Existem certas ideias que, apesar de promissoras, ficam empacadas e demoram para virar realidade. De certa maneira, as vacinas de mRNA se encaixam nesse conceito: são estudadas há décadas, mas só fizeram uma “estreia oficial” durante a pandemia de covid-19, quando as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Moderna lançaram os primeiros imunizantes baseados nessa tecnologia.
Como você vai entender ao longo deste artigo, essa plataforma que ajudou a conter as ondas de casos, hospitalizações e mortes relacionadas ao coronavírus foi inicialmente pensada como um tratamento contra o câncer há várias décadas.
Leia MaisSaúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya. De janeiro a abril casos de dengue cresceram 30%
Em meio ao aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya no Brasil, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (4) a campanha nacional de combate às três arboviroses. Com a mensagem Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya, a pasta alerta para sinais, sintomas, prevenção e controle das doenças, transmitidas por um mesmo vetor, o mosquito, em particular o Aedes aegypti, popularmente conhecido como pernilongo rajado em razão das listras brancas nas pernas.
A reintrodução do vírus da dengue no Brasil aconteceu em 1986. Já o chikungunya foi registrado pela primeira vez em 2014, enquanto o Zika foi identificado no país em 2015.
Leia MaisA nova droga contra o Alzheimer capaz de retardar em um terço o avanço da doença, segundo estudos
Podemos estar entrando na era dos tratamentos para o Alzheimer, à medida que a segunda droga em menos de um ano mostrou-se capaz de retardar a doença.
Os especialistas dizem que agora estamos “prestes” a ter medicamentos disponíveis, algo que recentemente parecia “impossível”.
Leia MaisEncontro debate emergências provocadas por influenza animal
Especialistas em ambiente, saúde humana e animal de países do continente americano se reuniram entre os dias 14 e 16 de março, no Rio de Janeiro, para discutir as atuais diretrizes sobre influenza de origem animal, visando fortalecer a capacidade da região em detectar e responder a possíveis surtos causados por esse patógeno. O encontro – promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) – foi fundamentado no aumento de casos de influenza A em animais, provocados pelo subtipo H5N1, que tem acometido aves e alguns grupos de mamíferos em diferentes localidades pelo mundo.
Apesar de já possuir ampla circulação, o vírus tem alcançado novos territórios nas Américas, sendo detectado em aves e mamíferos em vários países. No entanto, em humanos, apenas dois casos de H5N1 foram registrados no continente: nos Estados Unidos e no Equador. É a primeira vez, desde sua descoberta, que o vírus é encontrado em um país da América do Sul.
Leia MaisMinistério confirma mais um caso de varíola dos macacos no país. Paciente de 28 anos mora em Indaiatuba e esteve na Europa
O Ministério da Saúde informou hoje (16) que mais um caso de varíola dos macacos (Monkeypox) foi notificado no país. De acordo com a pasta, o caso foi confirmado em São Paulo, após exame realizado pelo Instituto Adolfo Lutz.
Trata-se de um paciente de 28 anos, morador de Indaiatuba (SP), com histórico de viagem para a Europa. Ele está em isolamento e apresenta estado clínico estável, sem complicações. O caso é monitorado pelas secretarias de saúde municipal e estadual.
Leia MaisIOC/Fiocruz e UFF se unem para sequenciamento genômico de vírus e bactérias
Uma parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Prefeitura Municipal de Niterói tem possibilitado a realização de sequenciamentos genômicos no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF). A técnica permite uma análise mais detalhada de informações genéticas contidas em moléculas de DNA ou RNA de microrganismos, como vírus e bactérias.
Colaborador da iniciativa e chefe do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas do IOC, Alberto Dávila destaca que a contribuição do Instituto nesta parceria, além de trazer diagnósticos mais específicos para o Hospital, possibilita a apresentação de técnicas de alta complexidade para jovens estudantes de diferentes áreas da saúde.
Leia MaisCovid-19: maior circulação do vírus impulsionou picos de casos e P.1 no Amazonas
Em artigo publicado (25/5) na revista científica Nature Medicine, pesquisadores da Rede Gêmonica Fiocruz e de instituições parceiras apontaram as causas do crescimento do número de casos de Covid-19 no Amazonas e das sucessivas substituições de linhagens do Sars-CoV-2. O estudo indicou que esses fatores foram impulsionados por uma combinação de diminuições das medidas de distanciamento social e pelo surgimento de uma forma mais transmissível do vírus, a variante P.1, identificada em meados de novembro de 2020. Essa variante causou um aumento exponencial da doença, o que estabeleceu a segunda onda da epidemia no estado.
“Temos um histórico das viroses respiratórias com um calendário diferente no Amazonas, normalmente antes de outros estados. Tivemos o surgimento de uma variante mais infecciosa em um período onde havia menor distanciamento social. A P.1 foi a consequência da circulação do vírus e depois uma das causas do colapso no Amazonas”, explica Felipe Naveca, pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).
Leia MaisMinistério da Saúde e Anvisa lançam novos critérios para doação de sangue devido à febre amarela
Candidatos a doação de sangue que tiverem sido vacinados para o vírus da febre amarela devem aguardar quatro semanas, a partir da data da vacinação, para doar sangue. Já os candidatos que foram infectados pelo vírus serão considerados inaptos para doação por um período de seis meses.
As recomendações foram divulgadas nesta quinta-feira (2) por meio de Notas Técnicas conjuntas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde. A medida inclui a triagem de doadores de órgãos e tecidos e visa a prevenção da transmissão do vírus da febre amarela.
Leia MaisVírus HTLV tem maior incidência em indígenas da Amazônia
A Região Amazônica Brasileira é a maior área endêmica do mundo para a ocorrência da infecção pelo vírus HTLV-1. O HTLV é um retrovírus da mesma família do HIV, que infecta a célula T humana, um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. A constatação é feita em pesquisa que acaba de ser publicada na última edição da Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (nº57, vol.1) (http://is.gd/T99g3I). O estudo mostra que é constante a presença do vírus HTLV-2 entre os indígenas do Brasil.
Existem dois tipos do vírus, o tipo 1 e o tipo 2, o primeiro é o vírus causador de doenças que comprometem o bom funcionamento da medula espinhal, infecções neurológicas dermatites infecciosas, além de outras alterações inflamatórias. Já o tipo 2 é associado à diversas doenças neurológicas. E conforme aponta o estudo, “no continente americano o HTLV-1 teria mais de uma origem, sendo trazido na era paleolítica pelos imigrantes através do estreito de Bering, pelo tráfico de escravos no período colonial e com a imigração japonesa a partir do início do século 20”.
Leia MaisEbola: Vírus que mata 90% dos doentes chegou à Europa em garrafa térmica em 1976
Há cerca de 40 anos, um jovem cientista belga viajou para um parte remota da floresta do Congo com a tarefa de descobrir por que tantas pessoas estavam morrendo de uma doença misteriosa e aterrorizante.
Em setembro de 1976, um pacote com uma garrafa térmica azul havia chegado ao Instituto de Medicina Tropical em Antuérpia, na Bélgica.
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