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AEME tem papel atuante para a dependência de crack

O crack é a mistura de pasta bruta de cocaína, bicarbonato de sódio e água. Ao fumarem a droga, os usuários inalam não apenas a cocaína, mas também a metilecgonidina (AEME), um sobproduto derivado da queima da droga. Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP traz alguns resultados que ajudam a entender o papel que a AEME exerce nos mecanismos de dependência do crack e poderá ajudar na criação de novas estratégias para o tratamento do vício.

De acordo com o farmacêutico Raphael Caio Tamborelli Garcia, a cocaína inibe a recaptação da dopamina, neurotransmissor responsável por sensações como euforia, prazer e atividade motora. “O crack é uma das formas mais devastadoras de uso de cocaína, porque após o efeito desejado, que é a euforia, o usuário sente a necessidade de usar a droga de novo”, afirma. Ele explica que no ciclo normal do neurotransmissor, a dopamina ou é recaptada e volta para o ciclo, ou é metabolizada por enzimas após sua ação. “A cocaína impede essa recaptura”, diz. A pesquisa teve orientação da professora Tania Marcourakis, da FCF, e coorientação da pesquisadora Maria Regina Lopes Sandoval, do Instituto Butantan.

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Imagens podem influenciar os hábitos alimentares

Usando imagens de impacto e técnica de memorização, pesquisadoras do Curso de Nutrição da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP conseguiram, em apenas 60 dias, mudar alimentação de 100% das mulheres que participaram do estudo. Além disso, criaram um novo instrumento capaz de veicular mensagens para orientação alimentar e nutricional.

Estudos sobre métodos de educação em saúde mostram que o uso de imagens, associadas à informação escrita ou verbal, pode favorecer processos cognitivos, como atenção, memória e adesão às informações. Assim, a nutricionista Flávia Gonçalves Micali, decidiu testar o efeito dessa técnica em um grupo com 33 mulheres; 18 magras e 15 obesas, todas classificadas segundo o Índice de Massa Corpórea (IMC).

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Idosos com depressão têm pouco ômega-3 no organismo

Estudo realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP revela que idosos com depressão apresentam baixas concentrações de ômega 3 no organismo. A pouca quantidade desse ácido graxo nos participantes da pesquisa pode estar relacionada à falta de ingestão de alimentos ricos em ômega 3. Esta é a conclusão da nutricionista Marina Balieiro Cetrulo, autora do estudo.

A pesquisadora lembra que o déficit de ômega 3 em depressivos pode não estar associado só a ingestão alimentar, mas também à interação da dieta com o metabolismo e uma predisposição genética em incorporar ácidos graxos de forma distinta. “Fatores genéticos podem resultar em uma menor absorção celular de ômega 3, o que já foi demonstrado em modelos animais, onde a dieta pode ser rigorosamente controlada”, revela.

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Violência psicológica contra adolescentes é tema de estudo

Considerada uma das formas mais difíceis de ser detectada, a violência psicológica é também muito comum, ocorrendo em diferentes espaços, mais frequentemente em casa ou em escolas quando envolve adolescentes.

Partindo do pressuposto de que este tipo de violência pode interferir de maneira significativa na autoestima destas pessoas e prejudicar inclusive o seu desenvolvimento, estudo desenvolvido na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP investigou a ocorrência desta prática entre estudantes de uma escola pública.

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Jovens ainda são conservadores sobre sua sexualidade

Uma geração que se define como moderna, descolada e livre de preconceitos pode, ainda, ser conservadora em vários aspectos. Esse comportamento é muito comum entre os frequentadores de uma uma famosa “balada” indie rock (festas que tocam músicas do rock alternativo) que acontece todos os sábados na região do centro de São Paulo. O tema foi objeto de estudo da antropóloga Ane Talita da Silva Rocha em sua dissertação de mestrado na área de antropologia social, realizada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

O objetivo principal da pesquisa é entender como se dá a construção de sujeitos desejáveis dentro da cena indie rock, ou seja, como é a busca por relações afetivo-sexuais por frequentadores de festas especializadas em tocar músicas do rock alternativo, conhecido por indie rock. Para entender os processos, Ane passou um ano frequentando a casa noturna. Foi discutida também a importância do DJ e das músicas, na construção da identidade do jovem.

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Gestantes têm dificuldade para pedir ajuda contra violência

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que a maioria das gestantes que sofrem Violência por Parceiro Íntimo (VPI), quando questionadas, não se considera vítima, porém afirmam já ter sofrido violência por deixar de cumprir tarefas do lar, como lavar a louça ou fazer o jantar. Essa percepção dificulta a procura por ajuda e favorece a continuidade da violência.

Segundo a pesquisadora Driéli Pacheco Rodrigues, um dos fatores que pode levar a maioria delas a não classificar empurrões e socos como violência é o convívio precoce com a violência, como agressões entre familiares, gerando a ideia que essa situação é algo “ruim”, mas comum. “Além disso, muitas acreditam que violência é só aquela que aparece no jornal, como assassinatos, estupros e roubos”, conta a pesquisadora.

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Estudo acompanha o desenvolvimento infantil em Acrelândia

Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP acompanharam o desenvolvimento infantil na cidade de Acrelândia, no Acre, com o objetivo de verificar os determinantes do crescimento em altura e de ganho de peso das crianças. Por meio do estudo longitudinal prospectivo foi possível constatar que, ao longo da última década, diminuiu a proporção de crianças com desnutrição, com maior chance para desenvolvimento de sobrepeso. A pesquisa é inovadora ao mostrar que fatores genéticos e ambientais e deficiências nutricionais interferem tanto no desenvolvimento como também no ganho de peso das crianças.

Os dados são da tese de doutorado Determinantes do crescimento linear e ganho de peso de crianças em Acrelândia, Estado do Acre, Amazônia Ocidental Brasileira, defendida no dia 7 de março, na FSP, pela nutricionista Bárbara Hatzlhoffer Lourenço, sob a orientação da professora Marly Augusto Cardoso, do Departamento de Nutrição.

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Revelação da orientação sexual tem relação com violência

Revelar a orientação sexual pode significar sofrer mais violência física, verbal e ameaças, no caso dos homens que fazem sexo com outros homens. Os locais em que eles mais se sentem discriminados são nos ambientes religiosos, na escola ou faculdade, nos círculos sociais próximos como amigos e vizinhos e no contexto familiar. Segundo o psicólogo Luiz Fabio Alves de Deus, autor da pesquisa na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP que estudou o assunto, a revelação é ainda mais difícil para aqueles que já sofrem algum outro tipo de preconceito na sociedade, como os negros.

Quase três quartos dos entrevistados que tinham a orientação sexual revelada em vários contextos já vivenciaram agressões verbais em decorrência de sua sexualidade. Esta também foi motivo para que 21% destes homens que fazem sexo com homens terem sofrido violência física. Dos entrevistados, 42% receberam ameaças de agressão por não seguirem os padrões da heteronormatividade. A pesquisa ainda constatou que, assim como a violência, a discriminação era maior quanto mais assumida a sexualidade estava.

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Cientistas brasileiros avançam no combate à doença de Chagas

Uma equipe de pesquisadores brasileiros acaba de conseguir avanços expressivos no desenvolvimento e otimização de um conjunto de inibidores potentes da enzima cruzaína de Trypanosoma cruzi, protozoário responsável pela doença de Chagas. Trata-se de um importante passo em direção ao desenvolvimento de um fármaco para o combate da doença, que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais doenças tropicais negligenciadas.

Segundo o professor Adriano D. Andricopulo, do Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC) e do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar-CEPID/FAPESP) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), que coordena a equipe de cientistas, a enzima em questão é a principal cisteíno-protease do parasita. “Ela está envolvida em várias etapas do desenvolvimento do parasita, sendo considerada um alvo validado para o desenvolvimento de fármacos”, explica o professor.

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Adolescentes têm seu primeiro contato com bebida aos 13 anos

Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta o que muitos já desconfiavam: garotos têm 2,2 vezes mais chances de cometer exageros relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas se comparado a meninas. Participar de atividades de cunho religioso reduz consideravelmente as chances de consumo.

“A vontade de provar algo novo, sejam drogas lícitas ou ilícitas, é comum no universo dos jovens”, afirma a pesquisadora Efigenia Aparecida Maciel de Freitas, lembrando que o consumo de álcool apresenta consequências que vão desde episódios de exposição pessoal a tragédias como a morte.

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