Durante o clima seco é comum o uso de umidificadores de ar em casa e no ambiente de trabalho, porém o uso exagerado pode agravar a saúde principalmente das pessoas que têm problemas respiratórios. É o caso, da estudante Cassia Dantas, que há cinco anos sofre de sinusite, problema respiratório que piora ainda mais neste período.
A estudante utiliza o umidificador de ar em casa e sabe que o uso deve ser moderado.”Nessa época do ano a gente costuma ficar com a saúde até um pouco mais frágil, com uma tosse seca. Nesse tempo de muito calor e seca eu costumo utilizar o umidificador até porque eu sou alérgica, facilita bastante para mim e para meus irmãos também que são alérgicos. É um uso que não é frequente, só para aliviar mesmo, para não corremos riscos com outras questões”, conta Cássia.
O otorrino do Grupo Hospitalar Conceição, Iuberí Zwetsch, explica que o excesso de umidade pode estimular o crescimento de fungos, por isso é importante saber qual a umidade do ar para utilizar o umidificador da maneira adequada. “A umidificação do ar é necessária em algumas situações, até para sobrevivência. Porém, muita umidade vai fazer com que a ar fique muito denso o que favorece o crescimento de germes. Na verdade, tem que ter um equilíbrio na quantidade certa de umidade. Então, uma coisa importante nesses ambientes, cidades, lugares mais secos, é que a pessoa saiba qual é a umidade relativa ar naquele dia, porque tem dias que não precisa dessa umidade e outros não”.
O otorrino do Grupo Hospitalar Conceição destaca ainda que o umidificador não deve ficar em lugares próximos estruturas que absorvam umidade para não comprometer a saúde. “A gente deve evitar ao máximo possível locais que possam reter a umidade, como livros, brinquedos e cortinas. Porque essa unidade retida ali, não solta no ar como a gente quer, você pode estar usando uma coisa que vai até prejudicar depois a respiração com mofo e fungos. Então, a umidade tem que ser num ponto tal que você não concentre num ambiente que você está usando”.
Além da hidratação ambiente, o otorrino do Grupo Hospitalar Conceição alerta que as pessoas não devem esquecer de beber pelo menos dois litros de água por dia.