Archives

Dieta do jejum pode reduzir a sensação de saciedade

Estudos realizados no Laboratório de Metabolismo Energético do Instituto de Química (IQ) da USP, membro do CEPID de Processos Redox em Biomedicina, mostram que animais expostos à dieta de jejum intermitente por três semanas apresentam peso final menor que o dos animais controle, que estavam recebendo comida normalmente. No entanto, o estímulo de fome nesses animais é persistente, até mesmo quando estão totalmente alimentados.

“Esses animais apresentam uma menor conversão energética, ou seja, aproveitam de maneira menos eficiente a energia contida nos alimentos”, destaca o biólogo Bruno Chaussê, que desenvolveu sua tese de doutorado no IQ. O estudo Intermittent Fasting Induces Hypothalamic Modifications Resulting in Low Feeding Efficiency, Low Body Mass and Overeating foi orientado pela professora Alicia Kowaltowski.

Leia Mais

Alimentação saudável auxilia tratamento da osteoporose

A alimentação de mulheres na menopausa com osteoporose influencia na gravidade da doença. Aquelas que mantêm um padrão de alimentação que inclui grandes quantidades de doces, chás e café tendem a ter a densidade óssea mais baixa. A conclusão é de uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, feita pela nutricionista Natasha França. O estudo também constatou que pessoas com o peso saudável que costumam comer frutas, verduras e legumes tendem a ter a ter osteoporose mais leve. Muito além do cálcio, os dados sugerem que, nesta doença, a alimentação pode ser coadjuvante do tratamento com medicamentos.

A pesquisa da FSP buscou entender se a alimentação de mulheres que já têm osteoporose pode exercer influência nos valores da densidade mineral óssea delas. Esta medida indica se o osso encontra-se em estado de “normalidade”, ou seja, com tamanho e dureza adequados. A doença é caracterizada pela desmineralização (perda de minerais, principalmente cálcio) dos ossos, tornando-os mais frágeis e porosos. Geralmente, quando um médico faz o diagnóstico dela, indica medicamentos e a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como leite e derivados, pois o nutriente participa da formação e manutenção dos ossos.

Leia Mais

Gravidez não planejada é fruto de má educação sexual

A maioria das gestações não planejadas é resultado do uso incorreto de métodos contraceptivos. Esse é um dos resultados da pesquisa Gravidez não planejada: a experiência das gestantes de um município do interior do Estado de São Paulo. Os resultados do estudo foram apresentados em dezembro do ano passado como defesa de mestrado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. A responsável pela pesquisa, enfermeira Natália Canella Sanches, diz que, ao mesmo tempo em que as mulheres conheciam e faziam uso de anticoncepcionais, elas sabiam que não realizavam o procedimento de forma correta.

“Relataram não fazer o uso diariamente, por esquecimento. Com o uso incorreto, sabiam que corriam o risco de engravidar.” A dissertação de mestrado de Natália foi orientada pela professora Fabiana Villela Mamede e acompanhou 11 gestantes da cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo, mas, garante a pesquisadora, “os resultados podem se estender para outras regiões do estado, uma vez que a gravidez não planejada é constantemente observada”.

Leia Mais

Creatina e exercícios melhoram fragilidade em idosas

A suplementação de creatina aliada ao treinamento de força em pessoas idosas do sexo feminino melhorou a função muscular e massa magra. O resultado é de uma pesquisa que envolveu 60 mulheres idosas (com idades entre 62 e 79) com fragilidade. Segundo o professor Bruno Gualano, da Escola de Educação Física e Esportes (EEFE) da USP, tal constatação indica que a suplementação do nutriente associada ao exercício, em mulheres idosas, pode ser um terapêutica eficiente no combate ao envelhecimento.

“A creatina é um nutriente produzido pelo próprio organismo, e obtida também com o consumo de carnes”, explica Gualano. Atualmente, a suplementação de creatina é classificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como “alimento para atletas”. “Há alguns anos, advogo que a recomendação desse suplemento nutricional deveria ser estendida a idosos, pois a literatura científica tem dado bom suporte para isso”, justifica o cientista. Juntamente com a professora Rosa Maria Pereira, da Faculdade de Medicina (FM) da USP, coordenou os experimentos realizados no Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia (LACRE) — disciplina de Reumatologia da FM. O estudo integra o doutorado de André Macedo, da FM, foi apresentado em congressos internacionais e acaba de ser publicado na Revista Experimental Gerontology.

Leia Mais

Estudo propõe inclusão produtiva para populações quilombolas

De olho no crescente desemprego estrutural do modelo hegemônico que a sociedade leva, um estudo foi desenvolvido a fim de criar programas para a inclusão de pessoas, bem como geração de renda. Para tanto, Andrea Yumi Sugishita Kanikadan, autora do trabalho realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, propôs analisar duas experiências de ações públicas voltadas ao desenvolvimento local de comunidades quilombolas.

As comunidades estudadas foram o Campinho da Independência, em Paraty (RJ), e Mandira, em Cananeia (SP). No primeiro grupo, foi aplicado um projeto de plantio, coleta e beneficiamento do fruto da palmeira juçara. Já no segundo, a comunidade fez parte de um estudo sobre a restauração da reserva extrativista de ostras comercializadas na região. “As análises envolveram o pensamento do desenvolvimento como liberdade, considerado pelo economista indiano Amartya Sen”, comenta Andrea.

Leia Mais

Molécula inibe crescimento de parasita da Doença de Chagas

Atualmente no mundo há dois medicamentos para o tratamento da Doença de Chagas: nifurtimox e benznidazol. No Brasil, apenas o segundo tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado porque  o nifurtimox é altamente tóxico. A partir de modificações químicas de benznidazol, pesquisadores da USP em Ribeirão Preto encontraram uma molécula que mostrou uma atividade cinco vezes melhor que o benznidazol na eliminação do Trypanossoma cruzi (T. cruzi), parasita causador da Doença de Chagas.

Durante testes in vitro, foi constado que além de matar o parasita, a molécula não foi tóxica para a célula. “O próximo passo será sintetizar uma quantidade maior dessa molécula, passar de miligramas para gramas, e verificar se o resultado será o mesmo em animais para a formulação de um potencial fármaco”, explica Ivone Carvalho, professora de Química Farmacêutica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP.

Leia Mais

Estudo traz índice de metais na Antártica brasileira

Um levantamento realizado na Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, na Antártica, verificou os índices de metais pesados, como arsênio, cádmio, cobre e mercúrio, entre outros, em 31 espécies de organismos marinhos. “Este estudo poderá vir a ser uma referência para outras pesquisas a serem realizadas no local”, acredita a oceanógrafa Tailisi Hoppe Trevizani. “Nossos levantamentos foram feitos com amostras coletadas em 2003. O trabalho pode ser considerado como nível de base e os índices encontrados podem ser classificados como aceitáveis”, conta. A Baía do Almirantado é onde está instalada a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF, Brasil), base brasileira no continente que foi incendiada após um acidente, em 2012.

Tailisi é autora da pesquisa de mestrado Bioacumulação de metais pesados e avaliação da biomagnificação na biota da Baía do Almirantado, Ilha Rei George, Antártica, apresentada no Instituto Oceanográfico (IO) da USP.

Leia Mais

Questões ligadas à aids ainda são um tabu na área da saúde

Estudo elaborado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) mostra que muitos profissionais da área da saúde não têm preparo suficiente para trabalhar com situações que envolvam a temática da aids. De autoria da pesquisadora Cíntia Yuri, a dissertação de mestrado mostra que as principais dificuldades estão no momento de comunicar o diagnóstico e de abordar assuntos como as possíveis formas de contágio por HIV. Além disso, a pesquisa revela também que crenças equivocadas acerca da doença ainda são persistentes entre a população e que o cuidado no âmbito doméstico também requer atenção.

Intitulado Sentidos atribuídos por adultos com HIV/AIDS à doença e ao cuidado que recebem de familiares, o estudo aponta que muitos médicos, enfermeiros, entre outros profissionais, têm grande dificuldade para abordar assuntos considerados polêmicos sobre a doença, como o contágio por relações sexuais. Isso acontece porque, muitas vezes, na formação acadêmica desses profissionais, há uma ênfase aos aspectos técnicos em detrimento dos elementos de ordem subjetiva, dificultando a incorporação de processos que digam respeito, por exemplo, à sexualidade. Para Cíntia, é importante incorporar temas dessa natureza no processo de formação e atuação dos profissionais de saúde, para que eles possam ter uma melhor convivência com seus medos e, inclusive, preconceitos.

Leia Mais

Doenças em docentes podem estar ligadas à função

Professores do ensino superior estão adoecendo e a causa pode estar relacionada ao exercício de sua função, alerta estudo da psicóloga Marisa A. Elias, do campus de Ribeirão Preto da USP, realizado com docentes de instituições da rede privada de ensino superior da cidade de Uberlândia, MG.

“A precariedade do trabalho, resultado do rápido crescimento dessas instituições, parece incrementar os problemas de saúde, principalmente os adoecimentos de ordem psíquica”, garante a pesquisadora, que está desenvolvendo estudos relacionando a saúde com o exercício da docência em instituições de ensino superior, para seu doutorado no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

Leia Mais

Curso orienta turistas sobre questões de saúde em viagens

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2013, o Brasil esteve entre os países que mais enviaram turistas para o mundo. O órgão contabilizou, no primeiro semestre, uma alta de 15% de pessoas que fizeram viagens ao exterior. Buscando orientá-las sobre cuidados de saúde e evitar imprevistos nas viagens, o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP prepara, já há alguns anos, o curso Saúde em Viagens: Antes, Durante e Depois.

As aulas abordam, entre outros temas que envolvem uma viagem segura, as vacinas recomendadas para cada destino e também os cuidados básicos com a alimentação durante os passeios. Gratuito, o curso conta com a participação de diversos professores do IMT, que têm tradição no estudo de doenças “importadas”, além de terem um olhar voltado para a saúde internacional.

Leia Mais