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Cientistas criam complexos metálicos com ação antitumoral

Pesquisadores liderados pela professora Ana Maria da Costa Ferreira, do Instituto de Química (IQ) da USP e do CEPID Redoxoma, desenvolveram novos complexos metálicos heterodinucleares, contendo íons de cobre(II) e de platina(II) coordenados a ligantes do tipo oxindoliminas, que apresentam propriedades antineoplásicas, que inibem o crescimento de células cancerosas. Os compostos e o processo de produção e uso deram origem a um depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em janeiro deste ano.

“Esses compostos se ligam ao DNA e induzem apoptose [ou morte celular programada]. Também inibem enzimas quinases dependentes de ciclinas (CDK1, CDK2) e fosfatase alcalina, o que pode explicar seus mecanismos de atuação no meio biológico”, explica Ana Maria.

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Ingestão de ômega-3 altera tamanho de partícula de colesterol

Pesquisa desenvolvida no Núcleo de Apoio à Pesquisa em Fluidos Complexos (NAP- FCx) da USP mostra que pacientes que receberam doses diárias de ômega-3, substância presente na gordura de determinados peixes, tiveram redução do colesterol total e alteração no tamanho das partículas que transportam o colesterol. Houve aumento da concentração de partículas grandes e intermediárias de HDL (lipoproteína de alta densidade) e diminuição  da concentração de LDL (lipoproteína de baixa densidade) eletronegativa.

A HDL e a LDL, também conhecidas popularmente como “colesterol bom” e “colesterol ruim”, são lipoproteínas relacionadas ao transporte do colesterol no corpo. O alto nível de LDL no organismo pode desencadear a aterosclerose, doença inflamatória que leva ao estreitamento das artérias e pode culminar com um infarto, um acidente vascular cerebral (AVC).

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Tecnologia é aliada para identificar distúrbios de fala

O Distúrbio Específico de Linguagem (DEL), que atinge 5 em cada 100 crianças, é o foco das pesquisas que a professora Débora Maria Befi-Lopes, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolve no Núcleo de Avaliação da Fala e Linguagem em Crianças com Distúrbios da Comunicação (SLCD) da USP, do qual é vice-coordenadora. Um dos principais objetivos do estudo é utilizar recursos tecnológicos para entender como acontece o processamento da informação verbal nas crianças com DEL e quais as diferenças em relação àquelas com padrão normal de desenvolvimento linguístico, obtendo dados que servirão de base para a elaboração de programas de reabilitação mais adequados.

Embora muito estudado, ainda não se sabe com precisão o que causa o DEL, em especial porque a questão da linguagem envolve múltiplos fatores, não apenas de caráter biológico, mas socioculturais. Além do DEL, o núcleo estuda também distúrbios de comunicação apresentados por crianças com gagueira e síndrome de Down. Os programas terapêuticos, em geral, melhoram muito o desempenho dessas pessoas, mas um conhecimento mais profundo de como ocorre o processamento da informação pode ajudar a melhorar o diagnóstico, fazer uma intervenção mais precoce e elevar a qualidade da reabilitação.

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Pressão sobre pulmão indica efeito da ventilação artificial

Reduzir as oscilações da pressão motriz inspiratória dos pulmões (driving pressure) influencia diretamente a queda da mortalidade entre pacientes submetidos à ventilação artificial em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A conclusão faz parte de uma pesquisa com 3.562 pacientes em seis países, coordenada pelo professor Marcelo Brito Passos Amato, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O ajuste da ventilação reduz o risco de inflamação nos pulmões e de sua propagação para outras partes do corpo. O estudo é descrito em artigo publicado no The New England Journal of Medicine no último dia 9 de fevereiro.

Os equipamentos de ventilação mecânica são utilizados em doentes graves que apresentam problemas respiratórios. “A pressão motriz inspiratória, ou pressão de distensão respiratória indica a quantidade de energia mecânica que o ventilador descarrega sobre o parênquima pulmonar ao forçar a entrada de ar até os alvéolos”, conta o professor. “O parênquima é o tecido responsável pelas trocas gasosas no pulmão, recebendo oxigênio e expelindo gás carbônico do organismo”.

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Transplante de fígado requer didática da equipe de saúde

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta necessidade dos profissionais de enfermagem assumirem o papel de educadores de transplantados de fígado. O objetivo, segundo o estudo, é o de suprir a falta de informação dos pacientes que realizaram esse tipo de transplante.

Para a pesquisadora, enfermeira Luciana da Costa Ziviani, esta cirurgia envolve procedimentos os mais complexos da medicina moderna. Por isso, adianta ela, requer uma posição diferente dos profissionais da saúde. “É preciso desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem voltadas ao receptor do órgão” uma vez que o paciente sofre modificações significativas em seu comportamento e estilo de vida.

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Análise aponta condição nutricional de universitários

Pesquisa da nutricionista Francini Xavier Rossetti na Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, empenhou-se em avaliar os hábitos alimentares e o estado nutricional de estudantes ingressantes nos cursos de graduação da Escola e, ainda, a percepção de segurança alimentar e nutricional dos alunos. Entre os alunos analisados, o estudo detectou 10,6% de baixo peso, 13,3% de sobrepeso e 4,4% de obesidade. Muitos estudantes não praticam nenhuma atividade física e o índice de tabagismo e consumo de álcool é alto. A pesquisadora recomenda ações voltadas ao consumo consciente de alimentos e realização de atividades físicas.

Para a concretização da pesquisa, foram necessárias duas etapas. A primeira, quantitativa (análise dos estilos de vida e consumo alimentar), contou com 113 estudantes ingressantes em 2014, e a segunda, qualitativa (grupos focais para avaliar a percepção de segurança alimentar e nutricional), realizada com 31 estudantes do 1º ao 5º ano de diversos cursos de graduação da universidade.

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Aparelho une ultrassom e laser para tratar osteoartrose

Um novo aparelho – portátil e de baixo custo – desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, utiliza a técnica de ultrassom (US) associada ao laser, para tratar lesões osteoneuromioarticulares e, também, aliviar as dores provocadas pela osteoartrose, uma doença crônica que compromete as articulações do corpo – segundo especialistas, a população vem adquirindo essa patologia cada vez mais cedo.

A pesquisa dessa nova metodologia, realizada por Alessandra Rossi Paolillo, pesquisadora do IFSC, em conjunto com Fernanda Rossi Paolillo, Jessica Patrícia João, Herbert Alexandre João e com o professor Vanderlei Salvador Bagnato, do Grupo de Óptica do IFSC, tem como principal objetivo consolidar as fraturas ósseas, a analgesia, ação anti-inflamatória e reparação de tecidos.

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Modelo avalia qualidade do processo de conversão de energia

Pesquisa da Escola Politécnica (Poli) da USP resultou em um modelo para avaliar a qualidade do processo de conversão de energia no corpo humano e seus subsistemas, assim como nos processos bioquímicos do metabolismo. O trabalho foi realizado pelo engenheiro mecânico Carlos Eduardo Keutenedjian Mady em seu doutorado direto, sob a orientação do professor Silvio de Oliveira Junior, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, e co-orientação do professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP. A pesquisa poderá auxiliar nos diagnósticos médicos e na análise do desempenho esportivo.

“Esta pesquisa parte da ideia de entender o corpo humano como uma máquina térmica, algo semelhante a uma turbina, um motor ou uma termelétrica”, explica Mady, lembrando que o corpo humano, assim como uma turbina, um motor ou uma termelétrica apresenta um determinado desempenho durante a produção de energia.

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Câncer infantojuvenil compromete orçamento familiar

Estudo na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP apontou que o orçamento das famílias diante do cuidado de seus filhos com câncer fica comprometido e que o apoio social fornecido por familiares, amigos e vizinhos é fundamental para o tratamento. Esse drama é relatado por uma das mães entrevistadas: “Não vou te falar que eu passei fome, porque eu tive gente para me ajudar”. Com a pesquisa, a autora Amanda Rossi Marques-Camargo, conclui que são necessárias políticas públicas que atendam as particularidades do câncer, seja ele infantil ou em adultos.

“Mesmo com os auxílios disponíveis aos pacientes com doenças crônicas, a condição do câncer possui particularidades e deve ser visto de forma especial. Aspectos como a baixa imunidade, características do tratamento e custos familiares devem ser levados em conta na elaboração e aperfeiçoamento das políticas públicas”, afirma. Ainda, segundo Amanda, o apoio formal, aquele dado pelos órgãos públicos, não contempla as particularidades do câncer infantil e que não há iniciativas de proteção social específicas para as condições dos pacientes com câncer infantojuvenil.

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Adversários na luta contra a hipertensão

A população em geral sabe que aspectos emocionais influenciam na saúde física, mas não tem conhecimento de que sentimentos como ansiedade e estresse diminuem a adesão ao tratamento de hipertensão. Esse e outros fatores que comprometem a terapia foram evidenciados numa dissertação de mestrado desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.
Segundo o autor da dissertação, enfermeiro André Almeida de Moura, além dos sentimentos já citados, a dificuldade de adaptação a um novo estilo de vida e o apoio familiar são decisivos no tratamento da hipertensão arterial. “42% dos entrevistados não conseguem acompanhar o ritmo de dietas e exercícios físicos, que são essenciais para o controle da pressão, e cerca de 13% percebe que a família não está colaborando com o tratamento.”

Realizado na cidade de Santa Helena de Goiás (GO), o estudo de Moura avaliou 138 pacientes atendidos em seis unidades de saúde do município. “Com 100% de cobertura, foi possível detectar que, mesmo com todos os remédios e ferramentas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a adesão ainda era muito baixa”, conta o pesquisador.
Com a coleta de dados realizada entre novembro de 2012 e abril de 2013, o estudo aponta que apenas 21% dos participantes aderiram ao tratamento medicamentoso e 15,9% cumpriam as recomendações médicas que, de acordo com o enfermeiro, eram a alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e exclusão de bebidas alcoólicas e tabaco.

Contribuição –
De acordo com a pesquisa, que traçou o perfil das pessoas que sofrem com hipertensão na cidade goiana, a maioria dos hipertensos (65,9%) era composta por mulheres com idade média de 60 anos. “Podemos afirmar que o sexo feminino foi prevalente devido às atividades e responsabilidades que as mulheres possuem, seja na vida profissional ou como mãe ou avó”, diz o enfermeiro.

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