Um estudo de pesquisadores da Fiocruz detectou a presença do H11N2, um subtipo do vírus influenza A, em pinguins nas Ilhas Shetland do Sul, na Antártica. A informação corrobora a descoberta anterior desse subtipo no continente Antártico. Publicado na revista Microbiology Spectrum, o artigo Detecção de Influenza A (H11N2) em amostras fecais de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) e de-barbicha (Pygoscelis antarcticus), Ilha dos Pinguins, Antártica, sugere “sua circulação contínua no continente” e “reforça a necessidade da vigilância constante da gripe aviária” na Antártica.
Para os pesquisadores do Fioantar, o projeto da Fiocruz na Antártica, é possível que esse subtipo seja endêmico. E, embora não cause doenças graves nos pinguins, não se sabe como agiria em outros animais. A escassez de estudos sobre o vírus influenza em aves na América do Sul também dificulta traçar a origem do H11N2, explica Maria Ogrzewalska, pesquisadora do Fioantar e do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). “É importante em termos de vigilância saber o que está acontecendo lá, mas também temos a necessidade de saber o que acontece aqui, onde temos uma biodiversidade enorme em aves”, comenta Maria.
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