritmo com tendência à formação de trombos (coagulação do sangue). Pessoas com a doença têm risco cinco vezes maior em desenvolver acidente vascular cerebral (AVC), além de infarto agudo do miocárdio e trombose venosa profunda.

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Química computacional propõe novas substâncias contra HIV

Cientistas da USP estão utilizando métodos de química medicinal computacional para melhor compreender os mecanismos moleculares que estão envolvidos na inibição de uma enzima – HIV integrase – ligada à replicação do vírus HIV. O objetivo é propor novas substâncias químicas que seriam a base de novos medicamentos contra a doença. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista PLOS One em sua edição de janeiro deste ano.

De acordo com a professora Káthia M. Honório, da Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH) da USP, a partir deste trabalho foi possível entender as principais características moleculares das substâncias em estudo e que estão relacionadas com a atividade biológica desejada. “Em um ou dois anos esperamos planejar, computacionalmente, novas substâncias que deverão ser sintetizadas e submetidas a testes biológicos”, acredita a docente, que foi coorientadora da pesquisa de doutorado de Luciana Luzia de Carvalho, defendida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, e que teve como orientador o professor Albérico B. F. da Silva. Para os testes biológicos, Káthia antecipa que irá contatar grupos de pesquisa que tenham experiência com o tema.

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Exercício traz benefícios a portadores de insuficiência cardíaca

A prática de exercícios físicos supervisionados pode trazer benefícios aos portadores do dispositivo de Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC), aponta pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) que acompanhou 43 pacientes com insuficiência cardíaca. O treinamento físico realizado no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da FMUSP (HCFMUSP) proporcionou melhoras significativas na capacidade funcional e cardíaca dos pacientes com TRC, que é implantado no coração para normalizar seu funcionamento. O trabalho de Thais Nobre teve orientação do professor Carlos Eduardo Negrão, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP e da FMUSP.

O ressincronizador cardíaco é composto por um pequeno gerador de pulsos elétricos implantado sob a pele, na altura do peito, e três finos cabos-eletrodos que conectam o gerador diretamente ao coração. “Ele tem como função auxiliar no tratamento da insuficiência cardíaca grave, reorganizando os batimentos cardíacos”, descreve a pesquisadora. O estudo investigou se o treinamento físico causaria efeito adicional à TRC nos pacientes com insuficiência cardíaca.

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Arrozes preto e vermelho têm alta atividade antioxidante

Substituir o arroz branco comum pelos tipos coloridos, preto ou vermelho, contribui para um envelhecimento mais lento das células do corpo, prevenindo doenças crônicas. Isto porque os grãos com estas cores apresentam um maior teor de compostos fenólicos, substâncias com atividade antioxidante. Já quando o assunto são as proteínas, o arroz selvagem, aquele de cor escura, grãos finos e longos, é líder, com o maior teor deste nutriente. Dentre os grãos integrais, a quantidade de proteínas está mais relacionada ao formato alongado do grão do que com a sua coloração.

Estas afirmações podem ser feitas a partir dos resultados da pesquisa de doutorado da farmacêutica-bioquímica Isabel Louro Massaretto, na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP. Ela também avaliou o efeito do cozimento no arroz e descobriu que o processo provoca perda dos compostos fenólicos. Mesmo assim, o arroz preto e o vermelho ainda permanecem com alto teor destas substâncias.

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Volta ao trabalho após acidentes de trânsito ajuda pacientes

Após avaliação da qualidade de vida de pessoas que sofreram acidentes de trânsito, estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que retornar ao trabalho melhora não só aspectos gerais de saúde, mas também os sociais e mentais.

Foram analisados 102 pacientes, todos vítimas de traumas moderados ou graves, que trabalhavam e tinham mais de 18 anos e que foram atendidos na Unidade de Emergência do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC/UFTM). “Nosso objetivo foi investigar se essas pessoas que retornam ao trabalho seis meses depois do acidente apresentaram melhor estado de saúde do que aquelas que não retornaram nesse período”, conta a pesquisadora Luciana Paiva.

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Assistência integrada ao idoso permite cuidado individual

Uma experiência adotada na rotina de trabalho do Centro de Saúde Escola (CSE) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP propõe um atendimento mais integral e individualizado ao idoso, a partir do planejamento da assistência de enfermagem, para um enfoque na prevenção de necessidades do idoso e não apenas na “doença”.

A atividade começou a ser foi desenvolvida no Ambulatório de Assistência de Enfermagem à Pessoa Idosa do CSE, em 2013. O Centro de Saúde Escola é uma Unidade Básica e Distrital de Saúde, administrada pela FMRP e pela Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. No local, são desenvolvidos programas de pesquisa, ensino e extensão da Faculdade de Medicina e outras unidades da USP em Ribeirão Preto (Escola de Enfermagem, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade).

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Efeito no diabetes de cirurgia bariátrica muda a longo prazo

O estudo foi realizado pela nutricionista Camila Michiko Yamaguchi.“O objetivo foi avaliar a evolução a longo prazo de pacientes com diabetes e sem diabetes obesos mórbidos submetidos à cirurgia de redução de estômago para obesidade”, afirma Camila. “Foram avaliados 100 portadores de obesidade mórbida em São Paulo, divididos inicialmente em dois grupos: pacientes com diabetes prévio, antes da cirurgia, e grupo de pacientes sem diabetes prévio”.

Após essa divisão, foi realizada uma subdivisão dos dois grupos de acordo com o desfecho da doença após a cirurgia de redução de estômago. “O grupo com diabetes prévio subdividiu-se em grupo refratário, com pacientes que permaneceram com diabetes após a cirurgia, e grupo responsivo, reunindo pessoas que deixaram de ser diabéticos”, conta a nutricionista. “ O grupo sem diabetes prévio subdividiu-se em grupo estável, com pacientes que permaneceram sem a doença, e grupo não estável, de pessoas que não tinham diabetes e após a cirurgia desenvolveram um pré-diabetes”.

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Concessão de aparelho auditivo cresce sem devida assistência

Na capital paulista, a adaptação de aparelhos auditivos e a realização de implantes cocleares aumentaram nos últimos dez anos, mas o acompanhamento terapêutico decorrente está muito aquém do esperado. A conclusão foi obtida pela fonoaudióloga Gislene Inoue Vieira, que estudou dados nacionais e locais. Foram realizadas ainda entrevistas com os profissionais de três grandes centros paulistanos em saúde auditiva, os quais tinham contato direto com os pacientes, levantamento dos principais documentos oficiais relacionados ao tema e observações de fóruns regionais de saúde auditiva. Na pesquisa, apresentada em 2013, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, ela conseguiu perceber um discurso uniforme entre os entrevistados sobre a dificuldade no processo pós-adaptação.

Em 2004, foi instaurada pelo Governo Federal a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva (PNASA), o ponto de partida do estudo. Deste então, Gislene percebeu um aumento na concessão de aparelhos de amplificação sonora individual e na realização de cirurgias para a colocação de implante coclear, um dispositivo eletrônico inserido cirurgicamente no ouvido interno, que substitui parcialmente as funções da cóclea, transformando energia sonora em em sinais elétricos. Esses recursos representam uma grande mudança na vida do usuário e, por isso, precisam de acompanhamento em múltiplas especialidades após a operação ou adaptação. Os dados da pesquisa indicaram que estes tratamentos decorrentes, porém, não tiveram uma evolução tão grande no período analisado, sugerindo que possa haver uma falha nessa rede de referência e contra-referência.

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Tomografia traz complementos ao cateterismo em exames

Uma nova tecnologia de imagem em tomografias pode revolucionar o processo de acompanhamento médico de hipertensão arterial pulmonar (HAP). Em estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o médico André Hovnanian mostrou que a utilização da chamada tomografia de impedância elétrica (TIE) permite detectar a gravidade e o prognóstico da doença de forma não-invasiva.

A tese de doutorado de Hovnanian buscou comparar os resultados de dois processos de diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar, o cateterismo e a tomografia de impedância elétrica. Os resultados, ainda não publicados, são inéditos na literatura médica e apontam uma forte correlação entre as medidas obtidas pela TIE e os parâmetros hemodinâmicos coletados nos exames de cateterismo.

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Pesquisa traz novo olhar sobre o trabalho escravo

O sociólogo Tiago Rangel Côrtes analisou a história da indústria da costura em São Paulo e o fluxo migratório para o setor, envolvendo principalmente bolivianos e paraguaios, além de acompanhar denúncias de trabalho escravo, sobretudo de uma grife de roupas multinacional e os desdobramentos do caso. A pesquisa, realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, mostra que as soluções apresentadas para os casos denunciados extrapolam o direito do trabalho e têm entrado em soluções de mercado.

“A tendência é tomar medidas que sugerem aos migrantes se tornarem empreendedores, transformando as oficinas de costura em empresas. A questão é que, neste caso, o empreendedorismo muda o campo de problemática das relações de trabalho e livra as empresas das responsabilidades pelos trabalhadores”, explica o pesquisador.

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