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Biologia em braile ajuda cegos

Imagine saber que existe um mundo que não se pode ver e ter que conhecê-lo através do tato. A falta de visão, descrita pelo escritor e vencedor do prêmio Nobel de literatura José Saramago em seu livro Ensaio sobre a cegueira, é a realidade que, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), é vivida por quatro milhões de pessoas no país. Pensando em como os cegos poderão estudar em colégios do ensino regular e aprender com o mesmo conteúdo aplicado aos demais, a professora Nadir Sant’Anna, do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), desenvolveu o projeto Produção de Esquemas em Alto Relevo para Deficientes Visuais nas Áreas de Biologia Celular, Histologia e Embriologia. Contemplado pelo edital Cidadania da Pessoa com Deficiência, da FAPERJ, seu objetivo é auxiliar estudantes do ensino médio no aprendizado de matérias como Biologia.

"Acreditamos que inclusão de fato é garantir aos portadores de necessidades especiais condições de participação em todos os setores, inclusive no acesso à educação de qualidade. Só assim aumentamos suas alternativas para inclusão no mercado de trabalho", diz Nadir Sant’Anna. Segundo a professora, o ensino de certas disciplinas exige recursos didáticos complementares para facilitar o aprendizado. Um desses casos é a biologia, que inclui a descrição de estruturas envolvidas em eventos dinâmicos e simultâneos. "Como é mais difícil entender esse conteúdo, a matéria termina despertando pouco ou nenhum interesse dos alunos portadores de deficiência visual, que acabam desistindo de seguir qualquer carreira ligada à área biológica." Segundo a professora, os modelos físicos tridimensionais que facilitariam o entendimento das imagens por esses estudantes são praticamente inexistentes ou de altíssimo custo.

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Plasmodium iluminado

Um grupo de pesquisadores brasileiros e portugueses desenvolveu um modelo animal apropriado para estudar os efeitos da malária durante a gravidez em zonas de alta endemicidade. A doença causa anemia materna, diminuição da viabilidade do feto e crescimento intrauterino retardado.

De acordo com o primeiro autor do trabalho publicado na revista de acesso aberto PLoS One, o brasileiro Cláudio Marinho, o estabelecimento do novo modelo contribui para a compreensão de diversos aspectos particulares da malária gestacional, além de ser uma importante ferramenta para o teste de novas drogas e vacinas.

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Produtores de conhecimento

O Brasil alcançou a 13ª posição na classificação mundial em produção científica em 2008, ultrapassando a Rússia (15ª) e a Holanda (14ª), de acordo com informações da Web of Science divulgadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De 19.436 artigos publicados em 2007, a produção brasileira subiu para 30.415 em 2008, com um aumento de 56%, como resultado, segundo a Capes, da atuação das universidades e centros de pesquisa que atuam na pós-graduação universitária.

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Genes da metástase do câncer de mama são descobertos

Três genes com papel importante na metástase do câncer de mama foram identificados por um grupo de cientistas dos Estados Unidos, Espanha e Holanda. Os genes medeiam o processo por meio do qual as células se espalham do local do tumor original para o cérebro.

O estudo, que ajuda a compreender melhor os mecanismos por meio do qual ocorre a metástase, teve seus resultados publicados nesta quarta-feira (6/5) na edição on-line da revista Nature. A metástase é responsável pela maior parte das mortes de câncer e ocorre quando células tumorais adquirem a capacidade de escapar de sua localização original e invadem tecidos saudáveis em outras partes do corpo.

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Álcool no cérebro

Após algumas doses a mais, é inevitável que o álcool “suba à cabeça”, como se costuma dizer. Mas se os efeitos inebriantes dessa ingestão são muito conhecidos, o mesmo não ocorre com sua atuação na atividade cerebral.

Um novo estudo, feito por cientistas do Instituto Salk de Ciências Biológicas e da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, acaba de dar importante contribuição para entender melhor como o álcool altera o funcionamento das células cerebrais. O trabalho foi publicado neste domingo (28/6) pela revista Nature Neuroscience.

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Melhores machos têm menos filhos

Machos com maior qualidade genética não se dão tão bem na hora de ter filhos. Diferentemente do que se imaginava, são aqueles geneticamente menos favorecidos que acabam vencendo a corrida pela fecundação.

A conclusão está em um estudo publicado na edição desta sexta-feira (26/6) da revista Science, feito por cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, e da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.

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Pesquisa para o SUS

 A FAPESP anunciou o lançamento, na tarde desta segunda-feira (8/6), da terceira edição do Edital PPSUS do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde.

A iniciativa é promovida em conjunto com o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), com o Ministério da Ciência e Tecnologia, via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e com a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Instituto de Saúde. Serão concedidos R$ 6 milhões para o apoio a projetos de pesquisa científica, divididos igualmente entre a FAPESP e o Ministério da Saúde.

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Escassez e excesso

As áreas utilizadas para cultivo agrícola em todo o mundo contêm fertilizantes demais – ou de menos. E os dois extremos implicam elevados custos tanto para o ambiente como para o próprio homem.

Os fertilizantes sintéticos aumentaram enormemente a produção de alimentos, mas o custo da poluição gerada pelo uso desenfreado tem sido cada vez maior – como a criação de zonas mortas, impraticáveis para o cultivo, em áreas costeiras no Golfo do México e em outros locais. De outro lado, muitas áreas precisam de um uso mais intensivo desses reforços químicos, para repor os nutrientes perdidos por conta da agricultura.

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Corante de milho

Uma nova pesquisa testou a extração de corantes de milho como alternativa aos corantes sintéticos. O motivo é que, além de não poluir, os corantes naturais podem trazer benefícios à saúde por apresentar pigmentos antioxidantes e anti-inflamatórios.

O estudo foi publicado na revista Ciência e Tecnologia de Alimentos. “O interesse em pesquisas por corantes naturais aumentou consideravelmente nas últimas décadas devido às severas críticas dos consumidores, às restrições impostas pela Organização Mundial da Saúde e outras instituições aos corantes sintéticos”, destacam os autores.

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Mais distantes

O camundongo (Mus musculus) é o principal modelo animal usado como base para a pesquisa de doenças que atingem o homem, mas até onde vão as semelhanças entre os dois organismos?

Para um grupo internacional de pesquisadores, o melhor entendimento da biologia do camundongo somente seria possível a partir da disponibilidade do genoma completo do roedor. E é justamente isso que acaba de ser concluído.

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