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Estudo traça cenário das formas graves de Covid-19 em PE

As notificações da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Pernambuco foram objeto de um estudo da Fiocruz PE, na busca de compreender o cenário das formas graves de Covid-19. Recém publicados na Revista Ciência e Saúde Coletiva, os resultados mostram que houve um aumento de 13 vezes nas ocorrências de SRAG no 1º semestre de 2020 – que inclui o início da pandemia no estado – na comparação com os primeiros seis meses dos anos de 2015 a 2019. A média mensal de casos, que era de 187 no intervalo observado nos cinco anos anteriores, passou para 2.517 este ano, sob o impacto da chegada da Covid-19.

No total, foram 15.100 ocorrências de SRAG, de janeiro a junho de 2020, em sua maioria provocadas pelo novo coronavírus (66%), seguidas pelas não especificadas (31,2%) e pelas causadas por influenza ou outros vírus respiratórios (2,5%). Um número bem superior aos 5.617 casos registrados no período pré-pandêmico, dos quais 11,5% foram causados por influenza e outros vírus respiratórios e 88,2% ficaram como não especificados.

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Fiocruz participa de coletiva do MS sobre vacinas para Covid-19

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (8/10) pelo Ministério da Saúde (MS), a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou a longa trajetória da instituição na produção de vacinas e a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro como a base de sustentação para o país poder enfrentar todos os desafios colocados pela pandemia e, em especial, no desenvolvimento e na produção da vacina contra a Covid-19. “A Fiocruz é uma instituição de 120 anos com uma longa tradição na questão da produção de vacinas. Iniciamos na década de 1930 com a transferência de tecnologia para a vacina de febre amarela. É uma longa história nesse caminho”, destacou a presidente.

Durante o evento, a presidente reforçou algumas informações relacionadas ao cronograma da produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, destacando a produção do total de 100 milhões de doses ao longo do primeiro semestre de 2021, com produção industrial de 30 milhões de doses e submissão de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro do próximo ano. A partir do segundo semestre de 2021, a vacina já será integralmente nacional, produzida pela Fiocruz.

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Covid-19: Fiocruz publica documento sobre retorno às aulas presenciais

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança documento que sistematiza um conjunto de orientações relacionadas às atividades escolares no contexto da pandemia, a partir de uma revisão da literatura e de publicações produzidas pela própria instituição e por outras. Intitulado Contribuições para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19, o material foi coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e reúne evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais, sobre o que tem sido debatido, até o momento, sobre a volta às aulas presenciais.

O documento surgiu a partir do esforço coletivo de especialistas da Fiocruz dos campos da saúde da criança e do adolescente, da epidemiologia, da saúde coletiva, da infectologia, da pneumologia, da saúde mental e da educação, que entenderam ser necessário reunir em um único lugar as questões centrais que vêm orientando o setor para que possa servir de instrumento de assessoramento à comunidade escolar e aos gestores, considerando as diferentes variáveis regionais.

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InfoGripe: números continuam muito acima do nível muito alto

O Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 34, o período de 16 a 22 de agosto, indica manutenção do sinal de queda no número de novos casos semanais no país de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG), mas com valores semanais muito acima do nível considerado muito alto. Entre os casos positivos de SRAG, 0,6% são de influenza A, 0,3% influenza B, 0,5% vírus sincicial respiratório (VSR) e 97,3% SARS-CoV-2 (Covid-19). Os registros de SRAG por Covid-19 em todas as regiões também se encontram na zona de risco, com ocorrência de casos muito alta. A íntegra do Boletim InfoGripe pode ser acessada no Observatório Covid-19: Informação para ação.

A análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-gripe) até 25 de agosto. Já foram reportados este ano 391.057 casos de SRAG. Deste total 207.817 (53,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 114.015 (29,2%) negativos, e cerca 42.950 (11%) aguardam resultado laboratorial.

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Casos de dengue caíram 77% com o uso do Método Wolbachia

O estudo utilizou o método de teste negativo para analisar e medir a eficácia da Wolbachia (cepa WMel) em reduzir a incidência de casos confirmados de dengue em um período de 27 meses (foto: World Mosquito Program)

Um estudo realizado pelo World Mosquito Program (WMP), da Universidade de Monash, na Austrália, em parceria com a Tahija Foundation e Universidade Gadjah Mada, na Indonésia, apontou redução de 77% na incidência de casos de dengue, virologicamente confirmados, nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com Wolbachia, em Yogyakarta, na Indonésia, quando comparado com áreas que não receberam o método. Este é o primeiro teste padrão-ouro que mostra a capacidade de redução de casos de dengue através da metodologia do Aedes aegypti com a Wolbachia. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz e já apresenta dados preliminares que apontam redução de chikungunya.

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Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 inicia atividades na Fiocruz Ceará

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador do Ceará, Camilo Santana, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, na inauguração de hoje (Foto: Carlos Gabaja)

Desde a confirmação dos primeiros casos da Covid-19, a Fiocruz, instituição vinculada ao Ministério da Saúde, vem trabalhando para dar respostas em diversas áreas. Após desenvolver os testes moleculares para detecção da doença e aumentar sua escala de produção progressivamente, a Fundação inicia a operação de mais uma Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19. A iniciativa se insere na estratégia de apoio aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e ampliação da capacidade nacional de processamento de amostras, ação fundamental para a vigilância epidemiológica do vírus e o enfrentamento da pandemia. Confira imagens, vídeos e materiais de apoio.

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Fiocruz amplia ações contra a Covid-19 nos povos indígenas

Pesquisadores da Fiocruz elaboram plano de apoio ao enfrentamento à Covid-19 junto aos povos indígenas. Um dos objetivos é intensificar a vigilância e aprimorar informações acerca dos impactos da pandemia nessas populações, por meio de seis eixos de atuação. A iniciativa mobilizou diferentes unidades e vice-presidências e foi destacada pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. “Essa é uma ação conjunta da Fundação, presente em todo território nacional, para dar suporte ao enfrentamento desta grave crise humanitária que atinge os povos indígenas no Brasil”, alertou.

O avanço do coronavírus na população indígena vem acompanhado de uma série de desafios. Os povos indígenas são um grupo particularmente vulnerável à Covid-19 devido às elevadas prevalências de diferentes doenças e agravos à saúde (desnutrição e anemia em crianças, doenças infecciosas como malária, tuberculose, hepatite B, hipertensão, diabetes, obesidade e doenças renais) e as prévias dificuldades de acesso ao sistema de saúde, particularmente da atenção especializada. Além disso, os indígenas sofrem com o aumento das queimadas e do desmatamento, com baixo saneamento e, em muitas situações, enfrentam uma enorme fragilidade econômica, o que dificulta a manutenção do isolamento social, que é uma medida fundamental no enfrentamento da pandemia.

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Ferramenta prevê dores a longo prazo após ter chikungunya

Pesquisadores da Fiocruz Bahia desenvolveram prognóstico que pode ser útil para rastrear pacientes que irão necessitar de cuidados especiais, orientar políticas públicas de saúde e propiciar tratamento precoce, diminuindo a sobrecarga do sistema de saúde.

A chikungunya é uma doença causada por um vírus transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti, que pode causar sintomas como febre, vermelhidão na pele e dores no corpo. Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a junho deste ano foram notificados mais de 48.300 casos prováveis da doença no Brasil. A região Nordeste apresentou as maiores taxas de incidência, sendo 48,3 casos/100 mil habitantes. Apenas o estado da Bahia concentrou cerca de 45% dos casos prováveis de chikungunya do país.

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Fiocruz é designada referência para a OMS em Covid-19 nas Américas

O Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi nomeado Laboratório de Referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Covid-19 nas Américas. A partir da formalização do acordo entre a OMS e a Fiocruz, a unidade passa a realizar testes confirmatórios da doença na região, além de integrar a rede de especialistas em laboratório da entidade para a Covid-19.

Referência Nacional em Vírus Respiratórios junto ao Ministério da Saúde, o Laboratório vem atuando desde a emergência do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no diagnóstico de amostras e na capacitação de equipes para análises laboratoriais, incluindo treinamentos de profissionais dos laboratórios públicos do Brasil e de países da América Latina.

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Projeto registra receitas indígenas de parteiras da Amazônia

Assado de curimatã. Caribé de beiju. Quiampira misturado com tucupi. Mingau de abacaxi. Chá para o pós-parto. Receitas indígenas tradicionais da região amazônica, preservadas pela oralidade, de geração a geração. Em novembro de 2019, uma equipe da Fiocruz ministrou oficinas nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e de Tabatinga, na região de fronteira entre Brasil e Colômbia. O foco: parteiras que resguardam receitas como essas, aliadas preciosas no combate à insegurança alimentar de bebês e de suas mães.
Durante as oficinas, as mulheres foram orientadas sobre como usar aparelhos celulares — doados pelo projeto — para registrar essas e outras receitas, e compartilha-las com as novas gerações. O resultado de parte desse trabalho pode ser visto no canal do YouTube da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, na série Receitas para grávidas, puérperas e bebês da floresta.
As gravações são um dos frutos do projeto Segurança Alimentar e Nutricional no Âmbito da Unasul, da pesquisadora Angélica Baptista Silva, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), e que contou com apoio técnico de Pauliran Freitas, cinegrafista da VideoSaúde, do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz).
O projeto de Angélica, que teve apoio do CNPq, é robusto, e envolveu ações como avaliação de redes de telessaúde e atividades para o fortalecimento da assistência à mulher e à criança, nas redes de serviços de saúde dos povos das florestas. As oficinas com as parteiras foram uma dessas atividades.
“Queríamos preservar a memória nutricional dessa população, usando a tecnologia para fortalecer uma tradição que pode fazer muita diferença na saúde das famílias”, explica a pesquisadora. “Temos visto, nos últimos anos, um crescimento enorme no consumo de alimentos ultraprocessados pela população indígena. A insegurança alimentar e a mortalidade infantil entre os índios são altíssimas. O uso de ingredientes locais, da própria floresta, em receitas tradicionais, foi se perdendo. Seu resgate pode ajudar muito na nutrição de crianças pequenas e de suas mães. Queríamos aproveitar o saber das parteiras, que tradicionalmente são as guardiãs dessa culinária.”
Nos vídeos da série as parteiras indígenas, muitas delas idosas, orientam jovens mães a cuidar melhor de si e de seu bebê, até que completem um ano. São mulheres das etnias Baré (a maioria delas), Tariana e Tukanos.
“Buscamos trabalhar em duplas nas oficinas. Enquanto uma mulher filmava, outra cozinhava”, explica Pauliran Freitas. “Foi uma experiência muito marcante. Uma das participantes nunca tinha visto um celular. Mas todas se revelaram muito animadas com a atividade. Busquei adaptar as orientações de gravação ao seu universo, mostrando, por exemplo, como aproveitar a luz natural”.
Durante o projeto, a equipe realizou “atividades de educação permanente junto aos profissionais de saúde da Atenção Básica e parteiras. Também foram fornecidas orientações sobre alimentação para grávidas e mães com crianças acompanhadas pelo serviço de puericultura nas áreas indígenas do estado do Amazonas, onde há pontos de telessaúde”.
Para assistir todos os vídeos do projeto, que estão disponibilizados na playlist do canal do YouTube da VideoSaúde Distribuidora. https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE#action=share

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