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Efeitos do clima na saúde

Como as mudanças climáticas podem afetar a saúde humana e a produção de alimentos. O assunto será abordado por José Antônio Marengo Orsini, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Com a expectativa de secas e inundações em diferentes regiões do país, o trabalho desenvolvido no CPTEC ganha importância ainda maior. Um exemplo é um serviço lançado recentemente pelo centro, para que fenômenos meteorológicos que costumam provocar impactos na sociedade possam ser conhecidos com antecedência.

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Novos ataques à dengue

As chuvas abundantes de verão e a temperatura elevada formam uma perigosa combinação que contribui para a explosão populacional do mosquito Aedes aegypti e a conseqüente transmissão do vírus da dengue, doença caracterizada na sua forma clássica por febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo, mas que raramente mata.

Mais grave é a dengue hemorrágica que, além dos sintomas clássicos, também provoca sangramentos, insuficiência circulatória e queda da pressão arterial, podendo levar o doente à morte. A doença atinge mais de uma centena de países em vários continentes e na forma de epidemias que se repetem. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que entre 50 e 100 milhões de pessoas se infectam anualmente, com um saldo de 550 mil internações e 20 mil mortes em decorrência da doença.

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Metas para o etanol

      No dia 8 de março, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desembarcou em São Paulo para assinar um acordo de cooperação tecnológica com o Brasil para produção e comercialização do etanol, substância obtida a partir da fermentação de açúcares e utilizada como combustível renovável pela indústria automobilística. 
      Na mesma semana, um grupo de pesquisadores do Projeto Etanol, conduzido pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estava em processo final de elaboração de um detalhado relatório que faz um panorama do futuro energético brasileiro, com dados sobre a importância dos biocombustíveis para a superação da dependência mundial dos combustíveis fósseis. 
      O documento foi desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e entregue na sexta-feira (16/3) ao Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os pesquisadores do Nipe estimam que, em 2025, a demanda mundial de gasolina para veículos leves será de 1,7 trilhão de litros, um crescimento de 48% em relação ao 1,15 trilhão de litros consumidos em 2005. 
      Por conta disso, a principal meta destacada pelo relatório é que, para permanecer entre os maiores produtores mundiais de etanol, o Brasil deverá ter uma produção que seja suficiente para substituir 10% da demanda por gasolina em 2025. O coordenador do Projeto Etanol, o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, acredita que essa é uma meta palpável, desde que o país aumente sua área de cultivo de cana-de-açúcar e adote tecnologias que elevem a produtividade. 
      “Para atingir essa meta, o país terá que chegar em 2025 produzindo 205 bilhões de litros de etanol por ano. Seriam necessários, desde já, investimentos da ordem de R$ 20 bilhões nos primeiros dez anos de produção, quando o volume de recursos aplicados começaria a cair”, disse Cerqueira Leite à Agência FAPESP. 
      Segundo o pesquisador, que é professor emérito da Unicamp, atualmente a área plantada de cana-de-açúcar no Brasil gira em torno de 6 milhões de hectares, sendo metade destinada à produção de álcool e metade para a de açúcar. “Precisaríamos também aumentar a área plantada de cana para produção de álcool de 3 para 30 milhões de hectares”, acrescentou. 
      Outro fator decisivo é o incremento tecnológico das usinas existentes no país. “Contamos hoje com aproximadamente 500 usinas do setor sucroalcooleiro, sendo que pelo menos 200 não têm produtividade satisfatória”, disse Cerqueira Leite. A produção atual de etanol no Brasil gira em torno de 16 bilhões de litros por ano. 
      “Mesmo com produtividade média de 70 toneladas por hectare, que é considerada alta, recentemente fomos ultrapassados pelos Estados Unidos, hoje o maior produtor mundial de etanol, com 17 bilhões de litros anuais”, explica. Os dois países acumulam cerca de 70% da produção mundial.

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Passo para trás

      Preocupado com o desenvolvimento econômico, o Estado deixou de lado políticas de direitos humanos que vinham dando certo. O resultado é um déficit de democracia e o crescimento da violência, da insegurança e da injustiça social, de acordo com os organizadores do 3º Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil, lançado na sexta-feira (16/3) no Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo. 
      O documento foi organizado pelo Centro de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, também conhecido como Núcleo de Estudos da Violência (NEV) e pela Comissão Teotônio Vilela. 
      Com mais de 580 páginas, o relatório faz um diagnóstico dos problemas e relata avanços em direitos humanos no Brasil, com o objetivo de ser um instrumento para políticas públicas. O texto foi elaborado com a colaboração de organizações governamentais e da sociedade civil de todas as regiões do país. 
      Participaram do lançamento o secretário especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, o pró-reitor de Cultura e Extensão da USP, Sedi Hirano, o presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, José Gregori, o expert independente do secretário-geral da Organizações das Nações Unidas para a Violência contra as Crianças, Paulo Sérgio Pinheiro, e o pesquisador do NEV e coordenador do relatório, Paulo de Mesquita Neto. 
      Os direitos humanos no Brasil sofreram um recesso. Uma série de iniciativas dos Estados e da União apontava na direção certa, mas foi descontinuada. Políticas públicas como ouvidorias de polícia, programas de apoio à vítima, delegacias femininas e aumento das penas alternativas perderam terreno nesta década, disse Mesquita à Agência FAPESP.

      Para o pesquisador, muitas vezes o foco no desenvolvimento econômico a todo custo leva os governos a contribuir com violações humanitárias relacionadas a contextos como a expansão do agronegócio, a exploração de madeira e minérios e a construção de hidrelétricas. 
      Os governos sofrem críticas porque o país não cresce e, na ânsia de dar respostas a elas, encaram os direitos humanos e o meio ambiente como obstáculos ao desenvolvimento, disse o pesquisador do NEV. 
      Segundo ele, o crescimento do crime organizado no país no período estudado pelo relatório, entre 2002 e 2005, é explicado em parte por políticas de segurança pública feitas sob pressões de demandas circunstanciais, sem respeito aos dispositivos legais. Muitas políticas públicas são feitas em momentos de emergência, sem planejamento, afirmou. 
      Uma das tendências detectadas pelo relatório, segundo Mesquita, é que a questão dos direitos humanos começou a ser compreendida como um problema estrutural e geral, que precisa ser enfrentado com políticas mais eficientes. 
      O relatório aponta para a necessidade de criar um consenso sobre o valor dos direitos humanos como fator de garantia da democracia e do desenvolvimento social. Esse consenso é necessário para que possamos superar heranças históricas que tornam os problemas estruturais, disse. 

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Europa cria agência de fomento

      Com Estados Unidos e Japão à frente e vendo a distância com a China e Índia diminuir a cada ano, a Europa decidou reagir com ambicioso projeto para estimular pesquisas em ciência e tecnologia, que inclui a criação de uma agência de fomento.
Lançado oficialmente no fim de fevereiro, o Conselho Europeu de Pesquisa (ERC, na sigla em inglês) começa oferecendo 7,5 bilhões de euros (cerca de R$ 20,6 bilhões) nos próximos sete anos para pesquisas feitas no continente. Trata-se da primeira organização pan-européia criada especialmente para o amparo à pesquisa básica. 
      O anúncio do lançamento foi feito em conferência de dois dias realizada em Berlim, na Alemanha, contou com a presença de lideranças políticas e científicas européias e de diversos países. A FAPESP foi representada por seu diretor-presidente, Ricardo Renzo Brentani. 
      “Com o ERC estamos nos direcionando a uma nova era no apoio europeu a pesquisa. Algumas das maiores descobertas científicas e avanços no conhecimento foram possíveis porque se deu a grandes idéias o espaço e o tempo para florescerem. E é isso que queremos atingir com o ERC”, disse Janez Potocnik, comissário para pesquisa científica da União Européia, no lançamento da nova agência. 
      O ERC apoiará todos os campos científicos e funcionará dentro do Seventh Framework Programme (FP7), lançado pela União Européia no fim do ano passado e que pretende investir mais de 54 bilhões de euros (cerca de R$ 150 bilhões) em pesquisas de 2007 a 2013. 
      Apesar de ser lançado oficialmente agora, o Conselho Europeu de Pesquisa vem sendo implementado há alguns anos. Seu conselho científico, que conta com 22 pesquisadores europeus, foi estabelecido em 2005. À frente do conselho está Fotis Kafatos, professor do Imperial College de Londres. 

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Cooperação inovadora

      Apesar dos avanços nos últimos anos, o Brasil ainda não ocupa, no cenário mundial, posição de destaque no campo da inovação tecnológica. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento do setor privado são tímidos e as parcerias entre centros de pesquisa e empresas transformaram-se em uma saída importante para superar obstáculos tecnológicos existentes principalmente no ambiente industrial. 
      Uma das mais importantes e produtivas formas desse tipo de aproximação está no Instituto Fábrica do Milênio (IFM), uma organização de âmbito nacional apoiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) criada em 2002. Com foco na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias aplicadas no desenvolvimento de produtos, no gerenciamento da produção e em soluções técnicas no chão de fábrica, a finalidade do IFM é estreitar o vínculo entre instituições acadêmicas e indústrias do setor de manufatura. 
      “Queremos empregar novas tecnologias de produtos, processos ou gestão para resolver problemas específicos das indústrias e aumentar sua competitividade nos cenários nacional e mundial”, explica João Fernando Gomes de Oliveira, coordenador-geral do IFM e professor do Departamento de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). 
      Na prática, o IFM é uma grande rede virtual formada por 600 pesquisadores distribuídos em 39 grupos de pesquisa e alocados em 32 instituições de ensino superior do Brasil e do exterior. Essas instituições formam os chamados nós da rede, que são articulados para desenvolver estudos sobre gestão e transformação organizacional, engenharia de ciclo de vida de produtos, processos de fabricação e automação industrial e gestão do desenvolvimento de produtos e de cadeias de suprimentos. 
      Por meio de um portal na internet (www.ifm.org.br), o IFM coloca à disposição do mercado um banco de dados abastecido por cada um dos nós da rede com uma extensa lista de pesquisadores, informações sobre resultados de pesquisas e mapeamento das demandas das indústrias. 
      Desde o início de seu funcionamento, a rede de pesquisas já interagiu com mais de 400 empresas do setor de manufatura, como Embraer, Fiat, Rhodia, Embraco e TRW, resultando em cerca de 50 projetos de pesquisa de mestrado ou doutorado que se transformaram efetivamente em soluções para o setor produtivo.

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Mais pesquisadores para o Amazonas

      A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) divulgou na sexta-feira (16/3) os resultados de quatro editais que concederão um total de 29 bolsas de doutorado e 43 de mestrado. 
      Os valores das bolsas são de R$ 1.495 (doutorado) e 1.009 (mestrado). Entre os contemplados há estudantes que farão mestrado e doutorado em instituições de todas as regiões do país, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 
      Os investimentos nos Programas de Recursos Humanos da Fapeam são da ordem de R$ 7,5 milhões. Além das bolsas de estudo pagas mensalmente, os contemplados também receberão auxílio para instalação no local de estudo, para confecção de dissertações e teses e passagens aéreas. 
      Os valores das bolsas de estudo da Fapeam estão entre os maiores pagos no Brasil por instituições de fomento à pesquisa. Além das bolsas, os programas da FAP do Amazonas permitem que os contemplados com vínculo empregatício mantenham seus vencimentos. 
      Para Odenildo Sena, diretor-presidente da Fapeam, os Programas de Recursos Humanos estão entre os mais importantes para o Estado, pois dão a oportunidade de qualificação profissional e acadêmica para os estudantes amazonenses. 
      “Resolvemos investir mais na qualificação de pessoal, o que vai representar aumento de qualidade no saber científico produzido no Estado. Isso, por sua vez, terá reflexos sociais e econômicos para o Estado do Amazonas”, disse. 
      Os resultados divulgados são referentes a quatro programas da Fapeam, cujos editais foram lançados em dezembro: Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados para a Amazônia Brasileira (RH-Amazônia), Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados para o Interior do Estado do Amazonas (RH-Interiorização), Programa Jovem Pesquisador Amazônida (JPA) e Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-graduados do Estado do Amazonas (RH-Posgrad – Fapeam/Capes). Os três primeiros são inéditos e desenvolvidos pela Fapeam.

      Mais informações: www.fapeam.am.gov.br

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Centro de Estudos do Genoma Humano da USP recebe membros de seu conselho consultivo internacional

      O Centro de Estudos do Genoma Humano, vinculado ao Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), receberá no dia 21 de março, na capital paulista, a visita de dois membros de seu conselho consultivo internacional.
      São eles o professor Keith Campbell, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, o primeiro autor da publicação cientifica da clonagem da ovelha Dolly, e Paul Hagerman, professor da Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, e especialista em bioquímica de ácidos nucléicos.
      Além de reuniões com professores e estudantes de graduação e pós-graduandos para a discussão de projetos em andamentos e abordagens futuras, os professores convidados ministrarão palestras, abertas ao público, sobre seus trabalhos de pesquisa atuais. É necessário fazer a inscrição, pois as vagas são limitadas.

      Mais informações: http://genoma.ib.usp.br.

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Biblioteca eletrônica SciELO comemora dez anos com a inauguração de novo portal e cerca de 7 milhões de acessos por mês

A biblioteca eletrônica SciELO (sigla em inglês para Scientific Eletronic Library Online) comemora dez anos em abril com a inauguração de um novo portal e um índice próximo de 7 milhões de acessos por mês.
Um número impressionante, de acordo com Rogério Meneghini, coordenador científico da primeira base de artigos científicos produzidos no país e publicados em revistas científicas brasileiras.
Criada para aumentar a visibilidade nacional e internacional da ciência brasileira, a biblioteca inclui hoje periódicos de outros nove países latino-americanos, além de Portugal e Espanha.
Fruto de uma parceria da FAPESP com a Bireme (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), instituição vinculada à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e à Organização Mundial da Saúde, o projeto SciELO também conta com o apoio e a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 2002.

Para a Agência FAPESP, Meneghini contou como foi criar a SciELO e defendeu a “ciência aberta”.
Para ver a entrevista na íntegra, acesse:
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=6906

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Prêmio Destaque do Ano para bolsistas de iniciação científica

O 5º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, uma parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), British Council e Eletrobrás, está com as inscrições abertas até 20 de agosto.

O prêmio, destinado a bolsistas de Iniciação Científica do CNPq e instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), é atribuído em três categorias: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, Ciências da Vida e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.

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