Tag Archives: Violência

Centro inglês reúne interessados em pesquisas sobre o Brasil

Criado em 2008 no King’s College London, no Reino Unido, o King’s Brazil Institute é um centro que reúne interessados em realizar pesquisas sobre diversos aspectos do Brasil contemporâneo, como economia, política, cultura e relações internacionais.

O instituto conta com cinco professores e é dirigido pelo cientista político inglês Anthony Pereira. De passagem pelo Brasil, Pereira concedeu uma entrevista à Agência FAPESP, na qual falou sobre atividades desenvolvidas na unidade e o perfil dos professores e estudantes. Falou ainda sobre o novo curso de doutorado que será lançado em 2015 em parceria com o Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo (USP).

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Violência psicológica contra adolescentes é tema de estudo

Considerada uma das formas mais difíceis de ser detectada, a violência psicológica é também muito comum, ocorrendo em diferentes espaços, mais frequentemente em casa ou em escolas quando envolve adolescentes.

Partindo do pressuposto de que este tipo de violência pode interferir de maneira significativa na autoestima destas pessoas e prejudicar inclusive o seu desenvolvimento, estudo desenvolvido na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP investigou a ocorrência desta prática entre estudantes de uma escola pública.

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Gestantes têm dificuldade para pedir ajuda contra violência

Pesquisa realizada na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta que a maioria das gestantes que sofrem Violência por Parceiro Íntimo (VPI), quando questionadas, não se considera vítima, porém afirmam já ter sofrido violência por deixar de cumprir tarefas do lar, como lavar a louça ou fazer o jantar. Essa percepção dificulta a procura por ajuda e favorece a continuidade da violência.

Segundo a pesquisadora Driéli Pacheco Rodrigues, um dos fatores que pode levar a maioria delas a não classificar empurrões e socos como violência é o convívio precoce com a violência, como agressões entre familiares, gerando a ideia que essa situação é algo “ruim”, mas comum. “Além disso, muitas acreditam que violência é só aquela que aparece no jornal, como assassinatos, estupros e roubos”, conta a pesquisadora.

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Revelação da orientação sexual tem relação com violência

Revelar a orientação sexual pode significar sofrer mais violência física, verbal e ameaças, no caso dos homens que fazem sexo com outros homens. Os locais em que eles mais se sentem discriminados são nos ambientes religiosos, na escola ou faculdade, nos círculos sociais próximos como amigos e vizinhos e no contexto familiar. Segundo o psicólogo Luiz Fabio Alves de Deus, autor da pesquisa na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP que estudou o assunto, a revelação é ainda mais difícil para aqueles que já sofrem algum outro tipo de preconceito na sociedade, como os negros.

Quase três quartos dos entrevistados que tinham a orientação sexual revelada em vários contextos já vivenciaram agressões verbais em decorrência de sua sexualidade. Esta também foi motivo para que 21% destes homens que fazem sexo com homens terem sofrido violência física. Dos entrevistados, 42% receberam ameaças de agressão por não seguirem os padrões da heteronormatividade. A pesquisa ainda constatou que, assim como a violência, a discriminação era maior quanto mais assumida a sexualidade estava.

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Fiocruz sedia debate internacional sobre indicadores de violência e justiça

Especialistas em indicadores de justiça, criminalidade e violência dos países da América Latina e Caribe se reuniram na Fiocruz, nesta segunda-feira (27), para o intercâmbio de experiências sobre o uso de informação estatística para a prevenção e redução da criminalidade e da violência na região, no âmbito da Agenda para o Desenvolvimento pós-2015. O debate, que vai acontecer até esta terça-feira (28), foi promovido em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). O encontro deverá subsidiar três reuniões regionais que serão realizadas pela ONU na América Latina e Caribe, África e Ásia‐Pacífico.

Ao abrir o encontro, o presidente da Fiocruz Paulo Gadelha chamou atenção para a importância que a temática violência tem na Agenda para o Desenvolvimento pós-2015. “A violência se apresenta com várias facetas e, nós, do campo da saúde, temos esse componente como um de nossos focos principais”, destacou. Ele disse que a pesquisa do crack, conduzida pela Fiocruz em parceria com a  Secretaria Nacional de Políticas de Drogas (Senad), representou uma abertura para uma nova postura na politica de drogas. Gadelha ainda lembrou que, no Brasil, a violência é a principal responsável por mortes de adultos jovens. “A violência vai ainda além dessa dimensão, apresentando-se também como um indicador fundamental de doenças, de qualidade de vida e de possibilidades de condições de construção para a cidadania”, disse. “A Fiocruz tem estado muito presente nesse debate sobre como trazer a questão da saúde para a discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis”, complementou.  

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Crianças e jovens veem violência como um aspecto concreto

Crianças e adolescentes brasileiros veem a violência como um aspecto mais concreto e, com o passar do tempo, conseguem tornar o conceito mais abstrato, percebendo aspectos mais sutis. Porém, tal transição não ocorre de forma satisfatória. Em muitos aspectos, a violência permanece sendo percebida de maneira concreta até entrar na fase adulta. A este fato, a pesquisadora Tamires Alves Monteiro, do Instituto de Psicologia da USP, atribui o papel das instâncias de formação do sujeito, sendo a escola a principal delas.

Tamires formulou a dissertação A construção da noção de violência em crianças e adolescentes inseridos em diferentes contextos movida por perguntas como: O que as crianças e os adolescentes brasileiros entendem por “violência”? É algo muito diferente da visão dos adultos? Qual é a influência do meio social nas diferentes percepções? Tal noção se torna mais complexa conforme avançam os estágios da inteligência?

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‘Pedagogia do terror’: testemunho de um ex-preso político da democracia

Ele foi um dos presos políticos da atual democracia brasileira. Participando de uma manifestação organizada pelos professores municipais e estaduais do Rio de Janeiro, que estavam em greve, Paulo Roberto de Abreu Bruno, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz, foi detido junto com dezenas de outras pessoas no dia 15 de outubro. Acusado sem provas e sem direito à informação ou à presença de advogados, foi encaminhado para a delegacia e, na sequência, para dois presídios, incluindo Bangu 9. Segundo ele, circulou pelos “porões da democracia brasileira”. Desde o início de junho, Paulo Bruno vinha filmando as manifestações que tomaram as ruas do Rio de Janeiro como parte do seu trabalho de pesquisa. Levou algum tempo para que conseguisse falar sobre o assunto, mas nesta entrevista ele narra as humilhações e violências sofridas pelos presos políticos, descreve a rotina de violação de direitos do sistema carcerário brasileiro, destaca a solidariedade dos presos comuns e chama a atenção para a fragilidade das lutas políticas diante do terror que o Estado, representado no caso pelo governo estadual, pode provocar. Como, na prisão, não tiveram acesso sequer a papel e caneta, os registros que se seguem ficaram registrados, até então, apenas na memória do entrevistado.

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Violência em relação afetiva pode se iniciar na juventude

A violência está presente no namoro de jovens, seja ela psicológica, sexual ou física. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), realizada com estudantes do ensino superior do estado de São Paulo, concluiu que 75% deles já sofreram pelo menos um episódio de violência por um parceiro e 76% já foram agressores. As formas de violência psicológica foram as mais comuns, estando a coerção sexual e a agressão física em segundo lugar como mais prevalentes. A psicóloga Tânia Aldrighi Flake, autora do estudo, constatou que, nesta faixa etária, não houve diferenças entre os homens e as mulheres como agentes e vítimas da violência.

Os dados indicaram que ambos os gêneros foram agressores e sofreram violência na mesma proporção. Consultando outras pesquisas, Tânia comprovou que esta mutualidade se altera no casamento, situação em que o homem se torna o principal agressor, apesar de a violência conjugal diminuir de frequência. Segundo ela, é um desafio entender o motivo dessa inversão de uma etapa da vida amorosa para a outra. “Há alguma coisa no processo entre namoro e conjugalidade que traz essa mulher para uma forma mais passiva e dá mais poder a esse homem”, afirma ela, que completa afirmando que, também é na etapa da conjugalidade que os danos decorrentes da violência são maiores.

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Homicídios: um problema de saúde pública em Mato Grosso do Sul

“Os homicídios têm sido responsáveis pelo aumento da mortalidade relacionada à violência no Brasil e são importante problema de saúde pública. A fronteira internacional é uma região considerada vulnerável do ponto de vista da segurança pública, por ser altamente visada para a realização de atividades ilícitas, como contrabando e tráfico de drogas e de armas. A fronteira Brasil-Paraguai é considerada uma das mais ativas e, também, críticas em segurança e violência.” A conclusão é do aluno Alberto Jungen Wider, que defendeu, no dia 30/7, sua dissertação de mestrado profissional em Saúde Pública da ENSP, sob a orientação do professor Paulo Cesar Peiter, do Instituto Oswaldo Cruz. O objetivo da pesquisa foi verificar a existência de um diferencial do risco de mortalidade por homicídios na região da fronteira internacional do Brasil com o Paraguai no Estado de Mato Grosso do Sul (MS), identificando os seus principais determinantes, no período de 2005 a 2010.

Segundo Wider, trata-se de um estudo de correlação ecológica com base de dados secundários de mortalidade por agressões em Mato Grosso do Sul, enfocando a fronteira internacional. Para isso, ele se utilizou de dados disponíveis sobre óbitos captados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), de indicadores demográficos, socioeconômicos e de cobertura de saúde no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS) e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Rede de saúde terá de notificar homofobia

O registro dos casos de violência por homofobia atendidos na rede pública de saúde será obrigatório. A estratégia será colocada em prática em agosto nos Estados de Goiás, Minas e Rio Grande do Sul. Em janeiro, passará a valer em todo o País, de acordo com o Ministério da Saúde. A medida foi anunciada após a divulgação do Relatório sobre Violência Homofóbica, que mostra que o número de vítimas triplicou no ano passado.

O profissional, ao atender a vítima de homofobia, terá de preencher um formulário que será encaminhado para o governo. Na avaliação do ministério, isso poderá trazer maior clareza sobre a exata dimensão do problema no País e para formulação de políticas de enfrentamento às violências contra homossexuais.

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