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Ser sustentável é estratégico no setor farmacêutico

O discurso sustentável das indústrias farmacêuticas está afinado à prática de trabalho dos gerentes e seus colaboradores diretos. A sustentabilidade é incorporada à estratégia de negócio das empresas porque é financeiramente mais barato adotá-la. Uma pesquisa de pós-doutorado da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Pesquisa (CNPq), analisou se o discurso sobre sustentabilidade das indústrias farmacêuticas era adotado na prática.

A autora do estudo e jornalista, Devani Salomão, verificou como gerentes e seus colaboradores diretos entendiam o termo sustentabilidade e como o discurso organizacional e a prática gerencial se relacionam à comunicação e gestão sustentável.
Devani justifica a escolha pelo setor farmacêutico por causa da sua importância para a área da comunicação e da saúde. “Esse é um dos contextos no qual a comunicação organizacional, os processos interativos, as gestões, as informações, as concepções sobre os recursos humanos e os costumes sustentáveis têm sido pouco estudados, talvez pela dificuldade de acesso a essas indústrias”.

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Projeto Nudritiva divulga dicas práticas sobre nutrição

Multiplicar boas informações. Essa é a ideia que guiou a aluna Adriana Carrieri, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP,  ao criar o projeto Nudritiva, uma página no Facebook que divulga assuntos relacionados a alimentação de forma dinâmica e acessível. Estudante do último ano do curso de Nutrição, Adriana percebeu durante sua formação o desconhecimento da população sobre o assunto, principalmente enquanto participava da Liga de Obesidade Infantil no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FMUSP).

“As pessoas, em geral, sabem o básico. ‘Ah, tem que comer salada’, mas não sabem muito bem como, qual salada, como pode variar, que vitaminas aquilo tem ou como aquilo vai agir no corpo”, conta. “E aqui na universidade a gente vê muita ciência e tem muita informação. Este projeto é uma forma de retribuir tudo isso para a sociedade”.

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Canabidiol tem efeitos benéficos comprovados para tratar ansiedade

A utilização controlada do Canabidiol (um composto da maconha) para fins médicos mostrou-se eficaz no tratamento da fobia social — um tipo de transtorno psiquiátrico altamente incapacitante, que atinge aproximadamente 13% dos brasileiros

Pesquisa realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP),  (USP) em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), ambas da USP, comprovou que a substância extraída da maconha possui efeito ansiolítico, sem causar dependência, reduzindo, sobretudo, o medo de falar em público em pessoas que possuem fobia social.

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Boas relações em tratamento amenizam transtorno alimentar

Pesquisa realizada por equipe da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que vínculo entre pacientes com transtornos alimentares (TAs) e profissionais da saúde aumenta a adesão ao tratamento. Por outro lado, a rotatividade de funcionários dos hospitais dificulta a criação de laços entre as duas partes. No estudo desenvolvido pela psicóloga Tatiane Mitleton Borges Ramos, foram analisadas 15 pacientes, todas do sexo feminino e em tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP.

Durante a pesquisa, as pacientes relataram que empatia, interesse e diálogo são requisitos primordiais para os profissionais que lidam com casos de TAs. “Elas afirmaram que alguns profissionais, apesar de possuírem competência técnica, não apresentaram boa postura de cuidado”, afirma a pesquisadora.

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Brócolis é eficaz como alimento auxiliar no combate ao câncer

Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, estudos mostram que o brócolis (Brassica oleracea L. var. itálica) está entre os alimentos funcionais que mais tem se destacado quando o assunto é a prevenção do câncer. Segundo a farmacêutica Patricia Bachiega, o consumo de alimentos funcionais é uma medida promissora e vantajosa para o combate à doença. “Eles possuem compostos bioativos, responsáveis por modulações fisiológicas que irão resultar em benefícios ao nosso organismo”, afirma a pesquisadora.

Pesquisa avaliou o efeito da suplementação com selênio durante o cultivo do brócolis

Mestranda pelo programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Esalq, a pesquisadora observou que os excelentes resultados do brócolis na prevenção do câncer podem aliar-se ao selênio. “Para manter a saúde humana, pequenas quantidades de selênio [55 microgramas-μg- por dia] necessitam ser consumidas. Sua importância deve-se ao fato deste mineral ser responsável pelo aumento na síntese de enzimas, que apresentam elevada atividade antioxidante, minimizando assim os danos oxidativos”, comenta.

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Luto

Modo de vivenciar luto pode afetar desenvolvimento infantil

O sofrimento de pais que perdem um filho pequeno é uma das situações emocionais que mais podem desestruturar uma família. Essa obvia constatação, no entanto, ganha um contorno ainda mais dramático quando a família tem outro filho de pouca idade, pois o luto dos pais pode influenciar no desenvolvimento emocional da criança. Analisar “a vivência da criança que perdeu um irmão e a repercussão dessa perda no seu desenvolvimento emocional, conforme relacionada ao luto dos pais” foi o objeto da pesquisa desenvolvida para o mestrado de Marcela Lança de Andrade, apresentada no final do ano passado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Orientada pela professora Valéria Barbieri, Marcela estudou três famílias com filhos entre nove e 11 anos de idade e que passaram pela traumática situação de perda de um dos filhos. A autora conta que quando foi escolher seu tema de mestrado verificou que o tema era pouco estudado. “Existe um tabu social de falar nesse assunto, no geral as pessoas que trabalham dentro dos hospitais têm mais facilidade porque vivem cotidianamente essa situação, mas é um assunto evitado, pois a maioria das pesquisas dessa área falam sobre a perda dos pais, do cônjuge, poucas falam da perda dos filhos, até pela dificuldade do tema”, afirma, resumindo que seu objetivo foi pensar como estava esse luto e se esse luto repercute no desenvolvimento emocional da criança.

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Aedes aegypt

São Paulo abriga os quatro sorotipos do vírus da dengue

Atualmente, na região macropolitana de São Paulo, circulam os quatro sorotipos do vírus da dengue. Isto indica que há hiperendemicidade da doença no Estado de São Paulo. Além disso, já há casos de infecção por dois destes sorotipos ao mesmo tempo, o que pode estar envolvido em manifestações graves da doença. Com esta situação, semelhante ao que acontece na Ásia, o risco de infecção em crianças aumenta. As constatações são de uma pesquisa feita no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí, Prefeitura Municipal de Jundiaí, Prefeitura Municipal do Guarujá e um laboratório particular da região.

“É a primeira vez que uma cidade do tamanho de São Paulo enfrenta este tipo de situação. A maior cidade do hemisfério sul agora tem os quatro sorotipos da dengue. Isso não é uma boa notícia”, explica Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia do ICB e um dos coordenadores da pesquisa. O estado de hiperendemicidade ocorre quando existe a cocirculação de todos os sorotipos do vírus em alta prevalência infectando pessoas em uma área. No caso da dengue, hoje cocirculam na região paulista todos os tipos encontrados no País: o DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esta situação é mais grave quando se dá em áreas populosas, como é o caso de São Paulo.

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Mulher negra

Mulher negra ainda encontra dificuldades no acesso à saúde

Na Faculdade de Direito (FD) da USP, uma pesquisa levantou uma crítica à forma como o sistema de saúde na cidade de São Paulo atende as necessidades da mulher negra. O estudo revela que o exercício do direito à saúde para esse grupo de mulheres, que é garantido pela Constituição do Brasil, sofre discriminações raciais e de gênero.

O projeto da professora da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo) e da Universidade de Suzano (UNISUZ), Simone Henrique, buscou estudar o direito fundamental à saúde da mulher negra no município de São Paulo. Para a pesquisadora, um dos principais problemas reside na dicotomia entre o que a sociedade possui na teoria e o que ela realiza na prática. “Os instrumentos da Lei para garantir a saúde da mulher negra estão todos presentes. A igualdade formal no Brasil é imensa, mas a execução dessa igualdade não acontece”.

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Análise investiga causas de queimaduras infantis

O álcool líquido é um dos principais agentes causadores de queimadura infantil, segundo pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo revela, ainda, que as crianças se queimam durante brincadeiras ou tentando fazer comida, além da inexperiência tanto delas próprias, como de seus familiares, no manejo de líquidos inflamáveis. Para a autora do estudo, a enfermeira Iara Cristina da Silva Pedro, essas constatações confirmam a necessidade de ações preventivas para evitar queimaduras e mais pesquisas para identificar como esses acidentes acontecem.

Ela lembra, ainda, que no Brasil, existem centros especializados em tratamento de queimaduras. Mas, quando o acidente acontece, o primeiro contato é feito com unidades básicas de saúde, de pronto atendimento e prontos-socorros. Por isso a necessidade de treinar, principalmente os profissionais que atendem nesses locais. “Nem sempre os profissionais da saúde estão preparados para atender casos assim. Por essa razão, às vezes, os centros de tratamento ficam sobrecarregados com casos simples que poderiam ser resolvidos na rede básica e, também, em casos de queimaduras mais graves, os pacientes ficam com sequelas funcionais”, descreve a enfermeira.

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Condutores de veículos de cargas têm dores osteomusculares

Pesquisa realizada com 195 condutores de veículos de carga na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta a presença de dores osteomusculares, em especial na coluna lombar, ombros e joelhos. De acordo com o estudo do fisioterapeuta Olavo Swerts, as queixas estão relacionadas não apenas a variáveis físicas, como o Índice de Massa Corporal (IMC), mas também a carga horária diária de trabalho, que compreende grandes distâncias percorridas na estrada. O trabalho sugere atenção à postura durante o trabalho, a prática de exercícios e o cumprimento das pausas e da jornada de trabalho estipulada por lei para reduzir as ocorrências de dor.

“Os condutores que compuseram a amostra do estudo foram selecionados a partir de critérios previamente estabelecidos, foram selecionados 195 condutores para compor a amostra do estudo”, conta Swerts. As avaliações foram feitas na cidade de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). “Os parâmetros para a avaliação foram as características individuais e ocupacionais e a presença de dor osteomuscular”.

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