Publicado em fevereiro 25, 2013 por admin
Estamos acostumados a ver fabulosas histórias de super-heróis na ficção. Entretanto, a capacidade de superação de limites na vida real também pode ser bem surpreendente. Entre tantos casos que podemos encontrar no dia-a-dia, pode-se destacar um grupo de 15 mulheres que tiveram câncer de mama e precisaram passar, ou ainda passarão, por intervenções cirúrgicas para retirada parcial ou total do seio. Elas participam do projeto Oficinas de Promoção da Saúde para Mulheres com Câncer de Mama, em Atendimento no Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Perspectiva do Empoderamento, que visa estimular a autoestima e a redescoberta de potencialidades individuais e coletivas das mulheres com esse tipo de câncer, submetidas à mastectomia. Coordenado pela pedagoga Rosane Carvalho Lopes, do IFF/Fiocruz, com apoio das educadoras Pâmela Peregrino da Cruz e Raquel Alexandre Pinho dos Santos, ambas mestrandas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), o projeto promove encontros com metodologias específicas e ainda resultará na elaboração de um livro a partir do conhecimento construído. A pesquisa contou com recursos do edital de Apoio à Produção de Material Didático para Atividades de Ensino e/ou Pesquisa, da FAPERJ.
O programa, elaborado por Rosane, Pâmela e Raquel, começou em abril deste ano e é composto por sete oficinas, cada uma delas regida por uma temática diferente, como a relação da mulher consigo mesma, sua relação com amigos e familiares, a abordagem da sexualidade, entre outras. A ideia para o trabalho surgiu justamente pela percepção de que as mulheres que eu via no ambulatório do IFF/Fiocruz, além do atendimento médico, precisavam de apoio para lidar com todas as perdas que acarretam um câncer de mama. Então, pensei em escrever um livro educativo dedicado a elas, utilizando a temática do empoderamento, tema de meu doutorado na PUC-Rio. Mas, para elaborar o material, precisaria de alguma vivência com as pacientes, ouvir o que elas tinham a dizer e, ao mesmo tempo, oportunizar a troca de experiências entre elas para o fortalecimento mútuo. Foi aí que surgiram as oficinas, explica Rosane. Ela acrescenta que todos os temas abordados na programação das oficinas foram pensados para compor livro.
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