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Projeto vai identificar perfil genético de paciente com ELA

O Brasil é um dos países participantes do Project MinE, um consórcio internacional centralizado na Holanda que pretende analisar o genoma completo de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A identificação do perfil genético da doença poderá facilitar o diagnóstico e os estudos de futuros tratamentos. A instituição brasileira associada ao consórcio é o Instituto Paulo Gontijo (IPG), que convidou a equipe do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP para o desenvolvimento científico da pesquisa.

O Project MinE foi lançado no ano passado e deve analisar, em escala mundial e nos próximos três anos, o genoma de 15 mil pacientes com ELA esporádica (não hereditária) e 7,5 mil controles (pessoas sem a doença), totalizando 22,5 mil amostras. Além do Brasil, participam Estados Unidos, Holanda, Suécia, Austrália, Israel, Portugal, Irlanda, Suíça, Turquia, Reino Unido, Bélgica e Espanha. Outros países ainda podem se associar.

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Novo princípio ativo pode tratar a esquistossomose

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e estrangeiros revelou que um metabólito secundário do jaborandi, a epiisopiloturina, poderá servir como princípio ativo para combater a esquistossomose. Dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a doença afeta quase 240 milhões de pessoas, sendo a verminose que mais mata no mundo. A pesquisa tem participação da professora do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, Yvonne Primerano Mascarenhas, e da pós-doutoranda, Ana Carolina Mafud que tem bolsa vinculada ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Além do IFSC, participam do estudo a Universidade Federal do Piauí (UFPI), o Instituto de Química (IQ) e o Instituto de Física (IF) da USP, a 7 Anidro do Brasil Extrações S.A. e Bruker BioSpin GmbH (Alemanha).

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Ausência de gene está ligada a disfunção na síntese proteica

Pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da USP sugere que a ausência do gene que codifica a proteína colibistina (CB) tem relação com a disfunção da via de sinalização intracelular mTOR, responsável pela síntese de proteínas em células do sistema nervoso. De acordo com o trabalho da pesquisadora Camila de Oliveira Freitas Machado, o hiperfuncionamento da via mTOR e a produção aumentada de proteínas em células neurais pode estar relacionada com o quadro clínico de deficiência intelectual e autismo em pacientes com deleção no gene CB. A partir do estudo orientado pela bióloga Andrea Laurato Sertie, pesquisadora do Instituto de Ensino e Pesquisa (IIEP) do Hospital Israelita Albert Einstein, pretende-se agora estudar os efeitos dessa disfunção em células neurais, bem como se fármacos que modulam a via de sinalização mTOR podem reverter as anormalidades encontradas nas células neurais in vitro.

O ponto de partida da pesquisa foi a identificação de um paciente brasileiro com deficiência intelectual severa e autismo no quadro clínico que apresentava ausência (deleção) do gene que codifica a proteína CB, deleção esta identificada pela técnica de array CGH. “Na literatura científica há relatos da relação entre variantes genéticas (mutações) no gene da CB e a deficiência intelectual”, explica Andrea, que estudou o papel do gene na síntese de proteínas em células neurais durante o pós-doutorado no IB. “A atuação da proteína é muito conhecida em sinapses e no agrupamento de receptores de neurotransmissores inibitórios, mas seu papel na via mTOR e no controle de síntese de proteínas em neurônios era desconhecido”.

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Modelo experimental analisa efeito da creatina no câncer

Na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, pesquisa de Patrícia-Campos Ferraz analisa o efeito da creatina sobre o crescimento tumoral associado ao câncer em modelos experimentais com animais. O trabalho, que teve a participação dos professores da EEFE, Bruno Gualano e Antonio Herbert Lancha Junior, encontrou evidências do potencial da creatina, utilizada como suplemento nutricional, na inibição do crescimento de tumores e de inflamações. O aprofundamento dos estudos sobre os mecanismos de funcionamento de creatinina poderão levar a estudos clínicos dos efeitos do suplemento nos vários tipos de câncer.

Patricia apresentou o trabalho “Exploratory studies on the potential of creatine as an anti-cancer dietary aid”, no II Creatine Conference in Health, Sports and Medicine, realizado de 21 a 24 de abril na cidade de Laufen (Alemanha). O artigo, que também tem autoria dos professores Gualano e Lancha Junior, ganhou o prêmio de Melhor Estudo no evento.

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Blog científico desmistifica nutrição e exercício físico

A questão da saúde e seu atrelamento à nutrição e ao exercício físico tem pautado diversas publicações nos mais diferentes veículos midiáticos. O blog Ciência inForma, idealizado e mantido por professores e pós-graduandos da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, utiliza-se da importância que o assunto tem ganhado para abordá-lo do ponto de vista científico, mas com uma linguagem acessível à qualquer pessoa que se dispuser a lê-lo.

Criado há cerca de quatro meses, o blog surgiu da parceria entre os professores Bruno Gualano, Guilherme Artioli e Hamilton Roschel e as pesquisadoras Fabiana Benatti e Desire Coelho, ambas bacharéis e pós- graduadas pela EEFE, com a intenção de difundir a pesquisa e o conhecimento científico da Universidade para a população. Juntos, os autores publicam textos com assuntos em voga no cenário jornalístico, mas sempre com embasamento nos estudos realizados em suas áreas de atuação.

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Vírus HTLV tem maior incidência em indígenas da Amazônia

A Região Amazônica Brasileira é a maior área endêmica do mundo para a ocorrência da infecção pelo vírus HTLV-1. O HTLV é um retrovírus da mesma família do HIV, que infecta a célula T humana, um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. A constatação é feita em pesquisa que acaba de ser publicada na última edição da Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (nº57, vol.1) (http://is.gd/T99g3I). O estudo mostra que é constante a presença do vírus HTLV-2 entre os indígenas do Brasil.

Existem dois tipos do vírus, o tipo 1 e o tipo 2, o primeiro é o vírus causador de doenças que comprometem o bom funcionamento da medula espinhal, infecções neurológicas dermatites infecciosas, além de outras alterações inflamatórias. Já o tipo 2 é associado à diversas doenças neurológicas. E conforme aponta o estudo, “no continente americano o HTLV-1 teria mais de uma origem, sendo trazido na era paleolítica pelos imigrantes através do estreito de Bering, pelo tráfico de escravos no período colonial e com a imigração japonesa a partir do início do século 20”.

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Proteína pode proteger células em tumor cerebral

Cientistas estão desvendando a relação de uma proteína com um tipo de tumor cerebral letal, o glioblastoma multiforme (GBM). A proteína em questão é a galectina-3 (gal-3). Os experimentos foram realizados in vitro e in vivo e podem auxiliar no melhor conhecimento dos mecanismos de ação da gal-3 no desenvolvimento do GBM.

A pesquisa foi realizada no doutorado do biólogo Rafel Ikemori, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), sob orientação do professor doutor Roger Chammas, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP, e responsável pelo Centro de Investigação Translacional em Oncologia do ICESP.

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Estudo de proteína reforça combate ao Trypanosoma cruzi

Um trabalho realizado por pesquisadores do Laboratório de Biologia Estrutural do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), chefiado pelo professor Ariel Mariano Silber, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, visa ao desenvolvimento de um composto para o combate ao Trypanosoma cruzi, parasita causador da doença de Chagas. A partir da caracterização do funcionamento da proteína delta1-pyrroline-5-carboxylate dehydrogenase (TcP5CDH), proteína que degrada a prolina (aminoácido essencial para a sobrevivência do parasita), os cientistas pretendem criar inibidores capazes de bloquear a reação e combater a proliferação do Trypanosoma. A doença que é transmitida pelas fezes do inseto barbeiro, que entram em contato com o sangue humano quando a pessoa coça a área da pele picada.

Para completar seu ciclo biológico, o Trypanosoma cruzi sai do barbeiro e passa por diversos outros ambientes químicos, até se hospedar no corpo humano. Alguns desses locais possuem açúcares livres como fonte de energia, enquanto outros não. Através disso, descobriu-se que o parasita pode viver sem o açúcar, obtendo energia por intermédio do metabolismo dos aminoácidos de proteínas (macromoléculas), um dos principais aminoácidos é a prolina. Além de serem fontes de energia, tais aminoácidos atuam como importantes sinalizadores para o Trypanosoma, pois permitem que o parasita saiba onde está hospedado, uma vez que cada ambiente possui características diferentes (temperatura, pH, composição química, entre outros), levando a diferenciação do parasita em suas várias formas de desenvolvimento, adaptadas a cada ambiente.

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Reciclagem traz ganho ambiental, mas desgasta saúde

Eles trabalham de sol a sol a procura de papelão, garrafa pet. Buscam um emprego menos perigoso, dentro de uma cooperativa, mas temem que a renda diminua. Querem que a importância da reciclagem se sobressaia à invisibilidade social enfrentada. Dentro deste cenário estão os catadores de materiais recicláveis, que foram alvo de um estudo realizado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Os resultados apontam que eles sofrem com problemas osteomusculares, ansiedade, estresse e complicações derivadas de acidentes de trabalho. Além dos problemas de saúde, estão entre os principais desafios da classe o improviso de instrumentos de trabalho e a obtenção de melhores recursos financeiros.

Na pesquisa, realizada entre os meses de maio e dezembro de 2013, a enfermeira Tanyse Galon entrevistou um grupo de 23 catadores autônomos de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Com 10 deles trabalhamos com fotografias, a fim de discutir o seu cotidiano de trabalho e condições de saúde.”

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Novos materiais dosam radiação em tratamento de câncer

Em tratamentos de câncer ou técnicas de diagnósticos, como o raio-X, a dosimetria é utilizada para quantificar a dose de radiação ionizante que um paciente está recebendo. Essa medição é feita com dosímetros. E é justamente o material e a técnica de leituras desses dosímetros que pesquisadores estão desenvolvendo no Núcleo de Apoio à Física Médica (NAP-FisMed), na USP em Ribeirão Preto.

Entre as pesquisas em andamento estão a análise de materiais para a dosimetria por Ressonância Paramagnética Eletrônica (EPR) e a dosimetria Gel Polimérica. A diferença entre os dois métodos de dosimetria está no uso dos materiais e suas aplicações.

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