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Fiocruz desenvolve dois novos kits para diagnóstico da doença de Chagas

O Dia Mundial da Doença de Chagas, lembrado nesta sexta-feira (14/4), tem como objetivo aumentar a conscientização sobre essa doença negligenciada que, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS) de 2022, atinge entre 1,9 milhão a 4,6 milhões de brasileiros. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), que fornece ao MS um teste para diagnóstico da doença de Chagas por reação de imunofluorescência indireta (RIFI), vem trabalhando no desenvolvimento de novas alternativas, principalmente na utilização da plataforma de teste rápido, a imunocromatografia de fluxo lateral, e acesso a novos antígenos como uma resposta aos esforços no combate à enfermidade. O vice-diretor de Reativos para Diagnóstico de Bio-Manguinhos, Antonio Ferreira, explica que um teste está registrado e dois novos testes estão em fase avançada de desenvolvimento pela unidade.

“Neste momento, estamos em fase final dos preparativos para disponibilizar os primeiros lotes de kits de teste rápido (TR Chagas – Bio-Manguinhos), fruto de uma parceria com o Instituto Molecular do Paraná (IBMP). Ainda nesta plataforma de diagnóstico estamos em etapa avançada de um segundo kit, com nova estratégia, por meio de colaboração com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) para a utilização de uma proteína obtida por uma nova técnica de engenharia recombinante”, destaca Ferreira.

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Delegação americana visita projetos da Fiocruz financiados pelos Estados Unidos

Uma delegação de congressistas americanos e representantes do governo dos EUA em Brasília visitou a Fiocruz para conhecer e acompanhar o andamento de projetos que receberam financiamento daquele país. Entre eles estudos sobre tuberculose, HIV/Aids e Covid-19. Ao longo da visita, nos dias 3 e 4 de abril, o grupo percorreu unidades, fábrica e laboratórios da Fundação, participou de reuniões e levantou informações sobre o que foi feito e o que ainda pode ser construído com o financiamento vindo do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do National Institute of Health (NIH). Alguns projetos, por exemplo, seguem em fase de renovação de financiamento. A vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Patricia Canto, fez uma apresentação institucional da Fiocruz.

A delegação americana foi composta por funcionários do Congresso, representantes do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e do CDC. O grupo tinha como objetivo destacar as parcerias na colaboração em saúde com instituições brasileiras e as conquistas que melhoraram os resultados de saúde no país e na região.

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Fiocruz e PlantForm assinam parceria para medicamento contra câncer de pulmão

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e biofarmacêutica canadense PlantForm Corporation assinaram, no dia 24 de março, um acordo de codesenvolvimento do biofármaco biossimilar pembrolizumabe (do originador Keytruda®) em plataforma vegetal, indicado para o tratamento de câncer de pulmão. A cooperação científica e tecnológica tem o objetivo de trazer o biossimilar pembrolizumabe de baixo custo para o Brasil e desenvolver até cinco futuros produtos para atender à demanda por medicamentos de alto valor agregado mais acessíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Estavam presentes na cerimônia de assinatura do contrato o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Maurício Zuma; o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico, Sotiris Missailidis; o vice-diretor de Produção, Luiz Lima; o gerente do Programa de Biofármacos, Hugo Defendi; a gerente do projeto do Pembrolizumabe, Anna Erika Araujo; a gerente da Divisão de Novos Negócios, Perla Villani; e sua colaboradora, Aline Louzada; e a colaboradora da Assessoria de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, Joyce Brandão.

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Encontro debate emergências provocadas por influenza animal

Especialistas em ambiente, saúde humana e animal de países do continente americano se reuniram entre os dias 14 e 16 de março, no Rio de Janeiro, para discutir as atuais diretrizes sobre influenza de origem animal, visando fortalecer a capacidade da região em detectar e responder a possíveis surtos causados por esse patógeno. O encontro – promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) – foi fundamentado no aumento de casos de influenza A em animais, provocados pelo subtipo H5N1, que tem acometido aves e alguns grupos de mamíferos em diferentes localidades pelo mundo.

Encontro reuniu representantes de oito países da América para discussões sobre influenza animal, como foco nos recentes surtos de H5N1 (foto: Divulgação)

Apesar de já possuir ampla circulação, o vírus tem alcançado novos territórios nas Américas, sendo detectado em aves e mamíferos em vários países. No entanto, em humanos, apenas dois casos de H5N1 foram registrados no continente: nos Estados Unidos e no Equador. É a primeira vez, desde sua descoberta, que o vírus é encontrado em um país da América do Sul.

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Fiocruz participa de workshop da Opas sobre vacinas

Objetivo do evento é discutir o processo e o conjunto de evidências para apoiar a formulação de políticas relacionadas à introdução de vacinas e sua avaliação (foto: Manuela Machado)

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) está participando da Oficina Regional sobre a introdução de vacinas baseada em evidências, monitoramento e avaliação: o caso das vacinas de Covid-19 e PCV, promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) de 13 a 15 de março. O objetivo do evento é discutir o processo e o conjunto de evidências para apoiar a formulação de políticas relacionadas à introdução de vacinas e sua avaliação, usando estudos de caso concretos. Estão sendo apresentados exemplos de estudos regionais selecionados e seu uso na formulação de políticas de vacinação, incluindo vacinas de Covid-19 e vacinas pneumocócicas.

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Fiocruz participa da elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil

Pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes) da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) vão participar do desenvolvimento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que norteará a gestão de riscos e desastres em todo o território brasileiro. O pesquisador Carlos Machado de Freitas e a pesquisadora colaboradora Eliane Lima e Silva atuarão na análise e sistematização de princípios e diretrizes presentes em marcos internacionais, como o Marco de Ação de Sendai para Redução de Risco de Desastres, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris para Mudanças Climáticas, bem como políticas nacionais, como a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil presente na Lei 12.608 de 2012 e tantas outras que possuem interface com a gestão de risco de desastres.

“Temos um cenário no qual ficou muito evidente que precisamos de um Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. As chuvas que atingiram o litoral de São Paulo neste ano, e outras na Bahia e em Petrópolis no ano passado são sinais de uma mudança no padrão e na intensidade das chuvas e das secas potenciais. Isso está relacionado às mudanças climáticas. Um dos aspectos do plano e quem interface com a Saúde Coletiva é tratar as mudanças climáticas como uma emergência climática e esta, como uma emergência em saúde pública, o que exige estratégia de curto, médio e longo prazos. E não pensar apenas nas respostas após a ocorrência de tragédias. O setor Saúde precisa estar estruturado para a vigilância e cuidado, mas também para sua própria adaptação e resiliência, de modo que não tenha comprometida sua capacidade de atender as necessidades diante dessas situações”, explica Carlos Machado.

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Ministra do SUS: Radis traz entrevista exclusiva com Nísia Trindade Lima

“O que a vida quer da gente é coragem”. A frase inspiradora do escritor mineiro Guimarães Rosa foi citada por Nísia Trindade na conclusão do seu discurso de posse como ministra da Saúde, no dia 2 de janeiro de 2023. Coragem e outro tanto de disposição seriam indispensáveis para a jornada iniciada pela carioca de 65 anos, socióloga e presidente da Fiocruz nos últimos seis anos, escolhida pelo presidente Lula para comandar a pasta da Saúde.

Somente nos primeiros quarenta dias como ministra, ela viajou a Roraima para constatar a grave crise sanitária vivida pelo povo Yanomami; esteve nos Estados Unidos para a posse do novo presidente da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), o também brasileiro Jarbas Barbosa; e liderou as primeiras ações de reconstrução das políticas de saúde, incluindo o planejamento de estratégias para revitalizar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e retomar as altas coberturas vacinais.

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Estudo aponta baixa assistência pré-natal em mulheres indígenas no MS

Uma pesquisa da Fiocruz mostra que os baixos percentuais de assistência pré-natal de mulheres indígenas no estado de Mato Grosso do Sul (MS) revelam as desigualdades no acesso e no cuidado adequado às necessidades das gestantes indígenas. Aprovado no edital Políticas Públicas, Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e Serviços de Saúde (PMA), o estudo foi realizado no período de novembro de 2021 a agosto de 2022, e avaliou a cobertura e qualidade da Atenção ao Pré-natal e Parto ofertada às mulheres indígenas no estado do MS.

Pesquisadores da Fundação entrevistaram 469 mulheres indígenas que receberam assistência ofertada ao parto em 10 municípios do estado (amostra representativa): Dourados (121, 25,8%), Amambai (110, 23,5%), Caarapó (30, 6,4%), Campo Grande (48, 10,2%), Aquidauana (24, 5,1%), Miranda (63, 13,4%), Iguatemi (12, 2,6%), Antônio João (11, 2,3%) e Tacuru (37, 7,9%). Além das entrevistas individuais, também foram analisadas as informações da caderneta da gestante.

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Delegação africana e Agência Brasileira de Cooperação visitam Fiocruz para discutir parcerias

A experiência da Fiocruz na utilização de dados e informações para a formulação de políticas de saúde motivou uma visita de dois dias da delegação da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (Nepad) na segunda e terça-feiras (28 e 29/2). Acompanhado por integrantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério de Relações Exteriores, o grupo conheceu um pouco mais sobre a Fundação, da pesquisa de fármacos à produção de vacinas, passando pela educação. Houve ainda espaço para aproximações bilaterais, com o surgimento de novas propostas.

A visita faz parte de um acordo tripartite entre Brasil, o Foreign, Commonwealth & Development Office (FCDO) do Reino Unido e a Agência de Desenvolvimento da União Africana (Auda) para um projeto-piloto de produção e uso de dados demográficos. Na primeira fase, o pesquisador Rômulo Paes, do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), e o assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) para a África, Augusto Paulo Silva, participaram a convite da ABC como consultores, apresentando um pouco do Brasil e da experiência da Fundação, como o Observatório Covid-19.

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Estudo analisa evolução da monkeypox em pessoas com HIV

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) participou de um estudo que avaliou casos de monkeypox em pessoas com infecção avançada por HIV. Apresentada na 30th Conference on Retroviruses and Opportunistic Infections (Croi 2023) e publicada (21/2) na revista cientifica The Lancet, a pesquisa reuniu investigadores de 19 países como Estados Unidos, Espanha, México, Reino Unido e Brasil, que forneceram dados de casos confirmados de monkeypox (entre 11 de maio de 2022 e 18 de janeiro de 2023). O INI/Fiocruz é referência para o atendimento de casos de monkeypox no Rio de Janeiro e desenvolve diferentes pesquisas que contribuem para o enfrentamento desta doença.

Com a colaboração de Mayara Secco Torres Silva, infectologista do Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e Aids do INI/Fiocruz, o estudo Mpox in people with advanced HIV infection: a global case series reuniu 382 casos, sendo 349 (91%) casos em indivíduos que viviam com HIV. No geral, 107 pacientes (28%) foram hospitalizados e ocorreram 27 mortes (25%), todas em pessoas que apresentavam imunodepressão avançada pelo HIV. Um dos destaques do trabalho foi a descrição de uma forma grave de monkeypox, caracterizada por lesões cutâneas e mucosas necrotizantes, com alta prevalência de manifestações dermatológicas e sistêmicas fulminantes e morte, em pacientes com doença avançada pelo HIV, caracterizada por contagens de linfócitos TCD4+ abaixo de 200 células/mm3.

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