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Seminário debate a história das relações entre Brasil e Alemanha

As relações entre Brasil e Alemanha, em suas diferentes expressões, serão tema de um evento internacional no auditório do Museu da Vida Fiocruz nos dias 26 e 27 de setembro. As inscrições deverão ser realizadas de 15 de agosto a 1º de setembro pelo site do Campus Virtual Fiocruz e as vagas são limitadas. O 1º Seminário Internacional Brasil-Alemanha: Circulação, Intercâmbio, Zonas de Contato coincide com o bicentenário da imigração alemã no Sul do Brasil e abordará a complexidade das relações entre os dois países. Vinte e quatro pesquisadores de Brasil, Alemanha, Espanha, Israel e Itália, de 16 diferentes instituições, estarão juntos para tratar de temas como refugiados, ecologia, vetores, saúde e crise climática, ciências naturais e sociais, saúde mental e política, além de metodologias que envolvem arquivos dos dois lados do Atlântico.

Vinte e quatro pesquisadores de Brasil, Alemanha, Espanha, Israel e Itália, de 17 diferentes instituições, estarão juntos para tratar de temas como refugiados, saúde e crise climática, ciências naturais e sociais e saúde mental

As pesquisas de naturalistas alemães no Brasil desde o século 18, as trocas entre os dois países no que tange a ciências naturais e sociais, além de temas mais contemporâneos como ecologia e crise climática, estão entre os assuntos que serão discutidos no primeiro dia do seminário. Na conferência de abertura, os professores Stefan Rinke e Karina Kriegesmann, da Universidade Livre de Berlim (FU-Berlin), apresentarão uma edição crítica da obra de Hugo Gensch A educação de uma criança índia, de 1908, sobre a adoção de uma criança indígena pelo médico alemão. Um debate sobre as relações bilaterais de pesquisas em arquivos históricos e a circulação de fontes fecharão o debate do dia.

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Fiocruz abre Chamada Pública para formação em Direitos Humanos e Promoção de Saúde

A Coordenação de Cooperação Social da Fiocruz lança a terceira Chamada Pública: Rede de Defensores de Direitos Humanos e Promoção da Saúde no Estado do Rio de Janeiro. As inscrições vão do dia 26 de agosto até às 23h59min (horário de Brasília) do dia 1º de setembro de 2024 e podem ser realizadas através do formulário de inscrições. A convocatória é voltada para lideranças comunitárias e defensores de direitos que atuem em grupos, movimentos, organizações, coletivos ou instituições em territórios populares de áreas urbanas ou rurais do Estado do Rio de Janeiro. A primeira edição da Chamada Pública aconteceu do dia 16 ao dia 27 de maio de 2022 e a segunda edição da Chamada Pública ocorreu do dia 13 ao dia 27 de setembro de 2023.

A terceira chamada pública irá selecionar 20 lideranças para fortalecer a rede e participar de uma formação de 10 meses, com oficinas temáticas em Direitos Humanos e Promoção de Saúde, previstas para serem iniciadas em outubro deste ano. O objetivo do projeto é formar e capacitar Defensores de Direitos Humanos e lideranças comunitárias, desenvolvendo uma rede de articuladores no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também está prevista a realização de um mapeamento das violações em Direitos Humanos nos territórios de favelas e periferias, pensando nas possibilidades de trabalho em parceria entre defensores que vão compor a rede.

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Equidade e produção local são destaques no primeiro dia da cúpula sobre prevenção de pandemias

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, afirmou que o desafio é garantir que as vacinas desenvolvidas possam ser produzidas em escala mundial e distribuídas de forma igualitária (Foto: Peter Ilicciev)

Discussões em torno da equidade no acesso a vacinas e sua relação com a produção local, financiamento e cooperação foram alguns dos pontos-chave das discussões no primeiro dia da Cúpula Global de Preparação para Pandemias (GPPS 2024, na sigla em inglês), organizada pelo Ministério da Saúde (MS), a Fiocruz e a Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi). O evento, que ocorre no Rio de Janeiro e termina nesta terça-feira (30/7), teve, na abertura, a participação de autoridades da saúde, como o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, o diretor-executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Mike Ryan, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, e a presidente da Cepi, Jane Halton.

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Fiocruz se une a rede mundial de fabricantes de vacinas e reforça potencial do Sul Global

Um dos maiores fabricantes de vacinas da América Latina, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) é o mais novo parceiro a se juntar à rede da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) de fabricantes de vacinas no Sul Global. A rede trabalha para apoiar respostas mais rápidas e equitativas a futuras ameaças de doenças infecciosas emergentes. A inclusão da Fiocruz impulsionará significativamente os esforços de produção de vacinas na região da América Latina e do Caribe, aumentando a capacidade para produzir imunizantes em resposta a ameaças epidêmicas e pandêmicas.

Com um investimento de US$ 17,9 milhões (aproximadamente R$ 92 milhões) da Cepi, as organizações vão colaborar para diversificar as capacidades de fabricação de vacinas de Bio-Manguinhos/Fiocruz, expandindo novas plataformas de tecnologia de imunizantes de resposta rápida de mRNA e vetor viral contra doenças infecciosas. O financiamento também vai otimizar os processos de fabricação e capacidades tecnológicas para fortalecer o suprimento regional de vacinas, além de aprimorar capacidades, como o envase e a finalização de imunizantes. Reduzir o tempo necessário para fabricar e validar os primeiros lotes de vacinas experimentais será fundamental para possibilitar uma resposta a um surto crescente em apenas 100 dias — um objetivo abraçado pelos líderes do G7, do G20 e da indústria — e poderia ajudar a deter uma futura pandemia durante seu curso. O investimento se baseará no histórico de Bio-Manguinhos na produção de vacinas de alta qualidade em grande escala, ao mesmo tempo em que expandirá sua capacidade existente de atuar como um centro de fabricação capaz de fornecer rapidamente vacinas para ensaios clínicos para a região em caso de um futuro surto.

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Fiocruz e Merck avançam para tornar o Brasil o primeiro produtor global de Arpraziquantel

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e a farmacêutica alemã Merck, no âmbito do Consórcio Praziquantel Pediátrico, anunciaram colaboração para que a unidade da Fundação se torne o primeiro produtor global de Arpraziquantel, uma nova opção terapêutica focada no tratamento da esquistossomose em crianças de idade pré-escolar, entre 3 meses e 6 anos. Como resultado da transferência de tecnologia da Merck para a Fiocruz, a produção no Brasil abastecerá não apenas o país (após aprovação regulatória), como também outras regiões onde a doença é altamente endêmica, especialmente a África. A disponibilização de cerca de 1 milhão de comprimidos de Arpraziquantel para tratar 200 mil crianças no continente africano está planejada para 2024.

Dispersível em água, palatável e de tamanho adequado, o novo medicamento atende às necessidades de milhões de crianças em idade pré-escolar. A nova opção de terapia pediátrica foi desenvolvida para resistir aos desafios de calor e umidade dos países tropicais, onde a doença é mais prevalente. No Brasil, estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas vivam em áreas de risco de contrair a doença.

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Pesquisa inédita da Fiocruz detecta contaminação por cocaína em tubarões

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) detectou, pela primeira vez no mundo, a contaminação de tubarões por cocaína e seu metabólito, a benzoilecgonia. O dado chama atenção para a alta quantidade da droga que é consumida na cidade e descartada no mar via esgoto sanitário. Conduzido pelo Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC, o estudo identificou a presença de cocaína em 13 animais da espécie Rhizoprionodon lalandii, popularmente conhecida como “tubarão-bico-fino-brasileiro”, “cação rola rola” ou “cação-frango”. Os resultados foram publicados na revista científica Science of The Total Environment.

O principal metabólito da substância, a benzoilecgonina, resultante da metabolização da cocaína no organismo, foi encontrada em 12 destes animais. As coletas foram realizadas no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, entre setembro de 2021 e agosto de 2023, como parte de um esforço para avaliação da saúde ambiental, com foco em acompanhar mudanças no ambiente, sejam ocorridas de forma natural ou a partir da interferência humana – e seus impactos sobre as diversas formas de vida marinha.

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Radis destaca luta e vivências das mulheres originárias na literatura

A vó, filha e neta. Três gerações de mulheres indígenas viviam em uma casa pobre nas imediações da Estação Ferroviária da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, desterradas de sua comunidade de origem, expulsas pela violência colonizadora contra as populações originárias. Migrante, analfabeta, paraibana e indígena, a avó, Maria de Lourdes, vendia bananas na feira, acompanhada pela neta, que a tudo observava.

Em silêncio, a pequena Eliane aprendeu, desde menina, a absorver todas essas vivências e a guardá-las em sua memória — e as lembranças da pobreza, da exclusão e da luta das mulheres de sua família se transformaram em matéria-prima para prosa e poesia. Suas palavras originárias foram espalhadas pelo vento e, de suas mãos, surgiu uma literatura que se tornou arma e voz para a luta indígena no Brasil, em sintonia com a defesa da Mãe Terra.

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Fiocruz e parceiros promovem 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes

Já estão abertas as inscrições para o 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes (EITS). Agendado para ocorrer entre os dias 9 e 15 de setembro em Paraty (RJ), no litoral Sul do Rio de Janeiro, o encontro representa um marco histórico na articulação de saberes científicos e tradicionais para a promoção territorializada da saúde e do desenvolvimento sustentável. Com o objetivo de desenvolver uma proposta político-estratégica de incidência internacional, o evento visa também posicionar as comunidades e povos tradicionais no centro das discussões climáticas globais, especialmente com vistas à COP 30, que será realizada no Brasil em 2025.

Com um público estimado em mais de mil participantes, incluindo 140 palestrantes nacionais e internacionais e cerca de 70 representantes de povos e comunidades tradicionais da América Latina e da África, o encontro trará conferências, mesas de debate, oficinas, vivências e visitas de campo organizadas em torno de cinco eixos principais: Ecologia de Saberes para a promoção do Bem ViverOceanos e Rios – redes de vida e saberesSaúde, resiliência e organização social, e Educação, cultura e modos de vida” e “Articulação em RedesAs inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do evento.

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Agenda 2030: estudo avalia evolução de 40 indicadores de saúde no Brasil e Equador

Uma parceria entre pesquisadores do Reino Unido, Brasil e Equador resultou em artigo publicado na revista Public Health, que analisa a evolução dos 40 indicadores relacionados à saúde, ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), nos dois países americanos. A pesquisa, com participação do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos em Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), foi conduzida pela Unidade Pesquisa em Determinantes Sociais e Ambientais das Desigualdades em Saúde (Sedhi), financiada pela agência britânica NIHR, que, alinhada com o monitoramento do progresso da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, visa contribuir para o conhecimento sobre saúde global.

“A partir dos dados utilizados, identificamos que, entre os anos de 1990 e 2019, Brasil e Equador reduziram substancialmente tanto a desnutrição crônica (stunting) quanto a desnutrição aguda (wasting), as taxas de mortalidade neonatal, as prevalências de doenças tropicais negligenciadas, as incidências de tuberculose e malária e as taxas de mortalidade atribuíveis à água, esgotamento sanitário e higiene inseguros. Ambos os países ampliaram largamente a cobertura vacinal, em torno de 200%”, explica a pesquisadora da Universidade Federal de Minas gerais (UFMG), vinculada a Unidade de Pesquisa da Sedhi, e co-autora do artigo, Laís Cardoso.

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Estudo internacional analisa perda de saúde global

O grupo de estudo internacional Global Burden of Diseases (Carga Global das Doenças), que tem na equipe o pesquisador da Fiocruz Pernambuco Rafael Moreira, publicou mais um artigo na revista científica britânica The Lancet. Trata-se de uma pesquisa abrangente sobre a perda de saúde global, a partir da análise de dados de 371 doenças e lesões em 204 países e territórios. O grupo verificou informações relativas ao período entre 2010 e 2021, para destacar tendências na carga de doenças ao longo da última década e durante os primeiros dois anos da pandemia de Covid-19(2020 e 2021).

A partir do cruzamento das informações, foi possível relatar prevalência, incidência, anos vividos com incapacidade (quantificando a perda de saúde não fatal), anos de vida perdidos (quantificando a perda de saúde fatal), anos de vida ajustados por incapacidade (quantificando ambos os anos perdidos para mortalidade prematura e anos vividos com incapacidade) e esperança de vida saudável (quantificação dos anos de vida esperados vividos com boa saúde). A análise traz estratificação por idade, sexo, localização e grupos sociodemográficos.

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