Tag Archives: Vigilância em Saúde

Menina é primeira morte por dengue confirmada na capital de São Paulo

Vítima é uma menina, moradora da região de Hermelino Matarazzo

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, confirmou a primeira morte por dengue na capital este ano. A vítima é uma menina de 11 anos, moradora da região de Hermelino Matarazzo, na zona leste. Ela morreu em 30 de janeiro e teve a morte divulgada nessa segunda-feira (10) pelo órgão da administração municipal.

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Associação denuncia presença de “barbeiros” infectados no Butantã

Para pesquisadores, vigilância contra doença está comprometida em SP

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) denunciou à Agência Brasil que dois insetos do tipo barbeiro foram encontrados no último trimestre de 2024 no pavilhão Lemos Monteiro, prédio centenário do Instituto Butantã adaptado para uso de laboratórios de pesquisa. Os espécimes foram capturados em outubro e novembro de 2024 e ambos tinham a presença do protozoário Trypanossoma cruzi, causador da Doença de Chagas, em seu organismo.

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Saúde recomenda atenção para casos de febre Oropouche no país. Estados e municípios devem intensificar vigilância

Uma recomendação aos estados e os municípios para que intensifiquem a vigilância em saúde para a possibilidade de transmissão vertical do vírus Oropouche foi emitida nesta semana pelo Ministério da Saúde (MS).

Segundo a pasta, a medida foi adotada após o Instituto Evandro Chagas do MS detectar presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia. “Significa que o vírus é passado da gestante para o feto, mas não é possível afirmar que haja relação entre a infecção e o óbito e as malformações neurológicas”, disse o ministério em nota divulgada na quinta-feira (11).

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Fiocruz inicia trabalho de inteligência pandêmica em parceria com OMS

Após cumprir intensa agenda institucional ao longo do World Health Summit, em Berlim, a delegação da Fiocruz, acompanhada do presidente Mario Moreira, fez a primeira visita oficial ao Hub da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Inteligência Pandêmica e Epidêmica, com sede na capital alemã. A Fundação é parte integrante do Hub desde maio deste ano, quando assinou com a OMS um memorando de entendimento para colaborar com a iniciativa no desenvolvimento e expansão de ferramentas de vigilância em nível global.

O encontro, que ocorreu em 18 de outubro, reuniu equipes da Fiocruz e da OMS para dar início à elaboração de um plano de trabalho conjunto. “A partir de toda a expertise já acumulada pelos nossos profissionais, entendemos que a Fiocruz pode contribuir, na perspectiva do hub, tanto para o desenvolvimento e a implementação de ferramentas de vigilância em outros países, como também atuar numa etapa prévia, de preparação dos sistemas de informação, num modelo de cooperação estruturante, em países que ainda carecem de bases de dados consistentes”, destaca o presidente Mario Moreira.

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IdeiaSUS Fiocruz: abordagem da hanseníase destaca-se no município de Pilar

Identificação de clusters e treinamento em serviço: estratégias para a abordagem da hanseníase no município do Pilar dá título à prática acompanhada pela curadoria em saúde da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz. O projeto do município alagoano surgiu da necessidade de se compreender a dinâmica da hanseníase por meio de dados epidemiológicos. Por esta razão, o município chegou ao denominado “cluster”, que nada mais é do que uma área considerada de risco para a doença, permitindo uma análise fiel das ações de controle, bem como o diagnóstico precoce. Trata-se de um trabalho inovador que busca enfrentar uma doença ainda negligenciada no Brasil. O país é o primeiro do ranking de incidência da hanseníase e o segundo em números absolutos da doença, atrás apenas da Índia.

A prática de Pilar mostra a importância da articulação entre as áreas de Vigilância em Saúde e Atenção Primária. “Foi por conta desse projeto que recebemos a visita dos representantes da Fiocruz, que viajam o Brasil inteiro para conhecer práticas exitosas em saúde pública. Após concluir as atividades da curadoria, iniciadas no ano passado, a fundação vai relatar nossas ações em um livro, além de veicular os resultados de todo esse trabalho no Canal Saúde [emissora de TV pública sediada na Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde são produzidos diversos conteúdos sobre saúde pública]”, explica a coordenadora Francinny Wanderley, acrescentando que, atualmente, Pilar já conta com um grupo de autocuidado para pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares.

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Saúde lança alerta sobre violência contra macacos

Com os surtos de febre amarela pelo Brasil, a Secretaria estadual da Saúde recebeu relatos de macacos saudáveis encontrados mortos em áreas rurais do Estado. Ao que tudo indica, os primatas têm sofrido violência da população que acredita serem esses animais os responsáveis pela transmissão da doença aos seres humanos.

“Precisamos destacar que a febre amarela é transmitida apenas pela picada dos mosquitos – tanto nas pessoas, quanto nos macacos. Entretanto, por viverem em regiões de mata, os primatas costumam ser os primeiros infectados e, dessa maneira, assumem um papel importante de sentinelas, indicando a presença do vírus na região”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira. 

De acordo com a superintendente, a morte desses animais deve sempre ser relatada à Secretaria da Saúde do município ou serviço de saúde para ser investigada. “Assim como o ser humano, eles também são vítimas. A identificação da doença nos macacos ajuda no desenvolvimento de estratégias para evitar a propagação da febre amarela no meio urbano. A população precisa saber disso, ficar atenta e sempre denunciar. A presença do animal morto deve sempre ser comunicada ao serviço de saúde mais próximo”, diz.

DENÚNCIA – Além da comunicação aos serviços de saúde na ocorrência de macacos mortos, a violência contra animais também deve ser denunciada. A denúncia de maus-tratos é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12.02.1998 (Lei de Crimes Ambientais) e pela Constituição Federal Brasileira, de 05 de outubro de 1988.

A denúncia pode ser feita em qualquer órgão de segurança pública, como guarda municipal, polícia militar ou polícia civil. No Paraná também é possível buscar anonimamente o disque denúncia pelo telefone 181, pelo site www.181.pr.gov.br ou pelo e-mail dpma@pc.pr.gov.br.

Fluoretação da água apresenta níveis adequados em SP

Na cidade de São Paulo, 54% das amostras de água fluoretada apresentaram benefício máximo contra a cárie dentária e 99% têm risco mínimo para a ocorrência de fluorose dentária. Os dados são apresentados em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP realizada pelo cirurgião dentista Carlos César Soares, especialista em saúde coletiva. O pesquisador defende a necessidade de que os dados estejam a disposição de todos os cidadãos, em cumprimento à legislação de acesso à informação.

A pesquisa, orientada pelo professor Paulo Capel Narvai, da FSP, apresenta dados produzidos pelo sistema de vigilância da fluoretação da água no município de São Paulo, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, entre 1990 e 2011. “Por ser pioneira nessa política de vigilância, a cidade de São Paulo possui o banco de dados mais extenso sobre a fluoretação no Brasil”, afirma Soares.  “O estudo utilizou critérios estabelecidos em um seminário realizado na FSP, em 2011, para avaliar os níveis de proteção contra cárie dentária proporcionados pela fluoretação das águas de abastecimento público, bem como os riscos de ocorrência de fluorose dentária, doença associada a ingestão de níveis elevados de flúor”.

A análise do banco de dados mostra que 54% das amostras de água coletadas apresentaram benefício máximo contra a cárie e 44% oferecem benefício moderado. “Em 99% dos casos, foi observado risco baixo para fluorose dentária”, conta o cirurgião dentista.

Teor ótimo de fluor
Em média, no período estudado, a cidade de São Paulo apresentou 0,66 miligramas por litro (mg/l) de flúor para cada litro de água. “A Resolução SS 250, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, adotada em 1995, estabelece um mínimo de 0,6 mg/l e o máximo de 0,8 mg/l de flúor”, aponta Soares. “A média está próxima do teor ótimo estipulado pela Resolução, que é de 0,7 mg/l”.

Entre os anos de 1990 e 2003, as amostras eram coletadas em 63 pontos fixos na cidade de São Paulo, com obtenção de 750 amostras em média por ano.   “Após a criação da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde, em 2004, os locais de recolhimento passaram a ser variáveis”, relata Soares.  ”Em 2010, foram coletadas 1.871 amostras de água, o que mostra uma tendência de aumento”.

O pesquisador sugere que os dados das coletas sejam georreferenciados, passando a especificar o local onde foram realizadas. “Essa informação permitirá fazer a análise espacial dos resultados”, aponta.

Soares também defende que dados produzidos pelos sistemas de vigilância em saúde possam ser acessados de forma livre, independente de solicitação. “O acesso à informação é garantido pela Lei 12.527, de 2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação e regulamentada pelo decreto 7.774,de 2012, que estabeleceu o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), além de disposições sobre o governo eletrônico”, explica.

Ministério da Saúde lança campanha de combate à hanseníase

Como parte das ações que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (14) uma campanha educativa dirigida à população e aos profissionais de saúde. Com slogan “Hanseníase tem cura”, a campanha orienta os profissionais de saúde a identificar os sinais e sintomas da doença visando o diagnóstico precoce.

A ação será concentrada em todas as capitais e nas cidades com mais de 100 mil habitantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além da Baixada Fluminense, das regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte e do norte de Minas Gerais. Estas áreas são consideradas, pelo estados do Pará e no Maranhão.

O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa ressalta que a campanha é de fundamental importância para conscientizar à população sobre a existência da doença e também sobre a disponibilidade do tratamento ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Confira o vídeo com o secretário Jarbas Barbosa:

Recursos – O Ministério da Saúde vem apoiando os estados e os municípios que ainda apresentam maior concentração da doença e que estão localizados, principalmente, nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No final do ano, foram disponibilizados R$ 15,6 milhões a 40 municípios prioritários para a implantação de ações inovadoras que acelerem o combate à hanseníase e esquistossomose. Essas cidades detêm 24% dos casos novos de hanseníase diagnosticados no país. Os recursos devem ser aplicados em ações, aprovadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde, com foco na busca de casos suspeitos, exames de contatos, integração com a Estratégia Saúde da Família e outras ações que eliminem os focos de transmissão da doença.

Escolares – Em 2013, o Ministério da Saúde realizou uma campanha inédita nas escolas para diagnóstico de casos suspeitos de hanseníase e tratamento coletivo de geohelmintos em 852 municípios, considerados prioritários. A campanha teve como objetivo a detecção de casos novos de hanseníase entre menores de 15 anos. “A partir destas análises foi possível identificar – nas famílias e nas comunidades – adultos portadores da hanseníase, que podem ter sido a fonte de infecção das crianças”, explicou o Secretário de Vigilância em Saúde. Segundo ele, quando há um caso em criança é porque existe um adulto próximo ainda sem diagnóstico e tratamento.

Foram submetidos ao exame inicial cerca 3,8 milhões de alunos, dos quais 243 mil foram encaminhados para avaliação nas unidades de saúde, sendo confirmados para a doença cerca de 300. Além disso, pela primeira vez no país, foi realizado o tratamento coletivo para verminoses, que alcançou 2,8 milhões de crianças. O Ministério da Saúde irá realizar nova campanha nas escolas, prevista para o primeiro semestre deste ano, acrescentando mais 150 municípios, totalizando cerca de 1.000 municípios.

Queda – A taxa de prevalência de hanseníase caiu 65% nos últimos 10 anos, passando de 4,33, em 2002, para 1,51 por 10 mil habitantes, em 2012. A queda é resultado das ações de combate à doença, intensificada nos últimos anos. O Brasil registrou 33.303 casos novos da doença. Em 2012, o coeficiente de detecção foi de17,17/100 mil habitantes na população em geral.  Em menores de 15 anos, o coeficiente foi de 4,81/100 mil habitantes, redução percentual acumulada de 40% na comparação com o período de 2003 (7,98/100 mil habitantes) a 2012. Cinco estados apresentam coeficiente de prevalência acima de três casos por 10 mil habitantes (Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e Rondônia) e três estados a menor taxa de prevalência (Rio Grande Sul com 0,12/10 mil habitantes; Santa Catarina 0,29/10 mil e São Paulo 0,34/10 mil).

Monitoramento – Entre as ações adotadas pelo Ministério da Saúde, também se destaca o Monitoramento para Eliminação da Hanseníase, realizado com apoio da Organização Pan-Americana/Organização Mundial da Saúde, que coletou dados em 60 municípios. Foram pesquisadas 164 unidades de saúde de todo Brasil, representando 27% da população brasileira (52,8 milhões). Os municípios selecionados foram os que apresentam maior carga da doença e concentram 60% dos casos.

Foram examinados 6.170 prontuários, realizadas 656 entrevistas com pacientes e com 279 com profissionais de saúde. No monitoramento, ficou constatado que 87,5% dos municípios brasileiros oferecem serviços de diagnóstico e tratamento para hanseníase. Também se observou na pesquisa redução da proporção de casos com grau dois de incapacidade física, de 18%, quando comparado os anos de 2007 e de 2011, demonstrando que o diagnóstico precoce está crescendo.

A ampliação da oferta de tratamento nas unidades públicas de saúde; o fortalecimento da busca ativa de casos para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno, além do aumento da capacidade de profissionais para realizar diagnósticos também são medidas que vem sendo adotadas para a eliminação da doença. O Ministério da Saúde repassa, regularmente, a estados e municípios recursos para as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças, inclusive para a hanseníase, por meio do Piso Financeiro de Vigilância em Saúde. Em 2013, esses recursos totalizaram R$ 1,3 bilhão.