Em encontro na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra nesta quarta-feira (19/4), a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, afirmou que é necessário “pensar em populações negligenciadas, e não apenas em doenças negligenciadas”. Segundo Nísia, “o setor sanitário precisa atuar em coordenação com outros setores, garantindo acesso gratuito a serviços de qualidade, que levem à promoção e à educação da saúde”.
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Coletânea traz panorama das políticas de controle do HIV no Brasil e em Moçambique
Uma reflexão menos cuidadosa pode induzir à falsa impressão de que a epidemia de HIV/Aids está sob controle a ponto de não chamar mais a atenção dos países como outrora. Entretanto, se o objetivo de acesso ao tratamento a 15 milhões de pessoas soropositivas até 2015 foi plenamente alcançado, novas metas se impõem. “O novo desafio é o chamado ‘90-90-90’, que inclui 90% das pessoas vivendo com HIV conhecedoras do seu estado; 90% de todas as pessoas com diagnóstico de infecção pelo HIV recebendo terapia antirretroviral; e 90% de todas as pessoas que recebem terapia antirretroviral atingindo a supressão viral”, afirmam Nair Teles, Jairo Jacques da Matta e Wanda Espírito Santo, pesquisadores do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e organizadores do livro Políticas de Controle do HIV/Aids no Brasil e em Moçambique, lançamento da Editora Fiocruz.
Apesar dos avanços no enfrentamento do HIV/Aids, as disparidades entre as regiões permanecem significativas. A África subsaariana registrou conquistas importantes nos últimos anos, como aumento de cobertura com a introdução da terapia antirretroviral, redução do número de novas infecções e diminuição da mortalidade por HIV/Aids. Contudo, “o continente do qual Moçambique faz parte continua sendo a área mais afetada pelo HIV, pois aí residem mais de dois terços das pessoas vivendo com a doença”, dizem os organizadores do livro. Moçambique é o terceiro país com maior taxa de soroprevalência estimada entre a população adulta, atrás apenas de Lesoto e Suazilândia.
Leia MaisNovo curso de Vigilância e Controle de Vetores abre inscrições
O curso de Mestrado Profissional Stricto sensu em Vigilância e Controle de Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), aprovado recentemente pela coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), estará com inscrições para a primeira turma de 15 a 26 de maio. Serão oferecidas 20 vagas para graduados em veterinária, biologia, biomedicina e áreas afins interessados em ampliar o leque de conhecimento no controle e vigilância de insetos, moluscos e carrapatos.
Mestrado Profissional em Vigilância e Controle de Vetores
Leia MaisFiocruz promove Feira Soluções para a Saúde em agosto
Durante três dias, a Feira de Soluções para a Saúde – Zika promoverá um espaço de divulgação e compartilhamento da ciência e inovações tecnológicas, sociais e de serviços relacionadas à tríplice epidemia, na cidade de Salvador, Bahia. A articulação aproximará pesquisadoras e pesquisadores, instituições do setor público e privado, governo local, movimentos sociais e outros atores que tenham experiências referentes à zika e ao controle de seu vetor, e está prevista para ocorrer entre os dias 8 e 10 de agosto. A feira é uma iniciativa da Fiocruz e de instituições parceiras e visa contribuir para o avanço do conhecimento aplicado à zika e doenças correlacionadas, promover educação em saúde, firmar parcerias, e potencializar diálogos institucionais na área de interesse.
Leia MaisFiocruz promove mostra gratuita de filmes científicos no Rio
Câmeras especiais, imagens de tirar o fôlego, curiosidades e discussões com impacto direto em nosso dia a dia. Estes são alguns dos ingredientes que vão aguçar o interesse do público e movimentar a primeira mostra de filmes científicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Promovido pelo Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o 1º FIOCine exibirá mais de 50 produções – entre filmes, curtas-metragens e documentários nacionais e estrangeiros – que abordam uma vasta gama de assuntos, que vão desde a evolução humana, preservação da biodiversidade e o impacto dos raios cósmicos sobre o planeta, até a supercomputação, consumo consciente de energia e propagação de vírus que afetam animais e pessoas, dentre outros. O evento acontece de 20 a 28 de abril (exceto nos dias 21, 22, e 23), sempre das 10h às 12h e das 14h às 16h, no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro (Av. Brasil, 4.365 – Auditório do Pavilhão Arthur Neiva). Toda a programação é gratuita e não há necessidade de inscrição. Classificação livre. Mais informações, programação detalhada e trailers podem ser acessados no site www.ioc.fiocruz.br/fiocine. A mostra conta com a parceria da Associação Espanhola de Cinema e Imagem Científicos (ASECIC) e da Associação Internacional de Mídia Científica (IAMS, na sigla em inglês).
Leia MaisDiabetes: pesquisa sugere ser possível transformar glicose em energia para o corpo
Desde que começou a ser estudada, a microbiota intestinal vem sendo associada a diversas funções do organismo. Recentemente, um estudo realizado pela Fiocruz Minas em parceria com outras instituições mostrou que este conjunto composto por cerca de 100 trilhões de micro-organismos pode ajudar a evitar uma doença que afeta aproximadamente 300 milhões de pessoas em todo o mundo: o diabetes tipo 2. A pesquisa foi publicada recentemente na Nature Communications, uma das mais influentes revistas científicas.
Segundo o estudo, a Akkermansia muciniphila, bactéria presente na microbiota intestinal, pode auxiliar na transformação da glicose em energia para o corpo, diminuindo a concentração de açúcar no sangue. Entretanto, a Akkermansia seria impedida de realizar essa atividade pelo Interferon-gama, uma proteína liberada pelo próprio organismo, sempre que precisa se proteger contra infecções virais e de alguns protozoários e bactérias.
Leia MaisVacina de febre amarela deve ser aplicada em idosos de forma criteriosa
Desde que a epidemia de febre amarela começou no início do ano, há preocupação com relação aos idosos e muitas dúvidas surgiram nas redes sociais. A vacina febre amarela de Bio-Manguinhos é de vírus vivos, obtida por atenuação da subcepa 17DD do vírus da doença, cultivado em ovos de galinha embrionados livres de germes patogênicos.
Sendo uma vacina viva, alguns grupos etários precisam tomar precauções específicas, como as pessoas com 60 anos ou mais. Outro grupo etário é formado por crianças abaixo de seis meses. Neste caso, a imunização é contraindicada.
Leia MaisEspecialista destaca importância do vínculo materno no desenvolvimento infantil
A formação do vínculo materno não é automática e imediata, pelo contrário, é gradativa e, portanto, necessita de tempo, compreensão e amor para que possa existir e funcionar adequadamente. Estudos revelam que a construção desse laço afetivo na gestação é fundamental, e é estabelecido pela mãe, na maioria das vezes, através do contato com o feto que pode ser constituído por meio da fala, do toque na barriga e do afeto. É através dessa relação afetiva que a mulher conseguirá vivenciar a gravidez de maneira saudável e ter uma maior integração com o seu bebê, visto que esse contato favorece a formação de vínculos afetivos futuros, e a organização e maturação da identidade da criança.
Para melhor explicar as etapas dessa ligação e entender as sensações que norteiam esse vínculo, a coordenadora técnica de Saúde Mental do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria Jacqueline de Vicq, fala sobre o assunto.
Leia MaisPesquisas mostram como o não acesso à água e ao esgoto afeta outros direitos sociais
Sete anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter declarado o acesso à água e ao esgotamento sanitário como um direito humano fundamental, uma pesquisa realizada na Fiocruz Minas mostra que a violação dessa prerrogativa afeta uma série de outros direitos sociais, como educação, saúde e até mesmo o direito de ir e vir. O estudo, desenvolvido pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Priscila Neves, teve como foco a população em situação de rua do município de Belo Horizonte e, por meio de uma análise qualitativa, apontou que, devido à precariedade no acesso à água e ao esgotamento sanitário, tal público acaba sendo excluído de outras esferas da vida social e econômica.
Intitulada Direitos humanos e vulnerabilidade social: o acesso à água e ao esgotamento sanitário de pessoas em situação de rua, a pesquisa ouviu, no período de maio a julho de 2016, 24 pessoas (14 homens; 10 mulheres) que vivem na região central de Belo Horizonte. De acordo com a pesquisadora, os entrevistados declararam beber água proveniente de doações e recorrer às bicas e às fontes de água localizadas nas praças do município, para lavar roupas e se higienizar. Elas também disseram que se sentem muito mal por andarem sujas e deixam de ter acesso a serviços de saúde e de frequentar a escola porque nem sempre têm como tomar banho.
Leia MaisFiocruz leva experiência brasileira com o Aedes aos EUA
Um encontro promovido pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) reuniu, na sede do Instituto, em Atlanta, um seleto grupo de pesquisadores e representantes do poder público e da indústria em busca de estratégias para controle do Aedes aegypti em territórios norte-americanos. Única representante brasileira na reunião, a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Denise Valle, teve a missão de apresentar algumas das abordagens adotadas no Brasil.
O encontro, denominado Estratégias para Controle Vetorial de Aedes aegypti e as Doenças Transmitidas por ele: traçando o caminho a seguir, realizado na última semana de fevereiro, foi uma preparação do CDC para a aproximação de estações mais quentes no hemisfério norte, que favorecem a proliferação de mosquitos. Segundo dados da instituição, mais de 42 mil pessoas nos Estados Unidos e seus territórios já foram infectados pelo vírus zika, sendo que 4.6 mil gestantes tiveram confirmação laboratorial da infecção.
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