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Nísia reforça união, vacinação e diálogo em discurso de posse como ministra da Saúde

Nossa gestão à frente do Ministério da Saúde será pautada pelo diálogo com a ciência”, declarou emocionada a nova ministra Nísia Trindade, em seu primeiro discurso à frente da Pasta. A cerimônia de investidura no cargo da Ministra de Estado da Saúde aconteceu nesta segunda-feira (2/1), em Brasília (DF). Ela garantiu que o trabalho coletivo com estados, municípios e sociedade será fundamental para alcançar os resultados almejados. “Nossa gestão será pautada pelo imprescindível trabalho colaborativo”, resumiu.

Nísia, que foi recebida com aplausos e gritos de “o Brasil voltou a respirar”, foi homenageada por Marilda Gonçalves, servidora da Fiocruz Bahia, em nome de todos os integrantes da instituição. “Ela foi a primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz em 120 anos. Sempre atuou de forma conciliatória, firme, profissional e humana. Incentivou mulheres no poder e meninas na ciência. Essa foi a tônica da Nísia dentro da Fiocruz e o resultado deste trabalho é uma instituição ainda mais produtiva e unida em torno da defesa do SUS. Temos a certeza que o Ministério da Saúde está recebendo um presente, um tesouro em que está depositada a esperança de tantos brasileiros pelo futuro da saúde no Brasil”, defendeu Marilda.

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RJ fecha o ano com baixa cobertura vacinal em crianças

Crianças menores de 5 anos que vivem no Estado do Rio de Janeiro estão vulneráveis a contrair sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatite A, hepatite B e outras doenças evitáveis que podem levar à morte e gerar sequelas graves, devido à baixa cobertura vacinal registrada em 2022. A conclusão é de levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) que analisou dados preliminares do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). O estudo aponta que o estado do Rio de Janeiro não chegou à meta estipulada pelo Ministério da Saúde para nenhuma das vacinas do calendário básico infantil e está abaixo da média nacional em todos os imunizantes.

A coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, explica que a meta anual é vacinar 90% dos bebês menores de 1 ano com a BCG. Para a febre amarela, a meta é 100%, enquanto para os demais imunizantes do calendário básico a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é 95%. “No Estado do Rio de Janeiro, até o fim de novembro, apenas 75% dos bebês que deveriam ser imunizados com a BCG, que protege contra formas graves de tuberculose, receberam o imunizante. O cenário fluminense contrasta com a média nacional, que chegou a 92%, colocando a BCG como a única vacina do calendário básico infantil a cumprir o preconizado pela pasta”, aponta a pesquisadora.

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Plano de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas recebe repasse de mais R$ 25 milhões da Alerj

Passado um ano e meio do início das atividades da Chamada Pública da Fiocruz para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, os resultados seguem surpreendendo. Os projetos em atividade que integram o planejamento de atuação da Fundação, com a missão de apoiar tecnologias sociais para o Sistema Único de Saúde (SUS) e promover o direito à saúde nestes territórios, já beneficiaram diretamente 175 mil pessoas em seis cidades do estado e na capital, com ações voltadas a segurança alimentar, saúde mental, comunicação popular em saúde, evasão escolar e empregabilidade. A Chamada Pública conta com recursos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que confirmou repasse de mais R$ 25 milhões para a ampliação do plano em 2023.

Dos 104 projetos aprovados na primeira etapa da Chamada Pública, 54 já receberam financiamentos de R$50 mil até R$ 500 mil reais para executar ações de combate à Covid-19 nas comunidades. Os investimentos somados são de R$ 5,5 milhões. Os demais projetos aprovados aguardam convocação, que tem previsão de ocorrer até o final de 2023. Ao todo, a Alerj destinou R$ 20 milhões para o Plano em janeiro de 2021, com base na aprovação da Lei 8972/20. O assessor de Relações Institucionais da Fiocruz, Valcler Rangel, e coordenador executivo do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas, Richarlls Martins, participaram das tratativas referentes a alocação de novos recursos para o projeto no orçamento do Estado. O compromisso havia sido assumido pelo presidente da Alerj em sessão de prestação de contas do projeto em agosto. Nesta semana, a deputada Renata Souza e o presidente da Alerj, André Ceciliano, viabilizaram a alocação de R$25 milhões no orçamento de 2023 da secretaria estadual da Saúde, por intermédio da aprovação de emenda da Comissão de Orçamento número 3850, com a justificativa de aporte de recursos em apoio a Fiocruz.

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Estratégia molecular inédita permite monitorar meningite mais rápido

A meningite meningocócica é uma doença endêmica, aguda, grave e de rápida evolução. Nesse sentido, a biomédica Debora Santos estabeleceu uma estratégia alternativa inédita, simples, mais ágil e barata para monitorar a Neisseria meningitidis, bactéria causadora da enfermidade. “A identificação da N. meningitidis, a mais precisa possível, é fundamental para definir as estratégias para seu enfrentamento, como pensar questões de vacinação ou antecipar medidas sanitárias a serem adotadas para impedir que a infecção se prolifere”, explica a pesquisadora, que trabalha no Instituto de Controle de Qualidade em Saúde.

Reconhecer com precisão a N. meningitidis não é tarefa simples. Até o momento, sabe-se que a bactéria se subdivide em 12 variantes, conhecidas como sorogrupos. Estes são classificados por letras. Por exemplo, B e C classificam os sorogrupos das cepas mais conhecidas e frequentes no Brasil – há outros, como o W, menos conhecido, porém terceiro em importância e mais presente no Sul do país. Cada sorogrupo exige uma vacina específica, de modo que alguém que tenha sido imunizado contra a meningite do sorogrupo C não estará protegido contra a do B. Ademais, cada sorogrupo também pode conter complexos clonais, dessa vez identificados por números. Ou seja, uma N. meningitidis do sorogrupo C, complexo clonal 11 (isto é, cc11) guarda, por exemplo, algumas diferenças em relação à outra, do mesmo sorogrupo, mas do complexo clonal 103 (cc103). Santos explica que monitorar a “disseminação dos clones já existentes, assim como recombinações genéticas que possam resultar em novas linhagens de N. meningitidis, é fundamental para subsidiar ações específicas de vigilância em saúde para a prevenção e contenção de surtos”.

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Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz lança livro ‘Saúde é desenvolvimento’

A Fiocruz, por meio de seu Centro de Estudos Estratégicos (CEE), lança na próxima quarta-feira (7/12) o livro digital Saúde é desenvolvimento: o Complexo Econômico-Industrial da Saúde como opção estratégica nacional. A obra propõe políticas públicas para o desenvolvimento de um Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), um modelo estruturado ao longo das últimas duas décadas que vincula a saúde ao padrão nacional de desenvolvimento, integrando suas dimensões sociais e ambientais à econômica. O modelo é um dos temas em destaque no grupo Saúde’da transição de governo, e o evento ocorre no Auditório Napa, em Bio-Manguinhos, no campus sede da Fundação, às 14h.

A obra conta com o prefácio da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Traz ainda 15 artigos elaborados em parceria com Unicamp, UFRJ, UFF e mais de dez instituições, que apontam a importância de uma base econômica e produtiva para o Estado de Bem-Estar, o acesso universal à saúde e a redução da vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Preza pela proximidade de diálogo com a sociedade, apresentando linguagem acessível e demonstrando que a base produtiva e tecnológica em saúde no Brasil não tem acompanhado as crescentes necessidades de saúde da população. A consequência é a desigualdade e a segmentação no acesso aos bens e serviços em saúde, gerando obstáculos à expansão do SUS, cuja missão principal é garantir o direito à saúde para toda a população.

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Fiocruz Mata Atlântica desenvolve tecnologias sociais no Rio de Janeiro

A Fiocruz Mata Atlântica (FMA) está implementando duas novas tecnologias sociais na Colônia Juliano Moreira, localizada na zona Oeste do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá. A chamada Alagados Construídos é uma solução não convencional e de baixo custo para o tratamento descentralizado de esgotos em moradias que não têm acesso ao saneamento básico convencional. Já o Dispensador de Cloro é outra tecnologia social que tem como objetivo oferecer água tratada a moradias que não possuem abastecimento feito por redes de tratamento convencional. As ações visam contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a promoção da saúde na região.

O saneamento básico é um dos principais determinantes da saúde e é direito de todos. “Alagados Construídos é uma solução de baixo custo e fácil aplicabilidade, que reduz as desigualdades sociais e é adequada à localidade para o desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis”, afirma Gilson Antunes, coordenador executivo da Fiocruz Mata Atlântica. “Importante lembrar que o direito ao saneamento é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 (ODS6) da ONU [Água Potável e Saneamento], semelhante à missão da Fiocruz Mata Atlântica, que visa a resolutividade de problemas vinculados à determinação social da saúde no território, com a atuação integrada de equipes multidisciplinares em articulação com instituições públicas, organizações da sociedade civil e outras unidades Fiocruz no entorno da FMA”.

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Nova edição da Radis aborda a violência contra as mulheres

Se você pensa que os relatos de violência contra mulheres, assédios, agressões as mais diversas aumentaram, não é impressão. Estão mais visíveis nos noticiários, em manchetes que causam embrulho no estômago. Também se revelam nos números. De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, uma mulher foi vítima de feminicídio no país a cada 7 horas — e a cada 10 minutos, uma foi estuprada.

O avanço de pautas conservadoras coloca os direitos das mulheres na mira e provocam retrocessos em políticas públicas que promovem igualdade de gênero e buscam prevenir as mais diversas formas de violência. A reportagem de capa da Radis de novembro aborda esse tema delicado, porém necessário, e traz dados alarmantes sobre o aumento de diferentes formas de violência e violações contra as mulheres — e mostra também caminhos possíveis para o debate público e para fortalecer o acolhimento, a prevenção e o protagonismo feminino.

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InfoGripe: SRAG por Covid-19 continua crescendo no Brasil

Divulgado nesta terça-feira (29/11), o novo Boletim InfoGripe Fiocruz continua mantendo o alerta para o crescimento claro dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em estados de todas as regiões do país. Essa tendência, que já se observa em 20 de 27 unidades da federação, está presente especialmente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.

aumento nas tendências de curto (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas) e é compatível com os números de Covid-19. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 47, período de 20 a 26 de novembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 28 de novembro.

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Fiocruz e Correios lançam selos postais de incentivo à vacinação

Em um momento em que o Brasil se esforça para elevar os índices de vacinação de diversas doenças, como poliomielite, sarampo e Covid-19, a mensagem sobre a importância das vacinas poderá chegar a todo o país de uma forma inovadora: através de selos postais. Emitido pelos Correios, um bloco comemorativo com seis selos foi lançado (22/11) durante o evento Vacinas: da história e cobertura vacinal à divulgação científica, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

As peças são inspiradas no livro Vacinas, publicado pela Editora Fiocruz e vencedor do 8º Prêmio Abeu. Quatro pesquisadores da Fiocruz são autores da publicação: os pós-doutorandos do IOC/Fiocruz, Jorlan Fernandes, do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, e Natália Maria Lanzarini, do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental; o assessor científico sênior do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Akira Homma; e a pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC/Fiocruz, Elba Lemos.

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Pesquisadora da Fiocruz vence Prêmio Jabuti na categoria Ciências

Pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Pretti Dalcolmo venceu o Prêmio Jabuti na categoria Ciências com o livro Um tempo para não esquecer: a visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde, publicado pela editora Bazar do Tempo. “Recebo o Prêmio Jabuti especialmente sensibilizada pelo reconhecimento de uma trajetória literária de par com a científica, que traduz minhas reflexões sobre o tempo que vivemos e do qual esperamos sair com ciência e generosidade”, afirmou Dalcolmo. A obra premiada reúne os artigos escritos semanalmente para o jornal O Globo. Os textos “constituem uma espécie de diário que documenta no calor e estupor dos acontecimentos a visão da ciência em sua essencial missão humanista”, de acordo com a sinopse da editora.

Eleita em agosto deste ano para a cadeira 12 da Academia Brasileira de Medicina, Dalcolmo ficou popularmente conhecida por suas centenas de intervenções nas emissoras de TV e rádio e nos jornais nos últimos anos, período em que esclareceu dúvidas e informou sobre a pandemia de Covid-19 de maneira clara e objetiva. Dona de uma sólida carreira acadêmica, ela é hoje uma referência nacional na medicina e na ciência.

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