USP estuda casos de anemia em mães e filhos

Estudo desenvolvido pela Escola de Enfermagem investiga ambiente familiar e condições sociais

A Escola de Enfermagem da USP desenvolveu um estudo sobre casos de anemia e constatou maior frequência entre mães e filhos em regiões brasileiras menos desenvolvidas. A pesquisa, comandada pela enfermeira Claudia Regina Marchiori Antunes Araújo, busca compreender em que medida as condições sociais e de vida dentro do ambiente familiar contribuem para o desenvolvimento da doença.

A anemia consiste na redução da capacidade do sangue em transportar oxigênio para os tecidos do corpo. Claudia Regina foi uma das primeiras a destacar as características sociais, demográficas e de segurança alimentar das famílias em estudo sobre a enfermidade.

Os testes de hemoglobina foram feitos em 1.382 pares de mães e filhos, considerando a mãe e apenas uma criança entre seis meses e cinco anos. As mães apresentaram chance 1,6 vez maior de desenvolver anemia do que os filhos. Nelas, a anemia se associou a variáveis socioeconômicas, demográficas e de insegurança alimentar. Já nas crianças, a doença estava relacionada à idade, ao consumo alimentar e ao estado nutricional.

Nas mães, as restrições alimentares ocasionadas por condições socioeconômicas e demográficas desfavoráveis têm maior impacto, possivelmente em virtude da maior necessidade orgânica de ferro da mulher em idade fértil. Já entre as crianças, independente da condição socioeconômica, uma alimentação inadequada as torna mais suscetíveis à anemia. Entretanto, foi considerada também a possibilidade de que o cuidado materno contribui para a menor prevalência de anemia nos filhos.

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