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Pimentas podem auxiliar prevenção do Alzheimer

Pesquisa do programa de pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, investiga a composição fitoquímica, potencial antioxidante e a atividade anticolinesterásica em pimentas do reino e pimenta rosa. O trabalho da pesquisadora Fúvia de Oliveira Biazotto aponta que as pimentas podem atuar como aliados no combate à progressão da doença de Alzheimer por comportarem em sua composição fitoquímicos com possível ação inibidora da acetilcolinesterase, que degrada a acetilcolina, neurotransmissor envolvido na retenção de memória e aprendizagem.

De acordo com Fúvia, alimentos antioxidantes podem reduzir a incidência do Alzheimer ao impedir ou neutralizar os efeitos danosos dos radicais livres. A baixa efetividade dos tratamentos existentes e a ausência de prognóstico positivo impulsionaram na comunidade científica uma demanda por novas formas de tratamento e prevenção. Hoje, a principal forma de tratamento tem sido por meio de inibidores sintéticos de acetilcolinesterase. “Além de terem custo elevado e apresentarem efeitos colaterais, os inibidores de acetilcolinesterase existentes não previnem ou curam a doença”, afirma. “Apenas tratam a perda cognitiva sem atrasar ou modificar a progressão da enfermidade. Em alguns casos, os medicamentos só funcionam por limitado período de tempo e, para alguns pacientes, não oferecem alívio nenhum”.

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Lei seca altera comportamento de motoristas brasileiros

Após a entrada em vigor da chamada “lei seca”, em 2008 — modificada em 2012 (tolerância zero) —, houve redução em 45% na prevalência de consumo abusivo de álcool (acima de 4 doses para as mulheres e 5 para homens). Os dados resultam de um estudo publicado na última edição da Revista de Saúde Pública (vol.48, no.4, 2014) da USP. O levantamento foi realizado entre os anos de 2007 a 2013 e reuniu dados de 54 mil adultos residentes nas 27 capitais brasileiras.

Segundo os pesquisadores Regina Tomie Ivata Berna, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, e Rafael Moreira Claro, do Nupens/FSP e do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as maiores mudanças no comportamento dos brasileiros foi identificada nos dois primeiros anos do levantamento.

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Hospital Universitário inaugura Centro Cirúrgico Inteligente

O Hospital Universitário (HU) da USP acaba de ganhar um Centro Cirúrgico Inteligente para melhorar a atenção aos doentes e aprimorar a formação de novos cirurgiões. O investimento, de cerca de R$ 4 milhões, foi doado ao HU a partir de um projeto coordenado pelo médico Miguel Srougi, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A cerimônia de inauguração do novo centro aconteceu na manhã desta segunda-feira, 22 de setembro.

Para Srougi, “essa modernização tecnológica em um hospital universitário tem um significado maior, já que remete ao setor acadêmico e universitário o papel perdido nos últimos anos, o de agente propulsor das inovações na área de assistência médica em saúde pública”.

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Novas formas sólidas podem aprimorar antidepressivos

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, pesquisa de mestrado de Paulo de Sousa Carvalho Júnior, sob orientação do professor Javier Ellena, desenvolve novas fórmulas sólidas para inibidores de recaptação de serotonina, fármacos utilizados no tratamento da depressão. A maioria dos antidepressivos atuais são pouco solúveis e estáveis. O pesquisador busca novas maneiras de obter formas sólidas dos compostos que formam os antidepressivos, por meio da caracterização de sais ou cristais que possam apresentar propriedades melhores do que os atuais.

Num contexto geral, a depressão é classificada em três níveis: sintomas, síndrome e doença. No terceiro nível, uma das principais intervenções é o uso de antidepressivos, que podem ser de dois tipos: triclínicos e inibidores de recaptação de serotonina (neurotransmissor responsável, entre outras coisas, pela regulação do sono, do humor e do apetite). Mesmo com efeitos colaterais em alguns casos, remédios baseados em inibidores de recaptação de serotonina são considerados menos prejudiciais ao organismo, e os mais indicados para depressão. Ao serem ingeridos, tais remédios atuam nas enzimas que promovem recaptação de neurotransmissores, incluindo a própria serotonina.

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Brincadeira reduz impacto do câncer em crianças

Na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, o faz de conta deixa de ser uma brincadeira e se torna um aliado no tratamento contra o câncer infantil. Os benefícios da prática foram comprovados pela pesquisa da terapeuta ocupacional Nathália Rodrigues Garcia-Schinzari.

Orientada pela professora Luzia Iara Pfeifer, o estudo contou com 15 crianças com idade entre 4 e 7 anos, diagnosticadas com câncer, que eram atendidas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP e, algumas, pelo Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Ribeirão Preto (GACC – Ribeirão Preto).

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Cientistas buscam alternativas para combater esquistossomose

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, cientistas trabalham com frentes alternativas para eliminar a esquistossomose, doença transmitida pelo Schistosoma mansoni, verme hematófago transmitido por caramujos Biomphalaria, que vive nas águas de rios, e que todos os anos causa milhares de mortes no mundo. No Grupo de Cristalografia do Instituto, a pesquisadora Ana Carolina Mafud pesquisa a bioprospecção de produtos naturais — a busca por produtos naturais que tenham atividade contra a doença — e o reposicionamento de fármacos, que consiste pesquisar em banco de dados moléculas já testadas e comercializadas contra qualquer doença e observar suas atividades no combate à esquistossomose. Ana Carolina é pesquisadora em estágio de pós-doutorado do IFSC, supervisionada pela docente Yvonne Mascarenhas.

“Em relação à bioprospecção, três candidatos já apresentaram resultados satisfatórios: jaborandi, louro e uchi-amarelo”, conta a cientista. Tais resultados, inclusive, serão apresentados por Ana na edição de 2014 do Simpósio Brasileiro de Química Medicinal. “Nessa frente de pesquisa, conto com a colaboração do pesquisador Josué de Moraes, que tem toda sua formação acadêmica na USP. Ele já passou pelo Butantã, Instituto Adolfo Lutz e, atualmente, é consultor de saúde pública na Câmara Legislativa do Estado de São Paulo, além de possuir um laboratório de pesquisa, o ‘Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas’, na Faculdade de Ciências de Guarulhos (FACIG), o que facilita a realização de ensaios in vitro e in vivo“, conta Ana Carolina.

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Testes buscam mecanismo de rejeição a células-tronco

Pesquisa do Centro de Terapia Celular (CTC) do Hemocentro de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP investiga se células-tronco mesenquimais podem ter sido rejeitadas pelo sistema imunológico de pacientes com diabetes do tipo 1. Essas células são retiradas da medula óssea de doadores saudáveis, cultivadas em laboratório e injetadas sucessivas vezes em pacientes que se tornaram diabéticos recentemente, para manter a produção de insulina pelo organismo. O CTC é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O estudo de Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, que é realizado há três anos, utiliza testes de sangue para verificar a presença de anticorpos que inviabilizam o tratamento, e espera-se a obtenção de resultados dentro de um ano. A pesquisa venceu a edição 2014 do Prêmio L’Oreal Mulheres na Ciência. As células-tronco mesenquimais ou células estromais mesenquimais (MSCs) são células precursoras encontradas principalmente na medula óssea. É uma população rara de células-tronco multipotentes capaz de oferecer suporte a hematopoese e de se diferenciar em diversas linhagens celulares como os condrócitos, osteócitos, adipócitos e tenócitos. Maria Carolina afirma que estas células conseguem modular ou controlar respostas inflamatórias, além de estimular o reparo de tecidos lesados.

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Estudo analisa sustentabilidade de projetos na amazônia

Uma equipe de pesquisadores coordenada pela professora Neli Aparecida de Mello-Thery, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, esteve na segunda metade do mês de julho na amazônia, especificamente na região da Serra dos Carajás para atuar na pesquisa “Condicionantes do Desenvolvimento Sustentável na Amazônia” (Duramaz 2). O projeto, financiado pela Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França, é a segunda etapa de uma pesquisa que avaliou 13 experiências locais de desenvolvimento sustentável e trata de temáticas que incluem as influências locais das mudanças climáticas, impacto de novos mecanismos de desenvolvimento sustentável e ações de responsabilidade social das empresas.

Além da professora Neli, a equipe de pesquisadores é formada por Marie-Françoise Fleury, Hervé Théry e pelos doutorandos Luciana Riça Mourão, Paulo Roberto Cunha e Solen Le’Clech. O trabalho, que agrupa instituições francesas e de outros países europeus, com participação da Universidade de Indiana (EUA) e da USP, tem a interdisciplinaridade como base, reunindo estudiosos das questões amazônicas e sua sustentabilidade.

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Projeto Pedal vai monitorar a saúde de ciclistas urbanos

Durante a atividade física o corpo necessita de uma maior oxigenação, ou seja, ser melhor ventilado. Entretanto, em locais com grande concentração de poluentes como os centros urbanos, ocorre, juntamente com o acréscimo de oxigênio, um aumento de poluentes inalados. Foi com esta preocupação que, durante pesquisa da fisioterapeuta Izabela Cozza sobre o papel da ventilação na inalação de poluentes, surgiu a ideia do projeto Pedal.

Baseado em uma iniciativa belga, o Pedal busca realizar um cadastro do perfil de ciclistas da cidade, seja daqueles que usam a bicicleta para lazer, atividade física ou mesmo para o trabalho. Formado por pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMUSP), o projeto foi nomeado a partir do acrônimo em inglês “Prospective Evaluation of Daily Activities and Life style in cyclists” ou, em português, “Avaliação Prospectiva das Atividades Diárias e Estilo de vida dos ciclistas de São Paulo”.

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Expedição Ribeirinha tem início em Rondônia

Nesta segunda-feira, 8 de setembro, às 13 horas, o avião C130 (Hércules) da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou do Aeroporto “Moussa Tobias” em Arealva, interior de São Paulo, rumo a Porto Velho, capital de Rondônia, com 35 integrantes da 2ª Expedição Ribeirinha do Projeto FOB/USP em Rondônia. A viagem é longa e será executada com alunos de graduação e de pós-graduação, com a finalidade de colaborar com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB5-RO) em atividades de extensão, educativas, preventivas e clínicas, com benefícios a população de Calama, distrito longínquo de Porto Velho na divisa com o Estado do Amazonas, via rio Madeira.

São coordenadores do projeto os professores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, Magali de Lourdes Caldana e José Roberto de Magalhães Bastos, com supervisão geral de três docentes incluindo o professor Roosevelt da Silva Bastos.

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