Tag Archives: Vulnerabilidade Social

Estudo aponta impacto étnico-racial no desenvolvimento infantil

Existem diferentes parâmetros para avaliar o desenvolvimento de uma criança desde seu nascimento, e o ganho de peso e altura é um desses fatores. No entanto, há influências indiretas que atuam sobre esse fator do desenvolvimento. Isso é o que aponta um novo estudo publicado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia). Os achados da pesquisa sugerem que a etnia/cor da gestante afeta a trajetória de ganho de peso e crescimento de seus filhos. Em especial, o estudo alerta para uma maior desigualdade em relação ao desenvolvimento infantil de filhos de mulheres indígenas.

Publicada no periódico BMC Pediatrics, a pesquisa constatou que filhos de mães indígenas exibiram maiores taxas de baixa estatura para a idade (26,74%) e baixo peso para a idade (5,90%). Características de magreza foram mais prevalentes entre crianças filhas de mães pardas e pretas (5,52% e 3,91%, respectivamente), indígenas (4,20%) e de descendência asiática (5,46%), em relação às crianças filhas de mulheres brancas (3,91%).

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Covid-19 traz impactos para primeira infância nas 16 favelas da Maré. Crianças de 0 a 6 anos correspondem a 12,4% dos moradores

A pandemia da covid-19 trouxe grandes impactos para as crianças do complexo das 16 favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, em especial da primeira infância, que abrange menores de 0 a 6 anos de idade, em questões de saúde, alimentação, educação, segurança. É o que revela o Diagnóstico Primeira Infância nas Favelas da Maré, divulgado nesta quarta-feira (27) pela organização não governamental (ONG) Redes da Maré. A população de 0 a 6 anos corresponde a 12,4% dos moradores da Maré, ou o equivalente a quase 15 mil crianças. A primeira infância é considerada uma fase crucial para o desenvolvimento das crianças.

Durante a pandemia, foram aplicados diretamente 2.144 questionários às famílias, nas residências, além de realizadas entrevistas com profissionais de redes de proteção e apoio à primeira infância, como professores, assistentes sociais e profissionais de saúde. O objetivo foi traçar o panorama da situação da realidade de 2.796 crianças nessa faixa etária. Muitas famílias possuíam mais de uma criança nessa idade, informou à Agência Brasil a assistente social Gisele Martins, uma das coordenadoras do estudo. De acordo com o Censo feito em 2013 pela Redes da Maré, o complexo possui 140 mil moradores no total.

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Foto destacada: Estudo MINA/divulgação

Mesmo em locais de maior vulnerabilidade social a atividade física na gestação deve ser estimulada

Pesquisadores da USP acompanharam um grupo de gestantes na Amazônia Ocidental. Análises mostram que a prática de ao menos 150 minutos semanais de exercícios está associada a uma redução saudável do peso do bebê, com menor risco de obesidade e diabetes na infância

Um estudo brasileiro reforça o valor e a segurança das atividades físicas no lazer durante a gravidez, inclusive em um cenário de maior vulnerabilidade social. Com base em dados de gestantes de uma cidade no Acre, os pesquisadores associaram a prática de ao menos 150 minutos de exercícios por semana, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde, a uma redução do peso do bebê no nascimento, o que é positivo para evitar consequências como obesidade e diabetes na infância. E isso sem aumentar o risco de a criança nascer com peso abaixo do esperado para a idade gestacional.

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“Não há solução mágica contra as drogas”, afirma especialista da Fiocruz

Em entrevista para a Agência Fiocruz de Notícias (AFN), o coordenador-executivo do Programa Institucional Álcool, Crack e Outras Drogas da Fundação Oswaldo Cruz, Francisco Netto, apresentou um panorama geral da questão da redução de danos no Brasil e na América Latina.  Ele analisou também a situação que tem se desenrolado na Cracolândia, em São Paulo. De acordo com Netto, não há solução mágica para o uso problemático de drogas: a saída é a garantia de direitos, o acesso ao cuidado e a inserção social.

A conversa aconteceu durante o Seminário Internacional: Cenários da Redução de Danos da América Latina, que foi realizado nos dias 29 e 30 de maio, na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro. O evento foi dedicado à troca de experiências e reflexões sobre a redução de riscos e danos associados ao uso problemático de drogas. No primeiro dia de encontro foram debatidas as novas práticas e o contexto histórico da redução de danos no continente. Ao final do seminário, que contou com a presença de especialistas de diversos países da América Latina, foi divulgada a Carta de Manguinhos, abordando a situação atual das políticas de redução de danos e suas interfaces na América Latina.

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Pesquisas mostram como o não acesso à água e ao esgoto afeta outros direitos sociais

Sete anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) ter declarado o acesso à água e ao esgotamento sanitário como um direito humano fundamental, uma pesquisa realizada na Fiocruz Minas mostra que a violação dessa prerrogativa afeta uma série de outros direitos sociais, como educação, saúde e até mesmo o direito de ir e vir. O estudo, desenvolvido pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Priscila Neves, teve como foco a população em situação de rua do município de Belo Horizonte e, por meio de uma análise qualitativa, apontou que, devido à precariedade no acesso à água e ao esgotamento sanitário, tal público acaba sendo excluído de outras esferas da vida social e econômica.

Intitulada Direitos humanos e vulnerabilidade social: o acesso à água e ao esgotamento sanitário de pessoas em situação de rua, a pesquisa ouviu, no período de maio a julho de 2016, 24 pessoas (14 homens; 10 mulheres) que vivem na região central de Belo Horizonte. De acordo com a pesquisadora, os entrevistados declararam beber água proveniente de doações e recorrer às bicas e às fontes de água localizadas nas praças do município, para lavar roupas e se higienizar. Elas também disseram que se sentem muito mal por andarem sujas e deixam de ter acesso a serviços de saúde e de frequentar a escola porque nem sempre têm como tomar banho.

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Desigualdade social é principal motivo de mortes por tuberculose

Mesmo estando disponíveis no Brasil, recursos para prevenção e tratamento da doença não alcançam a população com maior vulnerabilidade social

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Mapas associam ocorrência de diarreia com vulnerabilidade social

Pesquisa pode ajudar o poder público a conhecer melhor a cidade e a direcionar os recursos de modo mais pontual

Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP buscou relacionar a vulnerabilidade social do município de São Paulo e as internações por diarreia na rede pública com as áreas de inundação na cidade. A partir desses dados, a pesquisadora Doris Jimena Roncancio Benitez desenvolveu mapas que mostram como essas informações estão apresentadas na capital paulista.

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Queimada de cana-de-açúcar provoca asma em escolares de Campos – Rio de Janeiro

“Populações mais vulneráveis socioeconomicamente estão localizadas em setores censitários que estão sob maior influência dos focos de queimadas e apresentam maior número de escolares com sintomas de asma grave.” O resultado foi extraído da dissertação de mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente pela ENSP da aluna Keila Valente de Souza, que analisou o impacto das queimadas de cana-de-açúcar na prevalência dos sintomas da doença no município de Campos dos Goytacazes (RJ), destacado atualmente pela representativa produção de petróleo. A pesquisa foi realizada sob a orientação do pesquisador Hermano Albuquerque de Castro, atual diretor da ENSP.

A atividade agrícola de cultivo da cana-de-açúcar também apresenta relevância social, ambiental e histórica para o município. Entretanto, observou Keila, as queimadas realizadas no período de sua colheita podem impactar negativamente o meio ambiente e a saúde respiratória da população que reside no município.

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Brasília recebe Seminário de Boas Práticas no Controle da Tuberculose

O II Seminário de Boas Práticas no Controle da Tuberculose e Enfrentamento das Vulnerabilidades e Coinfecções junto a População em Situação de Rua ocorrerá pela segunda vez em Brasília, nesta quarta (18) e quinta-feira (19). O evento tem o objetivo de discutir ações de saúde para a população em situação de rua, tratando de fatores relacionados à saúde e também à assistência social.

De acordo com o Coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose no Ministério da Saúde, o médico Draurio Barreira, o seminário será importante para que sejam trabalhadas estratégias de enfretamento da tuberculose em populações mais vulneráveis. “Pessoas em situação de rua, pessoas privadas da sua liberdade, pessoas com HIV e a população indígena têm mais chances de serem infectadas com tuberculose”, explica.

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