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Telemedicina usa tecnologia para ampliar atendimento médico

Além da distância geográfica, populações que vivem longe dos grandes centros urbanos encontram também barreiras socioeconômicas, como o difícil acesso aos serviços de saúde. A proposta da telemedicina, conhecida também como telessaúde, surgiu como uma maneira de superar estas barreiras e prestar assistência a distância, ampliando o alcance do atendimento e, principalmente, da informação.

Desde 1997, a telemedicina é tema de uma disciplina coordenada pelos professores Chao Lung Wen, Raymundo Soares de Azevedo e Wu Tu Hsing, na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Com o auxílio de laboratórios, salas de videoconferência e outras ferramentas audiovisuais, como o projeto Homem Virtual, a disciplina de Telemedicina mostra aos estudantes como o atendimento médico pode ser aplicado em casos em que a distância entre o profissional e o paciente é um fator crítico.

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Mulheres portadoras de diabetes aderem melhor à medicação

As mulheres são maioria, 58,3%, das pessoas diagnosticadas com diabetes e que fazem uso de medicamento oral na região Oeste de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). É o que mostra uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo do pesquisador Pedro Tadeu Istilli também aponta que apenas 25% dos participantes aderem plenamente ao tratamento com medicamento oral e só 35% não se esquecem do horário do medicamento. Somente 55% acreditam que os remédios trarão resultados positivos.

Os diabéticos diagnosticados há menos de 5 anos (13%) acreditam mais no tratamento feito com medicamentos orais, do que aqueles que receberam o diagnóstico da doença há mais de 11 anos (63,4%). Esses, inclusive, apresentam resistência ao tratamento. O resultado dessa baixa adesão dos pacientes ao tratamento prescrito “pode ser um determinante para o aumento do número de complicações como cegueira, problemas nos nervos, problemas de circulação do sangue e doenças renais”, afirma Istilli. Além disso, de acordo com o pesquisador, esses pacientes podem desenvolver má qualidade de vida.

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Paciente com câncer recebe apoio do Instituto de Psicologia

O sofrimento associado ao diagnóstico do câncer extrapola os já conhecidos efeitos orgânicos dos tratamentos mais comuns da doença, como a quimioterapia – que provoca queda de cabelos, náuseas e dores. O paciente, e também seus familiares, enfrentam sentimentos de revolta, medo, insegurança e ansiedade que precisam ser levados em conta durante o processo de superação da doença, inclusive porque podem permanecer até mesmo após o fim do tratamento. É essa dimensão psicológica do câncer o foco da Psico-Oncologia e das atividades do Chronos, laboratório do Instituto de Psicologia (IP) da USP dedicado ao atendimento dessas pessoas por meio da psicoterapia.

No Chronos, sigla para Centro Humanístico de Recuperação em Oncologia e Saúde, mas também uma referência ao deus do tempo da mitologia grega, os especialistas que realizam o atendimento dedicam-se, igualmente, a conhecer a doença, e é isso o que diferencia o profissional da Psico-Oncologia. “Precisamos conhecê-la ao máximo, saber sobre os tratamentos e os efeitos colaterais”, explica Elisa Maria Parahyba Campos, professora do Departamento de Psicologia Clínica do IP e coordenadora do Chronos. O domínio dessas informações é importante pois cada tipo de câncer envolve determinadas características e reações, que podem influenciar o estado emocional dos pacientes. E ao lidar com os medos das pessoas, é preciso saber se eles são reais ou fantasiosos para poder orientá-las.

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Técnica melhora qualidade do sêmen descongelado

Uma técnica desenvolvida no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia – Setor de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP aumentou de 20 a 30% a motilidade progressiva (capacidade de se mover) do espermatozoide descongelado. A novidade é que os pesquisadores utilizaram um aditivo de origem vegetal, com grau de pureza acima de 99%, que associado a macromolécula proteica (carreador de lipídios), aumenta a proteção da membrana do espermatozoide durante a criopreservação. O aditivo pode ser aplicado tanto no congelamento de sêmen humano quanto de outros mamíferos.

A criopreservação de sêmen é muito empregada nas técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro, entre outros procedimentos. Ela consiste no congelamento do sêmen fresco para conservá-lo e ser utilizado posteriormente. Entretanto, durante o processo de congelamento e descongelamento ocorrem danos químicos e mecânicos na membrana do espermatozoide, que podem reduzir a motilidade e a funcionalidade.

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Estudo auxilia análise de dados estatísticos em medicina

Em sua tese de doutorado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, o pesquisador Emílio Augusto Coelho Barros trabalhou com um conjunto de técnicas estatísticas voltadas ao tratamento de dados que são interpretados, como o tempo de ocorrência de um evento qualquer. “Um tipo de informação bastante frequente em estudos médicos, em que este evento pode ser o óbito dos portadores de uma condição ou a recorrência de uma doença”, afirma.

Barros é o autor da tese Modelagem em análise de sobrevivência para dados médicos bivariados utilizando funções cópulas e fração de cura, defendida no dia 30 de julho sob a orientação do docente do Departamento de Medicina Social da FMRP, Jorge Alberto Achcar, professor colaborador junto ao departamento de Medicina Social da Faculdade. A tese é o o primeiro doutorado concluído no programa de Pós-Graduação em Saúde na Comunidade da FMRP.

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DNA vira ‘código de barras da vida’ em rede de pesquisa

De modo semelhante ao código de barras de um produto no supermercado, a partir do qual é possível identificá-lo e obter informações sobre ele, uma iniciativa que abrange pesquisadores de todo o mundo visa padronizar a identificação de espécies utilizando o chamado DNA Barcoding — método em que uma espécie de código de barras é criado a partir de um pequeno trecho do DNA, extraído de uma região padronizada do gene.

A ideia de um dos proponentes dessa técnica, o cientista Paul Hebert, era tornar o processo de identificação das espécies mais rápido e formar um banco de dados de toda a biodiversidade mundial, disponível para consulta por qualquer pessoa. “O uso de sequências de DNA na taxonomia não é novo, mas a ideia do barcoding é o sequenciamento de um mesmo trecho, pois até então cada grupo utilizava uma região diferente do genoma, o que tornava difícil fazer comparações”, conta Mariana Cabral de Oliveira, professora do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências (IB) da USP e uma das pesquisadoras participantes do International Barcode of Life (iBOL).

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Música reduz ansiedade de pacientes em hemodiálise

Ouvir música durante as sessões de hemodiálise diminui a ansiedade dos pacientes, como mostra uma pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo da enfermeira Lucimara Moreli  avaliou o efeito da música como terapia complementar. O trabalho analisou a intervenção nos aspectos fisiológicos e emocionais dos pacientes em hemodiálise. Variáveis como frequência respiratória, cardíaca, temperatura e pressão arterial não sofreram alterações, porém a ansiedade reduziu significativamente.

Com as informações coletadas na Unidade de Diálise do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP, a enfermeira ressalta que pessoas com Insuficiência Renal Crônica (IRC) sofrem modificações em suas atividades, uma vez que têm que passar pelo processo de hemodiálise três vezes por semana.

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Cientistas desvendam mecanismo de defesa de bactéria

Em artigo publicado na revista Plos One, pesquisadores do INCT-Redoxoma demonstraram que a peroxidase Ohr e seu regulador negativo OhrR são a principal via utilizada pela bactéria Chromobacterium violaceum para detectar e degradar hidroperóxidos orgânicos. O trabalho, realizado pelo pesquisador José Freire da Silva Neto sob supervisão do professor Luis Netto, do Instituto de Biociências (IB) da USP, pode ter implicações importantes para o desenvolvimento de novos antibióticos.

“A degradação de hidroperóxidos orgânicos, oxidantes gerados nas células hospedeiras, é crucial para a sobrevivência das bactérias. Portanto, a compreensão do mecanismo de defesa antioxidante das bactérias é fundamental”, afirmou Luis Netto.

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Projeto odontológico atende pacientes em Rondônia

O Projeto FOB/USP em Rondônia realizou sua 29ª expedição com destino a Monte Negro, em Rondônia. A equipe viajou no dia 4 de julho num ônibus da USP e retornou no dia 20 de julho. O projeto é coordenado pelos professores Magali de Lourdes Caldana e José Roberto de Magalhães Bastos. Foram atendidos quase 1.500 pacientes em reabilitação e promoção de saúde nas áreas de odontologia e fonoaudiologia, com a população da zona rural e urbana da cidade de Monte Negro e região.

A equipe da expedição foi integrada por 36 pessoas: 2 docentes, 10 alunos de graduação de fonoaudiologia, 14 alunos de graduação de odontologia, 6 alunos de pós-graduação e 4 funcionários.

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Campanha leva conhecimentos de genética a usuários do metrô

Uma iniciativa do Instituto de Biociências (IB) da USP vai levar conhecimento científico sobre genética aos paulistanos que usam o metrô e também aos estudantes de Ensino Médio de todo o Estado de São Paulo. O Centro de Pesquisa sobre Genoma Humano e Células-Tronco, um dos Centros de Pesquisa Inovação e Difusão (Cepid) ligados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), criou cartazes e um hot site para divulgar a campanha “Semelhantes, mas diferentes”, dentro do Projeto Semear Ciência. A intenção dos organizadores é despertar a curiosidade do público para os assuntos ligados à genética, dando conta de uma de suas missões, que é a difusão do conhecimento.

“Os centros de pesquisa da Fapesp têm que cumprir três funções: ‘pesquisa’, ‘transferência de tecnologia’ e ‘educação e difusão’. Dentro desses pilares, surgiu a ideia de levar um pouco dos conhecimentos científicos de genética para a população em geral”, conta a professora Eliana Dessen, uma das criadoras do projeto. A campanha alerta as pessoas sobre a semelhança genética que outros seres vivos guardam com o ser humano, reafirmando a teoria da evolução das espécies concebida por Charles Darwin, ainda no século 19.

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