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Projeto Zibra permite sequenciamento de 54 genomas do vírus zika

Iniciativa que envolve cientistas do Brasil e do exterior sequenciou genomas em cidades do Norte e Nordeste do País

Equipe de cientistas conseguiu realizar o sequenciamento completo de 54 genomas. Zibra Natal – Foto: Ricardo Funari / Zibra

Cientistas do projeto internacional ZIBRA – Zika in Brazil Real Time Analisys concluíram o sequenciamento completo de 54 genomas do zika vírus (ZIKV) em algumas cidades do Norte e do Nordeste brasileiro. Este foi o maior sequenciamento obtido na região e os resultados constam no artigo Establishment and cryptic transmission of Zika virus in Brazil and the Americas, recentemente veiculado na revista Nature. O projeto Zibra, composto de um grupo internacional de cientistas, tem como objetivo sequenciar mil genomas do Brasil para fornecer importantes informações epidemiológicas sobre a disseminação desta doença no País.

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Antioxidantes podem ser eficazes contra a infertilidade feminina

Duas substâncias usadas como suplemento alimentar podem ser a resposta para a infertilidade por endometriose

Duas substâncias surpreenderam os pesquisadores ao promover o amadurecimento de óvulos de bovinos em sistema de cultura in vitro que continha líquido folicular de mulheres inférteis por endometriose. Imagem: thessdiet.gr

Usados como suplementos alimentares por atletas, antioxidantes podem ser inócuos para ganho de massa muscular, mas se mostraram promissores no reparo da infertilidade por endometriose.

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Projeto quer levar a escolas públicas discussão sobre comida e sustentabilidade

Com atividades e vivências, SustentArea prentende atingir pelo menos 5 mil pessoas

Detalhe de recipientes com legumes (vagem, tomate, cenoura, chuchu, mandioquinha, brócolis, quiabo e outros) – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Ao estudar a tendência de consumo de carne na cidade de São Paulo, a nutricionista Aline Martins de Carvalho percebeu que grande parte da população consumia carne em excesso e que esse hábito estava relacionado a uma dieta de baixa qualidade e alto impacto ambiental. “Quando defendi o mestrado fiquei com uma angústia, porque não queria que isso ficasse apenas na biblioteca”. E assim surgiu a ideia do projeto Dia sem Carne na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, iniciativa que levou o restaurante da unidade a oferecer, uma vez por mês, um cardápio sem carne durante o ano de 2012 – foram servidas cerca de 3 mil refeições sem carne, deixando de emitir quase 20 toneladas de gases de efeito estufa.

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Projeto mapeia resposta imunológica ao zika vírus

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP recebeu, nos dias 28 e 29 de abril, seus parceiros, o inglês Daniel Altmann, do Departamento de Medicina do Imperial College (Reino Unido), e o norte-americano William Kwok, do Instituto de Pesquisa Benaroya (Seattle, Estados Unidos) para o início do desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus. O projeto inicial investirá no mapeamento da resposta imunológica que, até o momento, continua desconhecida pela ciência.

Os três centros de pesquisa concentrarão esforços para entender o que leva algumas pessoas infectadas com o zika vírus a serem mais resistentes enquanto outra parcela de infectados é mais suscetível, desenvolvendo graves sintomas. O professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia, João Santana da Silva, da FMRP, coordenador do projeto no Brasil, comenta que entendendo como ocorre esse controle, essa resposta imune, pode-se “intervir de forma a controlar a resposta da população mais suscetível ao vírus e fazer com que essas pessoas fiquem resistentes, chegando-se assim a uma vacina.”

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Análise indica sintomas respiratórios em agricultores

O município de São José de Ubá, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, tem cerca de 7 mil habitantes, a maioria na área rural. A economia da cidade é baseada na agricultura familiar, principalmente no plantio de tomates, com uso excessivo de agrotóxicos e parte da sua produção é comercializada com outros estados, inclusive São Paulo. A ocorrência de sintomas respiratórios e alterações da função respiratória em trabalhadores rurais e familiares expostos a agrotóxicos foi constatada em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, realizada por Rafael Junqueira Buralli.

“O cenário natural montanhoso da região favorece a mobilização dos agrotóxicos aplicados nas plantações, contaminando o solo do entorno da cultura e águas superficiais e subterrâneas”, conta Buralli. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 14,2% das residências daquela cidade têm condições de saneamento básico adequadas. O estudo apurou que grande parte da população está exposta aos agrotóxicos desde a tenra idade, seja por morar próximo das áreas de plantio, trabalhando diretamente, ou mesmo ajudando seus familiares. “No grupo dos produtores rurais, a maioria era do sexo masculino e afirmou trabalhar com agrotóxicos por várias horas por dia, principalmente no período da safra. A maioria dos familiares era do sexo feminino”. Foram avaliadas 82 pessoas (48 trabalhadores rurais e 34 familiares). Entre os trabalhadores rurais, 81,3% afirmaram ter contato com agrotóxicos no momento da pesquisa, sendo que 77,1% dos produtores e 94,1% dos familiares afirmaram estar expostos domesticamente aos agrotóxicos.

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Objetos apresentam quantidade surpreendente de bactérias

Aline Naoe, do USP Online

Botões de elevador, teclas de caixas eletrônicos, relógio de ponto biométrico. Locais aparentemente inofensivos se comparados às salas de isolamento, laboratórios e contêineres de lixo infectado são, na verdade, porto seguro para uma miríade de micro-organismos que causam as temidas infecções hospitalares. Foi utilizando uma tecnologia chamada sequenciamento de nova geração que uma equipe do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMT) da USP conseguiu identificar uma quantidade surpreendente de bactérias em superfícies frequentemente tocadas com as mãos dentro do Hospital das Clínicas (HC), maior complexo hospitalar da América Latina, ligado à Faculdade de Medicina (FM) da USP.

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Corte de frios pode levar a contaminação por bactéria

Pesquisa da mestranda Daniele Faria, orientada pela professora Bernadette Franco, coordenadora do Centro de Pesquisa em Alimentos/ Food Research Center (FoRC) da USP, mostra como se dá a contaminação cruzada da bactériaListeria monocytogenes no processo de corte de frios. A contaminação cruzada é o processo de transferência de micro-organismos de um alimento contaminado para outro não contaminado. No estudo, ela simulou em laboratório a contaminação cruzada em um fatiador de frios e conseguiu demonstrar que essa bactéria é transferida a duas centenas de fatias de rosbife cortadas por um aparelho contaminado com o micro-organismo.

O estudo comprova que, apesar de o processamento térmico desses alimentos ser suficiente para eliminar esse micro-organismo, a ocorrência de contaminação cruzada pós-processamento pode resultar em aumento do risco à saúde do consumidor. A Listeria monocytogenes é uma bactéria que pode colocar em risco a vida de pessoas com imunidade baixa e a dos bebês durante a gravidez. O micro-organismo é um patógeno que pode estar presente em alimentos prontos para o consumo, pois são mantidos em refrigeração e possuem longa vida de prateleira, favorecendo a multiplicação deste patógeno. “O Brasil precisa estudar melhor essa bactéria. Trata-se de um patógeno que sequer aparece nas nossas estatísticas epidemiológicas”, afirma Daniele.

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Novo teste simplifica medição de toxicidade na água

A equipe do Laboratório de Química Ambiental do Departamento de Ciências Exatas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, vem desenvolvendo, há três anos, testes inovadores no método de avaliar a toxicidade em água e resíduos. O grupo encontrou uma forma de aperfeiçoar os testes tornando-o mais acessível, pois até então era necessário a tilização do Microtox, equipamento de alto valor, além de um kit de bactérias luminescentes. Os pesquisadores criaram um novo método, acompanhado de um kit denominado YTOX, no qual é possível diagnosticar rapidamente a presença de elementos tóxicos.

“O segredo foi utilizar levedura de panificação para nos ajudar a identificar as substancias”, conta Luiz Humberto Gomes, biólogo e especialista do laboratório. Enquanto pelo método Microtox se gasta R$250,00 por amostra, com o YTOX é necessário apenas R$10,00.

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Permanecer muito tempo sentado prejudica a longevidade

Até 4% das mortes no mundo poderiam ser evitadas apenas reduzindo o tempo que as pessoas permanecem sentadas ao longo do dia. Isso representa 433 mil pessoas por ano. Os dados são de um estudo realizado por pesquisadores da USP e da Universidade Federal de Pelotas. “No limite, reduzindo o tempo sentado em até 3 horas por dia, seriam evitadas 4% de mortes. Entretanto, reduções mais singelas já repercutiriam em grandes ganhos em saúde pública. Por exemplo, reduzindo em 2 horas/dia o tempo que ficamos sentados seriam evitadas 2% das mortes; se for uma redução de 1 hora/dia, teríamos 1,2% a menos de mortes”, aponta o educador físico Leandro Fórnias Machado de Rezende, da Faculdade de Medicina (FMUSP).

Juntamente com os pesquisadores Juliana Yukari Kodaira Viscondi e Juan Pablo Rey-López (da FMUSP), Thiago Hérick de Sá e Leandro Martin Totaro Garcia (Faculdade de Saúde Pública da USP), e de Grégore Iven Mielke (Universidade Federal de Pelotas), eles publicaram um artigo sobre o tema no American Journal of Preventive Medicine. E o jornal americano The New York Times publicou uma matéria sobre o tema no último dia 29 de março.

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Extrato de soja mata células de câncer de mama

A medicina ainda é contraditória quanto à prescrição de componentes da soja em terapias de reposição hormonal para mulheres na menopausa. Mas, perseguindo os efeitos dessas substâncias há mais de duas décadas, em estudo inédito no mundo, especialista da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP descobre que um extrato de soja biotransformado é capaz de destruir células de tumores de mama.

O trabalho, que foi publicado recentemente na revista inglesa Nutrition and Cancer, usou um extrato de soja biotransformado (veja a seguir), especialmente fabricado nos laboratórios da FCFRP, para os testes com células de dois tipos de câncer de mama: um tumor dependente (MCF-7) e outro, não dependente de estrógeno (SKBR-3). Após um ensaio laboratorial de 24 horas, “as duas linhagens de células tumorais responderam ao tratamento; entretanto, as MCF-7 (dependente de estrógeno) foram muito mais sensíveis”, conta Bianca Stocco, pesquisadora que integra a equipe coordenada pela professora Maria Regina Torqueti Toloi.

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